Páginas

07/05/2021

NUNC COEPI: Publicações em Maio 7

 


Sexta-Feira


PLANO DE VIDA:  (Coisas muito simples, curtas, objectivas)

 

Propósito: Pequena mortificação

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?


Mês de Maio - Santíssima Virgem

Meditações de Maio


Monstra te esse matrem!

Sim, mostra que és Mãe, minha Mãe.

Como, apesar de tudo quanto não sou e deveria ser, tu és minha Mãe e me queres, e me proteges, e desejas a minha felicidade aqui na terra e, depois, no Céu.

Monstra te esse matrem!

Ajuda-me também a mostrar-me como teu filho, a comportar-me, a conduzir a minha vida como teu filho, e, sobretudo: Recordare Virgo Mater Dei, dum steteris in conspectu Domini et loquaris pro me bona. Ámen

Santo Rosário - Meditação sobre o Segundo Mistério Doloroso

Flagelação de Jesus 

Amarrado a uma coluna, o meu Senhor está para ali, estremecendo a cada golpe dos algozes que se revezam. 

Cada vergastada é um suplício. Os pedaços de osso de carneiro que pendem das extremidades das finas tiras de couro enegrecidas de sangue antigo, causam dores indescritíveis, vergões e ferimentos profundos, arrancam a pele e pedaços de carne e rasgam os músculos. A experiência dos algozes atinge os locais mais sensíveis e, talvez mais acicatados pelo silêncio deste Homem a quem o suplício não arranca um queixume, redobram de energia e os golpes caiem, rápidos, fortíssimos, procurando com maquiavélica destreza provocar o maior sofrimento possível. 

Mas é em vão. Apenas um som abafado sai da garganta ressequida de Jesus. É um estertor involuntário que a violência do castigo provoca. 

Eu, escondido num vão, não intervenho. Estou atónito e assustado com o que vejo. É uma cena de uma brutal ferocidade inaudita. 

Não me julgo capaz de Te provocar tal suplício... quem? Eu? Oh Senhor!  Eu não..., eu amo-Te com todas as minhas forças, nunca seria capaz de tal coisa.

E, no entanto, as minhas frequentes faltas e pecados o que são, senão chicotadas na Tua carne santa. 

Acabou o terrível suplício. Solto da coluna imunda à qual Te ataram cais por terra, desfalecido, meio morto. Eu, caio também de joelhos e peço-Te perdão. 

Perdão pela minha cobardia, pela minha pouca fé, a minha tibieza, pela minha falta de carácter. 

E tu, minha Mãe, que no exterior, com o coração angustiado, aguardas o fim do suplício que infligem ao teu Filho, tu, Senhora de Dores, acolhe-me junto de ti e sossega o meu espírito. 

Diz-me que jamais, jamais consentirás que eu me converta em carrasco, algoz, do teu Divino Filho. 

Afiança-me que a tua confiança de filha de Deus Pai, ajudará a minha pouca fé.

Persuade-me que a tua certeza de Mãe de Deus Filho aumentará a minha esperança. 

Garante-me que o teu amor de Esposa do Espírito Santo, suprirá a minha falta de caridade. 

Incute no meu espírito o desejo de estar com Jesus, nesta hora solene, em que o Rei do Reis, o Senhor dos Senhores, está amarrado como um malfeitor, recebendo um castigo duríssimo que não mereceu. 

A interpor-me entre os carrascos e o teu Filho, aparando os golpes. 

A limpar os vergões e as feridas da Sua carne. 

Por um bálsamo, lavar o sangue, limpar as feridas. 

Permite-me querer ficar com Ele, ofegante de emoção, amarrado também a essa coluna, partilhando o possível da Sua Flagelação.



São Josemaria - Textos

 Um encontro pessoal com Deus

Quando o receberes, diz-lhe: – Senhor, espero em Ti; adoro-te, amo-te, aumenta-me a fé. Sê o apoio da minha debilidade, Tu, que ficaste na Eucaristia, inerme, para remediar a fraqueza das criaturas. (Forja, 832)

Creio que não vou dizer nada de novo, se afirmar que alguns cristãos têm uma visão muito pobre da Santa Missa e que ela é para muitos um mero rito exterior, quando não um convencionalismo social. Isto acontece, porque os nossos corações, de si tão mesquinhos, são capazes de viver com rotina a maior doação de Deus aos homens. Na Santa Missa, nesta Missa que agora celebramos, intervém de um modo especial, repito, a Trindade Santíssima. Para corresponder a tanto amor, é preciso que haja da nossa parte uma entrega total do corpo e da alma, pois vamos ouvir Deus, falar com Ele, vê-Lo, saboreá-Lo. E se as palavras não forem suficientes, poderemos cantar, incitando a nossa língua – Pange, lingua! – a que proclame, na presença de toda a Humanidade, as grandezas do Senhor.

Viver a Santa Missa é manter-se em oração contínua, convencermo-nos de que, para cada um de nós, este é um encontro pessoal com Deus, em que O adoramos, O louvamos, Lhe pedimos, Lhe damos graças, reparamos os nossos pecados, nos purificamos e nos sentimos uma só coisa em Cristo com todos os cristãos. (Cristo que passa, 87–88)