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04/01/2011

LITURGIA DAS HORAS

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IV. VIGÍLIAS



70. A Vigília pascal é celebrada em toda a Igreja na forma indicada nos respectivos livros litúrgicos. «A vigília desta noite», diz S. Agostinho, «é de tal grandeza, que só ela pode reivindicar como próprio seu o nome comum dado às outras vigílias»12, «Passamos em vigília a noite em que o Senhor ressuscitou, em que para nós inaugurou, na sua carne, aquela vida em que não há morte nem sono... E assim, Aquele que, numa vigília um pouco mais prolongada, cantamos ressuscitado, nos concederá a graça de reinarmos com Ele numa vida sem fim” 13.



71. À semelhança da Vigília pascal, introduziu-se em diversas igrejas o costume de iniciar igualmente com uma vigília diversas solenidades. Entre estas, destacam-se o Natal do Senhor e o dia do Pentecostes. Este costume deve-se conservar e promover, segundo o uso de cada Igreja. Onde, eventualmente, convenha realçar com uma vigília outras solenidades ou peregrinações, seguir-se-ão as normas respeitantes às celebrações da palavra divina.



72. Os Santos Padres e os autores espirituais exortam com muita frequência os fiéis, sobretudo os que levam vida contemplativa, à prática da oração nocturna. Ela exprime e aviva a espera do Senhor que vem: «À meia-noite, ouve-se um clamor: Aí vem o esposo, ide ao seu encontro» (Mt 25,6). «Estai vigilantes, pois não sabeis a hora em que o Senhor vem: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se de manhã; não vá ele chegar de repente e vos encontre a dormir» (Mc 13,35-36). Por isso, merecem louvor todos aqueles que mantêm o Ofício de Leitura com o seu carácter de oração nocturna.



73. O Ofício da Leitura, no Rito Romano, continua a ser muito breve, por causa daqueles que se dedicam ao apostolado. No entanto, aqueles que, seguindo a tradição, desejarem prolongar um tanto mais a celebração da vigília dominical, das solenidades ou das festas, procederão do seguinte modo:
Primeiramente, celebra-se o Ofício da Leitura tal como vem no livro da Liturgia das Horas, até às leituras inclusive. Depois das leituras, antes do Te Deum, dizem-se os cânticos que para esse efeito vêm indicados no Apêndice do referido livro. Seguidamente, lê-se o Evangelho, sobre o qual, eventualmente, se pode fazer uma homilia. Por último, canta-se o hino Te Deum e recita-se a oração.
O Evangelho, nas solenidades e festas, tomar-se-á do Leccionário da Missa; aos domingos, da série de leituras referentes ao mistério pascal, como vem indicado no Apêndice do livro da Liturgia das Horas.






12 Sermo Guelferbytanus 5: PLS 2, 550.
13 Ibid., PLS 2, 552.





Retirado do site do Secretariado Nacional de Liturgia
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