Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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02/06/2020
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- Vazio de todo o meu eu, enche-o de Ti
- Temas para reflectir e meditar
- LEITURA ESPIRITUAL
- Virtudes 10
- Perguntas e respostas
- Pequena agenda do cristão
ORAÇÃO PELOS SACERDOTES
Meu Senhor Jesus Cristo:
Dai à Vossa Igreja Sacerdotes Santos
que se entreguem ao serviço exclusivo da Igreja e das almas, ao
anúncio fiel da palavra de Deus, à administração dos Sacramentos,
em especial da Eucaristia e da Penitência, obedientes ao Magistério
da Igreja e observando amorosamente a Sagrada Liturgia, para
exemplo e guia seguro do Povo de Deus.
(A.M.A. 2009)
Com autorização eclesiástica
Servir Nosso Senhor e os homens
Qualquer actividade – quer seja ou não humanamente
muito importante – tem de converter-se para ti num meio de servir Nosso Senhor
e os homens: aí está a verdadeira dimensão da sua importância. (Forja, 684)
Não me afasto da mais rigorosa verdade se vos digo
que Jesus continua agora a buscar pousada no nosso coração. Temos de Lhe pedir
perdão pela nossa cegueira pessoal, pela nossa ingratidão. Temos de Lhe pedir a
graça de nunca mais Lhe fechar a porta das nossas almas.
O Senhor não nos oculta que a obediência rendida à
vontade de Deus exige renúncia e entrega porque o amor não pede direitos: quer
servir. Ele percorreu primeiro o caminho. Jesus, como obedecestes Tu? Usque
ad mortem, mortem autem crucis, até à morte e morte de Cruz. É preciso sair
de nós mesmos, complicar a vida, perdê-la por amor de Deus e das almas... Tu
querias viver e que nada te acontecesse; mas Deus quis outra coisa... Existem
duas vontades: a tua vontade deve ser corrigida para se identificar com a
vontade de Deus, e não torcida a de Deus para se acomodar à tua.
Com alegria, tenho visto muitas almas que jogaram a
vida – como Tu, Senhor, "usque ad mortem"! – para cumprir o
que a vontade de Deus lhes pedia, dedicando os seus esforços e o seu trabalho
profissional ao serviço da Igreja, pelo bem de todos os homens.
Aprendamos a obedecer, aprendamos a servir. Não há
maior fidalguia do que entregar-se voluntariamente ao serviço dos outros.
Quando sentimos o orgulho que referve dentro de nós, a soberba que nos leva a
pensar que somos super-homens, é o momento de dizer que não, de dizer que o
nosso único triunfo há-de ser o da humildade. Assim nos identificaremos com
Cristo na Cruz, não aborrecidos ou inquietos, nem com mau humor, mas alegres,
porque essa alegria, o esquecimento de nós mesmos, é a melhor prova de amor. (Cristo que passa, 19)
Temas para reflectir e meditar
A beleza do perdão - 1
A tranquilidade e alegria que se
seguem imediatamente após a Confissão Sacramental quase que nos leva a
exclamar: o felix culpa! [i]
De facto o bem alcançado é muito
superior ao mal praticado já que este fica remido, perdoado, esquecido ao passo
que o outro permanece como suave refrigério de paz e tranquila certeza de que
fizemos o que devíamos fazer.
Claro que não se deve sequer considerar cometer um pecado e sofrer com a tristeza e remorso de o ter cometido com o objectivo de alcançar a alegria do perdão.
Seria uma patetice como querer ter uma dor de cabeça para obter a satisfação da sua cura. Além do mais seria tentar a Deus de forma grave.
(ama, reflexões,
2015.04.19)
[i]
Tal é o dano que “se não fosse a Graça de Deus, o homem, entre o bem e o mal, sempre
escolheria o mal (Santo Agostinho). Porém, onde abundou o pecado, superabundou a graça (São Paulo).
Por isso Agostinho pode proclamar: felix
culpa! O erro do primeiro Adão proporcionou a Graça da Redenção. O segundo
Adão fez com que a criação exultasse mais com sua Redenção que com a criação.
De certa forma, Jesus “recriou” todas as criaturas mas não por um novo acto de
criação senão por um livre acto de obediência e imolação. É a loucura de um
Deus que ama! Tal é o amor que Jesus deu a chance a todos de se santificarem
por meio da Cruz. O Pai não mais leva em conta os pecados do mundo se este
estiver agindo em união com seu Filho. Deus Pai “como que” olha o
mundo através das Chagas do Redentor e, assim, comove-Se por Amor ao Filho
Imolado na Cruz. Mas isto somente para aqueles que reconhecem o Cristo como
Salvador pois “quem tentar salvar a sua vida perdê-la-á e quem perder,
salvá-la-á” (Mt 10, 39).
LEITURA ESPIRITUAL
São Marcos
Cap. XI
1 Estando próximos de Jerusalém, perto
de Betfagé e de Betânia, junto ao Monte das Oliveiras, Jesus enviou dois dos
seus discípulos 2 e disse-lhes: «Ide à povoação que está em frente de vós e,
logo que nela entrardes, encontrareis um jumentinho preso, que ainda ninguém
montou. Soltai-o e trazei-o. 3 E se alguém vos perguntar: ‘Porque fazeis isso?’
respondei: ‘O Senhor precisa dele;’ e logo o mandará de volta.» 4 Partiram e
encontraram um jumentinho preso junto de uma porta, do lado de fora, na rua, e
soltaram-no. 5 Alguns que ali se encontravam disseram-lhes: «Que é isso de
soltar o jumentinho?» 6 Responderam como Jesus tinha dito e eles deixaram-nos
ir. 7 Levaram o jumentinho a Jesus, lançaram-lhe por cima as capas e Jesus
montou nele. 8 Muitos estenderam as capas pelo caminho; outros, ramos de
verdura que tinham cortado nos campos. 9 E tanto os que iam à frente como os
que vinham atrás gritavam: Hossana! Bendito seja o que vem em nome do Senhor! 10
Bendito o Reino do nosso pai David que está a chegar. Hossana nas alturas! 11 Chegou a Jerusalém e entrou no templo. Depois
de ter examinado tudo em seu redor, como a hora já ia adiantada, saiu para
Betânia com os Doze. 12 Na manhã seguinte, ao deixarem Betânia, Jesus sentiu
fome. 13 Vendo ao longe uma figueira com folhas, foi ver se nela encontraria
alguma coisa; mas, ao chegar junto dela, não encontrou senão folhas, pois não
era tempo de figos. 14 Disse então: «Nunca mais ninguém coma fruto de ti.» E os
discípulos ouviram isto. 15 Chegaram a Jerusalém; e, entrando no templo, Jesus
começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo; deitou por terra as
mesas dos cambistas e os bancos dos vendedores de pombas, 16 e não permitia que
se transportasse qualquer objecto através do templo. 17 E ensinava-os, dizendo:
«Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todos os
povos? Mas vós fizestes dela um covil de ladrões.» 18Os sacerdotes e os
doutores da Lei ouviram isto e procuravam maneira de o matar, mas temiam-no,
pois toda a multidão estava maravilhada com o seu ensinamento. 19 Quando se fez
tarde, saíram para fora da cidade. 20 Ao passarem na manhã seguinte, viram a
figueira seca até às raízes. 21 Pedro, recordando-se, disse a Jesus: «Olha,
Mestre, a figueira que amaldiçoaste secou!» 22 Jesus disse-lhes: «Tende fé em
Deus. 23 Em verdade vos digo, se alguém disser a este monte: ‘Tira-te daí e
lança-te ao mar’, e não vacilar em seu coração, mas acreditar que o que diz se
vai realizar, assim acontecerá. 24 Por isso, vos digo: tudo quanto pedirdes na
oração crede que já o recebestes e haveis de obtê-lo. Quando vos levantais para
orar, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe primeiro, 25 para que
o vosso Pai que está no céu vos perdoe também as vossas ofensas. 26 Porque, se
não perdoardes, também o vosso Pai que está no Céu não perdoará as vossas
ofensas.» 27 Regressaram a Jerusalém e, andando Jesus pelo templo, os sumos
sacerdotes, os doutores da Lei e os anciãos aproximaram-se dele 28 e
perguntaram-lhe: «Com que autoridade fazes estas coisas? Quem te deu autoridade
para as fazeres?» 29 Jesus respondeu: «Também Eu vos farei uma pergunta;
respondei-me e dir-vos-ei, então, com que autoridade faço estas coisas: 30 O
baptismo de João era do Céu, ou dos homens? Respondei-me.» 31 Começaram a
discorrer entre si, dizendo: «Se dissermos ‘do Céu’, dirá: ‘Então porque não
acreditastes nele?’ 32 Se, porém, dissermos ‘dos homens’, tememos a multidão.»
Porque todos consideravam João um verdadeiro profeta. 33 Por fim, responderam a
Jesus: «Não sabemos.» E Jesus disse-lhes: «Nem Eu vos digo com que autoridade
faço estas coisas.»
Comentários:
Jesus não Se
coíbe de mostrar a Sua indignação usando os meios drásticos necessários. É,
digamos, uma revelação da Sua humanidade? Não! Trata-se antes de esclarecer que
Deus Nosso Senhor não admite as faltas de respeito
"institucionalizadas", isto é, utilizar as coisas divinas com fins
meramente comerciais como se Ele Próprio lhes desse o Seu beneplácito. Infelizmente
sempre houve e continua a haver quem se sirva da Igreja para outros fins como
alcançar benefícios, admiração, proeminência.
Os versículos
13 e 14 deste capítulo 11 do Evangelho escrito por São Marcos podem parecer um
pouco estranho como se Jesus usasse os Seus poderes para, de certo modo,
satisfazer algum capricho. Sim, porque, se não era tempo de figos como poderia a
figueira tê-los? Não! Não se trata de um capricho mas de uma “lição” que o
Senhor entendeu dar aos Seus seguidores e, a lição, como se verá em versículos
seguintes, é sobre o poder da oração e a confiança que nela se deve depositar. Claro
que recorre a imagens pouco credíveis: mandar um monte plantar-se no mar não
tem sentido nenhum, de facto. Mas, o Senhor afirma que o poder da oração
confiada é tal, que seria possível fazê-lo. O poder de Deus não tem
absolutamente nenhum limite, de facto, Ele pode tudo. Nós, cristãos, temos esta
certeza: nunca nos cansemos de pedir, com perseverança, fé e confiança
absolutas em que, se o que pedimos for conveniente para nós, o Senhor o
concederá.
Teríamos
de fazer um exercício de extraordinária paciência para poder conviver com estes
chefes do povo de Israel. Pessoas obstinadas, de “vistas curtas”, fechados
hermeticamente na observação das leis que eles próprios foram alterando a seu
bel-prazer e conveniência. Mais nos admira a paciência de Cristo que nunca nega
uma resposta, mesmo sabendo que, no fundo, esta não interessa aos que fazem as
perguntas, mas, evidentemente, compreendemos que o Senhor não lhes responde a
eles mas ensina e esclarece quem O escuta. Usando de ironia, poderíamos
acrescentar que Cristo «não veio chamar os justos mas os pecadores» e, sendo
assim, é o povo simples, anónimo, «as ovelhas perdias sem pastor» que merece a
Sua atenção e desvelo. Seja como for, aqueles que a si mesmos se consideram
“justos” nunca poderão acusar o Senhor de os deixar sem resposta.
Temos
de ter bem presentes as palavras do Senhor quando Se refere à oração e que, no
fundo, sendo lineares, não deixam qualquer margem a interpretações, antes e
poderiam resumir: A oração sem perdão não vale absolutamente nada. Para orar –
“conversar com Deus” – o espírito tem de estar absolutamente livre de quaisquer
amarras. Ora a reserva de ressentimentos contra outro, o que é senão uma amarra
fortíssima que nos mantém presos? Uma lista de agravos é o que, muitas vezes, quase automaticamente, vamos guardando dentro de nós. Tal constitui um fardo
difícil de suportar – talvez – mas, seguramente, que impede a nossa oração de
subir até Deus. Antes fica rasteira e sem elevação alguma. Não passará,
portanto, de um balbuciar de frases ou invocações sem qualquer préstimo ou
valor. Como poderá Deus Nosso Senhor escutar – ou ter em conta – uma “oração”
assim?
FILOSOFIA E RELIGIÃO
A
razão mais íntima e mais fundamental da doutrina da Igreja (a respeito do
controle da natalidade) assenta, não na areia movediça das opiniões dos homens,
mas sim na revelação cristã e, designadamente, na revelação da paternidade
divina, Deus é Criador e é Pai, porque é Amor. [1] E o homem que foi
criado á imagem e semelhança de Deus, tem a missão, na terra, de defender e
avivar, em si mesmo, esta imagem e esta semelhança do Amor incriado - Deus.
Ora, amor verdadeiro e fecundo é o amor que expande e multiplica a vida, quer
natural (vida física e espiritual), quer sobrenatural (a graça santificante).
De outro modo, o amor seria estéril, o que, se a esterilidade é voluntária,
equivale a dizer que seria i contrário doa mor. Situa-se nesse falso amor,
voluntariamente estéril, a conjura
contra o direito de nascer.
A.
Veloso, BROTÉRIA, Vol. LXXIV, Fasc. 6, 1962, pag. 655
Pequena agenda do cristão
PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Aplicação no trabalho.
Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.
Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.
Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
salmo ii
Quare fremerunt gentes et populi meditati sunt inania?
Astiterum reges terrae et principes convenerunt in unum adversus Dominum et adversus christum eius.
Dirumpamus vincula eorum et proiciamos a nobis iugum ipsorum.
Qui habitabit in caelis, irridebit eos, Dominus subsanabit eos.
Ego autem constitui regem meum super sion montem sanctum meum.
Praedicabo decretum eius Dominus dixit ad me: filius meus es tu; ego hodie genui te.
Postula a me, et dabo tibi gentes hereditatem tuam et possessionem tuam terminos terrae.
Reges eos in virga ferrea et tamquam vas figuli confringes eos.
Et nunc, reges, intelegite, erudimini, qui indicatis terram.
Servite Domino in timore et exultate ei cum tremore.
Apprehendite disciplinam ne quando irascatur et pereatis via, cum exarcerit in brevi ira eius.
Beati omnes qui confident in eo.
Gloria Patri...
Regnum eius regnum sempiternum est et omnes reges servient et obedient.
Oremus:
Omnipotens et sempiterne Deus qui in dilecto Filio Tuo universorum rege omnia instaurare voluisti concede propitius ut cunctae familiae gentium pecati vulnere disgregatae eius suavissimo subdantur imperio: Qui tecum vivit et regnat in unitate Spiritus Sancti Deus, per omnia saecula saeculorum.
Exame Pessoal
Sabes Senhor, qual é, talvez a minha maior fraqueza? É pensar em demasiado mim, nos meus problemas, nas minhas tristezas, naquilo que me acontece e no que gostaria me acontecesse. Nas voltas e reviravoltas que dou sobre mim mesmo, sobre a minha vida.
E os outros? Sim, os outros que rezam por mim, que se interessam por mim, que têm paciência para comigo, que me desculpam as minhas faltas e as minhas fraquezas, que estão sempre prontos a ouvir-me a atender-me, que não se importam de esperar que eu os compense pelo bem que me fazem, que não me pressionam para que pague o que me emprestam, que não me criticam nem julgam com a severidade que mereço.
Ajuda-me Senhor, a ser, pelo menos reconhecido e a devolver o bem que recebo e, além disso a não julgar, a não emitir opinião, critica ou conceito, vendo nos outros, a maior parte das vezes, os defeitos e fraquezas que eu próprio possuo.[i]
Senhor, ajuda-me a pensar nos outros em vez de estar aqui, mergulhado nos meus problemas, girando à volta de mim mesmo, concentrado apenas no que me diz respeito. Os outros! Todos os outros. Os que conheço, de quem sou amigo ou familiar e aqueles que me são desconhecidos. São Teus filhos como eu, logo, todos são meus irmãos. Se somos irmãos somos também herdeiros, convém, portanto que me preocupe com aqueles que vão partilhar a herança comigo.[ii]
Noverim me
Oh Deus que me conheces perfeitamente tal como sou, ajuda-me a conhecer-me a mim mesmo, para que possa combater com eficácia os enormes defeitos do meu carácter, em particular...
Chamaste-me, Senhor, pelo meu nome e eu aqui estou: com as minhas misérias, as minhas debilidades, com palavras maiores que os actos, intenções mais vastas que as obras e desejos que ultrapassam a vontade.
Porque não sou nada, não valho nada, não sei nada e não posso nada, entrego-me totalmente nas Tuas mãos para que, por intercessão de minha Mãe, Maria Santíssima, de São José, meu Pai e Senhor, do Anjo da Minha Guarda e de São Josemaria, possa adquirir um espírito de luta perseverante.[iii]
Meu Senhor e meu Deus, tira-me tudo o que me afaste de Ti.
Meu Senhor e meu Deus, dá-me tudo o que me aproxime de Ti
Meu Senhor e meu Deus, desapega-me de mim mesmo, para que eu me dê todo a ti.
Nada te perturbe / nada te atemorize Tudo passa / Deus não muda A paciência tudo alcança / Quem a Deus tem Nada falta / só Deus basta.[vi]
[i] AMA orações pessoais
[ii] AMA orações pessoais
[iii] AMA orações pessoais
[iv] AMA orações pessoais
[v] AMA orações pessoais
[vi] Santa Teresa de Jesus