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12/08/2023

Publicações em Agosto 12

  


ACTOS DOS APÓSTOLOS 10

 

(Re Act 10…)

 

10 Visão de Cornélio em Cesareia - 1*Havia em Cesareia um homem de nome Cornélio, centurião da coorte itálica. 2*Piedoso e temente a Deus, como aliás toda a sua casa, dava largas esmolas ao povo e orava continuamente a Deus. 3*Teve uma visão, cerca das três horas da tarde, e viu distintamente o Anjo de Deus entrar, aproximar-se dele e dizer-lhe: «Cornélio!» 4*Fixando nele os olhos, cheio de medo, respondeu: «Que é, Senhor?» Respondeu o Anjo: «As tuas orações e as tuas esmolas subiram à presença de Deus, e Ele recordou-se de ti. 5E agora, envia homens a Jope e manda chamar um certo Simão, conhecido por Pedro. 6Está hospedado em casa de um curtidor chamado Simão, cuja casa fica à beira-mar.» 7Quando o Anjo se retirou, depois de lhe falar, Cornélio chamou dois dos seus servos e um soldado piedoso, dos que lhe eram pessoalmente dedicados, 8explicou-lhes tudo e mandou-os a Jope. Visão de Pedro em Jope - 9*No dia seguinte, enquanto eles iam a caminho e se aproximavam da cidade, Pedro subiu ao terraço para a oração do meio-dia. 10*Então, sentiu fome e quis comer alguma coisa. Enquanto lhe preparavam de comer, foi arrebatado em êxtase. 11Viu o Céu aberto e um objecto, como uma grande toalha atada pelas quatro pontas, a descer para a terra. 12Estava cheia de todos os quadrúpedes e répteis da terra e de todas as aves do céu. 13E uma voz dizia-lhe: «Vamos, Pedro, mata e come.» 14Mas Pedro retorquiu: «De modo algum, Senhor! Nunca comi nada de profano nem de impuro.» 15*E a voz falou-lhe novamente, pela segunda vez: «O que foi purificado por Deus não o consideres tu impuro.» 16Isto repetiu-se por três vezes e, imediatamente, o objecto foi levado para o Céu. 17Atónito, Pedro perguntava a si próprio o que poderia significar a visão que acabara de ter, quando os homens enviados por Cornélio, tendo perguntado pela casa de Simão, se apresentaram à porta. 18Chamaram e indagaram se era ali que se encontrava hospedado Simão, cujo sobrenome era Pedro. 19E, como Pedro estava ainda a reflectir sobre a visão, o Espírito disse-lhe: «Estão aí três homens a procurar-te. 20Ergue-te, desce e parte com eles sem qualquer hesitação, porque fui Eu que os mandei cá.» 21Pedro desceu, foi ter com os homens e disse: «Sou eu quem procurais. Qual o motivo da vossa vinda?» 22Responderam: «O centurião Cornélio, homem justo e temente a Deus, do qual todo o povo judeu dá bom testemunho, foi avisado por um anjo para te mandar chamar a sua casa e para ouvir as palavras que tens a dizer-lhe.» 23*Então Pedro mandou-os entrar e deu-lhes hospedagem. No dia seguinte, levantando-se, partiu com eles, e alguns irmãos de Jope acompanharam-no. 24Chegou a Cesareia, um dia depois. Cornélio estava à espera deles com os seus parentes e amigos íntimos, que tinha reunido. 25Na altura em que Pedro entrava, Cornélio foi ao seu encontro e, caindo-lhe aos pés, prostrou-se. 26Mas Pedro levantou-o, dizendo: «Levanta-te, que eu também sou apenas um homem.» 27E, a conversar com ele, foi para dentro, encontrando muitas pessoas reunidas. 28*Pedro disse-lhes: «Vós sabeis que não é permitido a um judeu ter contacto com um estrangeiro, ou entrar em sua casa. Mas Deus mostrou-me que não se deve chamar profano ou impuro a homem algum. 29Por isso, não opus qualquer dificuldade ao vosso convite. Peço-vos apenas que me digais o motivo por que me mandastes chamar.» 30Cornélio respondeu: «Faz hoje três dias, a esta mesma hora, estava eu em minha casa a fazer a oração das três horas da tarde, quando surgiu de repente um homem com uns trajes resplandecentes, diante de mim, 31e me disse: 'Cornélio, a tua oração foi atendida e as tuas esmolas foram recordadas diante de Deus. 32Envia, pois, emissários a Jope e manda chamar Simão, cujo sobrenome é Pedro. Está hospedado em casa de Simão, curtidor, junto ao mar.' 33Mandei-te imediatamente chamar e agradeço-te teres vindo. E, agora, estamos todos na tua presença para ouvirmos o que Deus te ordenou.» Discurso de Pedro em casa de Cornélio - 34*Então, Pedro tomou a palavra e disse: «Reconheço, na verdade, que Deus não faz acepção de pessoas, 35mas que, em qualquer povo, quem o teme e põe em prática a justiça, lhe é agradável. 36*Enviou a sua palavra aos filhos de Israel, anunciando-lhes a Boa-Nova da paz, por Jesus Cristo, Ele que é o Senhor de todos. 37Sabeis o que ocorreu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do baptismo que João pregou: 38*como Deus ungiu com o Espírito Santo e com o poder a Jesus de Nazaré, o qual andou de lugar em lugar, fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com Ele. 39*E nós somos testemunhas do que Ele fez no país dos judeus e em Jerusalém. A Ele, que mataram, suspendendo-o de um madeiro, 40*Deus ressuscitou-o, ao terceiro dia, e permitiu-lhe manifestar-se, 41não a todo o povo, mas às testemunhas anteriormente designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois da sua ressurreição dos mortos. 42*E mandou-nos pregar ao povo e confirmar que Ele é que foi constituído, por Deus, juiz dos vivos e dos mortos. 43*É dele que todos os profetas dão testemunho: quem acredita nele recebe, pelo seu nome, a remissão dos pecados.» Baptismo dos primeiros pagãos - 44*Pedro estava ainda a falar, quando o Espírito Santo desceu sobre quantos ouviam a palavra. 45E todos os fiéis circuncisos que tinham vindo com Pedro ficaram estupefactos, ao verem que o dom do Espírito Santo fora derramado também sobre os pagãos, 46*pois ouviam-nos falar línguas e glorificar a Deus. Pedro, então, declarou: 47«Poderá alguém recusar a água do baptismo aos que receberam o Espírito Santo, como nós?» 48E ordenou que fossem baptizados em nome de Jesus Cristo. Então eles pediram-lhe que ficasse alguns dias com eles.

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11/08/2023

Publicações em Agosto 11

 


 

NOTA:

Talvez que a alguns dos fiéis leitores deste Blog lhe possa parecer estranho que Eu, o autor, não me refira ao momento actual no que concerne ás notícias e referências sobre o OPUS DEI.

Espero “sossegar” estes leitores dizendo, que há cerca de trinta e oito anos dando corpo á vocação que sentia dentro de mim, pedi a minha incorporação na OBRA, que foi aceite pelo então Vigário Geral Beato Álvaro del Portilho.

Desde então tenho-me sentido “aqui dentro” como numa fortaleza inexpugnável ao abrigo de tantos males e torpezas de que sou capaz.

Luto por ser fiel ao espírito do Fundador, São Josemaria Escrivá e, só isto me interessa.

O resto, todo o resto, críticas, avaliações, pareceres, sejam de quem forem, não me interessam ou afectam em nada.

Tenho um certeza:

Se ao demónio o OPUS DEI não o afectasse, seguramente os seus ataques não hexistiriam, e, sendo assim, tenho a certeza que estou no bom caminho.

 

(Re Act IX...)

 

9 Conversão de Saulo - 1*Saulo, entretanto, respirando sempre ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, foi ter com o Sumo Sacerdote 2*e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, se encontrasse homens e mulheres que fossem desta Via, os trouxesse algemados para Jerusalém. 3Estava a caminho e já próximo de Damasco, quando se viu subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu. 4*Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: «Saulo, Saulo, porque me persegues?» 5*Ele perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» Respondeu: «Eu sou Jesus, a quem tu persegues. 6Ergue-te, entra na cidade e dir-te-ão o que tens a fazer.» 7*Os seus companheiros de viagem tinham-se detido, emudecidos, ouvindo a voz, mas sem verem ninguém. 8Saulo ergueu-se do chão, mas, embora tivesse os olhos abertos, não via nada. Foi necessário levá-lo pela mão e, assim, entrou em Damasco, 9onde passou três dias sem ver, sem comer nem beber. 10*Havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. O Senhor disse-lhe numa visão: «Ananias!» Respondeu: «Aqui estou, Senhor.» 11O Senhor prosseguiu: «Levanta-te, vai à casa de Judas, na rua Direita, e pergunta por um homem chamado Saulo de Tarso, que está a orar neste momento.» 12*Saulo, entretanto, viu numa visão um homem, de nome Ananias, entrar e impor-lhe as mãos para recobrar a vista. 13*Ananias respondeu: «Senhor, tenho ouvido muita gente falar desse homem e a contar todo o mal que ele tem feito aos teus santos, em Jerusalém. 14*E agora está aqui com plenos poderes dos sumos sacerdotes, para prender todos quantos invocam o teu nome.» 15*Mas o Senhor disse-lhe: «Vai, pois esse homem é instrumento da minha escolha, para levar o meu nome perante os pagãos, os reis e os filhos de Israel. 16Eu mesmo lhe hei-de mostrar quanto ele tem de sofrer pelo meu nome.» 17*Então, Ananias partiu, entrou na dita casa, impôs as mãos sobre ele e disse: «Saulo, meu irmão, foi o Senhor que me enviou, esse Jesus que te apareceu no caminho em que vinhas, para recobrares a vista e ficares cheio do Espírito Santo.» 18*Nesse instante, caíram-lhe dos olhos uma espécie de escamas e recuperou a vista. Depois, levantou-se e recebeu o baptismo. Saulo em Damasco - 19Depois de se ter alimentado, voltaram-lhe as forças e passou alguns dias com os discípulos, em Damasco. 20*Começou, então, imediatamente, a proclamar nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus. 21*Os que o ouviam ficavam estupefactos e diziam: «Não era ele que, em Jerusalém, perseguia aqueles que invocam o nome de Jesus? Não tinha ele vindo aqui expressamente para os levar, presos, aos sumos sacerdotes?» 22*Mas Saulo fortalecia-se cada vez mais e confundia os judeus de Damasco, demonstrando-lhes que Jesus era o Messias. 23*Passado muito tempo, os judeus combinaram matá-lo, 24mas Saulo foi avisado das suas intenções. Até as portas da cidade eram guardadas, noite e dia, com o fim de o matarem. 25*Então os discípulos, tomando-o de noite, fizeram-no descer pela muralha abaixo, dentro de um cesto. Saulo em Jerusalém - 26*Chegado a Jerusalém, Saulo procurava reunir-se aos discípulos, mas todos tinham medo dele, não querendo acreditar que fosse um discípulo. 27*Barnabé tomou-o, então, consigo, levou-o aos Apóstolos e contou-lhes como ele, no caminho, tinha visto o Senhor, que lhe falara, e com que coragem ele anunciara o nome de Jesus em Damasco. 28A partir desse dia, ficou com eles, indo e vindo por Jerusalém e confessando corajosamente o nome do Senhor. 29*Dirigia-se também aos helenistas e discutia com eles, mas estes planeavam a sua morte. 30*Os irmãos, porém, ao saberem disto, levaram-no para Cesareia e fizeram-no seguir para Tarso. Pedro cura um paralítico - 31*Entretanto, a Igreja gozava de paz por toda a Judeia, Galileia e Samaria, crescia como um edifício e caminhava no temor do Senhor e, com a assistência do Espírito Santo, ia aumentando. 32*Pedro, que andava por toda a parte, desceu também até junto dos santos que habitavam em Lida. 33Encontrou lá, estendido num catre, havia oito anos, um homem chamado Eneias, que era paralítico. 34*Pedro disse-lhe: «Eneias, Jesus Cristo vai curar-te! Levanta-te e arranja a enxerga.» E ele ergueu-se imediatamente. 35Todos os habitantes de Lida e da planície de Saron viram isso e converteram-se ao Senhor. Ressurreição de Tabitá - 36*Havia em Jope, entre os discípulos, uma mulher chamada Tabitá, que significa «Gazela.» Era rica em boas obras e nas esmolas que distribuía. 37Ora, nesses dias, caiu doente e morreu. Depois de a terem lavado, depositaram-na na sala de cima. 38*Como Lida era perto de Jope e ouvindo os discípulos dizer que Pedro estava lá, mandaram-lhe dois homens com o seguinte pedido: «Vem depressa ter connosco!» 39Pedro partiu imediatamente com eles. Logo que chegou, levaram-no à sala de cima e encontrou lá todas as viúvas, que choravam e lhe mostravam as túnicas e mantos feitos por Dórcada, enquanto ela estava na sua companhia. 40*Pedro mandou sair toda a gente, pôs-se de joelhos e orou. Voltando-se depois para o corpo, disse: «Tabitá, levanta-te!» Ela abriu os olhos e, ao ver Pedro, sentou-se. 41Tomando-a pela mão, Pedro ajudou-a a erguer-se. Chamando então os santos e as viúvas, apresentou-lha viva. 42Toda a cidade de Jope soube deste acontecimento e muitos acreditaram no Senhor. 43Pedro ficou em Jope bastante tempo ainda, em casa de um curtidor chamado Simão.

 

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10/08/2023

NUNC COEPI: Publicações em Agosto 10

 


PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

Terça-Feira 

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

 

Propósito: Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me: Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?



LEITURA ESPIRITUAL

 

Evangelho

 

Lc VIII, 1-62

1 Tendo convocado os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demónios e para curarem doenças. 2 Depois, enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os doentes, 3 e disse-lhes: «Nada leveis para o caminho: nem cajado, nem alforge, nem pão, nem dinheiro; nem tenhais duas túnicas. 4 Em qualquer casa em que entrardes, ficai lá até ao vosso regresso. 5 Quanto aos que vos não receberem, saí dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés, para servir de testemunho contra eles.» 6 Eles puseram-se a caminho e foram de aldeia em aldeia, anunciando a Boa-Nova e realizando curas por toda a parte.

 

Jesus e Herodes

7 O tetrarca Herodes ouviu dizer tudo o que se passava; e andava perplexo, pois alguns diziam que João ressuscitara dos mortos; outros, 8 que Elias aparecera, e outros, que um dos antigos profetas ressuscitara. 9 Herodes disse: «A João mandei-o eu decapitar, mas quem é este de quem oiço dizer semelhantes coisas?» E procurava vê-lo.

 

Regresso dos Apóstolos

10 Ao regressarem, os Apóstolos contaram-lhes tudo o que tinham feito. Tomando-os consigo, Jesus retirou-se para um lugar afastado na direcção de uma cidade chamada Betsaida. 11Mas as multidões, que tal souberam, seguiram-no. Jesus acolheu-as e pôs-se a falar-lhes do Reino de Deus, curando os que necessitavam.

 

Primeira multiplicação dos pães

12 Ora, o dia começava a declinar. Os Doze aproximaram-se e disseram-lhe: «Despede a multidão, para que, indo pelas aldeias e campos em redor, encontre alimento e onde pernoitar, pois aqui estamos num lugar deserto.» 13 Disse-lhes Ele: «Dai-lhes vós mesmos de comer.» Retorquiram: «Só temos cinco pães e dois peixes; a não ser que vamos nós mesmos comprar comida para todo este povo!» 14 Eram cerca de cinco mil homens. Jesus disse aos discípulos: «Mandai-os sentar por grupos de cinquenta.» 15 Assim procederam e mandaram-nos sentar a todos. 16 Tomando, então, os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os e deu-os aos discípulos, para que os distribuíssem à multidão. 17 Todos comeram e ficaram saciados; e, do que lhes tinha sobrado, ainda recolheram doze cestos cheios.

 

Confissão de Pedro e profecia da Paixão

18 Um dia, quando orava em particular, estando com Ele apenas os discípulos, perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?» 19 Responderam-lhe: «João Baptista; outros, Elias; outros, um dos antigos profetas ressuscitado.» 20 Disse-lhes Ele: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Pedro tomou a palavra e respondeu: «O Messias de Deus.» 21 Ele proibiu-lhes formalmente de o dizerem fosse a quem fosse; 22 acrescentou: «O Filho do Homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, tem de ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.»

 

Abnegação

23 Depois, dirigindo-se a todos, disse: «Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-me. 24 Pois, quem quiser salvar a sua vida há-de perdê-la; mas, quem perder a sua vida por minha causa há-de salvá-la. 25 Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, perdendo-se ou condenando-se a si mesmo? 26 Porque, se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos. 27 E Eu vos asseguro: Alguns dos que estão aqui presentes não experimentarão a morte, enquanto não virem o Reino de Deus.»

 

Transfiguração

28 Uns oito dias depois destas palavras, levando consigo Pedro, João e Tiago, Jesus subiu ao monte para orar. 29 Enquanto orava, o aspecto do seu rosto modificou-se, e as suas vestes tornaram-se de uma brancura fulgurante. 30 E dois homens conversavam com Ele: Moisés e Elias, 31 os quais, aparecendo rodeados de glória, falavam da sua morte, que ia acontecer em Jerusalém. 32 Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele. 33 Quando eles iam separar-se de Jesus, Pedro disse-lhe: «Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias.» Não sabia o que estava a dizer. 34 Enquanto dizia isto, surgiu uma nuvem que os cobriu e, quando entraram na nuvem, ficaram atemorizados. 35 E da nuvem veio uma voz que disse: «Este é o meu Filho predilecto. Escutai-o.» 36 Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou só. Os discípulos guardaram silêncio e, naqueles dias, nada contaram a ninguém do que tinham visto.

 

Cura do menino possesso

37 No dia seguinte, ao descerem do monte, veio ao encontro de Jesus uma grande multidão. 38 E, de entre a multidão, um homem gritou: «Mestre, peço-te que olhes para o meu filho, porque é o meu filho único. 39 Um espírito apodera-se dele e, subitamente, começa a gritar e a sacudi-lo com violência, fazendo-o espumar. Só a custo se retira dele, deixando-o num estado miserável. 40 Pedi aos teus discípulos que o expulsassem, mas eles não puderam.» 41 Jesus respondeu: «Ó geração incrédula e pervertida! Até quando estarei convosco e terei de vos suportar? Traz cá o teu filho.» 42 E, quando ele se aproximava, o demónio atirou-o ao chão e sacudiu-o violentamente. Jesus, porém, ameaçou o espírito maligno, curou o menino e entregou-o ao pai. 43 E todos estavam maravilhados com a grandeza de Deus.

 

Segunda profecia da Paixão

44 Estando todos admirados com tudo o que Ele fazia, Jesus disse aos seus discípulos: «Prestai bem atenção ao que vou dizer-vos: o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens.» 45 Eles, porém, não entendiam aquela linguagem, porque lhes estava velada, de modo que não compreendiam e tinham receio de o interrogar a esse respeito.

 

Contra a ambição e a inveja

46 Veio-lhes então ao pensamento qual deles seria o maior. 47 Conhecendo Jesus os seus pensamentos, tomou um menino, colocou-o junto de si 48 e disse-lhes: «Quem acolher este menino em meu nome, é a mim que acolhe, e quem me acolher a mim, acolhe aquele que me enviou; pois quem for o mais pequeno entre vós, esse é que é grande.» 49 João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos alguém expulsar demónios em teu nome e impedimo-lo, porque ele não te segue juntamente connosco.» 50 Jesus disse-lhe: «Não o impeçais, pois quem não é contra vós é por vós.»

 

Os samaritanos não recebem Jesus

51 Como estavam a chegar os dias de ser levado deste mundo, Jesus dirigiu-se resolutamente para Jerusalém 52 e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de lhe prepararem hospedagem. 53 Mas não o receberam, porque ia a caminho de Jerusalém. 54 Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram: «Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma?» 55 Mas Ele, voltando-se, repreendeu-os. 56 E foram para outra povoação.

 

Condições para seguir Jesus

57 Enquanto iam a caminho, disse-lhe alguém: «Hei-de seguir-te para onde quer que fores.» 58 Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.» 59 E disse a outro: «Segue-me.» Mas ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai.» 60 Jesus disse-lhe: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos. Quanto a ti, vai anunciar o Reino de Deus.» 61 Disse-lhe ainda outro: «Eu vou seguir-te, Senhor, mas primeiro permite que me despeça da minha família.» 62 Jesus respondeu-lhe: «Quem olha para trás, depois de deitar a mão ao arado, não é apto para o Reino de Deus.»

Comentário

A estes setenta e dois hão-de seguir-se, ao longo dos tempos, muitos milhares que irão a todos os recantos do mundo levar a palavra de Deus.

 

Ainda neste último Natal - 2016 - numa pequena povoação perdida nos desertos da Mongólia se celebrou a Santa Missa quer na véspera quer no próprio dia. O celebrante - para uma escassa assistência de umas dezenas de pessoas - foi um sacerdote oriundo Nigéria! Sim, um missionário que veio de milhares de quilómetros de distância para alimentar com a palavra a celebração a fé desses cristãos. E ficamos nós, todos os cristãos, algo envergonhados pela resistência que muitas vezes manifestamos quando se trata de fazer apostolado quase pé da nossa porta!

Temos de tomar estas palavras de Jesus como dirigidas a nós, homens de hoje. Aliás, somos ainda mais afortunados que aqueles aos quais o Senhor se dirigia porque, na verdade, sabemos muito mais que eles e temos meios de conhecer intimamente o Senhor como se com Ele estivéssemos fisicamente. Basta pensar que, quando O comungamos nas Espécies Eucarísticas, o Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade se “misturam” com o nosso corpo e sangue e, a Sua Divindade toma inteira posse da nossa alma. Como não nos considerar-mos os mais felizes dos homens?

«Jesus estremeceu de alegria sob a acção do Espírito Santo». A alegria do Senhor!

Muito mais que as honras possíveis – e merecidas – ou os êxitos apostólicos – tantas vezes patentes – a fé e confiança dos Seus discípulos são, para o Senhor, motivo de intensa e profunda alegria e, mais, a confirmação do que tantas vezes afirmou que o Reino dos Céus está guardado para os simples e puros e coração. Se por um lado as simplicidade nada tem a ver com o grau de cultura ou sabedoria já a pureza de coração é um bem imprescindível “para ver a Deus” e compreender, aceitando, quanto nos revela.

É verdade, Ele próprio afirma que os campos já estão prontos para a ceifa e que não se deve esperar mais. Também cresceu joio no meio das searas e há que evitar que acabe por dominar o trigo. Ceifeiros competentes que façam bem o seu trabalho, com extrema dedicação e entrega; ceifeiros disponíveis para trabalhar sem descanso para que não se perca uma só espiga.

Os enviados de Cristo são, principalmente, os transportadores da paz. Como se Ele, Príncipe da Paz, delegasse de alguma forma os Seus poderes nesses homens dedicados de simples de modo a atrair todos para o Seu Reino. Mas apesar de tudo são sempre poucos porque a seara não para de crescer e os que desejam dedicar-se a essa tarefa extraordinária precisam de vontade firme e mente esclarecida. Em boa verdade o Senhor deveria contar com todos os baptizados se estes assumissem, como deveriam, o seu papel de propagadores do Reino de Deus.

Jesus termina a conversa com os setenta e dois que tinha enviado em missão apostólica, a primeira de uma sucessão de muitos milhares ao longo dos tempos, exactamente com palavras que nos enchem de alegria. Nós, cristãos, não vimos nem ouvimos o que os setenta e dois tiveram a graça de ver e ouvir, mas, a verdade, é que sabemos muito mais que eles, na altura sabiam, conhecemos Jesus Cristo tão intimamente que O recebemos na Comunhão Eucarística. Mas a verdade é sem esses setenta e dois e os milhares que lhes sucederam, sem o seu testemunho, exemplo e perseverança, não teríamos tido essa oportunidade, recebido essa graça.

Deve encher-nos de consolação e alegria estas palavras do Senhor: «escondeste estas verdades aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos», porque temos a felicidade de conhecer as verdades reveladas por Deus de forma tão clara e simples sejamos nós quem formos, tenhamos a “cultura” que tivermos. Ser “pequenino” no sentido que Jesus considera, é ser simples e ter o coração despido de preconceitos e falsos critérios. Ser “pequenino” é, no fim e ao cabo, confiar e entregar o nosso coração a Jesus Cristo Nosso Senhor.

São Lucas repete com palavras suas o episódio do envio dos setenta e dois. Ainda bem que o faz porque se trata de uma autêntica “direcção espiritual” dada pelo Senhor aos primeiros enviados. Diz-lhes sem evasivas como devem proceder, alerta-os para os perigos, assegura-lhes que a missão de que os encarrega é vital para que todos saibam que o Reino de Deus está próximo. E, eles, partem, com entusiasmo e com a certeza que nenhum mal os atingirá. Foi a primeira “grande missão” de apostolado que se praticou dando início ao anúncio do Reino de Deus. O Senhor quer pôr à prova os Seus discípulos e, ao mesmo tempo, envia-os dois a dois para que se assistam mutuamente nesse trabalho absolutamente novo para eles. Explica-lhes com detalhe como hão-de proceder, como se apresentarão às multidões que os esperam ávidas de doutrina e ensinamentos novos. Não são como os Escribas nem como os Doutores da Lei mas simples homens que só se distinguem do resto das pessoas pela sua fé e confiança absolutas em Cristo em nome de Quem se dedicam a essa tarefa.

Mais uma vez deixo-me arrastar pelo desejo de fazer alguma “contabilidade”. Jesus envia 36 grupos de dois discípulos a visitar cidades – povoações - de Israel numa primeira missão evangelizadora. Se admitirmos que cada grupo visitou pelo menos 2 povoações teremos algo como 72! Mas se acaso visitaram mais que 2, então teremos de convir que poucas povoações mais populosas de Israel ficaram sem o anúncio da chegada do Reino de Deus. Assim, estamos perante de algo extraordinário valor e alcance! Dá-lhes, também, poderes excepcionais para “cimentar” a sua missão e sustentar a sua acção. Nós, cristãos de hoje, também precisamos de instruções claras e precisas para levar a bom termo o nosso apostolado. É para isso que devemos recorrer à direcção espiritual onde, a nossa iniciativa, será “temperada” com o conselho de quem melhor sabe o que convém fazer. Mas… e os “poderes excepcionais”? Como podemos contar com eles? Certamente com a oração perseverante confiada. ‘Senhor, que queres que faça?’ No silêncio do nosso coração ouviremos a Sua resposta e, o Espírito Santo guiará as nossas acções. Não tenhamos dúvidas!

Pode parecer, num primeiro relance, que o Senhor critica Marta por não proceder como a irmã. Mas não é assim. O que Jesus quer que Marta entenda é que há tempo e ocasiões para tudo e que, a actividade – ou melhor super-actividade – pode ser inimiga de uma vida equilibrada. De “unidade de vida”. Entendemos perfeitamente o que é a unidade de vida para um cristão: que a sua actividade não colida nem com o culto a prestar a Deus nem com a oração que devemos ter sempre presente. Há, de facto, uma forma de “resolver” este assunto: Trabalhar por amor de Deus, oferecer esse trabalho – seja qual for – ao Senhor e, assim, o trabalho converter-se-á em oração.

Poder-se-ia dizer que estas duas irmãs são como que o paradigma da sociedade. Ambas activas e interessadas com modos diferentes de actuar. Uma preocupa-com os factos da vida corrente empenhando-se para que nada falte sendo útil, serviçal e solidária. A outra está mais interessada em escutar, saber a verdade das coisas e a razão de ser da vida. O que aprender ser-lhe-á muito útil para transmitir a outros sendo guia e exemplo.

 

(AMA, 2099)

 

 

 

 


SANTÍSSIMA VIRGEM

 

A Imaculada Conceição 1

 

A história do homem sobre a terra é a história da misericórdia de Deus. Desde a eternidade, escolheu-nos Ele, antes da criação do mundo, para sermos santos e imaculados a seus olhos, pelo amor (Ef 1, 4).

 No entanto, por instigação do demónio, Adão e Eva revoltaram-se contra o plano divino: tornar-vos-eis como deuses, conhecedores do bem e do mal (Gn 3, 5, tinha-lhes sussurrado o príncipe da mentira. E ouviram-no. Não quiseram dever nada ao amor de Deus. Procuraram conseguir, apenas pelas suas forças, a felicidade a que tinham sido chamados. Mas Deus não desistiu. Desde a eternidade, na Sua Sabedoria e no Seu Amor infinitos, prevendo o mau uso da liberdade por parte dos homens, tinha decidido fazer-se um de nós mediante a Encarnação do Verbo, segunda Pessoa da Trindade. Por isso, dirigindo-se a Satanás, que sob a figura de serpente tinha tentado o Adão e a Eva, o intimou: Eu porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e os descendentes dela (Gn 3, 15) É o primeiro anúncio da Redenção, no qual se antevê já a figura de uma Mulher, descendente de Eva, que será a Mãe do Redentor e, com Ele, esmagará a cabeça da serpente infernal. Uma luz de esperança se acende diante do género humano a partir do próprio instante em que pecamos.   Começavam assim a cumprir-se as palavras inspiradas — escritas muitos séculos antes de que a Virgem viesse ao mundo — que a liturgia põe nos lábios de Maria de Nazaré. Javé criou-me como primeiro fruto da sua obra, no começo dos seus feitos mais antigos... Desde a eternidade, desde o princípio, antes que a terra começasse a existir. Fui gerada quando o oceano não existia e antes que existissem as fontes de água. Fui gerada antes que as montanhas e colinas fossem implantadas, quando Javé ainda não tinha feito a terra e a erva nem os primeiros elementos do mundo (Pr 8, 22-26.

 

 

SÃO LOURENÇO, diácono e mártir

 


REFLEXÃO

Gostaria de ter um amor que fosse maior que o que tenho.

Sim... o amor próprio que sinto como fardo incomportável.

Um amor simples, verdadeiro...

Amor por todos os que conheço ou me são próximos e por todos os outros, tal e como é O Amor d'Ele por nós.

Por mim, sei que não conseguirei por isso recorro a Ti meu Deus e Senhor, à Santíssima Virgem, ao Anjo da minha Guarda a São Tomás Moro que me ajudem a consegui-lo.

(AMA, 2021)


 

SÃO JOSEMARIA textos

 

São Pedro e São Paulo, apóstolos

Ânimo! Tu... podes. – Vês o que fez a graça de Deus com aquele Pedro dorminhoco negador e cobarde...; com aquele Paulo perseguidor, odiento e pertinaz? (Caminho, 483)

Pedro diz-Lhe: «Senhor, Tu lavares-me os pés, a mim?!». Responde Jesus: «O que Eu faço, não o compreendes agora; entendê-lo-ás depois". Insiste Pedro: «Tu nunca me lavarás os pés!». Replicou Jesus: «Se Eu não te lavar, não terás parte coMigo». Simão Pedro rende-se: «Senhor, não só os pés, mas também as mãos e a cabeça»!Ao chamamento a uma entrega total, completa, sem vacilações, muitas vezes opomos uma falsa modéstia como a de Pedro... Oxalá fôssemos também homens de coração, como o Apóstolo! Pedro não admite que ninguém ame Jesus mais do que ele. Esse amor leva-o a reagir assim: – Aqui estou! Lava-me as mãos, a cabeça, os pés! Purifica-me de todo, que eu quero entregar-me a Ti sem reservas! (Sulco, 266)

«Pesa sobre mim a solicitude por todas as igrejas», escrevia São Paulo; e este suspiro do Apóstolo recorda a todos os cristãos – também a ti! – a responsabilidade de pôr aos pés da Esposa de Jesus Cristo, da Igreja Santa, o que somos e o que podemos, amando-a muito fielmente, mesmo à custa de bens, da honra e da vida. (Forja, 584)

 

 

 

 

 

09/08/2023

Publicações em Agosto 09

  


5 Fraude de Ananias e Safira - 1Um certo homem, chamado Ananias, com sua mulher, Safira, vendeu uma propriedade; 2*mas desviou parte do preço, de acordo com a mulher e, trazendo o restante, depositou-o aos pés dos Apóstolos. 3*Então Pedro perguntou-lhe: «Ananias, porque é que Satanás invadiu o teu coração, a ponto de te levar a mentir ao Espírito Santo e subtraíres uma parte do preço do terreno? 4Não podias tu conservá-lo sem o vender? E, depois de o teres vendido, não podias dispor livremente do valor em teu poder? Como pudeste conceber semelhante plano no teu coração? Não foi aos homens que tu mentiste, mas a Deus.» 5Ao ouvir tais palavras, Ananias caiu e expirou, e um grande terror se apoderou de todos os assistentes. 6Os mais novos aproximaram-se para amortalhar o corpo e levaram-no a enterrar. 7Cerca de três horas depois, entrou sua mulher, ignorando o que se passara. 8Pedro perguntou-lhe: «Foi por tanto que vendestes o terreno?» Ela respondeu: «Sim, foi por esse preço.» 9Pedro insistiu: «Porque combinaste pôr à prova o Espírito do Senhor? Aí estão à porta os pés daqueles que sepultaram o teu marido, e te hão-de levar a ti.» 10No mesmo instante, caiu aos pés do Apóstolo e expirou. Os jovens, entrando, encontraram-na morta e, levando-a, sepultaram-na ao lado do marido. 11*Então, um grande temor se apoderou de toda a Igreja e de todos quantos ouviram contar estes acontecimentos. Milagres dos Apóstolos - 12*Entretanto, pela intervenção dos Apóstolos, faziam-se muitos milagres e prodígios no meio do povo. Reuniam-se todos no Pórtico de Salomão 13e, dos restantes, ninguém se atrevia a juntar-se a eles, mas o povo não cessava de os enaltecer. 14Sempre em maior número, juntavam-se, em massa, homens e mulheres, acreditando no Senhor, 15*a tal ponto que traziam os doentes para as ruas e colocavam-nos em enxergas e catres, a fim de que, à passagem de Pedro, ao menos a sua sombra cobrisse alguns deles. 16A multidão vinha também das cidades próximas de Jerusalém, transportando enfermos e atormentados por espíritos malignos, e todos eram curados. Prisão e libertação dos Apóstolos - 17Surgiu, então, o Sumo Sacerdote com todos os seus sequazes, isto é, o partido dos saduceus; encheram-se de inveja 18e deitaram as mãos aos Apóstolos, metendo-os na prisão pública. 19*Mas, durante a noite, o Anjo do Senhor abriu as portas da prisão e, depois de os ter conduzido para fora, disse-lhes: 20*«Ide para o templo e anunciai ao povo a Palavra da Vida.» 21*Obedientes a essas ordens, entraram no templo de manhã cedo e começaram a ensinar. Entretanto, chegou o Sumo Sacerdote com os seus sequazes; convocaram o Sinédrio e todo o Senado dos filhos de Israel e mandaram buscar os Apóstolos à cadeia. 22Os guardas foram lá, mas não os encontraram na prisão e voltaram, declarando: 23«Encontrámos a cadeia fechada com toda a segurança e os guardas de sentinela à porta, mas, depois de a abrirmos, não encontrámos ninguém no interior.» 24Esta notícia pôs os sumos sacerdotes e o comandante do templo numa grande perplexidade acerca dos Apóstolos, e perguntavam a si próprios o que poderia significar tudo aquilo. 25Veio, então, alguém comunicar-lhes: «Os homens que metestes na prisão estão agora no templo a ensinar o povo.» 26O comandante do templo dirigiu-se imediatamente para lá com os guardas e trouxe os Apóstolos, mas não à força, pois receavam ser apedrejados pelo povo. 27Trouxeram-nos, pois, e levaram-nos à presença do Sinédrio. O Sumo Sacerdote, interrogando-os, 28*disse: «Proibimo-vos formalmente de ensinardes nesse nome, mas vós enchestes Jerusalém com a vossa doutrina e quereis fazer recair sobre nós o sangue desse homem.» 29*Mas Pedro e os Apóstolos responderam: «Importa mais obedecer a Deus do que aos homens. 30O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus, a quem matastes, suspendendo-o num madeiro. 31Foi a Ele que Deus elevou, com a sua direita, como Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados. 32E nós somos testemunhas destas coisas, juntamente com o Espírito Santo, que Deus tem concedido àqueles que lhe obedecem.» Intervenção de Gamaliel - 33Enraivecidos com tal linguagem, pensaram a sério em matá-los. 34*Ergueu-se, então, um homem no Sinédrio, um fariseu chamado Gamaliel, doutor da Lei, respeitado por todo o povo. Mandou sair os acusados por alguns momentos 35e, tomando a palavra, disse: «Homens de Israel, tende cuidado com o que ides fazer a esses homens! 36*Nos últimos tempos, apareceu Teudas, que se dizia alguém e ao qual seguiram cerca de quatrocentos homens. Ele foi liquidado e todos os seus partidários foram destroçados e reduzidos a nada. 37*Depois dele, apareceu também Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e arrastou o povo atrás dele. Morreu, igualmente, e todos os seus adeptos foram dispersos. 38E, agora, digo-vos: não vos metais com esses homens, deixai-os. Se o seu empreendimento é dos homens, esta obra acabará por si própria; 39mas, se vem de Deus, não conseguireis destruí-los, sem correrdes o risco de entrardes em guerra contra Deus.» Concordaram, então, com as suas palavras. 40Trouxeram novamente os Apóstolos e, depois de os mandarem açoitar, proibiram-lhes de falar no nome de Jesus e libertaram-nos. 41*Quanto a eles, saíram da sala do Sinédrio cheios de alegria, por terem sido considerados dignos de sofrer vexames por causa do Nome de Jesus. 42*E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Boa-Nova de Jesus, o Messias.

 

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