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14/09/2021

NUNC COEPI Publicações em Setembro 14

 


PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

Terça-Feira 

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

 

Propósito: Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me: Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?




LEITURA ESPIRITUAL

 

Evangelho

 

Jo VI, 1-71

 

Multiplicação dos pães e dos peixes

1 Depois disto, Jesus foi para a outra margem do lago da Galileia, ou de Tiberíades. 2 Seguia-o uma grande multidão, porque presenciavam os sinais miraculosos que realizava em favor dos doentes. 3 Jesus subiu ao monte e sentou-se ali com os seus discípulos. 4 Estava a aproximar-se a Páscoa, a festa dos judeus. 5 Erguendo o olhar e reparando que uma grande multidão viera ter com Ele, Jesus disse então a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para esta gente comer?» 6 Dizia isto para o pôr à prova, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Filipe respondeu-lhe: 7 «Duzentos denários de pão não chegam para cada um comer um bocadinho.» 8 Disse-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro: 9 «Há aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?» 10 Jesus disse: «Fazei sentar as pessoas.» Ora, havia muita erva no local. Os homens sentaram-se, pois, em número de uns cinco mil. 11 Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os pelos que estavam sentados, tal como os peixes, e eles comeram quanto quiseram. 12 Quando se saciaram, disse aos seus discípulos: «Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca». 13 Recolheram-nos, então, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada que sobejaram aos que tinham estado a comer. 14 Aquela gente, ao ver o sinal milagroso que Jesus tinha feito, dizia: «Este é realmente o Profeta que devia vir ao mundo!» 15 Por isso, Jesus, sabendo que viriam arrebatá-lo para o fazerem rei, retirou-se de novo, sozinho, para o monte.

 

Jesus caminha sobre as águas

16 Ao cair da tarde, os seus discípulos desceram até ao lago 17 e, subindo para um barco, foram atravessando o lago em direcção a Cafarnaúm. 18 Já tinha escurecido e Jesus ainda não fora ter com eles. Soprando uma forte ventania, o lago começou a agitar-se. 19 Depois de terem remado mais ou menos uma légua, avistaram Jesus que se aproximava do barco, caminhando sobre o lago, e tiveram medo. 20 Mas Ele disse-lhes: «Sou Eu, não tenhais medo!» 21 Quiseram recebê-lo logo no barco, e o barco chegou imediatamente à terra para onde iam.

 

Discurso do Pão do Céu

22 No dia seguinte, a multidão que ficara do outro lado do lago reparou que ali não estivera mais do que um barco, e que Jesus não tinha entrado no barco com os seus discípulos, mas que estes tinham partido sozinhos. 23 Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades até ao lugar onde tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças. 24 Quando viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam ali, a multidão subiu para os barcos e foi para Cafarnaúm à procura de Jesus. 25 Ao encontrá-lo no outro lado do lago, perguntaram-lhe: «Rabi, quando chegaste cá?» 26Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-me, não por terdes visto sinais miraculosos, mas porque comestes dos pães e vos saciastes. 27 Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará; pois a este é que Deus, o Pai, confirma com o seu selo.» 28 Disseram-lhe, então: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?» 29 Jesus respondeu-lhes: «A obra de Deus é esta: crer naquele que Ele enviou.» 30 Eles replicaram: «Que sinal realizas Tu, então, para nós vermos e crermos em ti? Que obra realizas Tu? 31 Os nossos pais comeram o maná no deserto, conforme está escrito: Ele deu-lhes a comer o pão vindo do Céu.» 32 E Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu, mas é o meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do Céu, 33 pois o pão de Deus é aquele que desce do Céu e dá a vida ao mundo.» 34 Disseram-lhe então: «Senhor, dá-nos sempre desse pão!» 35 Respondeu-lhes Jesus: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá fome e quem crê em mim jamais terá sede. 36 Mas já vo-lo disse: vós vistes-me e não credes. 37 Todos os que o Pai me dá virão a mim; e quem vier a mim Eu não o rejeitarei, 38 porque desci do Céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39 E a vontade daquele que me enviou é esta: que Eu não perca nenhum daqueles que Ele me deu, mas o ressuscite no último dia. 40 Esta é, pois, a vontade do meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia.» 41 Os judeus puseram-se, então, a murmurar contra Ele por ter dito: 'Eu sou o pão que desceu do Céu'; 42 e diziam: «Não é Ele Jesus, o filho de José, de quem nós conhecemos o pai e a mãe? Como se atreve a dizer agora: 'Eu desci do Céu'?» 43 Jesus disse-lhes, em resposta: «Não murmureis entre vós. 44 Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não atrair; e Eu hei-de ressuscitá-lo no último dia. 45 Está escrito nos profetas: E todos serão ensinados por Deus. Todo aquele que escutou o ensinamento que vem do Pai e o entendeu vem a mim. 46 Não é que alguém tenha visto o Pai, a não ser aquele que tem a sua origem em Deus: esse é que viu o Pai. 47 Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê tem a vida eterna. 48 Eu sou o pão da vida. 49 Os vossos pais comeram o maná no deserto, mas morreram. 50 Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá. 51 Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do mundo.» 52 Então, os judeus, exaltados, puseram-se a discutir entre si, dizendo: «Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?!» 53 Disse-lhes Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54 Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu hei-de ressuscitá-lo no último dia, 55 porque a minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue, uma verdadeira bebida. 56 Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e Eu nele. 57 Assim como o Pai que me enviou vive e Eu vivo pelo Pai, também quem de verdade me come viverá por mim. 5 8Este é o pão que desceu do Céu; não é como aquele que os antepassados comeram, pois eles morreram; quem come mesmo deste pão viverá eternamente.» 59 Isto foi o que Ele disse em Cafarnaúm, ao ensinar na sinagoga.

 

Reacção dos discípulos

60 Depois de o ouvirem, muitos dos seus discípulos disseram: «Que palavras insuportáveis! Quem pode entender isto?» 61 Mas Jesus, sabendo no seu íntimo que os seus discípulos murmuravam a respeito disto, disse-lhes: «Isto escandaliza-vos? 62 E se virdes o Filho do Homem subir para onde estava antes? 63 É o Espírito quem dá a vida; a carne não serve de nada: as palavras que vos disse são espírito e são vida. 64 Mas há alguns de vós que não crêem.» De facto, Jesus sabia, desde o princípio, quem eram os que não criam e também quem era aquele que o havia de entregar. 65 E dizia: «Por isso é que Eu vos declarei que ninguém pode vir a mim, se isso não lhe for concedido pelo Pai.» 66 A partir daí, muitos dos seus discípulos voltaram para trás e já não andavam com Ele. 67 Então, Jesus disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?» 68 Respondeu-lhe Simão Pedro: «A quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna! 69 Por isso nós cremos e sabemos que Tu é que és o Santo de Deus.» 70 Disse-lhes Jesus: «Não vos escolhi Eu a vós, os Doze? Contudo, um de vós é um diabo.» 71 Referia-se a Judas, filho de Simão Iscariotes, pois esse é que viria a entregá-lo, sendo embora um dos Doze.


Comentário

Este portentoso milagre ficou de tal forma gravado na memória do Apóstolo que refere detalhes como: «Ora, havia muita erva no local». De resto, o milagre não podia passar despercebido nem a sua magnitude como o demonstra a reacção dos circunstantes como se lê no versículo 14. Cristo continua a alimentar multidões e, por muitos que sejam os que recebem a Sagrada Eucaristia, esta nunca se esgota renovada constantemente no Sacrifício da Santa Missa.

Não podemos nem devemos criticar os judeus pela sua admiração e incredulidade. Muito provavelmente, se estivéssemos presentes, teríamos reacção semelhante. As declarações de Jesus Cristo são algo inteiramente novo e, talvez, “estranho” de difícil compreensão. Todos queremos as coisas muito claras e compreensíveis e, algumas vezes quando isso não acontece, não fazemos o mais elementar: obter esclarecimentos. Como se vê no trecho de São João, não há uma pergunta sequer, ninguém pede uma explicação. Mais tarde, o Espírito Santo fará luz sobre esta como outras questões da pregação de Jesus Cristo, e tudo se tornará claro e substantivo. Ninguém daquela «grande multidão» jamais esquecerá este milagre operado por Jesus. Os discípulos de certa forma “habituados” às maravilhas que o Senhor faz constantemente não deveriam ter palavras para descrever um acto tão extraordinário. Querem fazê-Lo Rei! E, de facto, Ele, é o Rei do nosso coração em festa sempre que O recebemos na Comunhão Eucarística.

 

(AMA, 2018)

 

EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ

 

SANTÍSSIMA VIRGEM

 

CARTA ENCÍCLICA

REDEMPTORIS MATER

DO SUMO PONTÍFICE

JOÃO PAULO II

SOBRE A BEM-AVENTURADA

VIRGEM MARIA

NA VIDA DA IGREJA

QUE ESTÁ A CAMINHO

 

 

Veneráveis Irmãos, caríssimos Filhos e Filhas: saúde e Bênção Apostólica!

 

INTRODUÇÃO

 

6. Tudo isto se realiza num grande processo histórico e, por assim dizer, “numa caminhada”. “A peregrinação da fé” indica a história interior, que é como quem diz a história das almas. Mas esta é também a história dos homens, sujeitos nesta terra à condição transitória e situados nas dimensões históricas. Nas reflexões que seguem quereria, juntamente convosco, concentrar-me primeiro que tudo na sua fase presente, que aliás de per si não pertence ainda à história; e, contudo, incessantemente já a vai plasmando, também no sentido de história da salvação. Aqui abre-se um espaço amplo, no interior do qual a Bem-aventurada Virgem Maria continua a “preceder” o Povo de Deus. A sua excepcional peregrinação da fé representa um ponto de referência constante para a Igreja, para as pessoas singulares e para as comunidades, para os povos e para as nações e, em certo sentido, para toda a humanidade. É verdadeiramente difícil abarcar e medir o seu alcance.

O Concílio sublinha que a Mãe de Deus já é a realização escatológica da Igreja: “na Santíssima Virgem ela já atingiu aquela perfeição sem mancha nem ruga que lhe é própria (cf. Ef 5, 27)” ― e, simultaneamente, que “os fiéis ainda têm de envidar esforços para debelar o pecado e crescer na santidade; e, por isso, eles levantam os olhos para Maria, que brilha como modelo de virtudes sobre toda a comunidade dos eleitos”. A peregrinação da fé é algo que já não pertence à Genetriz do Filho de Deus: glorificada nos céus ao lado do próprio Filho, a sua união com o mesmo Deus já transpôs o limiar entre a fé e a visão “face-a-face” (1 Cor 13,12). Ao mesmo tempo, porém, nesta realização escatológica, Maria não cessa de ser a “estrela do mar” (Maris Stella) para todos aqueles que ainda percorrem o caminho da fé. Se levantam os olhos para Ela nos diversos lugares onde se desenrola a sua existência terrena, fazem-no porque Ela “deu à luz o Filho, que Deus estabeleceu como primogénito entre muitos irmãos(Rom 8, 29) e também porque “Ela coopera com amor de mãe” para “a regeneração e educação” destes irmãos e irmãs.

 


 

REFLEXÃO

 

Exame pessoal 5

Mas, o exame é algo privado, como que secreto?

Privado e pessoal sim, mas não tem que ser secreto.

Ao contrário, pode muito bem servir para ajudar outros.

Seria, talvez, motivo de conversa apostólica levar outros ao hábito do exame pessoal.

O exame dá sempre fruto o que é óptimo para quem necessita - e somos todos os homens - de se apresentar ao Senhor com algo para Lhe oferecer.

(AMA, 2018)

 


 

SÃO JOSEMARIA textos

 

A transfiguração do Senhor

O Céu. "Nem olho algum viu, nem ouvido algum ouviu, nem passaram pelo pensamento do homem as coisas que Deus preparou para aqueles que O amam". Não te incitam à luta estas revelações do Apóstolo? (Caminho, 751)

E transfigurou-Se diante deles. E o Seu rosto ficou refulgente como o Sol e as Suas vestes tornaram-se brancas como a neve (Mt 17, 2). Jesus: ver-Te, falar contigo! Permanecer assim, contemplando-Te; abismado na imensidade da Tua formosura, e nunca, mais deixar de Te contemplar! Ó Cristo, quem Te pudesse ver! Quem Te visse, para ficar ferido de amor por Ti! E eis que da nuvem uma voz dizia: Este é o meu Filho dilecto em quem pus toda a minha complacência: ouvi-O (Mt 17, 5). Senhor nosso, aqui nos tens, dispostos a escutar tudo o que nos quiseres dizer. Fala-nos; estamos atentos à Tua voz. Que as Tuas palavras, caindo na nossa alma, inflamem a nossa vontade, para que se lance fervorosamente a obedecer-Te! Vultum tuum, Domine, requiram (S 26,8) – buscarei, Senhor, o Teu rosto. Encanta-me cerrar os olhos, e considerar que chegará o momento – quando Deus quiser – em que poderei vê-lo, não como num espelho, e sob imagens obscuras…, mas face a face (1 Cor 13, 12). Sim, o meu coração está sedento do Deus, do Deus vivo; quando irei e verei a face de Deus? (S 41, 3). (Santo Rosário. 4. º Mistério luminoso)