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14/11/2010

Bom Dia! 46



B - Considerar que a pessoa não tinha a intenção de ofender?


É muito possível que, a maior parte das vezes, aquilo que nos magoa parta de pessoas que têm por hábito a crítica, o reparo a denúncia de algo que não lhes agrada nos outros e, isso, pode não ser porque o que fizemos ou dissemos fosse mau mas porque ou não foi entendido ou, por qualquer razão, foi mal interpretado.
Estas pessoas vão pela vida assumindo um papel de críticos e, às vezes, de autênticos juízes dos outros sem que para isso tenham nem autoridade nem motivo válido.

Sendo assim, realmente, não ofendem ninguém porque se limitam a dar expressão a um espírito crítico e curto de sensibilidade. Logo, conclui-se, não há nada a perdoar.

C - Mas, como é que, realmente, nos ofendeu?

Considerando esta última interrogação talvez atentemos que a pessoa se limitou a dizer uma verdade sobre nós ou a respeito da nossa actuação em determinada circunstância.
Sentimo-nos ofendidos, em primeiro lugar, porque não tínhamos dado conta que o que fizemos ou dissemos não era bom, aceitável. Talvez tenhamos faltado à caridade ou ao respeito a alguém e, não tendo dado por isso, sentimo-nos magoados por outrem o ter notado e feito sentir.

Mas, então, neste caso, não se trata de facto duma ofensa que magoa e fere, mas tão só uma nota de alguém que, muito provavelmente, querendo-nos bem, nos chama a atenção para que corrijamos.

Ou seja, fazendo-nos um favor, não há nada a perdoar!

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