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25/06/2023

Publicações em Junho 25

  


Dentro do Evangelho –  (cfr: São Josemaria, Sulco 253)

 

(Re Lc II)

Personagem

Sou um pastor e passo muitos dias e noites nos campos com o meu rebanho conduzindo-o para onde sei que os pastos são mais viçosos e abundantes. Sei muito bem que do meu cuidado e dedicação dependerá muito a saúde das ovelhas que me estão confiadas.
Hoje afastei-me um pouco do rebanho porque uns Anjos apareceram no Céu rodeados de luz iridiscente dizendo: «Nasceu-vos um Salvador»! E descreviam os sinais com que haveríamos de encontrá-Lo. Eu e outros pastores fomos em busca desse Salvador e encontramos tudo como eles nos anunciaram.

Juntamente com outros que já lá estavam, ajoelhei-me aos pés de uma manjedoura onde um recém-nascido, envolto em panos, agitava os braços e sorria em redor. A Mãe estava ao lado, debruçada sobre o Filho; um sorriso lindo iluminava o seu belo rosto; mais atrás um homem, seria o Pai, contemplava embevecido a Mãe e o Filho; percebia-se que o estábulo tinha sido limpo, a palha renovada, uma candeia acesa. Na verdade, a candeia não era necessária porque a estrela por cima do estábulo emitia uma luz que tudo iluminava. Eu sou um pobre homem sem grande instrução estava misturado com outras pessoas que,aliás, não cessavam de chegar,  cujo aspecto e trajar diziam bem ser de condição social muito superior à minha. A simplicidade do quadro que todos contemplavamos induzia-nos ao silêncio contemplativo.

Compreendo que o silêncio, a ausência de palavras, é necessário para que o coração e a alma possam contemplar melhor o que os olhos vêm. No silêncio interior as imagens surgem mais nítidas e compreendemos melhor, muito melhor, o que vemos.

 

Reflexão

 

Olhar e reparar

 

São duas atitudes diferentes.

Olhar pode ser um acto automático que não tem que ser nem mau nem bom. Faz parte da nossa condição humana, dos nossos sentidos, da forma como percorremos a vida de todos os dias.

Reparar é diferente. É deter o olhar em algo que nos desperta a curiosidade e pretendemos avaliar – ou ver mais detidamente – os pormenores, os detalhes. E isto pode ser mau porque, de certa forma alia-se ao reparar a curiosidade e, esta, é sempre má.

Trata-se, pois, de guardar a vista e não se pense que é fácil porque não é. Constantemente, somos confrontados com autênticas “agressões visuais” e há que ter a prontidão de seguir em frente e deixar o assunto.

A vista é a porta da alma!

 

 

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