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28/05/2021

NUNC COEPI: Publicações em Maio 28

 



Sexta-Feira

 

PLANO DE VIDA:  (Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito: Contenção; alguma privação; ser humilde.

Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

 

Lembrar-me: Filiação divina.

 

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

 

PEQUENO EXAME: Cumpri o propósito que me propus ontem?

 

 



 

História das Aparições de Fátima - 4

 

Primeira aparição de Nossa Senhora

 

Local: Cova da Iria

Data: 13 de Maio de 1917

«– Não tenhais medo! Eu não vos faço mal!

– De onde é Vossemecê? – perguntei-lhe.

– Sou do Céu.

– E que é que Vossemecê me quer?

– Vim para vos pedir que venhais aqui, seis meses seguidos, no dia 13 a esta mesma hora. Depois direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez.

– Vossemecê sabe-me dizer se a guerra ainda dura muito tempo ou se acaba breve?

– Não te posso dizer ainda enquanto não te disser também o que quero.]

– E eu também vou para o Céu?

– Sim, vais.

– E a Jacinta?

– Também.

– E o Francisco?

– Também, mas tem que rezar muitos Terços.

– E a Maria das Neves já está no Céu?

– Sim, está.

– E a Amélia?

– Estará no purgatório até ao fim do mundo.

– Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?

– Sim, queremos!

– Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.

Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente: – Ó Santíssima Trindade, eu vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.

Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou: – Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.»

 

Notas:

Memórias da Irmã Lúcia I. 14.ª ed. Fátima: Secretariado dos Pastorinhos, 2010, p. 172-173 (IV Memória); a secção entre parênteses retos pertence ao interrogatório do pároco aos videntes, em 27 de maio de 1917, em Documentação Crítica de Fátima, vol. I. Fátima: Santuário de Fátima, 1992, p. 9.

 



Mês de Maio - Santíssima Virgem

 

Meditações de Maio

Confiança

 

Tantas coisas que se entrechocam no meu espírito como que num vendaval que não consigo controlar.

E, sem querer, deixo-me ir, assim, meio tonto, nas asas desse vento impetuoso que me impele não sei para onde.

Quero deter-me e pensar, de facto, no que posso fazer, melhor, no que devo fazer.

Chego à conclusão que não me resta outra coisa que abandonar-me, serena e confiadamente, nos braços dulcíssimos da minha Mãe do Céu.

Ela me levará para onde devo estar, Ela me dirá o que devo fazer.

 

Santo Rosário - Meditação sobre o Oitavoo Mistério do Evangelho

 

Não tenhais medo

 

  Logo após a sua eleição como Papa, São João Paulo II assomou à loggia do Vaticano para se dirigir à multidão que enchia a Praça aguardando com ansiedade saber – e ver – o “novo” Papa. As suas primeiras palavras foram: ‘Non abbiate paura’ (Não tenhais medo). E foi dizendo que – possivelmente – houvesse alguma inquietação por estar ali um novo Papa não italiano mas, talvez, ainda mais por ser oriundo de um País do Leste Europeu, dominado pela Rússia Soviética.

  Naqueles momentos, eu, também me deixei envolver por considerações pessoais como, por exemplo, o que seria o futuro imediato da Igreja com este homem eleito sucessor de Pedro.

  Recordei então um livro – depois convertido em filme – que há muito lera e que ficara gravado na minha memória: As sandálias do pescador(The Shoes of the Fisherman, Morris West, 1963) O filme aborda a – na altura hipotética – eleição de um Papa oriundo do Leste Europeu. O interessante é que o Papa eleito une toda a Igreja à sua volta com um governo pastoral sólido, coeerente com a Fé Cristã e com um verdadeiro sentido universal.

  Tudo isso “já lá vai”, mas, no caso concreto da eleição de São João Paulo II, arrependo-me de ter cedido a essa tentação terrível que é fazer juízos – quando não críticas – sobre a santidade da Igreja a que pertenço como baptizado e, sobretudo, de dar ouvidos aos “profetas da desgraça” que tão frequentemente opinam sobre o que chamam “Crises da Igreja”.

  Crise na Igreja?

A Santa Igreja – que somos todos os cristãos – tem como Cabeça Jesus Cristo seu Fundador. Só Ele pode alterar seja o que for na sua essência. Nenhum homem seja qual for o cargo que ocupe ou o ministério que desempenhe, tem esse poder.

  Confiemos, pois, com a certeza que quanto maior a provação maior será o Seu cuidado. Fujamos da tentação de fazer juízos – mesmo íntimos – porque tal não nos compete. Rezemos com perseverança pedindo Luz, Sabedoria e Justiça para todos, principalmente os que mais responsabilidades possam ter na condução do Povo de Deus.

  Por vezes – talvez muitas – encontro-me perante um dilema: Onde está Jesus, que parece estar “ausente” nas vicissitudes da minha vida, nas “desgraças” no mundo que me rodeia e que, quase a diário, me chegam pelas notícias, pela televisão, como… Inundações, cataclismos, violências bárbaras dos mais elementares direitos humanos, pessoas sem abrigo, com fome, sem quaisquer recursos…?

  Está, de facto, ausente, desinteressado, “tem mais que fazer”!?

  Sinto-me, talvez, confuso e sem saber muito bem que pensar. Mas, logo caio em mim e reconsidero: Esta realidade que me atinge como um raio, deixa-me sem palavras: Jesus é meu amigo! Sendo eu como sou, sendo eu o que sou! É extraordinário! Durante os anos, e não são poucos, quantas conversas, quantos desabafos, queixas e pedidos não Lhe fiz!

  Meu amigo! Jesus é meu amigo. Com esta certeza, com este AMIGO que mais posso precisar? Que posso temer!  E, quase instantaneamente, oiço-Te: «Sou Eu, não tenhas medo!» (Cfr. Lc 6, 20)

  Termino com uma oração que todos os cristãos deveríamos rezar diariamente: “Ad Beatissimum Papam nostrum ...:  Dominus conservat eum, vivicet eum e beatum faecit in terra et non tradat eum in animam inimicorum eius.” (Pelo Santo Padre (nome): O Senhor o conserve, lhe dê vida, o faça santo na terra, e não permita que os seus inimigos prevaleçam. (Trad. Livre de AMA)(Cfr. São Josemaria, Preces)

  E… fico em paz!

 



São José Maria textos

Bendita monotonia de Ave-Marias!

Eu entendo que cada Ave-Maria, cada saudação a Nossa Senhora, é um novo bater de um coração apaixonado. (Forja, 615)

"Virgem Imaculada, bem sei que sou um pobre miserável, que não faço senão aumentar todos os dias o número dos meus pecados..." Disseste-me noutro dia que falavas assim com a nossa Mãe. E aconselhei-te, convicto, a rezar o Terço: bendita monotonia a das Ave-Marias que purifica a monotonia dos teus pecados! (Sulco, 475)

O Terço não se pronuncia só com os lábios, mastigando as Ave-Marias umas atrás das outras. Assim cochicham as beatas e os beatos. Para um cristão, a oração vocal há-de enraizar-se no coração, de modo que, durante a recitação do Terço, a mente possa penetrar na contemplação de cada um dos mistérios. (Sulco, 477)

Deixas sempre o Terço para depois, e acabas por omiti-lo por causa do sono. Se não dispões doutro tempo, reza-o pela rua, e sem que ninguém o note. Além disso, ajudar-te-á a ter presença de Deus. (Sulco, 478)