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05/07/2023

Publicações em Julho 05

  


Dentro do Evangelho –  (cfr: São Josemaria, Sulco 253)

 

(Re Jo XXI; Lc XXIV; Mc XV, Mt XVII)

Os Quatro Evangelistas terminam os "seus" Evangelhos de forma algo diferente; mesmo os "sinópticos".

Penso que em Jo XXI encontro uma explicação: «Não caberiam no mundo os livros que seria preciso escrever para contar quanto Jesus Cristo disse e fez!»

Quem, como João, desde o primeiro instante, esteve ao lado de Jesus, inclusive vivendo em Sua casa, com a Sua Santíssima Mãe que, depois, suspenso da Cruz, Cristo lhe daria como Mãe e, nele a todos nós homens que a consideramos como Tal, sabe bem do que fala.

Quero crer que este Apóstolo, íntimo do Senhor, como todos os Doze bem sabiam, mais que amigo... confidente como constatamos na Última Ceia, no momento quando Pedro, vendo-o no momento seriíssimo do anúncio da traição reclinado sobre o peito de Jesus, lhe diz: «Pergunta-Lhe a quem se refere».

João é um jovem que aprendeu a considerar os mais velhos e, portanto obedece a Pedro, tanto mais porque guarda as palavras que Jesus Cristo lhe dirigiu: «Apascenta as Minhas ovelhas... Tu és a pedra sobre a qual edificarei a Minha Igreja».

João sofreu perseguições e violências inauditas tendo, inclusive, sido mergulhado num caldeirão de azeite a ferver. Jesus salvou-o sempre dessas provações.

João, creio bem, escreveu o Evangelho porque o Divino Espírito Santo assim "obrigou", o seu desejo era viver o seu isolamento na Ilha de Pathmos, esperando na sua velhice o momento de se juntar definitivamente ao Amor da Sua Vida.

Ler e reler o Evangelho escrito por São João, é como consultar um "diário" sério, credível da vida de Jesus.

Mais tarde, escreve o Apocalipse que qualquer um por mais pragmático ou incrédulo que possa ser, reconhece a "mão" que segurou a pena e efectivamente escreveu... o Divino Espírito Santo.

Não posso, não devo, não quero ter um Evangelista "preferido" mas, São João faz-me mergulhar fundo para, logo a seguir me levantar a alturas insuspeitadas.

Reflexão

Para ter paz de espírito é fundamental controlar a memória, sobretudo, os que têm, como é o meu caso, uma idade avançada.

A minha memória é um arquivo de monumentais proporções e, se lhe acrescento o grafismo que a caracteriza, é como que folhear um album de recordações com imagens e detalhes que me arrastam para passados distantes.

O AMOR DA MINHA VIDA costumava dizer-me: 'António... desliga o computador que tens na cabeça'.

É o que amiúde lhe peço.

                               

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