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22/12/2020

LEITURA ESPIRITUAL Dez 22

 

Evangelho

 

Mt XIII, 44 – 58

 

O tesouro escondido e a pérola

 

24 Jesus propôs-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é comparável a um homem que semeou boa semente no seu campo. 25 Ora, enquanto os seus homens dormiam, veio o inimigo, semeou joio no meio do trigo e afastou-se. 26 Quando a haste cresceu e deu fruto, apareceu também o joio. 27 Os servos do dono da casa foram ter com ele e disseram-lhe: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio?’ 28 ‘Foi algum inimigo meu que fez isto’ - respondeu ele. Disseram-lhe os servos: ‘Queres que vamos arrancá-lo?’ 29 Ele respondeu: ‘Não, para que não suceda que, ao apanhardes o joio, arranqueis o trigo ao mesmo tempo. 30 Deixai um e outro crescer juntos, até à ceifa; e, na altura da ceifa, direi aos ceifeiros: Apanhai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; e recolhei o trigo no meu celeiro.’» 31 Jesus propôs-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. 32 É a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de crescer, torna-se a maior planta do horto e transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves do céu abrigar-se nos seus ramos.» 33 Jesus disse-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo fique fermentado.» 34 Tudo isto disse Jesus, em parábolas, à multidão, e nada lhes dizia sem ser em parábolas. 35 Deste modo cumpria-se o que fora anunciado pelo profeta: Abrirei a minha boca em parábolas e proclamarei coisas ocultas desde a criação do mundo. 36 Afastando-se, então, das multidões, Jesus foi para casa. E os seus discípulos, aproximando-se dele, disseram-lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo.» 37 Ele, respondendo, disse-lhes: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem; 38 o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do Reino; o joio são os filhos do maligno; 39 o inimigo que a semeou é o diabo; a ceifa é o fim do mundo e os ceifeiros são os anjos. 40 Assim, pois, como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do mundo: 41 o Filho do Homem enviará os seus anjos, que hão-de tirar do seu Reino todos os escandalosos e todos quantos praticam a iniquidade, 42 e lançá-los na fornalha ardente; ali haverá choro e ranger de dentes. 43 Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos, oiça!» 44 «O Reino do Céu é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem encontra. Volta a escondê-lo e, cheio de alegria, vai, vende tudo o que possui e compra o campo. 45 O Reino do Céu é também semelhante a um negociante que busca boas pérolas. 46 Tendo encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui e compra a pérola.»

 

A rede

 

47 «O Reino do Céu é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes. 48 Logo que ela se enche, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e escolhem os bons para as canastras, e os ruins, deitam-nos fora. 49 Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarão os maus do meio dos justos, 50 para os lançarem na fornalha ardente: ali haverá choro e ranger de dentes.» 51 «Compreendestes tudo isto?» «Sim» - responderam eles. 52 Jesus disse-lhes, então: «Por isso, todo o doutor da Lei instruído acerca do Reino do Céu é semelhante a um pai de família, que tira coisas novas e velhas do seu tesouro.»

 

Jesus em Nazaré

 

53 Depois de terminar estas parábolas, Jesus partiu dali. 54 Tendo chegado à sua terra, ensinava os habitantes na sinagoga deles, de modo que todos se enchiam de assombro e diziam: «De onde lhe vem esta sabedoria e o poder de fazer milagres? 55 Não é Ele o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? 56 Suas irmãs não estão todas entre nós? De onde lhe vem, pois, tudo isto?» 57 E estavam escandalizados por causa dele. Mas Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua pátria e em sua casa.» 58 E não fez ali muitos milagres, por causa da falta de fé daquela gente.

 



 

 

JESUS CRISTO NOSSO SALVADOR

 

Iniciação à Cristologia

 

Capítulo VI

 

JESUS CRISTO NOSSO SALVADOR

 

Iniciação à Cristologia

 

Capítulo VI

 

OUTRAS CARACTERÍSTICAS QUE COMPLETAM A FIGURA DE JESUS CRISTO ENQUANTO HOMEM

 

2. A vontade humana de Cristo

 

 

b) A liberdade humana de Cristo

 

    A liberdade humana de Cristo aparece explicitamente assinalada em alguns textos do Novo Testamento. Por exemplo, quando diz: «Dou a minha vida para tomá-la de novo. Ninguém ma tira, mas sou eu que a dou livremente. Tenho poder para a dar e tenho poder para a recuperar» (Jo 10,17-18; cf. Mc 3,13). A existência de uma liberdade humana também é assinalada implicitamente quando se afirma que Jesus obedeceu a seu pai, ou que se ofereceu por nós em sacrifício (cf. Ef 5,2), ou que mereceu por mós (cf. Flp 2,5-11); e sem liberdade não é possível obedecer nem merecer.

    O Magistério da Igreja também ensinou expressamente a voluntariedade e a liberdade com que Cristo se entregou por nós[1].

    Ora bem, que Cristo fosse livre não significa que pudesse pecar, pois a liberdade não consiste em poder eleger o bem ou o mal. Assim como o erro não aperfeiçoa a inteligência nem é conforme a ela, eleger o mal ou pecar não aperfeiçoa a vontade nem é conforme a ela, ainda que mostre que o homem é livre. A liberdade consiste no modo que a vontade tem de querer o bem: em querer o bem por si mesma e não arrastada por nenhum outro factor interno ou externo. Como diz São Tomás: «Livre é o que é causa de si mesmo»[2].

 

Vicente Ferrer Barriendos

 

(Tradução do castelhano por ama)

 

 

 



[1] Cf. DS, 423, 502.

[2] SÃO TOMÁS DE AQUINO, De Veritate, q. 24, a. 1; cf. S. Th. III,18,4.

Reflexão

 



Sofrimento

Recorrentemente, há pessoas que me escrevem a contar suas desgraças. Contam que já não têm mais forças. Os motivos podem ter várias origens: umas sentem-se cada vez oprimidas pelas dívidas. Outras sofrem pelo facto de os filhos seguirem caminhos diferentes ou por terem sido afastados do caminho certo, devido à doença ou à depressão. Muitas asseguram que rezam constantemente, mas que, apesar de todas as orações, a situação simplesmente não melhora. Muitas vezes, estas pessoas perguntam-me se terão rezado de forma errada ou feito qualquer coisa mal, porque nada se altera. Isso indicia um entendimento muito peculiar da oração. Pensam que é apenas necessário rezar a Deus, rezar constante, para que Ele as ajude. E, quando não ajuda, duvidam Deus ou das suas orações. Acham que tiveram pouca fé e procuram então apoio junto de outros.

Se Deus quer a liberdade dos seres humanos, surge também necessariamente a necessidade do sofrimento.

 

(Gisbert Greshake, Der Preis der Liebe, Bestnnung uber das Leid, Freiburg, 1978, p. 29.)

 

Pequena agenda do cristão

 


TeRÇa-Feira

Pequena agenda do cristão

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?


Orações sugeridas:

Salmo II

Regnum eius regnum sempiternum est et omnes reges servient et obedient. 
Quare fremerunt gentes et populi meditati sunt inania?
Astiterum reges terrae et principes convenerunt in unum adversus Dominum et adversus christum eius.
Dirumpamus vincula eorum et proiciamos a nobis iugum ipsorum.
Qui habitabit in caelis, irridebit eos, Dominus subsanabit eos.
Ego autem constitui regem meum super sion montem sanctum meum.
Praedicabo decretum eius Dominus dixit ad me: filius meus es tu; ego hodie genui te.
Postula a me, et dabo tibi gentes hereditatem tuam et possessionem tuam terminos terrae.
Reges eos in virga ferrea et tamquam vas figuli confringes eos.
Et nunc, reges, intelegite, erudimini, qui indicatis terram.
Servite Domino in timore et exultate ei cum tremore.
Apprehendite disciplinam ne quando irascatur et pereatis via, cum exarcerit in brevi ira eius.
Beati omnes qui confident in eo.
Gloria Patri...
Regnum eius regnum sempiternum est et omnes reges servient et obedient.
Oremus:
Omnipotens et sempiterne Deus qui in dilecto Filio Tuo universorum rege omnia instaurare voluisti concede propitius ut cunctae familiae gentium pecati vulnere disgregatae eius suavissimo subdantur imperio: Qui tecum vivit et regnat in unitate Spiritus Sancti Deus, per omnia saecula saeculorum.

Exame Pessoal

Sabes Senhor, qual é, talvez a minha maior fraqueza? É pensar em demasiado mim, nos meus problemas, nas minhas tristezas, naquilo que me acontece e no que gostaria me acontecesse. Nas voltas e reviravoltas que dou sobre mim mesmo, sobre a minha vida.
E os outros? Sim, os outros que rezam por mim, que se interessam por mim, que têm paciência para comigo, que me desculpam as minhas faltas e as minhas fraquezas, que estão sempre prontos a ouvir-me a atender-me, que não se importam de esperar que eu os compense pelo bem que me fazem, que não me pressionam para que pague o que me emprestam, que não me criticam nem julgam com a severidade que mereço.
Ajuda-me Senhor, a ser, pelo menos reconhecido e a devolver o bem que recebo e, além disso a não julgar, a não emitir opinião, critica ou conceito, vendo nos outros, a maior parte das vezes, os defeitos e fraquezas que eu próprio possuo.

Senhor, ajuda-me a pensar nos outros em vez de estar aqui, mergulhado nos meus problemas, girando à volta de mim mesmo, concentrado apenas no que me diz respeito. Os outros! Todos os outros. Os que conheço, de quem sou amigo ou familiar e aqueles que me são desconhecidos. São Teus filhos como eu, logo, todos são meus irmãos. Se somos irmãos somos também herdeiros, convém, portanto que me preocupe com aqueles que vão partilhar a herança comigo.

Noverim me

Oh Deus que me conheces perfeitamente tal como sou, ajuda-me a conhecer-me a mim mesmo, para que possa combater com eficácia os enormes defeitos do meu carácter, em particular...
Chamaste-me, Senhor, pelo meu nome e eu aqui estou: com as minhas misérias, as minhas debilidades, com palavras maiores que os actos, intenções mais vastas que as obras e desejos que ultrapassam a vontade.
Porque não sou nada, não valho nada, não sei nada e não posso nada, entrego-me totalmente nas Tuas mãos para que, por intercessão de minha Mãe, Maria Santíssima, de São José, meu Pai e Senhor, do Anjo da Minha Guarda e de São Josemaria, possa adquirir um espírito de luta perseverante.
   
Meu Senhor e meu Deus, tira-me tudo o que me afaste de Ti.
Meu Senhor e meu Deus, dá-me tudo o que me aproxime de Ti
Meu Senhor e meu Deus, desapega-me de mim mesmo, para que eu me dê todo a ti.
Eu sei que podeis tudo e que, para Vós, nenhum projecto é impossível.
Faz-me santo, meu Deus, ainda que seja à força.

Nada te perturbe / nada te atemorize Tudo passa / Deus não muda A paciência tudo alcança / Quem a Deus tem Nada falta / só Deus basta. (Santa Teresa de Jesus)




Doutrina

 


Culto das imagens: católicos e protestantes

O CULTO DE VENERAÇAO OU DULÍA

 

Este Culto está dirigido aos Santos, aos Mártires em Cristo e aos Anjos, tem as sus raízes na Sagrada Escritura especificamente nos Actos dos Apóstolos e no Apocalipse.

 

Depois disto, olhei e vi uma grande multidão de todas as nações, raças, línguas e povos. Estavam em pé diante do trono e diante do Cordeiro, e eram tantos que ninguém podia conta-los. Iam vestidos de branco e levavam palmas das mãos. Todos gritavam com forte voz! A salvação deve-se ao nosso Deus que está sentado no trono do Cordeiro! e todos os anjos estavam em pé à volta do trono e dos anciãos e dos quatro seres viventes, e inclinaram-se diante do trono até tocar o solo com o rosto e adoraram a Deus [i].

 

Este Culto de Veneração aos Santos é testemunhado com certeza desde a primeira metade do século II, portanto é antiquíssimo.

Uma compreensão adequada da doutrina de a Igreja sobre os Santos só é possível de entender dentro do âmbito de os artigos da fé relacionados com esta doutrina.

 

A Comunhão dos Santos, está conformada por a Igreja que está no Céu, a que se purifica no estado chamado Purgatório e a que peregrina em a terra, as três estão na comunhão constante na própria caridade de Deus e o próximo, de facto, todos os que somos de Cristo, a ter o Seu Espírito formamos uma só Igreja e estamos unidos nele.

A doutrina da única mediação de Cristo não exclui outras mediações subordinadas, as quais se realizam e exercem dentro da absoluta mediação de Cristo[ii].

 

A doutrina da Igreja Católica propõe os Santos que contemplam já claramente a Deus Uno e Trino como testemunhas históricas da vocação universal à santidade, eles, fruto eminente da redenção de Cristo, são prova e testemunho de que Deus, em todos os tempos, em todos os povos, nas mais variadas condições sócio-culturais e nos diversos estados de vida, chama os seus filhos a alcançar a plenitude da maturidade em Cristo, todos estamos chamados à Santidade mas para tal temos que renunciar ao que este oferece mundo em prazeres efémeros, temos que ser fortes ante as tentações do demónio as quais são tão variadas e subliminares e da mesma forma lutar com inteireza ante a concupiscência da carne.

 

Nós anunciamos Cristo, aconselhando e ensinando todos em toda a sabedoria para nos apresenta-mos perfeitos a Cristo. Para isto trabalho e luto com toda a força e o poder que Cristo me dá [iii].

 

Os Santos foram homens e mulheres que no seu tempo viveram a sua própria vida como qualquer de nós, com angústias, limitações, desencantos, frustrações, incompreensões e vexames, mas com a diferença de que souberam ser fieis ao Senhor ante toda a circunstancia, não lhe voltaram as costas, não o negaram e deixaram tudo por Ele, foram discípulos insignes do Senhor e portanto modelos de vida evangélica. Nos diferentes processos de canonização a Igreja reconhece a heroicidade das suas virtudes e portanto propõe-os como modelos a imitar.

Os Santos são cidadãos da Jerusalém do Céu que cantam sem cessar a glória e a misericórdia de Deus, cumpriu-se neles a passagem pascal deste mundo para o Pai.

Tudo isto a Igreja o confessa quando com agradecimento a Deus Pai proclama: Ofereces-nos o exemplo da sua vida, a ajuda da sua intercessão e a participação no seu destino.

Finalmente é preciso recordar que o objectivo primordial da Veneração aos Santos consiste em glorificar a Deus e a santificação do homem, mediante uma vida plenamente conforme a vontade divina e a imitação das virtudes de aqueles que foram discípulos eminentes do Senhor.

Em termos gerais o Culto de Veneração ou Dulia está reservado aos Anjos, aos Mártires em Cristo e aos Santos, no caso dos Anjos considerando as suas diferentes hierarquias, no caso dos Santos aos que foram canonizados pela Igreja.

A Igreja Católica nunca exigiu a Veneração aos Santos, sempre alertou sobre o que se deve fazer, tratando com tal orientar, a intercessão dos Santos é real e a que eles pelos seus próprios méritos logrados na terra vivem a glória de estar com Jesus no céu.

A Igreja Católica honra e venera os Santos, não os adoramos, como ocorre por exemplo com o Culto que realiza o culto das imagens onde se adoram as deidades africanas camufladas com o nome dos Santos católicos, tudo isto para confundir, enganar e conseguir adeptos, é por isso que o culto das imagens em África é uma religião, a religião dos Ioruba ou Locuris, e fora de África é um Sincretismo religioso, que mistura a religião Ioruba com a religião Católica,  um culto que aplica a ameaça aos seus adeptos para infundir temor, um Culto pertencente às artes obscuras proibido por Deus

Ter esculturas ou imagens em hora dos Santos não pode considerar-se uma idolatria é como ter fotografias de seres queridos. Para poder entender tudo isto, repito é necessário vê-lo, analisá-lo e estudá-lo sob a fé católica, de contrário, estaremos interpretando a Sagrada Escritura erroneamente como o fazem os irmãos separados e isso permitir-nos-á tirar conclusões que estão fora de ordem.

 



[i] (Apocalipse 7: 9-11)

[ii] (1 Timóteo 2: 1-7)

[iii] (Colossenses 1: 28-29)