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03/04/2011

Criação, Fé e Ciência 3

Observando
continuação

Monod - continuo tomando ideias explicadas por Ratzinger - sustentam, todavia,  que todo o concerto da natureza é um produto de erros e dissonâncias. O próprio Monod cita o que Mauriac escreveu sobre as suas teorias: "o que este professor nos quer demonstrar é ainda mais incrível que o que se exige ao cristão acreditar”. Fonte de discordâncias entre Criação e Ciência o que constituiu a conhecida frase do Génesis, dirigida por Deus ao homem: "submetei a terra". Entendeu-se mal em âmbitos de crentes e entre alguns cientistas ou pensadores que fizeram dela uma arma para arrojar contra o cristianismo, considerando-o culpado da miséria do planeta.
Uma e outra vez volta Ratzinger sobre um duplo assunto a ter em conta na compreensão da Bíblia: é uma revelação progressiva - cada passagem não é "a se" -, em que há que estudar um itinerário e, logo, observar tudo desde Cristo, explicação última do manifestado gradualmente por Deus.  Neste assunto, por exemplo, o capítulo seguinte do Génesis, descreve com duas palavras o mandato: trabalhar e cuidar. A razão do activismo e do afã de domínio que hoje nos possui procede duma mentalidade iniciada no Renascimento, que se concretiza mais recentemente no postulado de Marx: o homem já não deve interrogar-se a propósito da sua origem ou procedência, pois trata-se duma pergunta carente de sentido.

Cont/

alfonso alguiló 2011.03.28, in conoZe.com, trad ama

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