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07/05/2020

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Memórias de Fátima


As minhas memórias de Fátima - 7

O que me liga a Fátima - f

Às vezes o Ti Marto aparecia em nossa casa.
Sentava-se num dos bancos de pedra que rodeavam as oliveiras à frente de casa e ali ficava a palrar e a contar as histórias do costume.


Com o barrete frígio em cima do ombro, apoiando as mãos nodosas no varapau, aceitava sempre um biscoito e um cafezinho.


Era um homem encantador. A Ti Olimpia já quase não saia de casa, as pernas já não lhe permitiam caminhadas.

(AMA, Memórias de Fátima)

A escola da oração


O Senhor ter-vos-á feito descobrir muitos outros aspectos da correspondência fiel da Santíssima Virgem, que por si mesmos já são um convite para que os tomemos como modelo: a sua pureza, a sua humildade, a sua fortaleza, a sua generosidade, a sua fidelidade... Eu gostaria de falar sobre um aspecto que engloba todos os outros, porque é o clima do progresso espiritual, isto é, a vida de oração.

Para aproveitar a graça que nos concede a Nossa Mãe no dia de hoje e para secundar também, em qualquer momento, as inspirações do Espírito Santo, pastor das nossas almas, devemos estar seriamente comprometidos numa actividade que nos leve a ter intimidade com Deus. Não podemos esconder-nos no anonimato, porque a vida interior, se não for um encontro pessoal com Deus, não existe. A superficialidade não é cristã. Admitir a rotina, na nossa luta ascética, equivale a assinar a certidão de óbito da alma contemplativa. Deus procura-nos um a um, e precisamos de Lhe responder um a um: eis-me aqui, pois Tu me chamaste.

Oração, sabêmo-lo todos, é falar com Deus. É possível, porém, que alguém pergunte: falar, de quê? Do que há-de ser, senão das coisas de Deus e das que enchem o nosso dia? Do nascimento de Jesus, do seu caminhar por este mundo, da sua vida oculta e da sua pregação, dos seus milagres, da sua Paixão Redentora, da sua Cruz e da sua Ressurreição... E na presença de Deus, Uno e Trino, tendo por Medianeira Santa Maria e por advogado S. José, Nosso Pai e Senhor - a quem tanto amo e venero - falaremos também do nosso trabalho de todos os dias, da família, das relações de amizade, dos grandes projectos e das pequenas coisas sem importância.

O tema da minha oração é o tema da minha vida. Eu faço assim. E à vista da minha situação concreta, surge naturalmente o propósito, determinado e firme, de mudar, de melhorar, de ser mais dócil ao amor de Deus. Um propósito sincero, concreto. E não pode faltar o pedido urgente, mas confiado, de que o Espírito Santo nos não abandone, porque tu és, Senhor, a minha fortaleza.

Somos cristãos correntes. Trabalhamos em profissões muito diferentes. Toda a nossa actividade segue o caminho da normalidade. Tudo se desenvolve com um ritmo previsível. Os dias parecem iguais, inclusivamente monótonos... Pois bem: esse programa, aparentemente tão comum, tem um valor divino e é algo que interessa a Deus, porque Cristo quer encarnar nos nossos afazeres, animando, a partir de dentro, até as nossas mais humildes acções.

Este pensamento é uma realidade sobrenatural, nítida, inequívoca; não é uma consideração destinada a consolar ou a confortar aqueles que, como nós, não conseguem gravar o seu nome no livro de oiro da História. Cristo interessa-se por esse trabalho que devemos realizar - uma vez e mil vezes - no escritório, na fábrica, na oficina, na escola, no campo, no exercício da profissão manual ou intelectual. Interessa-lhe também o sacrifício oculto que fazemos para não derramar sobre os outros o fel do nosso mau humor.

Recordai na oração estes temas, aproveitai-os precisamente para dizer a Jesus que o adorais, e assim, estareis a ser contemplativos no meio do mundo, no meio do ruído da rua, em toda a parte. Essa é a primeira lição, na escola da intimidade com Jesus Cristo. Dessa escola, Maria é a melhor professora, porque a Virgem manteve sempre essa atitude de fé, de visão sobrenatural, perante tudo o que sucedia à sua volta: conservava todas estas coisas ponderando-as no seu coração.

Supliquemos hoje a Santa Maria que nos torne contemplativos, que nos ajude a compreender os contínuos apelos que o Senhor nos dirige, batendo à porta do nosso coração. Peçamos-lhe: Mãe, tu trouxeste ao mundo Jesus, que nos revela o amor do nosso Pai, Deus; ajuda-nos a reconhecê-lo, no meio das preocupações de cada dia; remove a nossa inteligência e a nossa vontade, para que saibamos escutar a voz de Deus, o impulso da graça. (Cristo que Passa, 174)

Santo Rosário com São João Paulo II


Rezar com São João Paulo II: 

SANTO ROSÁRIO Ladainha de Nossa Senhora

PAPA SÃO JOÃO PAULO II



Notas: 
1 - Em Latim
2 - Publicação diária durante Maio

Orações de Maio


Minha querida Mãe do Céu, escrevo esta pequena carta para te confirmar a minha devoção e o meu amor. Posso imaginar-me a teus pés na Capelinha em Fátima a dizer-te o que me vai na alma: a alegria e felicidade que sinto por te ter a ti, como tão excelente Mãe, que te louvo e exalto como a mais excelsa criatura, a mais doce, a mais pura, a mais piedosa, a mais venerável, admirável, poderosa sempre Virgem Mãe de Deus e minha Mãe!

Temas para reflectir e meditar


Solidão 13


Será sempre muito difícil amar se não houver correspondência porque, como já se disse, o amor consiste principalmente em dar e receber. Parece-me lógico que quem recebe goste retribuir o que não é exactamente a mesma coisa que dar com o objectivo de conseguir algo em troca.


Principalmente porque o amor para o ser de facto tem de ser desinteressado livre e gratuito quando não será apenas uma espécie negócio, intercâmbio ou algo no género.


A primeira retribuição que se obtém é a alegria emergente do acto de amar, daí que uma pessoa que se deixe dominar pela tristeza dificilmente consegue amar alguém.

Por outro lado sendo que amar significa dar alguma coisa de si mesmo caminha-se numa senda de altruísmo e solidariedade.

Ou seja, sai-se do círculo que em que fechou para se abrir aos outros.

(AMA, reflexões, Carvide, 14.08.2019)

Pequena agenda do cristão

Quinta-Feira

PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?