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13/07/2010

Textos de Reflexão para 12 de Julho

Evangelho: Mt 10, 34; 11, 1

34 «Não julgueis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas a espada. 35 Porque vim separar “o filho do seu pai e a filha da sua mãe e a nora da sua sogra. 36 E os inimigos do homem serão os seus próprios familiares”. 37 Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim. 38 Quem não toma a sua cruz e Me segue, não é digno de Mim. 39 Quem se prende à sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por Meu amor, achá-la-á. 40 «Quem vos recebe, a Mim recebe, e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou. 41 Quem recebe um profeta na qualidade de profeta, receberá a recompensa do profeta; quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá a recompensa de justo. 42 E todo aquele que der de beber um simples copo de água fresca a um destes pequeninos, por ele ser Meu discípulo, na verdade vos digo que não perderá a sua recompensa».
11 1 Tendo Jesus acabado de dar estas instruções aos Seus doze discípulos, partiu dali para ir ensinar e pregar nas cidades deles

Comentário:

Parecem duras, num primeiro momento, estas palavras de Jesus e, obviamente, muito difíceis de pôr em prática. Apressadamente poderíamos concluir que o Senhor quer que o amor aos pais, aos filhos, seja relegado para um segundo ou terceiro plano, depois do amor que devemos a Deus. Não é propriamente assim. Cada amor tem o seu lugar, o seu tempo, o seu ‘entendimento’. Em primeiríssimo lugar está o amor a Deus e, isto, por uma razão simples e lógica: Amar o nosso Criador, o Senhor de todas as coisas. Simultaneamente amar os nossos pais, os nossos filhos, enfim, os nossos mais próximos. Com um amor total e dedicado como deve ser. Mas um amor que não se sobrepõe ao primeiro, coexistem sem confronto. Aliás, quem ama a Deus não pode deixar de amar os seus – pais, irmãos, filhos etc. – porque são o seu próximo ‘mais próximo’ se se permite a expressão. «Vai deixar a tua oferta sobre o altar e vai primeiro conciliar-te com o teu irmão…,» diz o Senhor noutra passagem, indicando claramente que não é aceitável a Deus qualquer manifestação de amor ou devoção existindo na alma uma reserva, mal querer ou, até, indiferença, para com o nosso próximo. Está, portanto claro: amar a Deus sobre todas as coisas e sobre tudo, com todo o coração e toda a alma e, depois, os outros como a nós mesmos.

(ama, comentário sobre Mt 10, 37-42, Junho 2008)

Tema: Solidariedade

A solidariedade é, sem dúvida, uma virtude cristã.
À luz da fé, a solidariedade tende a superar-se a si mesma, a revestir as dimensões especificamente cristãs da gratuitidade total, o perdão e a reconciliação. O próximo não é somente um ser humano com os seus direitos e a sua igualdade fundamental com todos, mas converte-se na imagem viva de Deus Pai, resgatada pelo sangue de Cristo e posta sob a acção permanente do Espírito Santo. Ainda que seja inimigo, deve ser amado, por tanto, com o mesmo amor com que o Senhor o ama, e por ele se deve estar disposto o sacrifício, inclusive extremo: «dar a vida pelos irmãos» (Cfr. Jo. 3, 16).
Os «mecanismos perversos» e as «estruturas de pecado» (...) poderão ser vencidos apenas mediante o exercício da solidariedade humana e cristã. 

(joão Paulo II, Encíclica Solicitudo Rei Socialis, 30.12.1987, nr. 40) (citado por ama)

Doutrina: CCIC – 336: Com que autoridade é exercido o sacerdócio ministerial?                       
         CIC 1547 – 1553; 1592

Os sacerdotes ordenados, no exercício do ministério sagrado, falam e agem não por autoridade própria, e nem sequer por mandato ou delegação da comunidade, mas na Pessoa de Cristo Cabeça e em nome da Igreja. Portanto o sacerdócio ministerial difere essencialmente, e não apenas em grau, do sacerdócio comum dos fiéis, para o serviço do qual Cristo o instituiu.

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