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27/08/2020

Oração pelos Sacerdotes



Meu Senhor Jesus Cristo:

Dai à Vossa Igreja Sacerdotes Santos que se entreguem ao serviço exclusivo da Igreja e das almas, ao anúncio fiel da palavra de Deus, à administração dos Sacramentos, em especial da Eucaristia e da Penitência, obedientes ao Magistério da Igreja e observando amorosamente a Sagrada Liturgia, para exemplo e guia seguro do Povo de Deus.

(AMA, 2009)




Com autorização eclesiástica

Quando tiveres de corrigir, fá-lo com caridade


Só serás bom, se souberes ver as coisas boas e as virtudes dos outros. Por isso, quando tiveres de corrigir, fá-lo com caridade, no momento oportuno, sem humilhar... e com intenção de aprender e de melhorar tu próprio, naquilo que corriges. (Forja, 455)

Para curar uma ferida, primeiro limpa-se esta muito bem e inclusivamente ao seu redor, desde bastante distância. O médico sabe perfeitamente que isso dói, mas se omitir essa operação, depois doerá ainda mais. A seguir, põe-se logo o desinfectante; arde – pica, como dizemos na minha terra – mortifica, mas não há outra solução para a ferida não infectar.
Se para a saúde corporal é óbvio que se têm de tomar estas medidas, mesmo que se trate de escoriações de pouca importância, nas coisas grandes da saúde da alma – nos pontos nevrálgicos da vida do ser humano – imaginai como será preciso lavar, como será preciso cortar, como será preciso limpar, como será preciso desinfectar, como será preciso sofrer! A prudência exige-nos intervir assim e não fugir ao dever, porque não o cumprir seria uma falta de consideração e inclusivamente um atentado grave, contra a justiça e contra a fortaleza.
Persuadi-vos de que um cristão, se pretende deveras proceder rectamente diante de Deus e dos homens, precisa de todas as virtudes, pelo menos em potência. Mas, perguntar-me-eis: Padre, o que diz das minhas fraquezas? Responder-vos-ei: Porventura um médico que está doente, mesmo que a sua doença seja crónica, não cura os outros? A sua doença impede-o de prescrever a outros doentes o tratamento adequado? É claro que não. Para curar, basta-lhe ter a ciência necessária e aplicá-la com o mesmo interesse com que combate a sua própria enfermidade. (Amigos de Deus, 161)


Virtudes 19


Prudência 2
Para alcançar a sabedoria, são necessárias, em primeiro lugar, a oração e a meditação da Palavra de Deus: Foi por isso que a pedi e me foi concedida a prudência. Supliquei e o espírito de sabedoria veio a mim (Sab 7, 7); Mas, percebendo que não poderia possuir a sabedoria se Deus não ma desse – e já era um fruto de prudência saber de quem procedia essa graça – dirigi-me ao Senhor e pedi-Lha (Sab 8, 21). (Cf. T. TRIGO, Scripta Theologica 34 (2002/1), pp. 273-307)
Em Cristo, a Sabedoria de Deus feita carne, encontramos a perfeita prudência e a perfeita liberdade. Com as Suas obras, Ele mostra-nos que a prudência aconselha a transformarmos a vida num serviço aos outros, amigos e inimigos, por amor do Pai. Com a Sua morte na cruz, mostra-nos que a verdadeira prudência leva mesmo a entregar a própria vida, em obediência ao Pai, pela salvação dos homens. Esta prudência de Cristo parece exagero e imprudência aos olhos humanos. Quando Ele diz aos discípulos que deve ir a Jerusalém, sofrer e morrer, Pedro «começou a repreendê-lo, dizendo: «’Deus te livre, Senhor! Isso nunca te há-de acontecer!’» Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: «Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um estorvo, porque os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens!» (Mt 16, 22-23). (Cf. T. TRIGO, Scripta Theologica 34 (2002/1), pp. 273-307)

Josep-Ignasi Saranyana

Bibliografia básica: Catecismo da Igreja Católica, 1762-1770, 1803-1832 e 1987-2005.
Leituras recomendadas:
(São Josemaria, Homilia Virtudes humanas, in Amigos de Deus, 73-92.
KÜCKING, Marlies, Dicionário de (São Josemaria (2013), ILLANES José Luis, Entrada: Prudência.
TRIGO, Tomás, Scripta Theologica 34 (2002/1) 273-307

Perguntas e respostas


B. O MAIOR DOS IDEAIS

5.

Pergunto:

Quem não ama a Deus pode ter ideais?

Respondo:

O ateu pode e deve ter ideais, mas corre maior perigo de tornar-se egoísta, pretendendo unicamente comodidade, o êxito o diversos prazeres sem qualquer orientação. Por exemplo, o serviço aos outros pode fazer-se com intenção de autopromover-se ou obter reconhecimento; por seu lado, quem ama o Senhor é mais simples e dirige esse louvor para a Sua glória. O amor e serviço de Deus é libertador da escravidão do próprio eu.

Leitura espiritual 27 Agosto


 
Cartas de São Paulo

Gálatas - 4

Em Cristo, somos filhos de Deus –
1 Mas eu digo-vos: durante todo o tempo em que o herdeiro é criança, em nada difere de um escravo, apesar de ser senhor de tudo. 2 Pelo contrário, está sob o domínio de tutores e administradores, até ao dia fixado pelo seu pai. 3 Assim também nós, quando éramos crianças, estávamos sob o domínio dos elementos do mundo, a eles sujeitos como escravos. 4 Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob o domínio da Lei, 5 para resgatar os que se encontravam sob o domínio da Lei, a fim de recebermos a adopção de filhos. 6 E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: «Abbá! - Pai!» 7 Deste modo, já não és escravo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro, por graça de Deus.

III. O EVANGELHO FAZ-NOS LIVRES

Não voltar à escravidão –
8 Mas outrora, quando não conhecíeis a Deus, servistes os deuses que, na realidade, o não são. 9 Agora, porém, tendo conhecido a Deus, ou melhor, sendo conhecidos por Deus, como é possível que vos convertais outra vez aos elementos fracos e pobres, querendo novamente ser escravos deles? 10 Observais os dias e os meses, as estações e os anos! 11Temo, a vosso respeito, que afinal tenha sido em vão o trabalho que suportei por vós.

O Apóstolo na origem da comunidade –
12 Isto vos peço, irmãos: sede como eu, pois também eu me tornei como vós. Em nada me ofendestes. 13 Mas sabeis que foi por causa de uma doença corporal que vos anunciei o Evangelho pela primeira vez. 14 Embora o meu corpo fosse para vós uma provação, não reagistes com desprezo nem nojo. Pelo contrário: recebestes-me como um anjo de Deus, como a Cristo Jesus. 15 Onde estava, pois, a vossa felicidade? Sim, disto eu sou testemunha a vosso favor: se tivesse sido possível, teríeis arrancado os vossos olhos para mos dar. 16 Tornei-me então vosso inimigo, ao dizer-vos a verdade? 17 Não é por bem que eles andam a interessar-se por vós. Pelo contrário: o que querem é separar-vos de mim, para que vos interesseis por eles. 18 Bom é, sim, que vos interesseis sempre pelo bem, e não apenas quando estou convosco. 19 Meus filhos, por quem sinto outra vez dores de parto, até que Cristo se forme entre vós! 20 Sim, como desejaria estar agora convosco e mudar o tom da minha voz! É que eu estou perplexo a vosso respeito.

Sara e Agar –
21 Dizei-me, vós que quereis estar sob o domínio da Lei: afinal não dais ouvidos à Lei? 22 Com efeito, está escrito que Abraão teve dois filhos: um da escrava e outro da mulher livre. 23 Mas, enquanto o da escrava foi gerado segundo a carne, o da mulher livre foi gerado por causa da promessa. 24 Isto está dito em alegoria; pois elas representam duas alianças: uma, a do monte Sinai, foi a que gerou para a escravidão; essa é Agar. 25 Ora, Agar é o nome dado, na Arábia, ao monte Sinai, e corresponde à Jerusalém actual, já que se encontra sob a escravidão, juntamente com os seus filhos. 26 Mas a Jerusalém do alto é livre; essa é a nossa mãe, 27 pois está escrito: Alegra-te, ó estéril, que não dás à luz; rejubila e grita, tu que não sentes as dores de parto; pois são muitos os filhos da abandonada, mais do que os daquela que tem marido! 28 E vós, irmãos, à semelhança de Isaac, sois filhos da promessa. 29 Só que, como então o que foi gerado segundo a carne perseguia o que o foi segundo o Espírito, assim também agora. 30 Mas que diz a Escritura? Expulsa a escrava e o seu filho, porque o filho da escrava não poderá herdar juntamente com o filho da mulher livre. 31 Por isso, irmãos, não somos filhos da escrava, mas da mulher livre.


 
Amigos de Deus

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O caminho do cristão

Que transparente se torna o ensinamento de Cristo! Como de costume, abramos o Novo testamento, desta vez no capítulo XI de S. Mateus: Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração. Vês? Temos que aprender d'Ele, de Jesus, nosso único modelo. Se queres progredir, evitando tropeços e extravios, só tens que andar pelo caminho que Ele percorreu, pôr os teus pés nos sinais das suas pegadas, penetrar no seu Coração humilde e paciente, beber do manancial dos seus mandatos e afectos; numa palavra, tens de identificar-te com Jesus Cristo, tens de procurar converter-te verdadeiramente noutro Cristo entre os teus irmãos, os homens.

Para que ninguém se engane, vamos ler outra passagem de S. Mateus. No capítulo XVI, o Senhor é ainda mais preciso na sua doutrina: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. O caminho de Deus é de renúncia, de mortificação, de entrega, mas não de tristeza ou de apoucamento.

Revê o exemplo de Cristo, do presépio de Belém até ao trono do Calvário. Considera a sua abnegação, as suas privações: fome, sede, fadiga, calor, sono, maus tratos, incompreensões, lágrimas...; e a sua alegria por salvar a humanidade inteira. Gostaria que gravasses, agora, profundamente, na tua cabeça e no teu coração - para o meditares muitas vezes e o traduzires em consequências práticas - aquele resumo de S. Paulo, quando convidava os Efésios a seguir, sem vacilações, os passos do Senhor: Sede imitadores de Deus, visto que sois seus filhos muito queridos, e procedei com amor, tal como Cristo nos amou e se ofereceu a si mesmo a Deus, como oferenda e hóstia de odor suavíssimos.

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Jesus entregou-se a si mesmo, feito holocausto por amor. E tu, discípulo de Cristo; tu, filho predilecto de Deus; tu, que foste comprado a preço de Cruz; tu também deves estar disposto a negar-te a ti mesmo. Portanto, sejam quais forem as circunstâncias concretas que atravessemos, nem tu nem eu podemos levar uma conduta egoísta, aburguesada, cómoda, dissipada..., - perdoa a minha sinceridade - néscia! Se ambicionas a estima dos homens e anseias ser considerado ou apreciado e se não procuras senão uma vida de prazer, desviaste-te do caminho... Na cidade dos santos, só aos que passam pelo caminho áspero, apertado e estreito das tribulações se permite entrar, descansar e reinar com o Rei pelos séculos sem fim.

É necessário que te decidas a carregar com a cruz voluntariamente. Senão, dirás com a língua que imitas Cristo, mas os teus actos desmenti-lo-ão; assim não conseguirás tratar com intimidade o Mestre nem o amarás verdadeiramente. É urgente que nós, os cristãos, nos convençamos bem desta realidade: não andamos perto do Senhor, quando não sabemos privar-nos espontaneamente de tantas coisas que o capricho, a vaidade, o prazer, o interesse... reclamam. Não deve passar um dia sem que o tenhas condimentado com a graça e o sal da mortificação. E afasta a ideia de que estás, então, reduzido a ser um desgraçado. Pobre felicidade será a tua, se não aprendes a vencer-te a ti próprio, se te deixas esmagar e dominar pelas tuas paixões e veleidades, em vez de tomares a tua cruz com galhardia.

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Recordo agora - certamente algum de vós me terá ouvido já este mesmo comentário noutras meditações - aquele sonho de um escritor do século de ouro castelhano. Diante dele abrem-se dois caminhos. Um apresenta-se amplo e fácil de percorrer, pródigo em estalagens e tabernas e outros lugares amenos e agradáveis. Por ali avançam as pessoas a cavalo ou em carroças, entre música e risos - gargalhadas loucas-; contempla-se uma multidão embriagada num deleite aparente, efémero, porque esse caminho acaba num precipício sem fundo. É o caminho dos mundanos, dos eternos aburguesados: ostentam uma alegria que, na realidade, não têm; procuram insaciavelmente toda a espécie de comodidades e prazeres...; horroriza-os a dor, a renúncia, o sacrifício. Não querem saber nada da Cruz de Cristo, pensam que é coisa de loucos. Mas são eles os dementes: escravos da inveja, da gula, da sensualidade, acabam por passar pior e apercebem-se tarde de que desperdiçaram, por uma bagatela insípida, a sua felicidade terrena e eterna. É o Senhor a advertir-nos: «Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim encontrá-la-á. Porque, de que serve ao homem ganhar todo o mundo, se perde a sua alma

Em direcção diferente segue, nesse sonho, outro caminho: tão estreito e íngreme, que não é possível percorrê-lo a cavalo. Todos os que seguem por ele, andam pelo seu próprio pé, talvez em ziguezague, com rosto sereno, pisando abrolhos e saltando pedregulhos. Em determinados pontos do caminho deixam farrapos dos seus vestidos e mesmo da sua carne. Mas no fim espera-os um jardim, a felicidade para sempre, o Céu. É o caminho das almas santas que se humilham, que por amor a Jesus Cristo se sacrificam com gosto pelos outros; o caminho dos que não temem subir carregando amorosamente com a sua cruz, por muito que pese, porque sabem que, se o peso os fizer cair, poderão levantar--se e continuar a subida: Cristo é a força destes caminhantes.




Reflexão - Prudência


Sou prudente?

Vivo consequente e responsavelmente?

O programa que realizo serve para o bem verdadeiro? 

Serve para a salvação que quer para nós Cristo e a Igreja?

(São joão Paulo IIAlocução 25.10.1978)





Pequena agenda do cristão




Quinta-Feira

PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?