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05/12/2022

Publicações em Dezembro 5

  


Dentro do Evangelho

 

«Como pode alguém entrar em casa de um homem forte e apoderar-se dos seus haveres, sem primeiro o amarrar? Só então poderá saquear-lhe a casa».

Estas palavras de Jesus Cristo encerram uma lição muito específica no que se refere à tentação: Ninguém pode ser tentado além das suas forças, o Senhor nunca o permitirá.

Para de alguma forma nos dominar ... assaltar a nossa casa... o tentador tem primeiro de nos sujeitar amarrando-nos, só depois conseguirá o que pretende.

Muito bem... penso que qualquer um entende isto mas, o que tenho a considerar é como posso deixar-me "amarrar"!?!

A maior parte das vezes, o tentador não actua... como dizer... "à bruta", vai insinuando, propondo, com hábil manha, sugerindo coisas pequenas quase sem expressão e, é aqui que me pode apanhar desprevenido.

Tenho de estar particularmente atento ás coisas pequenas que podem não ter relevo porque as coisas grandes são logo visíveis e patentes.

Mas... o que estou a escrever significa um grande encargo... talvez demasiado para as minhas capacidades!

Seguramente... é... e, portanto, não me resta outra solução que pedir, como Ele me ensinou no Pai-Nosso, «livra-me da tentação».

Fico tranquilo, se Ele o disse... Ele o fará se Lho pedir com Fé e Confiança absolutas.

«Quando o espírito maligno sai de um homem, vagueia por sítios áridos, em busca de repouso, e não o encontra. Diz então: 'Voltarei para a minha casa, donde saí.' E, ao chegar, encontra-a livre, varrida e arrumada. Vai, toma outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, instalam-se nela. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro».

A conclusão a que chego ao considerar estas palavras de Jesus é que não posso descuidar a minha vigilância permanente da limpeza da minha alma sobretudo quando consigo viver períodos sem ofender Deus.

Como que tivesse a presunção de ter adquirido a santidade que busco de forma definitiva, não me empenho tão a sério como deveria naquela específica petição do Pai-Nosso; se não fosse absolutamente necessária Jesus não no-la teria ensinado.

A presunção de santidade não é mais que uma tentação.

«Todo o pecado ou blasfémia será perdoado aos homens, mas a blasfémia contra o Espírito não lhes será perdoada. E, se alguém disser alguma palavra contra o Filho do Homem, há-de ser-lhe perdoado; mas, se falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo nem no outro».

De certa forma, esta afirmação de Jesus «Todo o pecado ou blasfémia será perdoado aos homens», deixa-me descansado… as ofensas que cometer serão sempre perdoadas.

No entanto, para obter esse perdão tenho de, em primeiro lugar, arrepender-me sincera e contritamente e, depois, pedir perdão do mal que fiz.

Não interessa quantas vezes tenho de o fazer, quando caio tenho de levantar-me, sacudir a porcaria que se me agarrou, aprumar-me e seguir em frente sem olhar para trás.

Sim… sem olhar para trás porque uma tentação frequente do demónio é a lembrança dos pecados cometidos no passado. Posso ser levado a considerar na minha imaginação essas faltas passadas e, mesmo sem querer, voltar a cair.

Tenho “um remédio pessoal” que uso nestas situações… o Escapulário que trago ao peito, toco-o, imploro e… a tentação desaparece.

 

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