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22/11/2021

Publicações em Novembro 22

 


Ouvi Jesus responder a uma pergunta sobre o Reino dos Céus aos que O rodeavam, muitos como sempre, com uma parábola cujo tema era o Tesouro.

Alguém que descobre um tesouro num campo e "vende quanto tem" para comprar esse campo, outro, um Pai de Família que do "seu tesouro tira coisas boas"...

Fiquei a pensar em qual seria a intenção de Jesus e tive de concluir que cada ser humano tem um tesouro que urge encontrar.

Claro que tesouro associa-se a bens, riqueza, algo com muito valor, e está certo.

De seguida fui como que levado a descobrir o meu tesouro.

Confesso que esta procura foi relativamente fácil porque quase de seguida encontrei o que procurava.

O meu tesouro está na minha Fé Cristã.

Com ela posso fazer muitas mais coisas que sem a ter não me seria possível fazer.

A Fé concreta, sólida derruba todas as barreiras, permite todos os arrojos da vontade, conquista o que parece inatingível.

Eu tenho este tesouro, os "campos" onde o encontrei foram os sólidos ensinamentos dos meus Queridos Pais, no exemplo de tantos com quem me tenho encontrado, nas sugestões e conselhos dos Directores Espirituais que ao longo dos anos me foram assistindo e guiando.

Como um Tesouro inestimável tenho de guardar muito bem a minha Fé para que não esmoreça nem se transvie ou, o tentador não me leve por caminhos que não devo trilhar pondo em risco a sua inteireza.

Defendê-la a todo o custo,

 evidentemente... SIM... mas não basta, tenho de pedir insistentemente ao Senhor que não só a guarde mas fortaleça e aumente a cada instante da minha vida.

A Fé só Deus Nosso Senhor a pode dar e só a dará a quem sinceramente a deseje.

Quem poderá não querer receber, gratuitamente, este Tesouro?!?

Mas, poderão alguns argumentar, se Deus É tão sumamente bondoso porque não dá a Fé a todos?

Si, é verdade, Deus É sumamente bondoso mas também É Sumamente Justo e, portanto, não dará absolutamente nada que os Seus Filhos não queiram ou desejem e, assim, dá os meios e ensejos para que conheçam o que lhes convém.

Daqui que o trabalho da evangelização nunca pode abrandar porque há multidões de seres humanos que não ouviram falar da Fé de forma a levá-los desejar tê-la.

Pode ser que alguns, dessas multidões, estejam mesmo à nossa porta ou se cruzem connosco por onde andamos.

Evangelizar não é levar como que um cartaz chamativo, subir a uma escada e discursar a quem passa é dar um exemplo de conduta de vida que leve outros a querer imitar-nos e, talvez fazer perguntas, levantar interrogações e, assim, com este primeiro passo, permitir-nos abrir o caminho que devem trilhar.

O Reino dos Céus! O meu tesouro!

 

Reflectindo

Insatisfação

 

Uma aparente insatisfação de não fazer o que devia fazer, como e quando. Sinto esta ânsia de perfeição pessoal que a cada momento parece estar ao meu alcance para logo se afastar para bem longe.

Queria um julgamento agora, que o Senhor me dissesse claramente:

‘Não posso prosseguir sem que primeiro aproveites todas as oportunidades que te dou continuamente.

Choras?

Mas choras por Mim ou por ti?

Porque não alcanças o que desejas ou porque não te esforças o suficiente?

Choras porque és pouca coisa e gostavas de ser mais ou choras porque nem mesmo o pouco que és consegues fazer o que deves?

Falta-te a vontade e sobra-te o desejo.

Choras porque não passas das intenções, das belas palavras, dos propósitos bem estruturados e não segues em frente como deves com o que tens, tudo o que tens e é muito porque fui Eu Quem to deu e bem sabes como sou generoso.

Sim, António, o que tens é o bastante, suficiente para me dares o que te exijo: que sejas bom, puro e santo’.

 

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