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18/07/2022

Publicações em Julho 18

  


Dentro do Evangelho –  (cfr: São Josemaria, Sulco 253)

 

(Re Mt V…)

 

Os momentos de descanso eram, quase sempre, aproveitados por Jesus para ensinar e instruir os mais próximos; na verdade, Ele não descansava nunca como que possuído de uma ânsia de ensinar, instruir a queles a quem tanto queria e que destinava a "grandes coisas"; alargava-Se em discursos, parábolas muitas vezes sobre assuntos já considerados mas que, Ele queria que ficassem bem gravados nas suas mentes.

Ele bem sabia com quem falava, quem eram os que O escutavam, (pois claro que sabia... foi Ele Quem os escolheu... um a um...),

Os inimigos de Cristo encarniçam-se com argumentos... como:

"Quem haveria de seguir um carpinteiro? Um carpinteiro não é nenhum "condutor de homens", não tem prosélitos, admiradores incondicionais, é um carpinteiro e ponto!!!"

Sim... é verdade que reconheço mérito nesta "alegação", é absolutamente verdadeira, substancial, não oferece discussão.

Talvez, por isto mesmo, valha a pena esmiuçar os motivos, as razões porque este CARPINTEIRO arrastou e arrasta atrás de Si incontáveis milhões de seres humanos, funda uma Igreja da qual É a Cabeça, propaga uma doutrina baseada no AMOR.

O "chefe" desses inimigos de Cristo, retira-se da discussão, não lhe interessa, sabe que perderá "votos", seguidores, espera que a "cizânea" que furtivamente espalhou na sementeira divina, consiga vingar e impedir que as espigas de trigo são e fecundo cresçam e se multipliquem.

Os inimigos de Cristo, a meu ver, não sendo muito inteligentes, são  "práticos… tantas vezes tocaremos a mesma música que esta acabará por ficar no ouvido."

Imerso neste pensamentos, mal me dou conta que Jesus termina o Seu longo discurso onde falou e esclareceu sobre as relações entre os homens, sempre complexas e problemáticas, o dever de amar todos, mesmo os que consideramos como inimigos.   e termina com uma "sentença" de um alcance incomensurável: «Sede perfeitos como É perfeito o vosso Pai celeste».

A mim, que sou sou um pobre homem, a uma distância extraordinária daqueles Doze Santos homens que O seguem incondiconalmente, Jesus diz-me tal coisa!!!

Vem-me à memória o que um Santo dos nossos dias escreveu: "Santos... só no Céu...".

Considerando.... digo: ‘Senhor... leva-me para o Céu’.

 

Reflexão

 

A idiossincrasia de cada ser humano está intimamente associada ao progresso da sociedade porque, esta, não é um "bloco" uniforme e indivisível, mas sim um conjunto mais ou menos equilibrado de várias idiossincrasias que concorrem para um mesmo resultado: a variedade pluriforme da sociedade humana.

Gregário por natureza o ser humano não se confunde nem se deixa absorver pelo conjunto antes concorre e contribui com o que lhe é próprio para o que é comum.

Tantas vezes se tenta algo diferente do habitual daquilo que ao longo dos dias vamos construindo, às vezes laboriosamente ­ forçado ou não ­ e não conseguimos encontrar o "fio condutor" que nos leve onde não programamos ir mas que ambicionados chegar.

E quem tem por hábito ou feitio escrever sente de forma muito radical por vezes um como que bloqueio inexplicável não conseguindo "arrancar" de dentro de si mesmo o que sente necessidade de expor, mas, como não sabe bem o que é, está­lhe ausente e foge do seu controlo.

Escrever por escrever pode ser bom e até saudável. Sem esforço, deixando as palavras fluírem livremente acaba por se envolver num processo quase automático de escalpelização íntima como que uma catarse que tem de incluir um esforço muito concreto de não se deixar cair na auto­comiseração, no "esmagamento" do "eu" ­ sempre uma forma fácil de dar guarida ao amor­próprio e orgulho ­ e tentar manter o pensamento lógico e saudável.

Escrever sobre si mesmo não é nem fácil nem difícil se se segue uma regra simples: escrever para si mesmo sem a preocupação ou desejo que outros venham a ler o escrito.

Aliás, penso que só deste modo a escrita tem autenticidade concreta porque se por detrás dela se encontra algum ­ por ténue ou indefinido que seja ­ desejo ou intento de ser lido, é praticamente impossível fugir ao uso da máscara ou disfarce da realidade.

Sem querer, talvez, é­se levado pelo desejo de parecer inteligente, original, interessante mas, depois, ao rever o escrito, fica­se com um sentimento ­ bem amargo por vezes ­ de inutilidade.

O "truque" está numa fórmula muito simples: escrevi o que me apeteceu!

Esta conclusão que não se pretende transformar em corolário, resolve muitos dilemas futuros, como, por exemplo, concluir: já escrevi isto! Não vale a pena repetir!

E, daqui, pode surgir uma nova ideia que leve a uma elaboração diferente de um tema já rebuscado.

Parece-me aceitável esta conclusão.

 

 

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