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21/05/2021

NUNC COEPI: Publicações em Maio 21



Sexta-Feira

 

PLANO DE VIDA:  (Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito: Contenção; alguma privação; ser humilde.

Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

 

Lembrar-me: Filiação divina.

 

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

 

PEQUENO EXAME: Cumpri o propósito que me propus ontem?



S. MATIAS, Apóstolo

PLANO DE VIDA: (Coisas muito simples, curtas, objectivas)

 

Propósito: Participar na Santa Missa.

Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.

O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?



 

História das Aparições de Fátima - 2

Segunda aparição do Anjo

 

Local: Quintal da casa de Lúcia, junto ao Poço do Arneiro

Data: Verão de 1916

«– Que fazeis? Orai! Orai muito! Os Corações de Jesus e Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e sacrifícios.

– Como nos havemos de sacrificar? – perguntei.

– De tudo que puderdes, oferecei um sacrifício em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores.

Atraí, assim, sobre a vossa Pátria a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal. Sobretudo aceitai e suportai com submissão o sofrimento que o Senhor vos enviar.»

Notas:

Memórias da Irmã Lúcia I. 14.ª ed. Fátima: Secretariado dos Pastorinhos, 2010 p. 170 (IV Memória)

……

Notas:

Memórias da Irmã Lúcia I. 14.ª ed. Fátima: Secretariado dos Pastorinhos, 2010, p. 169 (IV Memória). Cf. também Memórias da Irmã Lúcia I, p. 77-78 (II Memória).



Mês de Maio - Santíssima Virgem

 

Meditações de Maio

Confiança

Tantas coisas que se entrechocam no meu espírito como que num vendaval que não consigo controlar.

E, sem querer, deixo-me ir, assim, meio tonto, nas asas desse vento impetuoso que me impele não sei para onde.

Quero deter-me e pensar, de facto, no que posso fazer, melhor, no que devo fazer.

Chego à conclusão que não me resta outra coisa que abandonar-me, serena e confiadamente, nos braços dulcíssimos da minha Mãe do Céu.

Ela me levará para onde devo estar, Ela me dirá o que devo fazer.

 

Santo Rosário - Meditação sobre o Primeiro Mistério do Evangelho

Seguir Jesus

 

    Mas sigo Jesus como?

  Parece que a resposta está latente no meu coração.

  Sigo-O cada vez que me lembro d'Ele o que acontece amiúde durante o dia.

  Exagero? Não!

Mas penso - e desejo ardentemente - que seja permanente, visceral, com todo o empenho e entrega de todo o meu coração.

Sei muito bem que tal só é possível com amor.

Mas Tu, meu Deus, não sabes que Te amo?

Então... aumenta o meu AMOR POR TI que eu, não consigo, mas Tu podes TUDO!

  Segue-me!

  Estava ali, sentado naquela cadeira de café.

  Não é meu hábito mas, naquela tarde, estava um pouco cansado de uma caminhada pelas ruas da cidade e apeteceu-me descansar um pouco. Ouvi distintamente alguém que dizia: - Tu segue-me!

  Que estranho! Uma frase que eu conheço perfeitamente e sobre a qual medito bastante: Refiro-me ao “chamamento típico” de Jesus Cristo que os Evangelistas referem por várias vezes. Fez-me confusão, confesso. Estarei a ouvir “coisas”? Estou tontinho?

 Olhei em volta e as sete ou oito pessoas que estavam por ali sentadas continuaram a conversar normalmente. Enfim… gente comum, uns três ou quatro homens, duas senhoras e três jovens “agarrados” aos telemóveis. Pois… não podia ser… Mas, de facto, tornei a ouvir talvez com um acento de insistência: - Tu segue-me!

  Bom… desta vez a coisa pareceu-me séria e tive de fazer um esforço para não me levantar imediatamente persignando-me. Mas, sou teimoso, muito teimoso, e nada dado nem a “visões” nem a “audições” estranhas como vindas “do Além”. Por isso resolvi “entrar no jogo” e perguntei em silêncio: - Senhor… estás a falar comigo?

E ouvi: - Claro que estou a falar contigo. Vem e segue-me! Fiquei estarrecido! O Senhor estava a falar comigo, sentado a uma mesa de café, numa rua qualquer da cidade onde vivo.

  O esforço agora, para me comportar sem dar nas vistas, era tentar reter a torrente lágrimas que sentia impetuosa a vir-me aos olhos.Deixei de ouvir os ruídos das conversas à minha volta, os barulhos do bulício normal de uma rua de cidade, dos automóveis, nada. Como se uma espécie de “bolha” invisível me tivesse encerrado isolando-me do mundo exterior. Pensei: ‘O que faço agora?’

  Ali perto há uma Igreja aberta ao público. Quase como um “zombie” levantei-me e fui até lá. O Templo estava deserto pelo que me senti muito à vontade e comecei num monólogo íntimo, mas aceso e confiante: ‘Pronto, Senhor, não sabia onde ir, ou antes, onde querias que fosse para seguir-Te por isso vim aqui. Desculpa a minha ousadia e a minha pouca fé mas, se há mais alguma coisa…’. E não acabei porque Ele, - tive então a certeza absoluta que era Ele – disse-me: - ‘Fizeste exactamente o que Eu queria. Sabes: estou aqui neste Sacrário há mais de quatro horas e não aparece ninguém para Me fazer um pouco de companhia, ou, sequer, para Me cumprimentar! Que bom! Agora estás aqui e podemos passar uns bons momentos juntos.’

 Para mim já não havia quaisquer “barreiras” ou impedimentos de falsa vergonha e por isso comecei a falar como se de repente tivesse aberto as portas do meu coração, da minha alma, e deixasse vir cá para fora quanto guardava cioso da minha Fé e do meu Amor.

  Sentia-me tão contente e feliz por ter merecido – sem merecimento – o convite do Senhor que nem sei quanto tempo ali estive, nem o que Lhe disse ou contei. Nunca me interrompeu e eu fui falando, falando ininterruptamente até que uma senhora com alguma idade entrou na Igreja.Nessa altura disse-me: - Pronto! Gostei do nosso convívio, podes ir-te embora. - Ah! E obrigado por Me teres seguido!

  O convite de Jesus Cristo a segui-Lo é muito simples e pragmático: «Segue-Me!».

  Posso imaginar o tom, a inflexão das Suas palavras: Não são “imperiosas” nem “formais”. São simples e concretas e não admitem interpretações. O tom é normal e corrente.

 


 

São José Maria textos

Não tenhas pena de seres nada

Não te apoquentes por verem as tuas faltas. A ofensa a Deus e a desedificação que podes ocasionar, isso é que te deve doer. – De resto, que saibam como és e te desprezem. – Não tenhas pena de seres nada, porque assim Jesus tem que pôr tudo em ti. (Caminho, 596)

Escreve o evangelista São João: ninguém jamais viu Deus; o Filho Unigénito que está no seio do Pai é que o deu a conhecer, comparecendo ante o olhar atónito dos homens: primeiro, como um recém-nascido, em Belém; depois, como um menino igual aos outros; mais tarde, no Templo, como um adolescente, inteligente e vivo; e, por fim, com aquela figura amável e atraente do Mestre que movia os corações das multidões que o acompanhavam entusiasmadas. Bastam algumas provas do Amor de Deus que se encarna para que a sua generosidade nos toque a alma, nos incendeie, nos mova com suavidade a uma dor contrita pelo nosso comportamento, em tantas ocasiões mesquinho e egoísta. Jesus não tem inconveniente em rebaixar-se, para nos elevar da miséria à dignidade de filhos de Deus, de irmãos seus. Pelo contrário, tu e eu muitas vezes enchemo-nos nesciamente de orgulho pelos dons e talentos recebidos, até ao ponto de os converter em pedestal para nos impormos aos outros, como se o mérito de algumas acções, acabadas com relativa perfeição, dependesse exclusivamente de nós: Que possuis tu que não tenhas recebido de Deus? E se o recebeste, porque te glorias como se o não tivesses recebido? Ao considerar a entrega de Deus e o seu aniquilamento – falo para que o meditemos, pensando cada um em si mesmo–, a vanglória, a presunção do soberbo revela-se um pecado horrendo, precisamente porque coloca a pessoa no extremo oposto ao modelo que Jesus nos assinalou com a sua conduta. Pensai nisto devagar: Ele humilhou-se, sendo Deus. O homem, cheio do seu próprio eu, pretende enaltecer-se a todo o custo, sem reconhecer que está feito de barro e barro de má qualidade. (Amigos de Deus, 111–112)