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13/03/2023

Publicações em Março 13

  


Dentro do Evangelho

(Re Lc IX,28-36 )

 

Este acontecimento que São Lucas narra tem algo de misterioso mas, entendo-o como um desejo expresso de Jesus de confirmar os três primeiros discípulos na Fé na Sua Pessoa.

Perante tal visão extraordinária eles estavam «a cair de sono».

O sono é, muitas vezes, a desculpa para não encarar uma realidade que me assusta porque não a compreendo bem.

Em lugar de prestar uma melhor e mais cuidada atenção prefiro o refúgio do sono dos sentidos tentando ignorar o que se apresenta.

Outras vezes, quando me disponho a fazer oração assalta-me como que um sono inexplicável que me induz a adiar para mais tarde esse propósito.

Compreendo  a ordem de Jesus para que não divulgassem o que tinham visto, quem iria acreditar em pessoas que testemunhavam estando a dormir!

Mais tarde, também os guardas ao Sepulcro de Jesus hão-de receber dinheiro e desculpar-se com o sono para testemunhar que tinham sido os discípulos de Jesus que tinham vindo roubar o corpo.

Não obstante esta incongruência, “astúcia miserável” como lhe chama Santo Agostinho, foi a versão que vingou entre os judeus e permance até aos dias de hoje.

Eu, Senhor, quero estar sempre bem desperto e atento quando insinuas na minha alma esses doces e, ao mesmo tempo, imperiosos impulsos que devem levar-me a fazer o que devo fazer quando o devo fazer.

Não adiar para um futuro incerto e que, aliás, não sei se terei, o que urge fazer em cada momento. A minha fraqueza pessoal só a conseguirei ultrapassar com a oração vigilante, perseverante.

Ajuda-me, Senhor, a vencer o meu torpor.

 

Reflectindo na Quaresma

 

Estou aqui, na Igreja, na Tua presença, tendo acabado de ler o trecho do Evangelho em que se descreve a Tua reacção perante os vendedores do Templo e pergunto-me a mim mesmo se eu próprio não me poderia incluir nestes, não porque venha à Igreja fazer comércio, mas porque talvez não venha com a pureza de alma e disposição do coração para fazer o que realmente deveria: Dar-Te graças e louvar-Te.

Tais, unicamente, deveriam ser os meus propósitos e não outros quaisquer.

 

 

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