Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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17/04/2020
Temas para reflectir e meditar
PALAVRA DE DEUS
A palavra de Deus revela-nos um mistério que se revelou na vida da humanidade.
Realizou-se, com efeito, um acontecimento decisivo: o Senhor Jesus, o Cordeiro de Deus, ofereceu-se a Si Mesmo pela salvação do mundo. Desde então, começou uma nova história, e a Igreja de Jesus, com a força do Espírito Santo, é chamada a levar este anúncio da salvação a todos os povos, até aos confins da terra.
É uma missão exigente, confiada às pessoas humildes dos Apóstolos, dos seus sucessores e colaboradores vindos de todos os povos, ao longo dos séculos, com a promessa que nenhum poder terreno poderá jamais interromper.
A palavra de Deus revela-nos um mistério que se revelou na vida da humanidade.
Realizou-se, com efeito, um acontecimento decisivo: o Senhor Jesus, o Cordeiro de Deus, ofereceu-se a Si Mesmo pela salvação do mundo. Desde então, começou uma nova história, e a Igreja de Jesus, com a força do Espírito Santo, é chamada a levar este anúncio da salvação a todos os povos, até aos confins da terra.
É uma missão exigente, confiada às pessoas humildes dos Apóstolos, dos seus sucessores e colaboradores vindos de todos os povos, ao longo dos séculos, com a promessa que nenhum poder terreno poderá jamais interromper.
(São João Paulo II, Passai um Ano Comigo, Editorial Verbo 1986, pg. 112)
PANDEMIA
ESPERANÇA
O
amor tudo espera (1 Corintios 13:4-7)
Sim…
o AMOR é a esperança confirmada porque deseja, ardentemente, vencer todos os
obstáculos e barreiras, chegar a todos e receber de todos.
Esta
é, sem dúvida, uma extraordinária característica da bondade do amor.
O
AMOR É:
ENTREGA
– DOAÇÃO – RESPEITO – PRUDÊNCIA – UNIVERSAL
-TOTAL – SACRIFÍCIO – REFLEXO - OBEDIÊNCIA
– CONFIANÇA – PACIENTE – GENUÍNO – HUMANO – CONSAGRAÇÃO - ALEGRIA – PACIENTE -
ESPERANÇA
Com
estes predicados o AMOR não será a solução?
(AMA,
2020)
Fazer da sua vida diária um testemunho de Fé
Muitas realidades materiais, técnicas, económicas, sociais,
políticas, culturais..., abandonadas a si mesmas, ou nas mãos de quem carece da
luz da nossa fé, convertem-se em obstáculos formidáveis à vida sobrenatural:
formam como que um couto cerrado e hostil à Igreja. Tu, por seres cristão –
investigador, literato, cientista, político, trabalhador... –, tens o dever de
santificar essas realidades. Lembra-te de que o universo inteiro – escreve o
Apóstolo – está a gemer como que em dores de parto, esperando a libertação dos
filhos de Deus. (Sulco,
311)
Já falámos muito deste tema noutras ocasiões, mas permiti-me
insistir de novo na naturalidade e na simplicidade da vida de S. José, que não
se distinguia da dos seus vizinhos nem levantava barreiras desnecessárias.
Por isso, ainda que possa ser conveniente nalguns momentos ou em
algumas situações, habitualmente não gosto de falar de operários católicos, de
engenheiros católicos, de médicos católicos, etc., como se se tratasse de uma
espécie dentro dum género, como se os católicos formassem um grupinho separado
dos outros, dando assim a sensação de que existe um fosso entre os cristãos e o
resto da humanidade. Respeito a opinião oposta, mas penso que é muito mais
correcto falar de operários que são católicos, ou de católicos que são
operários; de engenheiros que são católicos ou de católicos que são
engenheiros. Porque o homem que tem fé e exerce uma profissão intelectual,
técnica ou manual, está e sente-se unido aos outros, igual aos outros, com os
mesmos direitos e obrigações, com o mesmo desejo de melhorar, com o mesmo
empenho de se enfrentar com os problemas comuns e de lhes encontrar a solução.
O católico, assumindo tudo isto, saberá fazer da sua vida diária
um testemunho de Fé, de Esperança e de Caridade; testemunho simples, normal,
sem necessidade de manifestações aparatosas, pondo de manifesto – com a
coerência da sua vida – a presença constante da Igreja no mundo, visto que
todos os católicos são, eles mesmos, Igreja, pois são membros, com pleno
direito, do único Povo de Deus. (Cristo que passa, 53)
LEITURA ESPIRITUAL
COMENTANDO OS EVANGELHOS
Cap. XVII
1 Seis dias depois, Jesus tomou consigo
Pedro, Tiago e seu irmão João, e levou-os, só a eles, a um alto monte. 2 Transfigurou-se
diante deles: o seu rosto resplandeceu como o Sol, e as suas vestes tornaram-se
brancas como a luz. 3 Nisto, apareceram Moisés e Elias a conversar com Ele. 4 Tomando
a palavra, Pedro disse a Jesus: «Senhor, é bom estarmos aqui; se quiseres,
farei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias.» 5 Ainda
ele estava a falar, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra, e uma
voz dizia da nuvem: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu
agrado. Escutai-o.» 6 Ao ouvirem isto, os discípulos caíram com a face por
terra, muito assustados. 7 Aproximando-se deles, Jesus tocou-lhes, dizendo:
«Levantai-vos e não tenhais medo.» 8 Erguendo os olhos, os discípulos apenas
viram Jesus e mais ninguém. 9 Enquanto desciam do monte, Jesus ordenou-lhes:
«Não conteis a ninguém o que acabastes de ver, até que o Filho do Homem
ressuscite dos mortos.» 10 Os discípulos fizeram a
Jesus esta pergunta: «Então, porque é que os doutores da Lei dizem que Elias
há-de vir primeiro?» 11 Ele respondeu: «Sim, Elias há-de vir e restabelecerá
todas as coisas. 12 Eu, porém, digo-vos: Elias já veio, e não o reconheceram;
trataram-no como quiseram. Também assim hão-de fazer sofrer o Filho do Homem.»
13 Então, os discípulos compreenderam que se referia a João Baptista. 14 Quando eles chegaram perto da multidão, um homem
aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se a seus pés e 15 disse-lhe: «Senhor, tem
piedade do meu filho. Ele tem ataques e está muito mal. Cai frequentemente no
fogo e muitas vezes na água. 16 Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não
puderam curá-lo.» 17 Disse Jesus: «Geração descrente e perversa! Até quando
estarei convosco? Até quando vos hei-de suportar? Trazei-mo cá.» 18 Jesus falou
severamente ao demónio, e este saiu do jovem que, a partir desse momento, ficou
curado. 19 Então, os discípulos aproximaram- se de Jesus e perguntaram-lhe em
particular: «Porque é que nós não fomos capazes de expulsá-lo?» 20 Disse-lhes
Ele: «Pela vossa pouca fé. Em verdade vos digo: Se tiverdes fé como um grão de
mostarda, direis a este monte: ‘Muda-te daqui para acolá’, e ele há-de
mudar-se; e nada vos será impossível. 21 Esta espécie de demónios não se
expulsa senão à força de oração e de jejum.» 22 Estando
reunidos na Galileia, Jesus disse-lhes: «O Filho do Homem tem de ser entregue
nas mãos dos homens, 23 que o matarão; mas, ao terceiro dia, ressuscitará.» E
eles ficaram profundamente consternados. 24 Entrando em Cafarnaúm,
aproximaram-se de Pedro os cobradores do imposto do templo e disseram-lhe: «O
vosso Mestre não paga o imposto?» 25 Ele respondeu: «Paga, sim». Quando chegou
a casa, Jesus antecipou-se, dizendo: «Simão, que te parece? De quem recebem os
reis da terra impostos e contribuições? Dos seus filhos, ou dos estranhos?» 26 E
como ele respondesse: «Dos estranhos», Jesus disse-lhe: «Então, os filhos estão
isentos. 27 No entanto, para não os escandalizarmos, vai ao mar, deita o anzol,
apanha o primeiro peixe que nele cair, abre-lhe a boca e encontrarás lá um
estáter. Toma-o e dá-lho por mim e por ti.»
Comentários:
1-9-
Este episódio da Transfiguração de Jesus Cristo,
podemos interpretá-lo como uma “benesse” aos três Apóstolos pedras angulares a
Igreja que iria fundar. Esta “visão” como o próprio Senhor lhe chama deve ter
sido de tal forma “esmagadora” que o próprio evangelista relata que «os
discípulos caíram de rosto por terra e assustaram-se muito». Naturalmente que,
a partir deste momento passaram a ver a Pessoa de Cristo com outros olhos e,
seguramente, a prestarem muito mais atenção às Suas palavras e às Suas obras.
De certa forma, podemos dizer que o Senhor lhes antecipou a visão beatífica que
os esperaria no Reino de Deus, na Vida Eterna.
Vultum tuum requiram, é a minha ambição e desejo,
quando quiseres, como quiseres! Será sem dúvida a aspiração de qualquer
cristão: ter a dita de contemplar a Face do Senhor tal qual é. O inefável
prémio - que só encontra justificação no Teu Amor pelos homens - será de tal
forma grandioso e extraordinário que nem conseguimos fazer uma pálida ideia.
Por isso só, valerá a pena toda a luta, todo o esforço, o começar e recomeçar
com perseverança constante.
10-13
-
O tema deste trecho de São Mateus repete-se
noutros evangelistas e, seguramente, tal acontece pela importância da figura e
da missão de João Baptista. Pelo seu exemplo, a sua conduta, a forma de se
apresentar em público, o Percursor arrastou multidões e tinha numerosos
seguidores atraídos por uma mensagem absolutamente nova. O apelo à conversão e
revisão de vida, o Baptismo para remissão dos pecados são o prelúdio
absolutamente necessário para receber Aquele que está para chegar. A sua
humilíssima figura de homem austero e de vida frugal tem tudo menos a de um
“pregador” de palavra inflamada e gestos grandiloquentes. Considera-se indigno
de desatar as correias das sandálias ao Salvador, ou seja, indigno de um
trabalho reservado aos escravos e, no entanto, a sua palavra tem tal autoridade
e convicção que arrasta e atrai muitos que procuram uma vida nova, um rumo
diferente, uma esperança renascida. Jesus Cristo, irá, assim, encontrar muitas
almas predispostas a ouvir a Sua doutrina e a segui-lo no Seu caminho.
Para os doutores e escribas Elias era um
profeta de referência destacada no Antigo Testamento. Toda a sua vida e actos
extraordinários marcaram uma vida excepcional de um homem de quem Deus de
serviu para comunicar com o Seu povo. O facto de ter sido arrebatado ao Céu num
carro de fogo mais adensa essa crença do seu regresso à terra antes do Messias
exactamente para O indicar ao povo. Por isso mesmo, Jesus Cristo refere que
Elias já teria vindo na pessoa da João Baptista cuja missão era precisamente
essa: Preparar a vinda do Salvador da Humanidade.
14-20-
A exclamação de Jesus é como que um grito da
Sua alma dorida pela falta de fé mesmo daqueles que O seguem mais de perto. E
explica no versículo 20 o que é a verdadeira Fé. A que move montanhas! Como se
chega a “esta fé”, perguntamo-nos inquietos porque bem sabemos como, a que
temos, é imperfeita. Pedindo, perseverantemente, que o Senhor nos aumente,
consolide a fé, para podermos compreender, em primeiro lugar e, depois para
podermos fazer tudo – sempre em Seu Nome – o que for necessário fazer para bem
das almas e glória de Deus.
Jesus Cristo deseja, quer que nós tenhamos
fé. Não diz uma fé inamovível, firme como rocha, capaz de arrostar contra todas
as dúvidas e erros. Não! Basta ter uma fé do tamanho de um “grão de mostarda”,
aparentemente pequena e insignificante mas, como sabemos, capaz de produzir uma
árvore de grandes proporções sob cujos ramos muitos de poderão acolher. Evidentemente
que, na nossa oração diária, é conveniente dizermos: ‘Senhor, eu creio mas
aumenta a minha fé’ Porquê? Porque, evidentemente, quanto maior for a nossa fé,
mais robusta e eficaz se torna e, sobretudo, mais fácil de conservar.
22-27
-
Façamos
umas contas: Didracma = a mais ou menos 7, 2 grms de prata, ou seja, um pouco
menos do salário de um dia de trabalho que seria igual a 4 grm de prata; Estáter
= 14, 4 grms de prata = a mais ou menos o salário de um dia e meio de trabalho.
Ou seja, o Senhor não possui, sequer, o correspondente a dia e meio de salário!
Mas, nem por isso deixa de assistir ao Seu amigo Pedro que, obviamente, também
não possui essa pequena quantia. A resposta de Pedro à Sua pergunta declara-o
isento do imposto, mas, não obstante, deseja pagar o que supostamente deve. Compreende-se
que Jesus nos dá uma razão para o fazer: se não O reconhecem como Filho de Deus
não quer causar escândalo eximindo-se ao imposto, mas, fá-lo de forma que
demonstra de forma claríssima a Sua Divindade, o Seu Poder.
Ler esta passagem
do Evangelho com “olhos estreitos” pode levar-nos a considerar que, pagar os impostos
assim é fácil… Mas, o cristão, não tem os “olhos estreitos”, antes procura nos
detalhes quanto basta para o esclarecer sobre as intenções e os motivos das
acções de Jesus. Fica dito que em primeiro lugar, observa a Lei
escrupulosamente, sendo Filho de Deus está isento de pagar o imposto e o mesmo
em relação a Pedro. Depois fica bem claro a total ausência de bens pessoais
tanto de um como de outro, mesmo os de escassa importância como seria um
estáter. Logo, para evitar escândalo é necessário um milagre. Mas, o dinheiro
não surge do nada, é preciso algum trabalho e cooperação – neste caso Pedro tem
de ir pescar – a sua profissão – e assim fica claro que um milagre não é um
“passe de magia” mas algo dependente da Absoluta Vontade de Deus.
(AMA, 2018)
(AMA, 2018)