Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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22/07/2020
Não te assustes ao veres-te tal como és
Não necessito de milagres; bastam-me os que há na Escritura. –
Pelo contrário, faz-me falta o teu cumprimento do dever, a tua correspondência
à graça. (Caminho, 362)
Repitamos com a palavra e com as obras: Senhor, confio em Ti,
basta-me a tua providência ordinária, a tua ajuda de cada dia. Não temos por
que pedir a Deus grandes milagres. Temos de lhe suplicar, pelo contrário, que
aumente a nossa fé, que ilumine a nossa inteligência, que fortaleça a nossa
vontade. Jesus está sempre junto de nós e permanece fiel.
Desde o começo da minha pregação, preveni-vos contra um falso
endeusamento. Não te assustes ao veres-te tal como és: assim, feito de barro.
Não te preocupes. Porque, tu e eu somos filhos de Deus, – este é o endeusamento
bom – escolhidos desde a eternidade, com uma vocação divina: escolheu-nos o
Pai, por Jesus Cristo, antes da criação do mundo, para que sejamos santos diante
dele. Nós, que somos especialmente de Deus, seus instrumentos apesar da nossa
pobre miséria pessoal, seremos eficazes se não perdermos o conhecimento da
nossa fraqueza. As tentações dão-nos a dimensão da nossa própria fraqueza.
Se sentimos desalento ao experimentar – talvez de um modo
particularmente vivo – a nossa mesquinhez, é o momento de nos abandonarmos por
completo, com docilidade, nas mãos de Deus. Conta-se que, certo dia, um mendigo
saiu ao encontro de Alexandre Magno, pedindo uma esmola. Alexandre parou e
ordenou que o fizessem senhor de cinco cidades. O pobre, confundido e
atordoado, exclamou: eu não pedia tanto! E Alexandre respondeu: tu pediste como
quem és; eu dou-te como quem sou. (Cristo que passa, 160)
Temas para reflectir e meditar
Serviço
desinteressado
Este
tema surgiu-me ao ver um episódio na TV. Tratava-se de alguém que fazia o que
fosse para ajudar uma pessoa com dificuldades de auto-estima. Estas
dificuldades levavam a uma atitude de negação perante os outros, a isolamento social, distanciamento da família. Erros cometidos mantinham-no como que preso
de um sentimento de culpa e de vergonha.
Quem
se dispunha a ajudar não obtinha os resultados que esperava.
Um
amigo sugeriu-lhe: ‘Será o que tu estás a fazer por essa pessoa se destina
realmente a ela ou será, antes, como que para obter um prémio para ti mesmo,
que coroe a tua boa acção’?
Perante
esta consideração, concluo que: Servir e cuidar de outros deve ser – sempre –
em primeiro lugar pelos outros e, a consideração do “prémio pessoal”, não deve
colocar-se, quando não, compromete a bondade da atitude.
(AMA, 2019)
(AMA, 2019)
LEITURA ESPIRITUAL
Romanos
5 O amor de Deus, força da nossa esperança –
1
Portanto, uma vez que fomos justificados pela fé, estamos em paz com Deus por
Nosso Senhor Jesus Cristo. 2 Por Ele tivemos acesso, na fé, a esta graça na
qual nos encontramos firmemente e nos gloriamos, na esperança da glória de
Deus. 3 Mais ainda, gloriamo-nos também das tribulações, sabendo que a
tribulação produz a paciência, 4 a paciência a firmeza, e a firmeza a esperança.
5 Ora a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos
corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. 6 De facto, quando ainda éramos
fracos é que Cristo morreu pelos ímpios. 7 Dificilmente alguém morrerá por um
justo; por uma pessoa boa talvez alguém se atreva a morrer. 8 Mas é assim que
Deus demonstra o seu amor para connosco: quando ainda éramos pecadores é que
Cristo morreu por nós. 9 E agora que fomos justificados pelo seu sangue, com
muito mais razão havemos de ser salvos da ira, por meio dele. 10 Se, de facto,
quando éramos inimigos de Deus, fomos reconciliados com Ele pela morte de seu
Filho, com muito mais razão, uma vez reconciliados, havemos de ser salvos pela
sua vida. 11 Mais ainda, também nos gloriamos em Deus, por Nosso Senhor Jesus
Cristo, por quem agora recebemos a reconciliação.
Pecado de Adão e graça de Cristo (Gn 3) –
12 Por isso, tal como por um
só homem entrou o pecado no mundo e, pelo pecado, a morte, assim a morte
atingiu todos os homens, uma vez que todos pecaram... 13 De facto, antes da Lei
já existia o pecado no mundo; mas o pecado não é tido em conta quando não há
lei. 14 Apesar disso, desde Adão até Moisés reinou a morte, mesmo sobre aqueles
que não tinham pecado por uma transgressão idêntica à de Adão, que é figura
daquele que havia de vir. 15 Com efeito, o que se passa com o dom gratuito não
é o mesmo que se passa com a falta. Se pela falta de um só todos morreram, com
muito mais razão a graça de Deus, aquela graça oferecida por meio de um só
homem, Jesus Cristo, foi a todos concedida em abundância. 16 E também com o dom
não acontece o mesmo que acontece com as consequências do pecado de um só. Com
efeito, o julgamento, que partiu de um só, teve como resultado a condenação;
enquanto que o dom gratuito, que partiu de muitas faltas, teve como resultado a
justificação. 17 De facto, se pela falta de um só e por meio de um só reinou a
morte, com muito mais razão, por meio de um só, Jesus Cristo, hão-de reinar na
vida aqueles que recebem em abundância a graça e o dom da justiça. 18 Portanto,
como pela falta de um só veio a condenação para todos os homens, assim também
pela obra de justiça de um só veio para todos os homens a justificação que dá a
vida. 19 De facto, tal como pela desobediência de um só homem todos se tornaram
pecadores, assim também pela obediência de um só todos se hão-de tornar justos.
20 A lei interveio para aumentar a falta, mas, onde aumentou o pecado,
superabundou a graça. 21 E deste modo, tal como o pecado reinou pela morte,
assim também a graça reina pela justiça até à vida eterna, por Jesus Cristo,
Senhor nosso.
179
Alguns,
quando ouvem falar de castidade, sorriem.
É
um sorriso - um esgar - sem alegria, morto, de mentes retorcidas. A grande
maioria, repetem, não acredita nisso!
Eu
costumava dizer aos rapazes que me acompanhavam pelos hospitais e bairros da
periferia de Madrid, há muitos anos atrás: pensai que há um reino mineral;
outro, mais perfeito, o reino vegetal, no qual, à mera existência se acrescenta
a vida; e, depois outro, o reino animal, formado quase sempre por seres com
sensibilidade e movimento.
Explicava-lhes também, de um modo pouco
académico mas expressivo, que deveríamos instituir outro reino: o hominal, o
reino dos humanos.
Na
verdade, as criaturas racionais possuem uma inteligência admirável, reflexo da
Sabedoria divina, que lhes permite raciocinar por sua conta e exercer essa
liberdade maravilhosa, com que podem aceitar ou recusar uma coisa ou outra por
seu arbítrio.
Pois neste reino dos homens - comentava-lhes
eu, com a experiência do meu trabalho sacerdotal tão intenso - para uma pessoa
normal, o tema do sexo ocupa um quarto ou quinto lugar.
Primeiro,
estão as aspirações da vida espiritual, aquela que cada um tiver; a seguir, as
questões que interessam ao homem e à mulher corrente: o pai, a mãe, o seu lar;
depois a profissão e, muito além, em quarto ou quinto lugar aparece o impulso
sexual.
Por isso, sempre que conheci pessoas que
convertiam este assunto no tema central da sua conversa e dos seus interesses,
pensei que eram anormais, uns pobres desgraçados, talvez doentes.
E
acrescentava, provocando com isto um momento de riso e de piada entre os
rapazes, que esses infelizes me faziam tanto dó como um rapaz com a cabeça
grande, enorme, de um metro de perímetro!
São
gente infeliz e, da nossa parte, além das orações, nasce uma fraterna
compaixão, porque desejamos que se curem de tão triste doença.
O
que não são é nem mais homens nem mais mulheres que aqueles que como nós, não
estão obcecados pelo sexo.
180
A
castidade é possível
Todos nós temos paixões e todos enfrentamos,
em qualquer idade, as mesmas dificuldades.
Temos,
por isso, de lutar.
Lembrai-vos
do que escrevia S. Paulo: datus est mihi
stimulus carnis meæ, angelus Satanæ, qui me colaphizet, rebela-se o
estímulo da carne, que é como um anjo de Satanás, que me esbofeteia para que eu
não seja soberbo.
Não se pode viver uma vida limpa sem
assistência divina.
Deus
quer que sejamos humildes e peçamos o seu auxílio.
Deves
pedir com confiança a Nossa Senhora, agora mesmo, na solidão acompanhada do teu
coração, silenciosamente:
Minha
Mãe, este meu pobre coração rebela-se tolamente... se tu não me proteges...
E
amparar-te-á para que o guardes puro e percorras o caminho a que Deus te
chamou.
Filhos: humildade, humildade!
Aprendamos
a ser humildes.
Para
guardar o Amor é preciso prudência, é preciso vigiar com cuidado e não se
deixar dominar pelo medo.
Entre
os clássicos de espiritualidade, muitos comparam o demónio a um cão raivoso,
preso a uma corrente: se não nos aproximarmos, não morde, ainda que ladre
continuamente.
Se
fomentardes a humildade nas vossas almas, de certeza que evitareis as
tentações, reagireis com a valentia de fugir e socorrer-vos-eis diariamente do
auxílio do Céu para avançar com garbo por este caminho de apaixonados.
181
Reparai que aquele que está apodrecido pela
concupiscência da carne não consegue andar espiritualmente e é incapaz de qualquer
obra boa.
É
um aleijado que permanece estirado no chão como um trapo.
Nunca
vistes os doentes com paralisias progressivas, que não conseguem ter força nem
pôr-se de pé?
Às
vezes nem sequer mexem a cabeça!
Pois
isso acontece, na vida sobrenatural, aos que não são humildes e aos que se
entregaram cobardemente à luxúria.
Não
vêem, não ouvem, nem percebem nada.
Estão
paralíticos e parecem loucos.
Cada
um de nós deve invocar o Senhor e a Mãe de Deus e pedir-lhes a humildade e a
decisão de aproveitar piedosamente o divino remédio da confissão.
Não
permitais que se instale na vossa alma um foco de podridão, ainda que seja
muito pequeno.
Falai!
Quando
a água corre, é límpida; quando estagna, forma um charco, enche-se de porcaria repugnante
e em vez de água potável passa a ser um caldo de bichos.
Que a castidade é possível e constitui uma
fonte de alegria, sabei-lo tão bem como eu, muito embora tenhais consciência de
que exige, de quando em quando, alguma luta.
Ouçamos
de novo S. Paulo: Comprazo-me na lei de
Deus, segundo o homem interior, mas, ao mesmo tempo, encontro nos meus membros
outra lei, a qual resiste à lei do meu espírito e me subjuga à lei do pecado,
que está nos membros do meu corpo. Oh, que homem tão infeliz eu sou! Quem me
livrará deste corpo de morte?
Grita
mais ainda, se precisas, mas não exageremos: sufficit tibi gratia mea, basta-te a minha graça, responde-nos o
Senhor.
182
Tive oportunidade de observar, em algumas
ocasiões, como reluziam os olhos de um desportista, perante os obstáculos que
tinha de saltar.
Que
vitória!
Observai
como domina as dificuldades!
Assim
nos contempla Deus, que ama a nossa luta: seremos sempre vencedores, porque
nunca nos nega a omnipotência da sua graça.
E
não importa então que haja luta, porque Ele não nos abandona.
A castidade é combate e não renúncia, já que
respondemos com uma afirmação gozosa, com uma entrega livre e alegre.
Não
deves limitar-te a fugir da queda ou da ocasião, nem o teu comportamento deve reduzir-se,
de maneira alguma, a uma negação fria e matemática.
Já
te convenceste de que a castidade é uma virtude e, como tal, deve
desenvolver-se e aperfeiçoar-se?
Não
basta ser continente, cada um segundo o seu estado.
Insisto:
temos de viver castamente, com virtude heróica.
Este
comportamento é um acto positivo, com o qual aceitamos de boa vontade o pedido
de Deus: Præbe, fili mi, cor tuum mihi et
oculi tui vias meas custodiant, entrega-me, meu filho, o teu coração e
espraia os teus olhos pelos meus campos de paz.
Pergunto-te eu, agora: como encaras tu esta
batalha?
Bem
sabes que a luta já está vencida, se a mantivermos desde o princípio. Afasta-te
imediatamente do perigo, mal percebas as primeiras chispas de paixão, e até
antes.
Fala,
além disso, com quem dirige a tua alma; se possível antes, porque abrindo o
coração de par em par não serás derrotado.
Um
acto repetido várias vezes cria um hábito, uma inclinação, uma facilidade.
É
preciso, pois, batalhar para alcançar o hábito da virtude, o hábito da
mortificação, para não recusar o Amor dos Amores.
Meditai no conselho de S. Paulo a Timóteo: Te ipsum castum custodi, conserva-te a
ti mesmo puro, para estarmos, também, sempre vigilantes, decididos a defender o
tesouro que Deus nos entregou.
Ao
longo da minha vida, quantas e quantas pessoas não ouvi queixarem-se: Ah! Se eu
tivesse cortado ao princípio!
E
diziam-no cheias de aflição e de vergonha.
183
Com
o coração todo entregue
Devo recordar-vos que não encontrareis a
felicidade fora das vossas obrigações cristãs.
Se
as abandonardes, ficar-vos-á um enorme remorso e sereis uns pobres infelizes.
Então
até mesmo as coisas mais correntes, que são lícitas e trazem um bocadinho de
felicidade, se podem tornar amargas como fel, azedas como o vinagre,
repugnantes como o rosalgar.
Peçamos a Jesus, cada um de vós e eu também:
Senhor! Eu proponho-me lutar e sei que Tu não perdes batalhas.
E compreendo que, se alguma vez as perco, é
porque me afastei de Ti!
Leva-me
pela tua mão e não Te fies de mim!
Não
me soltes!
Pensareis: mas eu sou tão feliz, Padre!
Eu
amo Jesus Cristo e, ainda que seja de barro, desejo chegar à santidade com a
ajuda de Deus e da sua Mãe Santíssima!
Não
o duvido.
Apenas
te previno com estas exortações para o caso de se te apresentar alguma
dificuldade.
Tenho também de te repetir que a existência
do cristão - a tua e a minha - é de Amor.
Este
nosso coração nasceu para amar e, quando não se lhe dá um afecto puro, limpo e
nobre, vinga-se e enche-se de miséria.
O
verdadeiro amor de Deus, que pode traduzir-se por viver uma vida bem limpa,
está tão longe da sensualidade como da insensibilidade e tão longe de qualquer
sentimentalismo como da ausência de coração ou da sua dureza.
É uma pena não ter coração.
Os
que nunca aprenderam a amar com ternura são uns infelizes.
Nós,
os cristãos, estamos apaixonados pelo amor: o Senhor não nos quer secos,
insensíveis, como matéria inerte.
Quer-nos
impregnados do seu carinho!
Aquele
que, por Deus, renunciou a um amor humano, não é um solteirão, como aquela
pessoa triste, infeliz, que anda sempre de asa murcha, por ter desprezado a
generosidade de amar limpamente.
Virtudes 11
Ver as coisas boas
e conviver
«Tocámos flauta
e não bailastes; entoámos lamentações e não chorastes» (Mt 11, 17): o Senhor serve-se
de uma canção ou, talvez, de um jogo popular, para ilustrar o facto de alguns
dos Seus contemporâneos não saberem reconhecê-Lo. Nós estamos chamados para
descobrir Cristo nos acontecimentos e nas pessoas. Corresponde-nos respeitar os
modos divinos de actuar: Deus cria, liberta, resgata, perdoa, chama... Não
podemos correr o risco de nos opormos à plena liberdade do amor com que Deus
entra na vida de cada pessoa. (Papa Francisco, Carta ap. Misericordia et misera (30-XI-2016), 2).
Manifestar-se aos
outros implica adaptar-se a eles; por exemplo, para participar num desporto
colectivo com outros que têm menos técnica; ou esquecendo alguma preferência
nossa para descansar com os outros como eles gostam. No convívio, quem é
humilde gosta de ser positivo. Ao contrário, o orgulhoso tende a destacar
demasiado o que é negativo. Na família, no trabalho, na sociedade, a humildade permite-nos
ver os outros a partir das suas virtudes. Quem, por outro lado, tem tendência a
falar frequentemente das coisas que o “põem nervoso” ou o irritam, costuma
fazê-lo por falta de amplitude de horizontes, de indulgência, de abertura da
mente e do coração. Talvez devesse aprender a amar os outros com os seus
defeitos. Exercita-se assim uma pedagogia do amor que, pouco a pouco, cria uma
dinâmica irresistível: fazemo-nos mais pequenos para que os outros cresçam. Foi
assim que fez o precursor: «Convém que Ele cresça e eu diminua» (Jo 3, 30), disse o Baptista.
O Verbo tornou-se ainda mais pequeno: Na tradução grega do Antigo Testamento,
os Padres da Igreja encontravam uma frase do profeta Isaías – que o próprio São
Paulo cita – para mostrar como os caminhos novos de Deus estavam já
pré-anunciados no Antigo Testamento. Eis a frase: O Senhor compendiou a sua
Palavra, abreviou-a (Is 10, 23; Rm 9, 28). (...) O próprio Filho é a Palavra, é o Logos: a Palavra eterna fez-Se
pequena; tão pequena que cabe numa manjedoura. Fez-Se criança, para que a
Palavra possa ser compreendida por nós. (Papa Bento XVI, Ex. ap. Verbum Domini, 12).
Doutrina – 537
CAPÍTULO
TERCEIRO
OS
SACRAMENTOS AO SERVIÇO DA COMUNHÃO E DA MISSÃO
O
SACRAMENTO DA ORDEM SACERDOTAL
326.
Qual é o efeito da Ordenação episcopal?
A
Ordenação episcopal confere a plenitude do sacramento da Ordem, faz do Bispo o
legítimo sucessor dos Apóstolos, insere-o no Colégio episcopal, partilhando com
o Papa e os outros Bispos a solicitude por todas as Igrejas, e confere-lhe a
missão de ensinar, santificar e governar.
Pequena agenda do cristão
PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Aplicação no trabalho.
Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.
Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.
Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
salmo ii
Quare fremerunt gentes et populi meditati sunt inania?
Astiterum reges terrae et principes convenerunt in unum adversus Dominum et adversus christum eius.
Dirumpamus vincula eorum et proiciamos a nobis iugum ipsorum.
Qui habitabit in caelis, irridebit eos, Dominus subsanabit eos.
Ego autem constitui regem meum super sion montem sanctum meum.
Praedicabo decretum eius Dominus dixit ad me: filius meus es tu; ego hodie genui te.
Postula a me, et dabo tibi gentes hereditatem tuam et possessionem tuam terminos terrae.
Reges eos in virga ferrea et tamquam vas figuli confringes eos.
Et nunc, reges, intelegite, erudimini, qui indicatis terram.
Servite Domino in timore et exultate ei cum tremore.
Apprehendite disciplinam ne quando irascatur et pereatis via, cum exarcerit in brevi ira eius.
Beati omnes qui confident in eo.
Gloria Patri...
Regnum eius regnum sempiternum est et omnes reges servient et obedient.
Oremus:
Omnipotens et sempiterne Deus qui in dilecto Filio Tuo universorum rege omnia instaurare voluisti concede propitius ut cunctae familiae gentium pecati vulnere disgregatae eius suavissimo subdantur imperio: Qui tecum vivit et regnat in unitate Spiritus Sancti Deus, per omnia saecula saeculorum.
Exame Pessoal
Sabes Senhor, qual é, talvez a minha maior fraqueza? É pensar em demasiado mim, nos meus problemas, nas minhas tristezas, naquilo que me acontece e no que gostaria me acontecesse. Nas voltas e reviravoltas que dou sobre mim mesmo, sobre a minha vida.
E os outros? Sim, os outros que rezam por mim, que se interessam por mim, que têm paciência para comigo, que me desculpam as minhas faltas e as minhas fraquezas, que estão sempre prontos a ouvir-me a atender-me, que não se importam de esperar que eu os compense pelo bem que me fazem, que não me pressionam para que pague o que me emprestam, que não me criticam nem julgam com a severidade que mereço.
Ajuda-me Senhor, a ser, pelo menos reconhecido e a devolver o bem que recebo e, além disso a não julgar, a não emitir opinião, critica ou conceito, vendo nos outros, a maior parte das vezes, os defeitos e fraquezas que eu próprio possuo.[i]
Senhor, ajuda-me a pensar nos outros em vez de estar aqui, mergulhado nos meus problemas, girando à volta de mim mesmo, concentrado apenas no que me diz respeito. Os outros! Todos os outros. Os que conheço, de quem sou amigo ou familiar e aqueles que me são desconhecidos. São Teus filhos como eu, logo, todos são meus irmãos. Se somos irmãos somos também herdeiros, convém, portanto que me preocupe com aqueles que vão partilhar a herança comigo.[ii]
Noverim me
Oh Deus que me conheces perfeitamente tal como sou, ajuda-me a conhecer-me a mim mesmo, para que possa combater com eficácia os enormes defeitos do meu carácter, em particular...
Chamaste-me, Senhor, pelo meu nome e eu aqui estou: com as minhas misérias, as minhas debilidades, com palavras maiores que os actos, intenções mais vastas que as obras e desejos que ultrapassam a vontade.
Porque não sou nada, não valho nada, não sei nada e não posso nada, entrego-me totalmente nas Tuas mãos para que, por intercessão de minha Mãe, Maria Santíssima, de São José, meu Pai e Senhor, do Anjo da Minha Guarda e de São Josemaria, possa adquirir um espírito de luta perseverante.[iii]
Meu Senhor e meu Deus, tira-me tudo o que me afaste de Ti.
Meu Senhor e meu Deus, dá-me tudo o que me aproxime de Ti
Meu Senhor e meu Deus, desapega-me de mim mesmo, para que eu me dê todo a ti.
Nada te perturbe / nada te atemorize Tudo passa / Deus não muda A paciência tudo alcança / Quem a Deus tem Nada falta / só Deus basta.[vi]
[i] AMA orações pessoais
[ii] AMA orações pessoais
[iii] AMA orações pessoais
[iv] AMA orações pessoais
[v] AMA orações pessoais
[vi] Santa Teresa de Jesus