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22/03/2011

Reconciliação


Doutrina

302  Quais os elementos essenciais do sacramento da Reconciliação?
São dois: os actos realizados pelo homem que se converte sob a acção do Espírito Santo e a absolvição do sacerdote, que em Nome de Cristo concede o perdão e estabelece a modalidade da satisfação.

303  Quais são os actos do penitente?
São: um diligente exame de consciência; a contrição (ou arrependimento), que é perfeita, quando é motivada pelo amor a Deus, e imperfeita, se fundada sobre outros motivos, e que inclui o propósito de não mais pecar; a confissão, que consiste na acusação dos pecados feita diante do sacerdote; a satisfação, ou seja, o cumprimento de certos actos de penitência, que o confessor impõe ao penitente para reparar o dano causado pelo pecado.

304  Que pecados se devem confessar?
Devem-se confessar todos os pecados graves ainda não confessados, dos quais nos recordamos depois dum diligente exame de consciência. A confissão dos pecados graves é o único modo ordinário para obter o perdão.

305  Quando se é obrigado a confessar os pecados graves?
Todo o fiel, obtida a idade da razão, é obrigado a confessar os seus pecados graves ao menos uma vez por ano e antes de receber a Sagrada Comunhão.

306  Porque é que os pecados veniais podem ser também objecto da confissão sacramental?
A confissão dos pecados veniais é muito recomendada pela Igreja, embora não estritamente necessária, porque nos ajuda a formar uma consciência recta e a lutar contra as más inclinações, para nos deixarmos curar por Cristo e progredirmos na vida do Espírito.

307  Quem é o ministro deste sacramento?
Cristo confiou o ministério da reconciliação aos seus Apóstolos, aos Bispos seus sucessores e aos presbíteros seus colaboradores, os quais portanto se convertem em instrumentos da misericórdia e da justiça de Deus. Eles exercem o poder de perdoar os pecados no Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

308  A quem é reservada a absolvição de alguns pecados?
A absolvição de alguns pecados particularmente graves (como os punidos com a excomunhão) é reservada à Sé Apostólica ou ao Bispo do lugar ou aos presbíteros por ele autorizados, embora todo o sacerdote possa absolver de qualquer pecado e excomunhão a quem se encontra em perigo de morte.

309  O Confessor é obrigado ao segredo?
Dada a delicadeza e a grandeza deste ministério e o respeito devido às pessoas, todo o confessor está obrigado a manter o sigilo sacramental, isto é, o absoluto segredo acerca dos pecados conhecidos em confissão, sem nenhuma excepção e sob penas severíssimas.

310  Quais são os efeitos deste sacramento?
Os efeitos do sacramento da Penitência são: a reconciliação com Deus e portanto o perdão dos pecados; a reconciliação com a Igreja; a recuperação, se perdida, do estado de graça; a remissão da pena eterna merecida por causa dos pecados mortais e, ao menos em parte, das penas temporais que são consequência do pecado; a paz e a serenidade da consciência, e a consolação do espírito; o acréscimo das forças espirituais para o combate cristão.

311  Quando se pode celebrar este sacramento com confissão genérica e absolvição colectiva?  
Em casos de grave necessidade (como o perigo iminente de morte), pode-se recorrer à celebração comunitária da Reconciliação com confissão genérica e absolvição colectiva, respeitando as normas da Igreja e com o propósito de confessar individualmente os pecados graves no tempo oportuno.

(...) O Compêndio, que agora apresento à Igreja universal, é uma síntese fiel e segura do Catecismo da Igreja Católica. Ele contém, de maneira concisa, todos os elementos essenciais e fundamentais da fé da Igreja, de forma a constituir, como desejara o meu Predecessor, uma espécie de vademecum, que permita às pessoas, aos crentes e não crentes, abraçar, numa visão de conjunto, todo o panorama da fé católica. (...) confio esperançoso este Compêndio a toda a Igreja e a cada cristão para que, graças a ele, se encontre, neste terceiro milénio, novo impulso no renovado empenhamento de evangelização e de educação na fé, que deve caracterizar cada comunidade eclesial e cada crente em Cristo, em qualquer idade e nação. Mas este Compêndio, pela sua brevidade, clareza e integridade, dirige-se a todas as pessoas, que, num mundo caracterizado pela dispersão e pelas múltiplas mensagens, desejam conhecer o Caminho da Vida, a Verdade, confiada por Deus à Igreja do Seu Filho. Lendo este instrumento autorizado que é o Compêndio, possa cada um, em especial graças à intercessão de Maria Santíssima, a Mãe de Cristo e da Igreja, reconhecer e acolher cada vez mais a beleza inexaurível, a unicidade e actualidade do Dom por excelência que Deus concedeu à humanidade: o Seu único Filho, Jesus Cristo, que é «o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jo 14, 6).
Dado aos 28 de Junho de 2005, vigília da Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, ano primeiro de Pontificado, Bento XVI

Pontos tirados do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica aprovado por Bento XVI em 28-06-2005;   pode consultar-se em   http://www.ecclesia.pt/catecismo/ 


Agradec. João Lopes


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