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29/10/2010

Bom Dia! Outubro 29, 2010


Assim os que assumem cargos públicos para os quais não têm aptidão, mais não fazem que fazer de péssimos actores de uma peça da qual não conhecem nem o argumento e, muito, menos, a mensagem que se espera têm de transmitir aos espectadores.

Ora, a vida real, concreta, comum, não é uma peça de teatro que, normalmente, traduz situações inventadas num determinado contexto, mas, sim, uma realidade concreta feita de inúmeras e diversificadas facetas, de coisas pequenas e grandes, de actos de coragem e fugas cobardes, atitudes mesquinhas e, outras, grandiosas em que seres humanos muito ou pouco diferentes entre si, têm objectivos, esperanças, ambições e propósitos, por vezes díspares e antagónicos.
Servir nestas condições é, sem dúvida, um acto de coragem que, para ser verdadeiro, necessita de reflexão e séria ponderação.

“Aceito e, depois… logo se vê…”

Parece ser, cada vez mais atitude frequente. E, o “logo se vê” traduz-se inevitavelmente numa sucessão de disparates, erros, por vezes graves e com consequências tremendas.

Mas, isto tudo, de facto, não é de César que não espera, não pode querer nada disto. Não convém, portanto, dar-lho porque, mais tarde ou mais cedo, César, rejeitá-lo-á e, muito provavelmente, exigirá ser ressarcido do engano.
Ao contrário de Deus, César não perdoa sem castigar, ou seja. O seu perdão tem sempre um preço proporcional.

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