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08/10/2020

Seeing Clearly

 

Leonardo da Vinci

Seeing Clearly

We wish to be pleasing to Christ, then let us bear one another's burdens and in charity pray for one another, for God is in each of us, and each of us is in God.  Whatever imperfection or foolishness we witness in a brother, we ought to interpret it kindly, as we would wish it done to us.


Bear with others, and they will bear with you; excuse others, and you, too, will be excused.  Have compassion on the sinner, and compassion will be yours.  Comfort the mournful, and you will be comforted by one in joy.  Raise one who has fallen, and by the help of God you, too, shall be raised up....  Do not be surprised or astonished if one who is frail should fall in this world, for angels fell in heaven, and Adam was overcome by a puny apple in paradise.  It often happens that a man suffers a severe temptation because of something that is indeed very small or because of a simple annoyance on the part of another....  Be kind to a brother suffering temptation, and pray for one who is troubled, just as you would pray for yourself.  Your good fortune is my good fortune because I rejoice with you, and your misfortune becomes mine because of my compassion for you.  Since we are all frail men, we are bound in charity to pray for one another....


Maintain silence with regard to another if you have no authority to admonish him; rather, look to yourself, and correct what you find there.  If you think you are right and still intend to set your neighbor straight, then first begin with yourself and only later proceed to correct him, but with modesty and prudence, setting aside all hostilit....  He who prays for another as he does for himself performs two worthy deeds.  The more one is imbued with fraternal charity, the more willingly will he pray that the other may amend his life and no longer give offense to those who are weak.


 

Acknowledgement

kempisThomas à Kempis. "Seeing Clearly." from The Imitation of Christ Lib II, cap, 2-3 (ca. 1418-1427). 


This book is in the Public Domain.


The Author

kempisThomas a Kempis, C.R.S.A. c. 1380-1471) was a Dutch canon regular of the late medieval period and the author of The Imitation of Christ, one of the most popular and best known Christian books on devotion.  


Copyright © 1427 Public Domain

Leitura espiritual Outubro 08

                                            Cartas de São Paulo

1.ª Tessalonicenses 1

 

1 Endereço e saudação –

1 Paulo, Silvano e Timóteo à igreja de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo, que está em Tessalónica. A vós, graça e paz.

 

I. ACÇÃO DE GRAÇAS E SEUS MOTIVOS

 

Eleição e resposta –

2 Damos continuamente graças a Deus por todos vós, recordando-vos sem cessar nas nossas orações; 3 a vosso respeito, guardamos na memória a actividade da fé, o esforço da caridade e a constância da esperança, que vêm de Nosso Senhor Jesus Cristo, diante de Deus e nosso Pai, 4 conhecendo bem, irmãos amados de Deus, a vossa eleição, 5 pois o nosso Evangelho não se apresentou a vós apenas como uma simples palavra, mas também com poder e com muito êxito pela acção do Espírito Santo; vós sabeis como estivemos entre vós para vosso bem. 6 Vós fizestes-vos imitadores nossos e do Senhor, acolhendo a Palavra em plena tribulação, com a alegria do Espírito Santo, 7 tendo-vos, assim, tornado um modelo para todos os crentes na Macedónia e na Acaia. 8 Na verdade, partindo de vós, a palavra do Senhor não só ecoou na Macedónia e na Acaia, mas por toda a parte se propagou a fama da vossa fé em Deus, de tal modo que não temos necessidade de falar disso. 9 De facto, são eles próprios que contam o acolhimento que vós nos fizestes e como vos convertestes dos ídolos a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro 10 e para aguardardes do Céu o seu Filho, que Ele ressuscitou de entre os mortos, Jesus, que nos livra da ira que está para vir

                                                                 Cristo que passa

 

1             

Inicia-se o ano litúrgico, e o Intróito da Missa propõe-nos uma consideração intimamente relacionada com o princípio da nossa vida cristã: a vocação que recebemos. Vias tuas, Domine, demonstra mihi, et semitas tuas edoce me: mostra-me, Senhor, os teus caminhos e indica-me as tuas veredas. Pedimos ao Senhor que nos guie, que nos deixe ver seus passos, para que possamos caminhar para a plenitude dos seus mandamentos, que é a caridade.

 

Acredito que vós e eu, ao pensarmos nas circunstâncias que acompanharam a nossa decisão de nos esforçarmos por viver integramente a fé, daremos muitas graças ao Senhor e teremos a convicção sincera - sem falsas humildades - de que não houve nisso mérito algum da nossa parte. Em geral, aprendemos a invocar Deus desde a infância, dos lábios de pais cristãos; mais adiante, professores, companheiros e conhecidos nos ajudaram de mil maneiras a não perder Jesus Cristo de vista.

 

Um dia - não quero generalizar; abre teu coração ao Senhor e conta-lhe a tua história -, talvez um amigo, um simples cristão igual a ti, te fez descobrir um panorama profundo e novo, e, ao mesmo tempo, antigo como o Evangelho. Sugeriu-te a possibilidade de te empenhares seriamente em seguir Cristo, em ser apóstolo de apóstolos. Talvez tenhas perdido então a tranquilidade e não a tenhas recuperado, convertida em paz, enquanto livremente, porque te apeteceu - que é a razão mais sobrenatural -, não respondeste sim a Deus. E veio a alegria, forte, constante, que só desaparece quando te afastas dEle.

 

Não me agrada falar de escolhidos nem de privilegiados. Mas é Cristo quem fala, quem escolhe. É a linguagem da Escritura: Elegit nos in ipso ante mundi constitutionem - diz São Paulo - ut essemus sancti. Escolheu-nos antes da criação do mundo, para que sejamos santos. Eu sei que isto não te enche de orgulho, nem te faz sentir-te superior aos outros homens. Essa escolha, raiz da chamada, deve ser a base da tua humildade. Levanta-se por acaso um monumento aos pincéis do grande pintor? Serviram para plasmar obras primas, mas o mérito é do artista. Nós, cristãos, somos apenas instrumentos do Criador do mundo, do Redentor de todos os homens.

 

2             

Anima-me considerar um precedente narrado passo a passo nas páginas do Evangelho: a vocação dos primeiros Doze. Vamos meditá-la devagar, pedindo a essas santas testemunhas do Senhor que nos ensinem a seguir Cristo como elas o fizeram.

 

Aqueles primeiros apóstolos - que me inspiram grande devoção e carinho - eram bem pouca coisa, segundo os critérios humanos. Quanto à posição social, com exceção de Mateus - que certamente ganhava bem a vida e que deixou tudo quando Jesus lho pediu -, eram pescadores: viviam do dia a dia, labutando até de noite para poderem conseguir o seu sustento.

 

Mas a posição social é o que menos importa. Não eram cultos, nem sequer muito inteligentes, pelo menos no que se refere às realidades sobrenaturais. Até os exemplos e as comparações mais simples eram para eles incompreensíveis, e recorriam ao Mestre: Domine, edissere nobis parabolam, Senhor, explica-nos a parábola. Quando Jesus, servindo-se de uma imagem, alude ao fermento dos fariseus, imaginam que os está recriminando por não terem comprado pão.

 

Pobres, ignorantes. E nem sequer simples, abertos. Dentro das suas limitações, eram ambiciosos. Discutem muitas vezes sobre qual deles será o maior quando, segundo a sua mentalidade, Cristo instaurar na terra o reino definitivo de Israel. Discutem e exaltam-se durante esse momento sublime em que Jesus está prestes a imolar-se pela humanidade: na intimidade do Cenáculo.

 

Fé, pouca. O próprio Jesus Cristo o diz. Viram-no ressuscitar mortos, curar toda a espécie de doenças, multiplicar o pão e os peixes, acalmar tempestades, expulsar demônios. E é São Pedro, escolhido como cabeça, o único que sabe responder prontamente: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo. Mas é uma fé que ele interpreta à sua maneira, porque se atreve a enfrentar Cristo Jesus, para que não se entregue em redenção pelos homens. E Jesus tem que lhe responder: «Retira-te de mim, Satanás, que me serves de escândalo, porque não tens a sabedoria das coisas de Deus, mas das coisas dos homens». Pedro raciocinava humanamente, comenta São João Crisóstomo, e concluía que tudo aquilo - a Paixão e a Morte - era indigno de Cristo, reprovável. Por isso Jesus repreende-o e diz-lhe: não, sofrer não é coisa indigna de mim; tu pensas assim porque raciocinas com ideias carnais, humanas.

 

Mas será que aqueles homens de pouca fé sobressaíam talvez pelo seu amor a Cristo? Não há dúvida de que o amavam, pelo menos de palavra. Em certas ocasiões, deixam-se arrebatar pelo entusiasmo: Vamos nós também e morramos com Ele. Mas, na hora da verdade, todos fogem, excepto João, que verdadeiramente amava com obras. Só este adolescente, o mais jovem dos Apóstolos, permanece junto da Cruz. Os outros não sentiam esse amor tão forte quanto a morte.

Estes eram os Discípulos escolhidos pelo Senhor; assim os escolhe Cristo; assim se comportam antes de que, cheios do Espírito Santo, se convertam em colunas da Igreja. São homens comuns, com defeitos, com fraquezas, com a palavra mais fácil que as obras. E, entretanto, Jesus chama-os para fazer deles pescadores de homens, co-redentores, administradores da graça de Deus.

 

3             

Connosco aconteceu algo de semelhante. Sem grande dificuldade, poderíamos encontrar na nossa família, entre os nossos amigos e companheiros - para não me referir ao imenso panorama do mundo -, tantas outras pessoas mais dignas que nós de receberem a chamada de Cristo. Mais simples, mais sábias, mais influentes, mais importantes, mais agradecidas, mais generosas.

 

Eu, ao pensar nestes pontos, sinto-me envergonhado. Mas percebo também que a nossa lógica humana não serve para explicar as realidades da graça. Deus costuma procurar instrumentos fracos, para que se perceba claramente que a obra é dEle. São Paulo evoca com estremecimento a sua vocação: E por último, depois de todos, foi também visto por mim, como por um aborto. Porque eu sou o mínimo dos Apóstolos, indigno de ser chamado Apóstolo porque persegui a Igreja de Deus. Assim escreve Saulo de Tarso, homem de uma personalidade e um vigor que a história nada mais fez do que agigantar.

 

Fomos chamados sem mérito algum da nossa parte, dizia: porque na base da vocação encontra-se o conhecimento da nossa miséria, a consciência de que as luzes que iluminam a alma - a fé -, o amor com que amamos - a caridade - e o desejo que nos sustém - a esperança -, são dons gratuitos de Deus. Por isso, não crescer em humildade significa perder de vista o propósito da eleição divina: ut essemus sancti, a santidade pessoal.

 

E agora, partindo dessa humildade, podemos compreender toda a maravilha da chamada divina. A mão de Cristo colheu-nos de um trigal: o semeador aperta em sua mão chagada o punhado de trigo. O sangue de Cristo banha a semente, empapa-a. Depois, o Senhor lança ao ar esse trigo, para que, morrendo, seja vida e, afundando-se na terra, seja capaz de multiplicar-se em espigas de ouro.

 

Reflexão - Virtudes

A humildade exerce positivamente o seu influxo numa série de virtudes que permitem uma convivência humana e cristã.

Só a pessoa humilde está em condições de perdoar, de compreender e de ajudar, porque só ela é consciente de ter recebido tudo de Deus, e conhece as suas misérias e a necessidade que tem da misericórdia divina.

Daí que trate o seu próximo – também na hora de julgar – com compreensão, desculpando e perdoando quando for necessário.

(Francisco Fernández carvajal, Falar com Deus, Tempo comum, 12ª Semana, 2ª F.)

Oração pelos Sacerdotes



Meu Senhor Jesus Cristo:

Dai à Vossa Igreja Sacerdotes Santos que se entreguem ao serviço exclusivo da Igreja e das almas, ao anúncio fiel da palavra de Deus, à administração dos Sacramentos, em especial da Eucaristia e da Penitência, obedientes ao Magistério da Igreja e observando amorosamente a Sagrada Liturgia, para exemplo e guia seguro do Povo de Deus.

(AMA, 2009)




Com autorização eclesiástica

Deus e Audácia!


Não sejais almas de via reduzida, homens ou mulheres menores de idade, de vistas curtas, incapazes de abrangerem o nosso horizonte sobrenatural cristão de filhos de Deus. Deus e Audácia! (Sulco, 96)

Ao longo dos anos, apresentar-se-ão - talvez mais depressa do que pensamos - situações particularmente custosas, que vão exigir de cada um muito espírito de sacrifício e um maior esquecimento de si mesmo. Fomenta então a virtude da esperança e, com audácia, faz teu o grito do Apóstolo: Eu estimo, efectivamente, que os sofrimentos do tempo presente não têm proporção alguma com a glória que há-de revelar-se em nós. Medita com segurança e com paz: como será o amor infinito derramado sobre esta pobre criatura?
Chegou a hora de, no meio das tuas ocupações habituais, exercitares a fé, despertares a esperança, avivares o amor. Quer dizer: de activar as três virtudes teologais que nos impelem a desterrar imediatamente, sem dissimulações, sem rebuço, sem rodeios, os equívocos da nossa vida profissional e da nossa vida interior. (Amigos de Deus, 71)