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                                                   👉       SANTO ANDRÉ

Leitura espiritual 30 Novembro

 

Evangelho

 

Jo XXI, 1 - 25

 

Pesca milagrosa

 

1 Algum tempo depois, Jesus apareceu outra vez aos discípulos, junto ao lago de Tiberíades, e manifestou-se deste modo: 2 estavam juntos Simão Pedro, Tomé, a quem chamavam o Gémeo, Natanael, de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos. 3 Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar.» Eles responderam-lhe: «Nós também vamos contigo.» Saíram e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada. 4 Ao romper do dia, Jesus apresentou-se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. 5 Jesus disse-lhes, então: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam-lhe: «Não.» 6 Disse-lhes Ele: «Lançai a rede para o lado direito do barco e haveis de encontrar.» Lançaram-na e, devido à grande quantidade de peixes, já não tinham forças para a arrastar. 7 Então, o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: «É o Senhor!» Simão Pedro, ao ouvir que era o Senhor, apertou a capa, porque estava sem mais roupa, e lançou-se à água. 8 Os outros discípulos vieram no barco, puxando a rede com os peixes; com efeito, não estavam longe da terra, mas apenas a uns noventa metros. 9 Ao saltarem para terra, viram umas brasas preparadas com peixe em cima e pão. 10 Jesus disse-lhes: «Trazei dos peixes que apanhastes agora.» 11 Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra, cheia de peixes grandes: cento e cinquenta e três. E, apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. 12 Disse-lhes Jesus: «Vinde almoçar.» E nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-lhe: «Quem és Tu?», porque bem sabiam que era o Senhor. 13 Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe. 14 Esta já foi a terceira vez que Jesus apareceu aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.

 

Pedro recebe o primado

 

15 Depois de terem comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-me mais do que estes?» Pedro respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus disse-lhe: «Apascenta os meus cordeiros.» 16 Voltou a perguntar-lhe uma segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-me?» Ele respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas.» 17 E perguntou-lhe, pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu és deveras meu amigo?» Pedro ficou triste por Jesus lhe ter perguntado, à terceira vez: ‘Tu és deveras meu amigo?’ Mas respondeu-lhe: «Senhor, Tu sabes tudo; Tu bem sabes que eu sou deveras teu amigo!» E Jesus disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas. 18 Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais novo, tu mesmo atavas o cinto e ias para onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te há-de atar o cinto e levar para onde não queres.» 19 E disse isto para indicar o género de morte com que ele havia de dar glória a Deus. Depois destas palavras, acrescentou: «Segue-me!» 20 Pedro voltou-se e viu que o seguia o discípulo que Jesus amava, o mesmo que na ceia se tinha apoiado sobre o seu peito e lhe tinha perguntado: ‘Senhor, quem é que te vai entregar?’ 21 Ao vê-lo, Pedro perguntou a Jesus: «Senhor, e que vai ser deste?» 22 Jesus respondeu-lhe: «E se Eu quiser que ele fique até Eu voltar, que tens tu com isso? Tu, segue-me!» 23 Foi assim que, entre os irmãos, correu este rumor de que aquele discípulo não morreria. Jesus, porém, não disse que ele não havia de morrer, mas sim: «Se Eu quiser que ele fique até Eu voltar, que tens tu com isso?»

 

Segundo e último epílogo

 

24 Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e que as escreveu. E nós sabemos bem que o seu testemunho é verdadeiro. 25 Há ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se elas fossem escritas, uma por uma, penso que o mundo não teria espaço para os livros que se deveriam escrever.  

 



DE  CIVITATE DEI

 

LIVRO IX

 

CAPÍTULO IX

 

Se o homem pode obter a am izade dos deuses por intercessão dos demónios.

 

De que raça são então esses mediadores entre os deuses e os homens, por intermédio dos quais poderão os homens aspirar à amizade com os deuses — se o que há de m elhor nos seres animados, a alma, é o que neles, como nos homens, há de pior; e se o que há de pior nos seres animados, o corpo, é o que neles, com o nos deuses, há de melhor? E fectivamente, o ser animado ou animal é composto de alma e corpo. Destes dois, o melhor é, sem dúvida, a alma, mesmo que viciosa e doente seja ela, e perfeitamente são e vigoroso o corpo. E que a sua natureza é de ordem mais elevada; a mácula dos vícios não a faz descer abaixo do corpo. E assim como o ouro, que, mesm o impuro, tem maior valor do que a prata e o chumbo mais puros. Estes mediadores entre os deuses e os homens têm como os deuses um corpo eterno e, como os homens, uma alma viciosa — como se a religião, pela qual pretendem que os homens se unem aos deuses por intermédio dos demónios, tivesse o seu fundamento mais no corpo do que na alma!

Enfim, que malícia, que castigo suspendeu estes falsos e falazes mediadores, como se, por assim dizer, estivessem de cabeça para baixo? É que a parte inferior do seu ser animado, isto é, o corpo, têm-na eles em comum com os seres superiores; mas a parte superior, isto é, a alma, têm-na em comum com os seres inferiores. Estão unidos aos deuses celestes pela parte que é escrava e, desgraçados, estão unidos aos homens terrestres pela parte que domina.

Realmente, o corpo é escravo, como diz Salústio: Usamos do espírito preferentemente para mandar e do corpo

para servir (Animi império, corporis servitio magis utimur. Salústio, Catilim, I, 2.) e acrescenta:Uma qualidade é comum a nós e aos deuses, e outra a nós e aos brutos (Alterum nobis cum diis, alterum cum beluis conmune est.d. Ib.), ao falar dos homens que têm, como os brutos, um corpo mortal. Mas estes, que os filósofos nos propuseram como mediadores entre nós e os deuses, bem podem dizer do seu corpo e da sua alma: esta é comum a nós e aos homens, e aquele é comum a nós e aos deuses. Com a diferença,

como disse, de que estão ligados e suspensos às avessas, tendo o corpo escravo comum com os deuses bem -aventurados e a alma suspensa, com os desgraçados dos homens, ou seja: exaltados pela parte inferior e rebaixados pela parte superior. Donde se conclui: ainda que alguém julgue que eles têm de comum com os deuses a eternidade, porque morte nenhuma poderá, como acontece nos seres terrestres, separar o seu espírito do seu corpo, — mesmo assim não se pode considerar o seu corpo como veículo eterno de um corpo de seres dignos de honra, mas antes como eterno veículo de condenados.

 

 

 

Novíssimos

 


O FINAL DOS TEMPOS

 

Contemplar o mistério

 

O tempo é o nosso tesouro, o "dinheiro" para comprarmos a eternidade.  

Piedosos como meninos

 


– Jesus, considerando agora mesmo as minhas misérias, digo-te: Deixa-te enganar pelo teu filho, como esses pais bons, carinhosos, que põem nas mãos do seu menino a dádiva que dele querem receber..., porque sabem muito bem que as crianças nada têm. E que alvoroço o do pai e o do filho, ainda que ambos estejam no segredo! (Forja, 195)

 

A vida de oração e de penitência e a consideração da nossa filiação divina transformam-nos em cristãos profundamente piedosos, como meninos pequenos diante de Deus. A piedade é a virtude dos filhos e, para que o filho possa entregar-se nos braços do seu pai, há-de ser e sentir-se pequeno, necessitado. Tenho meditado com frequência na vida de infância espiritual, que não se contrapõe à fortaleza, porque requer uma vontade rija, uma maturidade bem temperada, um carácter firme e aberto.

Piedosos, portanto, como meninos; mas não ignorantes, porque cada um há-de esforçar-se, na medida das suas possibilidades, pelo estudo sério e científico da fé. E o que é isto, senão teologia? Piedade de meninos, sim, mas doutrina segura de teólogos.

O afã por adquirir esta ciência teológica – a boa e firme doutrina cristã – deve-se, em primeiro lugar, ao desejo de conhecer e amar a Deus. Simultaneamente é consequência da preocupação geral da alma fiel por alcançar a mais profunda compreensão deste mundo, que é uma realização do Criador. Com periódica monotonia, há pessoas que procuram ressuscitar uma suposta incompatibilidade entre a fé e a ciência, entre a inteligência humana e a Revelação divina. Tal incompatibilidade só pode surgir, e só na aparência, quando não se entendem os termos reais do problema.

Se o mundo saiu das mãos de Deus, se Ele criou o homem à sua imagem e semelhança e lhe deu uma chispa da sua luz, o trabalho da inteligência deve ser – embora seja um trabalho duro – desentranhar o sentido divino que naturalmente já têm todas as coisas. E, com a luz da fé, compreendemos também o seu sentido sobrenatural, que resulta da nossa elevação à ordem da graça. Não podemos admitir o medo da ciência, visto que qualquer trabalho, se é verdadeiramente científico, tende para a verdade. E Cristo disse: «Ego sum veritas». Eu sou a verdade. (Cristo que passa, 10)

 

Reflexão

 



Educação dos Filhos

 

Estamos enganados quando dizemos: falhei na educação dos meus filhos; não soube fazer o bem em volta de mim.

Realmente, ainda não tivemos êxito, o sucesso não é ainda como tínhamos esperado. Isto é: a colheita ainda não chegou à maturidade.

O que importa é que tenhamos semeado, que tenhamos dado Deus às almas.

Quando Deus quiser, essas almas voltar-se-ão para Ele. Nós talvez não estejamos lá para o ver, mas outros colherão o que semeámos.

 

(Georges Chevrot, Jesus e a Samaritana, Éfeso, 1956, pg 201)

Pequena agenda do cristão

 

SeGUNDa-Feira

Pequena agenda do cristão

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?