Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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04/03/2021
Oração pelos Sacerdotes
Virtudes
GRATIDÃO 1
A gratidão leva-nos
a lutar
Quais são os verdadeiros motivos que dinamizam um
cristão? Que procuramos quando dizemos que queremos ser melhores? A luta deve
centrar-se em Deus, não em nós, sugere este texto.
«Será como um homem que, ao partir para fora,
chamou os servos e confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro
dois e a outro um, a cada qual conforme a sua capacidade; e depois partiu» (Mt
25,14-15). A história de Jesus sobre os talentos é-nos muito familiar e,
como toda a Escritura, nunca deixa de nos convidar a uma maior compreensão da
nossa vida de relação com Deus. No fundo, a parábola fala de um homem que confia
generosamente uma grande parte da sua riqueza a três servos. Ao fazê-lo, não os
trata como a simples servos, antes os faz participar nos seus negócios. Visto
desta maneira, parece que confiar é precisamente o verbo adequado: não
lhes dá instruções detalhadas, dizendo-lhes exatamente o que fazer. Deixa-o nas
suas mãos. A julgar pela sua reacção - o empenho com que se esforçam por
multiplicar a riqueza do seu senhor - dois deles compreenderam imediatamente.
Receberam o gesto do seu senhor como sinal de confiança. Podíamos até dizer que
o viram como um gesto de amor, e por isso procuraram amorosamente agradar-lhe,
embora não lhes tivessem sido postas exigências nem condições. «Aquele que
recebeu cinco talentos negociou com eles e ganhou outros cinco» (Mt
25,16). Do mesmo modo, o que tinha dois talentos ganhou mais dois.
O outro servo, pelo contrário, percebe algo muito
diferente. Sente que está a ser posto à prova e, portanto, não pode fracassar.
Para ele, é de suma importância não tomar uma decisão errada. «Aquele que
apenas recebeu um foi fazer um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu
senhor» (Mt
25,18). Teme desgostar o seu amo, bem como as consequências que imagina
que podiam resultar desse desagrado. Por isso, diz-lhe: «Senhor, disse ele,
sempre te conheci como homem duro, que ceifas onde não semeaste e recolhes onde
não espalhaste. Por isso, com medo, fui esconder o teu talento na terra. Aqui
está o que te pertence» (Mt
25,24-25). Como pensa que o seu amo é duro e injusto, não pensa que se
lhe confie nada. Vê-o como um teste difícil, e não como uma
oportunidade. E, não querendo falhar nesse teste, resolve agir do modo mais
seguro com os bens e interesses de outra pessoa. O resultado é uma atitude fria
e desprendida: «Aqui está o que te pertence» (Mt 25,25).
Estas
duas reacções, tão diferentes, podem ajudar-nos a refletir sobre como estamos a
responder ao que Deus nosso Pai nos tem confiado: a nossa vida, a nossa
vocação cristã. Ambas têm um valor imenso aos seus olhos. E Ele colocou-as nas
nossas mãos. Como é a nossa resposta?
Justin Gillespie
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Reflexão na Quaresma
Identificar-se com os desígnios divinos, procurar o modo de os cumprir, querê-los com loucura, não significa facilidade, caminho expedito, ausência de dificuldades. Não existe nem existirá acto da vontade humana mais perfeito que o de Jesus Cristo; mas observemos que, depois de proclamar com todas as Sua forças: Fiat voluntas tua!, suou sangue, ficou esgotado.
(Javier
Echevarria, Getsemani, Planeta, 3ª Ed. Pg. 128)
Pequena agenda do cristão