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13/10/2022

Publicações em Outubro 13

 


 

Santíssima Virgem Glória e Graça

 

 

Santíssima Virgem - Santo Rosário - Mistérios do Evangelho

 

 

Cura de enfermos

 

A exemplo de tantos Santos, tambem eu gosto de chamar a Jesus O MÉDICO DIVINO!

Qualquer médico consciente da sua profissão e observante do compromisso que assumiu, consagra toda a sua vida a tratar dos feridos, curar as suas doenças, minimizar os seus sofrimentos.

Evidentemente que, sendo esta a sua vida de trabalho terá de ser compensado pelo mesmo mas sempre deverá ter em conta a situação económica dos que atende. Recusar-se a prestar serviços porque não espera receber por eles será algo impensável porque contrário à justiça mais elementar.

O Médico Divino nunca Se recusa a cuidar os que dEle precisam nem Se detém a pensar na “paga” que poderia legítimamente esperar.

Essa “paga” é a alegria da cura operada e o exemplo de caridade que os circunstantes deverão guardar e, sem dúvida, o reconhecimento que Ele pode tudo.

Mas… O Médico Divino faz muito mais que curarar males do corpo, vai ao ponto de fazer algo surpreendente para os que O rodeiam: Toca o doente, como tocou o leproso postado à beira do caminho.

Muito pior que a lepra do corpo é a lepra do pecado e também aqui O Médico Divino acrescenta algo que só Ele pode acrescentar: «Vai em paz, os teus pecados estão perdoados» e para confirmar o que digo antes, por vezes acrescenta: «Vê lá… não voltes a pecar para que não te aconteça algo muito pior».

O Evangelho refere que era costume do povo levar até Jesus os familiares ou amigos doentes, muitas vezes amontoando-se à porta da casa onde estaria, outras vezes pondo as enxergas dos doentes nas praças ou caminhos por onde havia de passar e, a Sua sombra curava-os.

Quem acredita neste MÉDICO DIVINO tem sempre a Quem agarrar-se nas aflições da vida corrente com a certeza que Ele actuará como for mais conveniente. Mesmo que não considere curar a doença dará sempre a força e o ânimo para a suportar e, sobretudo, para merecer graças incontáveis para o doente e para muitíssimos outros.

É, de facto, o que vemos com surpreza em muitos hospitais: a serenidade e até alegria de muitos doentes em situações graves de doenças prolongadas que os médicos não conseguem debelar.

Tenho pessoalmente experiências de internamento prolongado em hospitais e pude constatar quanto disse atrás. Para mim foram lições inesquecíveis que muito me servem quando os incómodos, dores e mal-estar me assolam para que não me queixe… antes agradeça a oportunidade de ter algum merecimento.

De facto muitos andam pela vida fora queixando-se por tudo e por nada, uma dor de cabeça ou de dentes, um incómodo próprio da idade como seja a locomoção, aos ais e esgares de sofrimento. São pessoas que nos incomodam imenso que em vez de suscitarem a nossa solidaridedade próxima nos afastam para longe.

Pessoalmente tenho problemas sérios de locumoção que a idade vai agravando mas não será por me queixar que esses problemas desaparecem, por isso mesmo faço o possível – ás vezes sem o conseguir – em vez de um “AI!” dizer antes: Ofereço-Te Senhor! E, a verdade, é que quase sempre é suficiente e bastante para que o incómodo desapareça.

E, então eu sei, tenho a certeza absoluta que o MÉDICO DIVINO actuou.

Atrevo-me adizer que quem não tem confiança neste MÉDICO DIVINO tem muito poucos ou ningém que o salve em caso de necessidade. Devo fazer como cristão o que me compete fazer: anunciar a todos os que se cruzem conmigo nos caminhos da vida esta verdade: que há um MÉDICO DIVINO sempre pronto, diponível e solicícito para nos atender e assistir.

Bastará chamá-Lo e Ele não deixará de vir em nosso auxílio.

Para recorrer a este Médico os cristãos costumam usar a Intermediadora por excelência: a Santíssima Virgem.

Como Mãe Extremosa ela está sempre atenta e disponível para pedir por nós a seu Filho.

Coisas grandes ou pequenas, doenças graves ou não, ela não se esquece – nunca – de nós.

Chamamos a Fátima ALTAR DO  MUNDO porque, de facto, a humanidade inteira ali vai rezar; eu atrevo-me a acrescentar também CONSULTÓRIO DA HUMANIDADE porque ali ocorrem milhões de pessoas como a um consultório médico em busca de remédio, cura, lenitivo para os males que os achacam.

Em criança lembro-me de ver no travejamento do tecto da Capelinha muletas, próteses, ex-votos que muitos peregrinos agradecidos quiseram deixar como testemunho de curas alcançadas em respodta ás suas súplicas à Mãe dos aflitos.

Nos arquivos do Santuário existem milhares de relatos autenticados com estes relatos.

Uns destes dizem-me directamente respeito como este:

História verdadeira

 

Com 4/5 anos de idade, o sexto filho de uma família nessa altura com 7 irmãos, mais tarde seriam 10, apareceu com uma doença, na época, pelos anos 1944/45, estranha ou, pelo menos, pouco divulgada: Leucemia.

 

Não havia, então, grandes meios, nem de diagnóstico e, muito menos de tratamento. As análises semanais eram feitas e enviadas para Alemanha, em Portugal, não havia recursos para tal. Os resultados revelavam sempre o agravamento da doença.

 

Os Pais, não desistiam de aplicar todos os meios, embora escassos, para lutar pela saúde do seu filho e, sobretudo, todos os dias 13 de cada mês, levavam-no a Fátima onde participava na Missa dos peregrinos e recebia a bênção dos doentes.

O miúdo olhava para a Mãe ao seu lado, vestida de servita e via nos seus olhos doces, fixando a Custódia, um brilho de lágrimas incontidas.

 

Passados talvez 2 anos e meio, num dia 13 de Maio, mais uma vez ali estiveram.

 

No dia seguinte mais uma análise, desta vez com colheita de gânglios linfáticos que se avolumavam no pescoço do rapazinho. Uns dias depois, talvez uma semana, vieram os resultados do laboratório alemão: Não havia vestígios de Leucemia!

 

As análises continuaram, cada vez mais espaçadas e, os resultados mantinham-se.

O rapazinho recuperou totalmente a saúde, foi para o colégio e fazia, normalmente, a vida que todos os rapazes da sua idade faziam.

 

Passados 3 anos, em Fevereiro, nova e terrível doença: Meningite no seu estado mais grave!

 

Não havia ainda medicamentos apropriados (como a Estreptomicina que só apareceria no mercado em Abril desse ano e por um preço astronómico). As punções lombares cada dois dias eram um tormento indescritível e as dores de cabeça eram tais que o Pai do menino pediu ao porteiro do prédio que desse uma moeda a cada tocador de guitarra, acordeão etc., que então abundavam nas ruas de Lisboa, com a recomendação de se afastarem do local.

 

Não havia possibilidades de o levar a Fátima, tal a prostração e debilidade crescentes, mas, a sua Mãe colocou-lhe debaixo da almofada da sua cama de quase moribundo, um cravo que tinha colhido do andor de Nossa Senhora, em Fátima, depois da “procissão do adeus” num dia 13 também de Maio.

 

Passadas poucas semanas, voltou para o colégio, são e salvo!

 

Naquela família existiu – existe – sempre a convicção profunda que Jesus, por intercessão da Sua Santíssima Mãe, tinha, mais uma vez, operado um milagre.

 

O rapazinho viveu.

 

Tem, hoje 82 anos!

 

A Deus nada é impossível… e atende sempre a Sua Santíssima Mãe!