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10/12/2010

Textos de Reflexão para 10 de Dezembro

Sexta-Feira do Avento 10 de Dezembro


Evangelho: Mt 11, 16-19
16 «A quem hei-de Eu comparar esta geração? É semelhante às crianças que estão sentados na praça, e que gritam aos seus companheiros, 17 dizendo: Tocámos flauta e não bailastes; entoámos lamentações e não chorastes; 18 veio João, que não comia nem bebia, e dizem: “Ele tem demónio”. 19 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: “Eis um glutão e um bebedor de vinho, um amigo dos publicanos e pecadores”. Mas a sabedoria divina foi justificada por suas obras».



Nota:
Durante o Tempo do Advento não publicamos o costumado Comentário e/ou Meditação sobre o Evangelho do dia. Convidamos o leitor a fazê-lo e a amabilidade de o “postar) em comentários. 
Tema para consideração: A confissão frequente

O que significa confissão frequente? – (6)

3 - Pelo que se disse pode compreender-se em que sentido se pode falar de confissão frequente. Confissão frequente é aquela que é adequada para produzir e conseguir o duplo fim de purificar a alma dos pecados veniais e, ao mesmo tempo, confirmar a vontade na sua aspiração ao bem e à união mais perfeita com Deus. Este fim, segundo a doutrina comum e a experiência, consegue-se com a confissão praticada cada semana, ou cada quinze dias, ou cada três ou quatro semanas: a Santa Igreja conta com o caso de que alguém se confesse mais que uma vez por semana (Cód. De Direito Canónico, can. 595). Por outro lado, se não há nada que confessar, podem ganhar-se todas as indulgências desde que se confesse pelo menos duas vezes por mês ou receba a sagrada comunhão diária ou quase diariamente (Cód de Direito Canónico, can. 931, 3).
De qualquer forma, do que até agora foi dito deduz-se que a confissão frequente pressupõe e exige uma séria aspiração à pureza interior e à virtude, à união com Deus e com Cristo, quer dizer, uma verdadeira vida interior. O que quer conformar-se em evitar unicamente o pecado mortal, sem se preocupar com os pecados veniais, com determinadas infidelidades e faltas; o que não está resolvido a combatê-los com toda a seriedade, esse não se encontra em condições de fazer com proveito uma confissão frequente. A confissão frequente é inconciliável com uma vida de tibieza: pelo contrário, segundo a sua mais íntima finalidade, é um dos meios mais eficazes para superar e eliminar a tibieza. Pratica-se com plena consciência, impulsiona necessariamente o anseio pelo bom, pelo perfeito, a luta contra o mais íntimo pecado consciente encontra uma infidelidade ou descuido.
As almas perfeitas procuram e encontram na confissão frequente força e valor para lutar pela virtude e por uma vida para Deus e com Deus. Mas ao mesmo tempo procuram antes de mais a pureza perfeita da alma. A elas é-lhes muito doloroso causar, com uma infidelidade, pena ao seu amoroso Pai. Têm sempre presente ante o seu olhar Cristo, esposo da sua alma, cheio de formosura, de pureza imaculada e de santidade. Querem partilhar a sua vida, vivê-la, continuá-la e ser outro Cristo. Levadas pelo amor ao Pai, pelo amor a Jesus, ao qual querem assemelhar-se cada dia mais, acodem amiúde à santa confissão. É o santo amor a Deus e a Cristo o que leva estas almas a receber com frequência o sacramento da confissão. A confissão frequente é para elas uma necessidade.
As almas menos perfeitas procuram e encontram com frequência na sagrada confissão, um meio muito excelente para a luta eficaz contra as imperfeições, o fracasso diário, as inclinações e costumes retorcidos e, sobretudo, contra o cansaço espiritual e o perigo do desalento. Estas almas experimentam cabalmente na recepção do sacramento da penitência, em si mesmas, que nelas e com elas triunfa alguém mais forte, Cristo, o Senhor, o que triunfou do pecado, e quer e pode vencê-lo nos seus membros.

Doutrina: CCIC – 586: Que significa a expressão «que estais nos
                                      céus»?
                          CIC – 2794-2796; 2802
Esta expressão bíblica não indica um lugar mas uma maneira de ser: Deus está para lá e acima de tudo. Designa a majestade, a santidade de Deus, e também a sua presença no coração dos justos. O céu, ou a Casa do Pai, constitui a verdadeira pátria para a qual tendemos na esperança, enquanto estamos ainda na terra. Nós vivemos já nela «escondidos com Cristo em Deus» (Col 3, 3).

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