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01/04/2011

Católicos complexados 3

Observando

continuação

Voltemos à pergunta: o que é ser cristão? E a primeira coisa que permanece clara é que não somos seguidores duma palavra morta, mas sim discípulos do Deus vivo, que por obra do Espírito Santo são identificados com esse Verbo encarnado, com Cristo, para ser e actuar como filhos de Deus. Escreve São Paulo aos romanos: "os que são guiados pelo Espírito de Deus, estes são filhos de Deus". E um pouco mais à frente acrescenta que a criação espera ansiosa a manifestação dos filhos de Deus. Tal pode não se entender ou não se acreditar por carecer do dom da fé, mas um cristão é outro Cristo - um filho de Deus em Cristo pela força do Espírito - que toda a criação espera com dores de parto - diz graficamente o Apóstolo - até ver Cristo formado e actuando em cada um, para que, sem complexos, viva com a maior honradez possível o que em verdade é, algo não realizável sem a graça de Deus e sem a liberdade humana. Com esta forte razão teológica, afirmou o fundador do Opus Dei: "o que não se sabe filho de Deus, desconhece a sua verdade más íntima". Aí radica a identidade cristã e daí deriva o nosso comportamento apropriado. O mesmo São Josemaria indicava numa entrevista - recolhida em "Conversaciones con Monseñor Escrivá de Balaguer" - que essa verdade de ser filho de Deus em Cristo há-de de penetrar a vida inteira, há-de dar sentido ao trabalho, ao descanso, à amizade, à diversão, a tudo. "Não podemos ser filhos de Deus só por momentos, ainda que haja uns momentos dedicados a considerá-lo, a penetrar-nos desse sentido da nossa filiação divina, que é a medula da piedade". Conhecer a verdade não tira a liberdade, dá-a. A liberdade perde-se na ignorância.
Cont/
pablo cabellos llorente, in ConoZe.com, trad ama

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