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29/05/2021

NUNC COEPI: Publicações em Maio 29

 


Sábado 

 

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

 

Propósito: Honrar a Santíssima Virgem.

 

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

 

Lembrar-me: Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

 

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.

Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

 

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?

 

 


Ano de São José

Paternidade de José

Eis o paradoxo, e São Josemaria bem o sabe: quem é Sabedoria "aprende" do homem as coisas mais básicas, como o trabalho de carpinteiro. A "sublimidade do mistério" da Encarnação e a verdade da paternidade de José se manifestam neste paradoxo. Com a sua Mãe, o Senhor aprendeu a falar e a andar; Com a convivência com São José, aprendeu lições de diligência e honestidade. O seu afecto mútuo tornou José e Jesus semelhantes de muitas maneiras: Não é possível ignorar a sublimidade do mistério. Aquele Jesus que é homem, que fala com o sotaque de uma certa região de Israel, que se parece com um artesão chamado José, esse é o Filho de Deus. E quem pode ensinar alguma coisa a Deus? Mas Ele é realmente um homem e vive normalmente: primeiro como uma criança, depois como um menino, que ajuda na oficina do José; finalmente como um homem maduro, no auge da Sua idade. Jesus cresceu em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens (Lc  2:52).

 


Mês de Maio - Santíssima Virgem

Meditações de Maio

 

Salve Rainha, Mãe de misericórdia, Vida e doçura, Esperança nossa, A vós bradamos, Degredados filhos de Eva, A vós suspiramos, Gemendo e chorando, Neste vale de lágrimas.

Eia pois advogada nossa,

Não temos outra nem melhor, mais sábia ou disponível.

Advogada pro bono porque nada cobras ou exiges.

 

Santo Rosário - Meditação sobre o Nono Mistério do Evangelho

 

Cura de enfermos

 

  Jesus Cristo É o Taumaturgo por excelência!

  Dos milagres que operou na Sua vida pública, os Evangelhos relatam com maior frequência as curas de enfermos de toda a ordem e gravidade – desde a cura da lepra a uma simples febre (Cfr. Sogra de Simão Pedro, Mc 1, 30) - porque, para Jesus, a pessoa que sofre move o Seu Coração Amantíssimo e como que O impele a prestar-lhe assistência.

  Lembro-me em criança participar na chamada Missa dos Doentes, nos dias treze de cada mês de Maio a Outubro, em Fátima.

Eu era, de facto doente, portador de uma leucemia grave para a qual na época havia poucos ou nenhuns recursos.

Olhava à minha volta e via as dezenas de pessoas de várias idades e padecendo de vários males, desde os paralíticos aos cegos e outros tolhidos por doenças graves e prolongadas.

Todos aguardavam o momento em que, no fim da Santa Missa, o celebrante se aproximava com a Custódia para abençoar todos, enquanto pelos altifalantes ecoavam preces.

Lembro particularmente uma que me ficou gravada para sempre: “Senhor, se quiseres, podes curar-me!”. Uma “repetição” da súplica que um leproso Lhe dirigiu. (Cfr. Mat 8, 2)

Uma das caracteristicas principais desta súplica do leproso, é a confiança total e absoluta que deposita no Senhor: «se quiseres…».

  A expressão: «se quiseres…», infere mais que confiança, vai mais longe.

É uma afirmação da total dependencia do homem em relação a Jesus. Da sua vontade à Vontade do Salvador.

Poderia, talvez, dizer: ‘Senhor, eu quero que me cures, que me devolvas a saúde, que restabeleças o meu corpo doente. Mas, eu sei que Tu sabes muito melhor que eu o que me convém e, portanto, submeto-me completamente à Tua Vontade’.

  Mas… então…

  Ah! Sim! Então comparo-me a Jesus Cristo em Getsamini, numa angústia indízível, suando sangue: «Pai, se possível afasta este cálice mas não se faça o que Eu quero, senão o que Tu queres». (Mat 14, 36)

  Não se podem estabelecer comparações dos milagres de Jesus que os Evangelhos nos relatam.

Os “espectaculares”, como as multiplicações de pães e peixes, as pescarias assombrosas, as “ordens” ao mar e ao vento, ou, as mais discretas como a cura de uma simples febre como a da sogra de Pedro.

Mas, todos estes milagres - que não são todos quantos Jesus operou, São João confessa que não caberiam no mundo os livros necessários para os relatar - ficarão, porém, sempre muito atrás do número e “importância” de outros: Os operados no espírito, na alma, como o perdão dos pecados.

  De facto, o pecado é o maior mal, a doença mais grave que pode acontecer-me.

Separa-me de Deus, afasta-nos de Cristo, impede a minha salvação eterna.

  Haverá maior mal?

E, no entanto, o Senhor perdoa-me sempre que, arrependido e contrito, Lhe peço perdão.

  Haverá maior Perdão?

 

 


São José Maria textos

 

Um olhar pelo mundo, um olhar sobre o Povo de Deus neste mês de Maio que começa, faz-nos contemplar o espectáculo da devoção mariana manifestada em tantos costumes, antigos ou novos, mas sempre vividos com um mesmo espírito de amor. Dá alegria verificar que a devoção à Virgem está sempre viva, despertando nas almas cristãs um impulso sobrenatural para se comportarem como domestici Dei, como membros da família de Deus. Nestes dias, vendo como tantos cristãos exprimem dos mais diversos modos o seu carinho à Virgem Santa Maria, também vós certamente vos sentis mais dentro da Igreja, mais irmãos de todos esses vossos irmãos. É uma espécie de reunião de família, como quando os irmãos que a vida separou voltam a encontrar-se junto da Mãe, por ocasião de alguma festa. Ainda que alguma vez tenham discutido uns com os outros e se tenham tratado mal, naquele dia não; naquele dia sentem-se unidos, reencontram-se unidos, reencontram-se todos no afecto comum. Maria, na verdade, edifica continuamente a Igreja, reúne-a, mantém-na coesa. É difícil ter autêntica devoção à Virgem sem nos sentirmos mais vinculados aos outros membros do Corpo Místico e também mais unidos à sua cabeça visível, o Papa. Por isso me agrada repetir: Omnes cum Petro ad Iesum per Mariam! - todos, com Pedro, a Jesus, por Maria! E assim, ao reconhecer-nos como parte da Igreja e convidados a sentir-nos irmãos na Fé, descobrimos mais profundamente a fraternidade que nos une à Humanidade inteira, porque a Igreja foi enviada por Cristo a todos os homens e a todos os povos. O que acabo de dizer, todos nós o experimentamos, pois não nos têm faltado ocasiões de comprovar os efeitos sobrenaturais de uma sincera devoção à Virgem. Cada um de vós podia contar muitas coisas a esse propósito. E eu também. Vem-me agora à memória uma romaria que fiz em 1935 a uma ermida da Virgem em terra castelhana - a Sonsoles. Não era uma romaria no sentido habitual. Não era ruidosa nem multitudinária. Íamos apenas três. Respeito e estimo essas outras manifestações públicas de piedade, mas, pessoalmente, prefiro tentar oferecer a Maria o mesmo carinho e o mesmo entusiasmo por meio de visitas pessoais, ou em pequenos grupos, com intimidade. Naquela romaria a Sonsoles, conheci a origem desta invocação da Virgem - pormenor sem grande importância, mas que é uma manifestação filial da gente daquela terra. A imagem de Nossa Senhora que se venera naquele lugar esteve escondida durante algum tempo, na época das lutas entre cristãos e muçulmanos em Espanha. Ao cabo de alguns anos, a imagem foi encontrada por uns pastores, que, segundo conta a tradição, exclamaram, ao vê-la: Que lindos olhos! São sóis! (Cristo que Passa, 139)