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13/07/2010

Textos de Reflexão para 13 de Julho

Evangelho: Mt 11, 20-24

20 Então começou a censurar as cidades em que tinham sido realizados muitos dos Seus milagres, por não terem feito penitência. 21 «Ai de ti, Corozain! Ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidónia tivessem sido feitos os milagres que se realizaram em vós, há muito tempo que teriam feito penitência vestidos de saco e em cinza. 22 Por isso vos digo que haverá menor rigor para Tiro e Sidónia no dia do juízo, que para vós. 23 E tu, Cafarnaum, elevar-te-ás porventura até ao céu? Não, hás-de ser abatida até ao inferno. Se em Sodoma tivessem sido feitos os milagres que se fizeram em ti, ainda hoje existiria. 24 Por isso vos digo que no dia do juízo haverá menos rigor para a terra de Sodoma que para ti».
Comentário:

Mais tarde, alguns gregos de Betsaida, aproximaram-se de Filipe pedindo-lhe para verem o Mestre. É a prova que o próprio Evangelho nos dá que o apostolado dá sempre fruto se bem que, por vezes, pareça que a nossa acção, os nossos esforços “passam ao lado” e não convencem nem atraem aqueles a quem nos dirigimos. Mas, como se vê, nem por isso devemos desistir, uma e outra vez, de levar - aos nossos amigos, principalmente – a palavra de Deus, para que se convertam e salvem. Também a nós alguém nos falou um dia, talvez a nossa Mãe quando éramos crianças ou, depois, mais tarde, quando já esquecidos ou adormecidos na fé, um amigo que nos urgiu a mudar de vida ou a repensar na nossa conduta, numa palavra, a convertermo-nos. (ama, comentário sobre Mt 11, 20-24, Palestra em CC, Abril de 2009)

Tema: Virtude da Penitência

A penitência é uma virtude cristã que nos faz suportar com igualdade de alma, por amor a Deus e em união com Jesus Cristo, os sofrimentos físicos ou morais. 

(Adolphe Tanqueray, Compendio de Teologia Ascetica y Mistica, LAI, 1961, nr. 1088) (trad. ama)

Doutrina: CCIC – 337: Qual é o desígnio de Deus acerca do homem e
                       da mulher?
                       CIC – 1601 – 1605


Deus, que é amor e criou o homem por amor, chamou-o a amar. Criando o homem e a mulher, chamou-os, no Matrimónio, a uma íntima comunhão de vida e de amor entre eles, «de modo que já não são dois, mas uma só carne» (Mt 19,6). Abençoando-os, Deus disse-lhes: «sede fecundos e multiplicai-vos» (Gn 1,28)

ANJOS 7

O demónio - ou o anjo - não chega a penetrar na nossa intimidade se nós não queremos. «Os espíritos imundos não podem conhecer a natureza dos nossos pensamentos. Unicamente lhes é dado adivinhá-los mercê de indícios sensíveis, ou examinando as nossas disposições, as nossas palavras ou as coisas que indicam uma propensão da nossa parte. Ao invés o que não exteriorizamos e permanece oculto nas nossas almas, é-lhes totalmente inacessível. Inclusive os próprios pensamentos que eles nos sugerem, o acolhimento que lhes damos, a reacção que nos causam, tudo isto não o conhecem pela própria essência da alma (...) mas, em todo o caso, pelos movimentos e manifestações externas.

(Cassiano, Collationes, VI 17)

Textos de Reflexão para 12 de Julho

Evangelho: Mt 10, 34; 11, 1

34 «Não julgueis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas a espada. 35 Porque vim separar “o filho do seu pai e a filha da sua mãe e a nora da sua sogra. 36 E os inimigos do homem serão os seus próprios familiares”. 37 Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim. 38 Quem não toma a sua cruz e Me segue, não é digno de Mim. 39 Quem se prende à sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por Meu amor, achá-la-á. 40 «Quem vos recebe, a Mim recebe, e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou. 41 Quem recebe um profeta na qualidade de profeta, receberá a recompensa do profeta; quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá a recompensa de justo. 42 E todo aquele que der de beber um simples copo de água fresca a um destes pequeninos, por ele ser Meu discípulo, na verdade vos digo que não perderá a sua recompensa».
11 1 Tendo Jesus acabado de dar estas instruções aos Seus doze discípulos, partiu dali para ir ensinar e pregar nas cidades deles

Comentário:

Parecem duras, num primeiro momento, estas palavras de Jesus e, obviamente, muito difíceis de pôr em prática. Apressadamente poderíamos concluir que o Senhor quer que o amor aos pais, aos filhos, seja relegado para um segundo ou terceiro plano, depois do amor que devemos a Deus. Não é propriamente assim. Cada amor tem o seu lugar, o seu tempo, o seu ‘entendimento’. Em primeiríssimo lugar está o amor a Deus e, isto, por uma razão simples e lógica: Amar o nosso Criador, o Senhor de todas as coisas. Simultaneamente amar os nossos pais, os nossos filhos, enfim, os nossos mais próximos. Com um amor total e dedicado como deve ser. Mas um amor que não se sobrepõe ao primeiro, coexistem sem confronto. Aliás, quem ama a Deus não pode deixar de amar os seus – pais, irmãos, filhos etc. – porque são o seu próximo ‘mais próximo’ se se permite a expressão. «Vai deixar a tua oferta sobre o altar e vai primeiro conciliar-te com o teu irmão…,» diz o Senhor noutra passagem, indicando claramente que não é aceitável a Deus qualquer manifestação de amor ou devoção existindo na alma uma reserva, mal querer ou, até, indiferença, para com o nosso próximo. Está, portanto claro: amar a Deus sobre todas as coisas e sobre tudo, com todo o coração e toda a alma e, depois, os outros como a nós mesmos.

(ama, comentário sobre Mt 10, 37-42, Junho 2008)

Tema: Solidariedade

A solidariedade é, sem dúvida, uma virtude cristã.
À luz da fé, a solidariedade tende a superar-se a si mesma, a revestir as dimensões especificamente cristãs da gratuitidade total, o perdão e a reconciliação. O próximo não é somente um ser humano com os seus direitos e a sua igualdade fundamental com todos, mas converte-se na imagem viva de Deus Pai, resgatada pelo sangue de Cristo e posta sob a acção permanente do Espírito Santo. Ainda que seja inimigo, deve ser amado, por tanto, com o mesmo amor com que o Senhor o ama, e por ele se deve estar disposto o sacrifício, inclusive extremo: «dar a vida pelos irmãos» (Cfr. Jo. 3, 16).
Os «mecanismos perversos» e as «estruturas de pecado» (...) poderão ser vencidos apenas mediante o exercício da solidariedade humana e cristã. 

(joão Paulo II, Encíclica Solicitudo Rei Socialis, 30.12.1987, nr. 40) (citado por ama)

Doutrina: CCIC – 336: Com que autoridade é exercido o sacerdócio ministerial?                       
         CIC 1547 – 1553; 1592

Os sacerdotes ordenados, no exercício do ministério sagrado, falam e agem não por autoridade própria, e nem sequer por mandato ou delegação da comunidade, mas na Pessoa de Cristo Cabeça e em nome da Igreja. Portanto o sacerdócio ministerial difere essencialmente, e não apenas em grau, do sacerdócio comum dos fiéis, para o serviço do qual Cristo o instituiu.