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20/02/2020

NUNC COEPI

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Deus e Audácia!


Não sejais almas de via reduzida, homens ou mulheres menores de idade, de vistas curtas, incapazes de abrangerem o nosso horizonte sobrenatural cristão de filhos de Deus. Deus e Audácia! (Sulco, 96)

Ao longo dos anos, apresentar-se-ão – talvez mais depressa do que pensamos – situações particularmente custosas, que vão exigir de cada um muito espírito de sacrifício e um maior esquecimento de si mesmo. Fomenta então a virtude da esperança e, com audácia, faz teu o grito do Apóstolo: Eu estimo, efectivamente, que os sofrimentos do tempo presente não têm proporção alguma com a glória que há-de revelar-se em nós. Medita com segurança e com paz: como será o amor infinito derramado sobre esta pobre criatura?

Chegou a hora de, no meio das tuas ocupações habituais, exercitares a fé, despertares a esperança, avivares o amor. Quer dizer: de activar as três virtudes teologais que nos impelem a desterrar imediatamente, sem dissimulações, sem rebuço, sem rodeios, os equívocos da nossa vida profissional e da nossa vida interior. (Amigos de Deus, 71)

THALITA KUM 107


THALITA KUM 107

(Cfr. Lc 8, 49-56)


Chegam a casa de Jairo.

«Ao chegarem a casa do príncipe da sinagoga, vê o reboliço e a gente desfeita em prantos e alaridos; e, entrando, disse-lhes: Porquê todo esse reboliço e esses prantos? A criança não morreu, mas dorme. E riam-se dele[1]

A multidão não cabe no pátio já de si cheio de serventes e vizinhos que, tendo sabido o que se passava com a sua filha, se reuniam já há tempo, esperando o regresso de Jairo. Alguns já teriam ouvido falar de Jesus, esse homem cuja fama corria pelas cidades e aldeias com histórias de curas e feitos extraordinários. Talvez, algum dos presentes, tivesse comido dos pães e dos peixes que o Senhor multiplicara para uma enorme multidão. Podem ter sido alguns desses que recomendaram ao pai aflito que procurasse o Rabi que tinha levado a cabo obra tão prodigiosa. Consultados os chefes da sinagoga, estes terão contribuído para a decisão de Jairo procurar Jesus.

Revelaram-se pessoas de critério e atitude correctas, sem preconceitos nem falsas razões. Alguém que faz o que Jesus fazia, não pode ser má pessoa nem alvo de desconfiança.

Se todos os responsáveis tivessem procedido assim?

Jesus tinha ordenado a todos que esperassem no local do Seu encontro com a hemorroíssa. Aos Seus discípulos mais próximos talvez tenha recomendado que orassem e que, sobretudo, permanecessem junto da multidão tentando serenar os ânimos com palavras de confiança e fé.
Agora, acompanhado unicamente daqueles que tinha trazido consigo, entra no pátio.
A mãe, destroçada pelo desgosto, aproxima-se do marido e interroga-o.
Jairo, brevemente, conta-lhe o que o Mestre lhe dissera e garante-lhe e transmite-lhe a sua confiança.

Jesus, constatando «o reboliço e a gente desfeita em prantos e alaridos» no típico “choro” dos orientais quando morre alguém muito querido, pergunta: «Porquê todo esse reboliço e esses prantos?
Todos, à uma, tentam confirmar o que acontecera: que a menina tinha morrido.

Interrogam Jesus:
‘Então, não enviámos emissários dar a notícia? Porque perguntas o motivo do nosso choro e consternação?’

O Senhor não faz a pergunta sem um motivo.
Nada faz sem um objectivo concreto.
Neste caso, era como se dissesse:
‘Parem com esse choro e essas lamentações. Não vêm que estou aqui? Não sabeis que Eu posso tudo?’
E ainda lhes diz: «A criança não morreu, mas dorme.»

Numa primeira reacção, ficam atónitos. Como pode este homem afirmar tal coisa? Será, afinal, um louco?
E, como era hábito naquele tempo, os loucos são motivo de troça; por isso «riam-se d'Ele.»
   
Jesus não espera mais, constata que aquela gente não tem nem confiança nem fé. Prende com mais firmeza o braço de Jairo e olha-o nos olhos.
Por entre as lágrimas o pobre pai devolve-lhe o olhar, triste, mas confiante, como se dissesse: ‘Senhor, eu, acredito’.

É tudo quanto Jesus quer, que, pelo menos um, e, neste caso, o mais importante, o pai da menina, acredite e confie nele.

Jesus é um homem de multidões, sem dúvida, mas procura sempre o homem individual.

Quer-nos um a um na intimidade.

O Seu Coração procura sempre o coração de cada homem para nele instilar a Sua Graça, moldando-o conforme convém à salvação de cada um.
Este coração de carne, que é o nosso, com todos os defeitos e misérias, mas também, com as virtudes e bons propósitos que, ao longo da vida, vamos formulando e realizando.

(AMA, reflexões).






[1] Cfr. Mc 38, 43.

Evangelho e comentário


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Santos Francisco e Jacinta Marto

Evangelho: Mt 18, 1-5. 10

Naquele tempo, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe: «Quem é o maior no reino dos Céus?». Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Se não vos converterdes e não vos tornardes como as crianças, não entrareis no reino dos Céus. Quem for humilde como esta criança esse será o maior no reino dos Céus. E quem acolher em meu nome uma criança como esta acolhe-Me a Mim. Vede bem. Não desprezeis um só destes pequeninos. Eu vos digo que os seus Anjos vêem continuamente o rosto de meu Pai que está nos Céus».

Comentário:

Neste trecho de São Mateus Jesus mostra a Sua predilecção pelas crianças, ou, melhor, por aquilo que as crianças representam:

A inocência, a simplicidade!

Pessoas, adultas como nós, têm muita dificuldade em assumir esta posição porque, nomeadamente, a inocência é algo de tão extraordinária grandeza que, atingi-la – ou recuperá-la – será tarefa de uma vida inteira.

Já a simplicidade poderá estar mais ao nosso alcance se formos honestos intelectualmente, se correctos no comportamento, se moderados nos desejos e necessidades.

Por nós próprios, nunca conseguiremos sequer uma pálida “imitação” da inocência e simplicidade de uma criança, mas, com a ajuda do Anjo da Nossa Guarda - que hoje celebramos - daremos passos importantes nesse sentido.



Leitura espiritual


Novo Testamento

Cartas de São Paulo

Carta a Tito

Tito foi, juntamente com Timóteo, um dos principais colaboradores de Paulo. De origem grega, aderiu à fé, provavelmente através de Paulo, durante a primeira viagem missionária deste. Certo é que o acompanhou a Jerusalém, para a assembleia apostólica, constituindo um exemplo vivo da decisão tomada de não impor os costumes judaicos aos cristãos oriundos do mundo pagão, pois, embora sendo grego, não foi obrigado a circuncidar-se (Gl 2,1.3).

ACÇÃO DE TITO

Na sua colaboração com Paulo, foram-lhe confiadas tarefas delicadas como a organização da colecta em favor das igrejas da Judeia (2 Cor 8,6-17) e, provavelmente, a pacificação da comunidade de Corinto e a reconciliação entre esta e o próprio Paulo (2 Cor 2,1-13). Paulo refere-se a ele sempre em termos muito elogiosos (2 Cor 7,6-7.13-16; 12,18). Segundo 2 Tm 4,10, foi-lhe ainda confiada uma missão na Dalmácia. A presente Carta dá-o como “bispo” de Creta (Tt 1,5), onde, segundo a tradição, exerceu o ministério até ao fim dos seus dias. É estranho que os Actos dos Apóstolos, que mencionam várias vezes Timóteo, não façam nenhuma referência a Tito. Nunca foi apresentada uma explicação convincente para o facto, sugerindo alguns que Tito é o redactor das passagens “nós” dos Actos (Act 16,10-17; 20,5-21,18; 27,1-28,16).

AUTENTICIDADE

A maioria dos exegetas contesta a autenticidade paulina da Carta a Tito, quer pelo vocabulário utilizado, que se afasta bastante do que encontramos nas autênticas Cartas de Paulo, quer pelos problemas tratados, que fazem supor uma fase de desenvolvimento da Igreja posterior à época apostólica.
Além disso, a Carta encontra-se redigida num tom muito impessoal, com excepção do título de «meu verdadeiro filho» que se encontra na saudação (1,4), longe, pois, das afectuosas referências de Paulo a Tito noutras Cartas.

DIVISÃO E CONTEÚDO

A Carta pode estruturar-se do modo seguinte:

Saudação inicial (1,1-4);
Orientações a Tito sobre os critérios de escolha dos responsáveis das comunidades (1,5-9);
Aviso contra os falsos mestres (1,10-16);
Ensinamentos sobre o modo de comportamento de várias categorias de crentes (2,1-15);
Elenco de deveres sociais (3,1-11);
Recomendações de carácter pessoal (3,12-14);
Saudação final (3,15).



Acontecimento extraordinário


Domingo, 02.07.2017

O que aconteceu hoje não pode ter outra qualificação: extraordinário!

Pelas 17.00 resolvi ir beber uma cerveja ao restaurante onde é gerente a minha Filha Marta.
Em si, este facto, nada tem de especial a não ser, considerar que não é meu hábito ir beber seja o que for a qualquer lado; sozinho ou acompanhado.

O ambiente estava fantástico, a esplanada do restaurante em cima do Rio Douro, com o Sol a mergulhar na lonjura do mar, num cenário de beleza e tranquilidade enormes.
A Marta arranjou-me, a custo, uma mesa ao pé de um casal que falava inglês.
Com toda a naturalidade começámos a conversar, o habitual:
‘Your first time in Portugal; are u enjoying the stay… e assim por diante.
Seguiram-se as apresentações:

- I’m António;
- We, Claudia and Joe Bradick.

Um casal muito simpático, talvez nos cinquenta anos, ele professor na Universidade, ela médica ORL, vivem na Carolina do Norte, nos EUA, e assim por diante.

Pelo meio fui dizendo sobre a minha família, as minhas Filhas, os meus nove Netos, os tempos difíceis depois da morte da Fernandinha… enfim… mas como era feliz com uma vida tranquila sem grandes sobressaltos.
Praticamente contei-lhes toda a minha vida.
O que fazia agora?
E eu disse-lhes que desde há uns anos me dedico fundamentalmente a construir o Blogue NUNC COEPI.

Quiseram saber que era, o que significava e, eu, expliquei e mostrei no telemóvel, o Blogue.

Claro que, o Joe, manobrava o meu aparelho como um expert e logo descobriu fotografias da família, as orações diárias, as reflexões… sei lá… que eu ia traduzindo.

No fim, devolveu-me o aparelho e disse:

‘António! You are blessed!’

Respondi: ‘What you mean?’

‘You know what I mean! You are bessed!’

Claro que a conversa seguiu um rumo apostólico: falei da Fé Cristã, de Deus, da vida de um casal que se ama e respeita… enfim… mais de quatro horas de conversa, aliás, de perguntas e de respostas.

De vez em quando o Joe repetia: ‘You are blessed!’

Comemos juntos umas fatias de piza e eles despediram-se.

O Joe, voltou a trás para dizer: ‘Do not Forget: You are blessed!’

Quando cheguei a casa já tinha um mail do Joe, agradecendo a conversa, garantindo que ele e a Claudia iriam ver com interesse o blogue, que iriam manter o contacto e, claro, terminando com a mesma frase: ‘Do not Forget: You are blessed!’

Tenho por hábito falar – concretamente… falar – com o meu Anjo da Guarda, numa intimidade de verdadeiros amigos e, às vezes, digo-lhe:
Tu, sabes que me chamo António, estiveste presente no meu Baptizado, tens estado presente todos os dias e momentos destes setenta e sete anos que levo de vida; gostaria de saber o teu nome!

Pois, fiquei com uma certeza: no Domingo o meu Anjo da Guarda chamava-se Joe!

Como sei – absolutamente – que nada acontece por acaso, fiquei a pensar nas oportunidades que ao longo da minha vida não aproveitei para conhecer os outros nomes do meu Anjo da Guarda, porque, não dei atenção aquela pessoa que, talvez esperasse ou tivesse necessidade de falar um pouco – nem que fosse sobre coisas sem importância – porque estava demasiado centrado em mim, nos meus pseudo-problemas, as minhas dores de saudades, os meus anseios de melhoria, os meus desejos insatisfeitos: Eu… Eu… Eu…

Pois bem! Tive forçosamente de concordar com o Joe:
Sou, de facto abençoado porque, sem qualquer mérito da minha parte, o Senhor me vai dando estes “rebuçados” que me adoçam a amargura, me temperam o génio, me colocam no Caminho que Ele quer que eu ande.

Só me ocorre dizer sem parar: Gratias Tibi! Gratias Tibi! Gracias Tibi!

(AMA, 02.07.2017)

Acontece – tem acontecido – que temos mantido o contacto via e-mail. Noto uma crescente intimidade desejo de saber mais e mais.
Ainda hoje ignoro se são cristãos – católicos – ou não, mas, tenho a certeza que são estupendas pessoas.

Há dias recebi um mail dizendo-me que estavam outra vez em viagem pela Europa, desta vez, estavam em Paris.
Quase… me garantiram que no Outono estariam no Porto deixando entrever que talvez se demorassem uns tempos largos.
O que dizer? Vou rezando por eles seguro que, como lhe chamei “acontecimento extraordinário” não foi de todo descabido.
O Senhor sabe muito bem o que faz e, eu, pobre tonto, fico maravilhado que se sirva deste pobre instrumento que sou para um desígnio que não sei qual seja mas, tenho a certeza, será algo muito importante.

Assim eu esteja à altura!

Só me ocorre dizer sem parar: Gratias Tibi! Gratias Tibi! Gracias Tibi!

02.07.2018

E os contactos, trocas de E-mail, têm continuado…

20.02.2020



Pequena agenda do cristão

Quinta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?