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13/09/2020
Reflexão - Inspirações
O que são inspirações? 4
Concluído o “exame” sobre o que já temos a certeza que é uma “inspiração” só há um caminho a seguir: Fazer o que nos foi inspirado.
Não nos preocupemos com o que poderão, eventualmente, pensar de nós e do que revelamos.
Uma única certeza nos deve sossegar e conduzir: Não guardar para nós o que de alguma forma nos foi comunicado para transmitir a outros.
(AMA, reflexões, 2020)
Leitura espiritual Setembro 13
Tessalonicenses
A evangelização de Tessalónica é a segunda etapa, depois de Filipos, do percurso de Paulo no continente europeu e da sua segunda viagem missionária (Outono de 49-Primavera de 52: Act 16,9; 17,1-9). Tessalónica fora fundada em 315 a.C. por Cassandro, general de Alexandre Magno, que lhe dera o nome de sua mulher, Tessalonike.
O poeta Antípatro canta a sua cidade como "mãe de toda a Macedónia". Em 146 A. C. foi elevada a capital da província romana da Macedónia.
Com um porto de mar importante e atravessada pela Via Egnácia, que estabelecia a ligação de Roma com a Ásia Menor, Tessalónica era um ponto de encontro entre o Ocidente e o Oriente e uma cidade cosmopolita, com uma multiplicidade de cultos, entre os quais o da sinagoga judaica.
PRIMEIRA CARTA
É a partir da sinagoga (Act 17,2) que Paulo inicia, com bons frutos, a evangelização de Tessalónica; mas a hostilidade judaica obriga-o a interrompê-la bruscamente (Act 17,5-9). Por isso, o Apóstolo deixa uma comunidade apenas constituída, sujeita às seduções do paganismo - de que proveio, na sua maioria (1,9) - e à perseguição. Daí a inquietação que manifesta pela sorte dos crentes (2,17; 3,1.5).
CONTEXTO Com os seus companheiros, Paulo parte para Bereia; e depois, sozinho, para Atenas e Corinto, onde se lhe vêm juntar Silas, ou Silvano, e Timóteo (Act 18,5). Timóteo, entretanto, tinha sido enviado a Tessalónica (3,1) e traz boas notícias. É neste contexto que é escrita a 1.ª CARTA AOS TESSALONICENSES, provavelmente de Corinto e entre os anos 50 e 52.
TEOLOGIA A nível cronológico, esta Carta é o primeiro escrito do Novo Testamento, facto que lhe confere uma particular importância. É uma Carta colegial, quanto ao remetente e às características gerais (veja-se o uso do plural), e eclesial, nos seus destinatários e na sua função (5,27); prolonga a obra da evangelização, que não é de um só, mas colectiva.
A tonalidade dominante é pastoral: não há polémica, nem erros a corrigir. Com profundo reconhecimento a Deus por tudo o que Ele realiza, Paulo encoraja os cristãos a progredir. Revela uma grande intensidade afectiva, que é recíproca entre os missionários e os crentes. Nela sobressaem a gratidão, o entusiasmo, a confiança, a solicitude como de mãe e pai (2,7-8.11). E comunica ao leitor a generosidade e a grandeza de alma dos tempos iniciais, de fundação.
DIVISÃO E CONTEÚDO
I. Acção de graças (1,2-3,13), em 3 secções:
Saudação inicial (1,1)
Acção de graças pelo trabalho dos missionários e pela resposta dos Tessalonicenses (1,2-2,16).
Missão de Timóteo, cujo êxito suscita reconhecimento a Deus (2,17-3,10).
Voto final (3,11-13).
II. Prática cristã "no Senhor Jesus Cristo" (4,1-5,24), em 4 secções:
Dois aspectos fundamentais da vida cristã: santificação e caridade (4,1-12).
Dois aspectos da expectativa escatológica: os mortos antes da parusia e o Dia do Senhor (4,13-5,11).
Outros conselhos úteis à vida cristã (5,12-22).
Voto final (5,23-24).
Saudação final (5,25-28).
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Fé com obras
E imediatamente começa um diálogo divino, um diálogo maravilhoso, que comove, que abrasa, porque tu e eu somos agora Bartimeu.
Da boca divina de Cristo sai uma pergunta: "quid tibi vis faciam? Que queres que te faça?»
E o cego: «Mestre, faz que eu veja».
Que coisa mais lógica!
E tu, vês?
Não te aconteceu já, alguma vez, o mesmo que a esse cego de Jericó?
Não posso agora deixar de recordar que, ao meditar nesta passagem há já muitos anos e ao compreender então que Jesus esperava alguma coisa de mim - algo que eu não sabia o que era! - compus para mim, umas jaculatórias: Senhor, que queres? Que me pedes?
Pressentia que me procurava para uma realidade nova e o «Rabboni, ut videam - Mestre, que eu veja» - levou-me a suplicar a Cristo, numa oração contínua: Senhor, que se faça isso que Tu queres.
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Rezai comigo ao Senhor: doce me facere voluntatem tuam, quia Deus meus es tu, ensina-me a cumprir a tua Vontade, porque Tu és o meu Deus.
Por outras palavras: Que brote dos nossos lábios o afã sincero por corresponder, com um desejo eficaz, aos convites do nosso Criador, procurando seguir os Seus desígnios com uma fé inquebrantável, com a convicção de que Ele não pode falhar.
Amando deste modo a Vontade divina, percebemos como o valor da fé não consiste apenas na clareza com que se expõe, mas também na resolução de a defender com obras. Assim, agiremos de acordo com ela.
Mas voltemos à cena que se desenrola à saída de Jericó.
Agora é contigo que Cristo fala: Diz-te: que queres de Mim?
Que eu veja, Senhor, que eu veja! E Jesus: «Vai, a tua fé te salvou. Nesse mesmo instante, começou a ver e seguia-O pelo caminho».
Segui-Lo pelo caminho.
Segui-Lo pelo caminho.
Tu tomaste conhecimento do que OSenhor te propunha e decidiste acompanhá-Lo pelo caminho.
Tu procuras seguir os Seus passos, vestir-te com as vestes de Cristo, ser o próprio Cristo: Portanto, a tua fé - fé nessa luz que O Senhor te vai dando - deverá ser operativa e sacrificada.
Não te iludas, não penses em descobrir novas formas. É assim a fé que Ele nos pede: Temos de andar ao Seu ritmo com obras cheias de generosidade, arrancando e abandonando tudo o que seja estorvo.
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Fé e humildade
Agora é São Mateus quem nos descreve um quadro comovedor: «Eis que uma mulher, que, havia doze anos, padecia de um fluxo de sangue, se chegou por detrás dele e tocou a fímbria do seu manto». Que humildade a desta mulher!
Dizia dentro de si: «Basta que eu toque somente o seu manto para ficar curada».
Nunca faltam doentes que imploram, como Bartimeu, com uma fé grande, e que não têm pejo em confessá-la aos gritos.
Mas reparai como, no caminho de Cristo, não há duas almas iguais. Grande é também a fé desta mulher, e não grita: aproxima-se sem que ninguém a note.
Basta-lhe tocar ao de leve o traje de Jesus, porque tem a certeza de que será curada.
E ainda mal tinha acabado de fazê-lo, quando Nosso Senhor se volta e a olha.
Já sabe o que se passa no interior daquele coração.
Apercebeu-se da sua segurança: «Tem confiança, filha, a tua fé te salvou.»
Tocou com delicadeza a orla do manto, aproximou-se com fé, acreditou e soube que tinha sido curada...
Também nós, se queremos salvar-nos, devemos tocar com fé o manto de Cristo.
Estás bem persuadido de como há-de ser a nossa fé?
Humilde.
Quem és tu, quem sou eu, para merecer este chamamento de Cristo? Quem somos nós, para estar tão perto Dele?
Tal como àquela pobre mulher no meio da multidão, ofereceu-nos uma oportunidade. E não só para tocar um pouco do Seu traje ou, num breve momento, a ponta do Seu manto, a orla.
Temo-lo a Ele próprio. Entrega-Se-nos totalmente, com o Seu Corpo, com o Seu Sangue, com a Sua Alma e com a Sua Divindade.
Comemo-Lo todos os dias, falamos intimamente com Ele, como se fala com um pai, como se fala com o Amor.
E isto é verdade.
Não são imaginações.
200
Procuremos que aumente a nossa humildade.
Porque só uma fé humilde permite que tenhamos visão sobrenatural. Não existe alternativa.
Só são possíveis dois modos de viver na terra: Ou se vive vida sobrenatural ou vida animal.
E tu e eu não podemos viver senão a vida de Deus, a vida sobrenatural.
Que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua alma.
Que proveito terá para o homem tudo o que existe na terra, todas as ambições da inteligência e da vontade? Que vale tudo isto, se tudo se acaba, se tudo se desfaz, se são bambolinas de teatro todas as riquezas deste mundo terreno, se depois é a eternidade para sempre, para sempre, para sempre?
Este advérbio - sempre - tornou grande Teresa de Jesus. Quando ela - em criança - saía pela porta do rio Adaja, atravessando as muralhas da cidade acompanhada por seu irmão Rodrigo, com o intuito de chegar a terras de moiros, para que os decapitassem por amor de Cristo, ia segredando ao irmão que já dava mostras de cansaço: "Para sempre, para sempre, para sempre".
Mentem os homens ao dizer para sempre em coisas temporais. Só é verdade, com uma verdade total, o para sempre em relação a Deus.
E assim hás-de viver tu, com uma fé que te ajude a sentir sabor de mel, doçura de céu, ao pensares na eternidade, que é, de verdade, para sempre.
Fazendo com amor as pequenas coisas
De longe – além, no horizonte – parece
que o céu se une à terra. Não te esqueças de que, na realidade, onde a Terra e
o Céu se unem é no teu coração de filho de Deus. (Sulco, 309)
Esta doutrina da Sagrada Escritura, que
se encontra, como sabeis, no próprio cerne do espírito do Opus Dei, há-de
levar-vos a realizar o vosso trabalho com perfeição, a amar a Deus e os homens
fazendo com amor as pequenas coisas da vossa jornada habitual, descobrindo esse
quê divino que está encerrado nos pormenores. Que bem se enquadram aqui aqueles
versos do poeta de Castela: “Devagar, e boa letra;/que fazer as coisas bem/
importa mais que fazê-las.”
Asseguro-vos, meus filhos, que, quando
um cristão realiza com amor a mais intranscendente das acções diárias, ela
transborda da transcendência de Deus. Por isso vos tenho repetido, com
insistente martelar, que a vocação cristã consiste em fazer poesia heróica da
prosa de cada dia. Na linha do horizonte, meus filhos, parecem unir-se o céu e
a terra. Mas não; onde se juntam deveras é nos vossos corações, quando viveis
santamente a vida de cada dia... (Temas
Actuais do Cristianismo, 116)
Pequena agenda do cristão
PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Viver a família.
Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.
Lembrar-me:
Cultivar a Fé
São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
[i] Cfr. Lc 1, 38
[ii] AMA, orações pessoais
[iii] AMA, orações pessoais
[iv] AMA, orações pessoais