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19/02/2020

NUNC COEPI

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THALITA KUM 106


THALITA KUM 106 

(Cfr. Lc 8, 49-56)

 
A gratidão é das mais belas manifestações humanas e das que mais enobrecem o carácter. Confundir gratidão com subserviência ou rebaixamento é não ter a noção de que tudo devemos.

De facto, o que é que temos como nosso?

O sopro que nos mantém vivos; as qualidades que nos permitem viver em sociedade; a fortaleza e coragem para ultrapassar as dificuldades e maus momentos; o arrependimento e compunção pelos nossos erros; o bem que fazemos aos outros; a compaixão; a ternura; o amor; tudo, absolutamente, nos é dado por Deus ou d’Ele provém.

«Tu, o que és? Rico ou pobre? Muitos me dizem: eu sou pobre, e dizem a verdade. Vejo pobres que possuem alguma coisa; vejo alguns que são completamente indigentes. Mas aqui está um em cuja casa abunda o ouro e a prata - oh! Se ele soubesse como é pobre! Reconhecê-lo-ia se olhasse o pobre que está perto dele. Aliás, seja qual for a tua opulência, tu que és rico, não passas de um mendigo à porta de Deus.
Eis a hora da oração… Fazes os pedidos; o pedido não é ele uma confissão da tua pobreza? Com efeito, tu dizes: "O pão-nosso de cada dia nos dai hoje". Portanto, tu que pedes o teu pão quotidiano, és tu rico ou pobre? E, contudo, Cristo não tem medo de dizer: "Dá-me o que eu te dei. De facto, que é que tu trouxeste ao vir a este mundo? Tudo o que encontraste na criação, fui eu que o criei. Tu não trouxeste nada, não levarás nada. Porque não me dás o que é meu? Tu estás na abundância e o pobre na necessidade, mas remonta ao início da vossa existência: ambos nasceram completamente nus. Mesmo tu, tu nasceste nu. Em seguida tu encontraste aqui em baixo grandes bens; mas trouxeste por acaso alguma coisa contigo? Peço pois o que dei; dá e eu restituir-te-ei".
"Tu tens-me por benfeitor; torna-me o teu devedor, a uma taxa elevada… Dás-me pouco, restituir-te-ei muito. Tu dás-me os bens deste mundo, eu dar-te-ei os tesouros do céu. Tu dás-me riquezas temporais, eu instalar-te-ei sobre as posses eternas. Dar-te-ei a ti, quando eu tiver tomado posse de ti". [1]

O reconhecimento do pouco que somos e, sobretudo, da nossa incapacidade para, por nós mesmos, conseguirmos algo, se Deus não o permitir, é uma condição de humildade, sem dúvida, mas é, antes de mais, a constatação da nossa humanidade. Todas as nossas acções devem dirigir-se a Deus porque dele viemos e para Ele tendemos e tudo o que fora disto fizermos está condenado ao fracasso ou, quando muito a uma satisfação momentânea.
Realmente, não temos direito a exigir nada porque o nosso mérito, pouco ou muito, depende da avaliação que o Senhor faça. E, Ele é Justo e não pode querer nada que não seja o melhor para nós.

É, de facto, um mistério, a Vontade de Deus a nosso respeito e interrogamo-nos frequentemente se Ele não estará “surdo” ou “distraído” em face do que nos acontece. Sobretudo quando as dificuldades apertam e os problemas parecem que se avolumam no horizonte, as soluções não estão patentes nem vislumbramos uma saída, empenhamo-nos com veemência na petição.
   
«Não pedimos com egoísmo, nem cheios de soberba, nem com avareza, nem por inveja.
Se a nossa petição é, por exemplo, a ajuda nuns exames, um favor material, curar uma doença, etc., devemos examinar na presença de Deus os verdadeiros motivos dessa petição. Perguntar-lhe-emos na intimidade da nossa alma se isso que solicitámos nos ajudará a amá-lo mais e a cumprir melhor a Sua Vontade.
Em muitas ocasiões dar-nos-emos conta do pouco relevo disso que nos parecia de vida ou morte, e dar-nos-emos conta que aquilo que desejávamos desesperadamente não era assim tão importante. Saberemos identificar a nossa vontade à Vontade de Deus e, então, vai muito melhor encaminhada a nossa petição». [2]


(AMA, reflexões).






[1] Stº. Agostinho, Sermão 123.
[2] F. F. Carvajal, Falar com Deus, Quaresma, 1ª Sem., 5ª F.

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM



Evangelho: Mc 8, 22-26

22 Chegaram a Betsaida e trouxeram-lhe um cego, pedindo-lhe que o tocasse. 23 Jesus tomou-o pela mão e conduziu-o para fora da aldeia. Deitou-lhe saliva nos olhos, impôs-lhe as mãos e perguntou: «Vês alguma coisa?» 24 Ele ergueu os olhos e respondeu: «Vejo os homens; vejo-os como árvores a andar.» 25 Em seguida, Jesus impôs-lhe outra vez as mãos sobre os olhos e ele viu perfeitamente; ficou restabelecido e distinguia tudo com nitidez. 26 Jesus mandou-o para casa, dizendo: «Nem sequer entres na aldeia.»

Comentário:

Uma e outra vez – sempre – devemos repetir actos de Fé, pedir ao Senhor que a fortaleça a vivifique, que não deixe que ela esmoreça e, eventualmente, se apague, pelas dificuldades e obstáculos que se vão interpondo na nossa vida.

Com uma Fé forte, escorreita sem titubeios, teremos uma visão clara do que nos interessa ver e não sombras mais ou menos esfumadas da realidade.

(ama, Comentário sobre Mc 8, 22-26, 2014.02.19)


Leitura espiritual


Novo Testamento

Cartas de São Paulo

Carta a Filémon

Flm 1

Apresentação e saudação –

1 Paulo, prisioneiro por causa de Cristo Jesus, e o irmão Timóteo, a Filémon, nosso querido colaborador, 2 à irmã Ápia, a Arquipo, nosso companheiro de luta, e à igreja que se reúne em tua casa: 3 a vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo!

Acção de graças –

4 Dou graças ao meu Deus, lembrando-me sempre de ti nas minhas orações, 5 por ouvir falar do teu amor e da tua fé: fé no Senhor Jesus e amor para com todos os santos. 6 Que a tua comunhão de fé se torne eficaz, no reconhecimento de tudo aquilo que entre nós é considerado bom em relação a Cristo. 7 De facto, foi grande a alegria e a consolação que tive com o teu amor, porque os corações dos santos foram reconfortados por meio de ti, irmão.

Pedido a respeito de Onésimo –

8 Por isso, embora tenha toda a autoridade em Cristo para te impor o que mais convém, 9 levado pelo amor, prefiro pedir como aquele que sou: Paulo, um ancião e, agora, até prisioneiro por causa de Cristo Jesus. 10 Peço-te pelo meu filho, que gerei na prisão: Onésimo, 11 que outrora te era inútil, mas agora é, para ti e para mim, bem útil. 12 É ele que eu te envio: ele, isto é, o meu próprio coração. 13 Eu bem desejava mantê-lo junto de mim, para, em vez de ti, se colocar ao meu serviço nas prisões que sofro por causa do evangelho. 14 Porém, nada quero fazer sem o teu consentimento, para que o bem que fazes não seja por obrigação, mas de livre vontade. 15 É que, afinal, talvez tenha sido por isto que ele foi afastado por breve tempo: para que o recebas para sempre, 16 não já como escravo, mas muito mais do que um escravo: como irmão querido; isto especialmente para mim, quanto mais para ti, que com ele estás relacionado tanto humanamente como no Senhor. 17 Se, pois, me consideras em comunhão contigo, recebe-o como a mim próprio. 18 E se ele te causou algum prejuízo ou alguma coisa te deve, põe isso na minha conta. 19 Sou eu, Paulo, que o escrevo pela minha própria mão: serei eu a pagar. Isto, para não te dizer que me deves a tua própria pessoa. 20 Sim, irmão, possa eu sentir-me satisfeito contigo no Senhor: reconforta o meu coração em Cristo. 21 Escrevo-te porque confio na tua obediência: sei que até farás mais do que aquilo que digo. 22 Mas, ao mesmo tempo, prepara também alojamento para mim, pois espero, graças às vossas orações, poder brevemente ser entregue a vós.

Saudações e bênção –

23 Saúdam-te Epafras, meu companheiro de prisão em Cristo Jesus, 24 assim como Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus colaboradores. 25 A graça do Senhor Jesus Cristo esteja convosco.



Nota pessoal de António Mexia Alves


Sou o único autor e administrador de NUNC COEPI que é – de há uns anos para cá – o meu único trabalho.
A ele dedico o melhor do meu esforço numa média de 5/7 horas de trabalho diário.

NUNC COEPI tem – e terá - unicamente fins apostólicos e, por isso, tendo como referência as palavras de Jesus:

«O trabalhador merece o seu sustento» [i]

e sendo a minha situação pessoal difícil em termos económicos, resolvi, sem qualquer hesitação ou prurido publicar esta nota.

Preciso realmente de ajuda e por isso apelo aos leitores de NUNC COEPI que colaborem com essa ajuda que se destina, naturalmente, às despesas correntes como internet, livros, newsletters, etc., indispensáveis para esse mesmo trabalho.

Qualquer quantia constituirá inestimável contributo.

Se decidir contribuir, agradeço o favor de enviar para o meu mail pessoal – ontiano@gmail.com – a indicação que deseja contribuir e, em resposta, indicarei o IBAN da conta para onde poderá fazer a respectiva transferência

Desde já, muito obrigado e a minha garantia de que NUNC COEPI continuará com as suas publicações diárias, assim Deus me ajude e ilumine.



NUNC COEPI é visto regularmente em diferentes países como:

Argentina, Arménia, Bangladesh, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Colômbia, Coreia do Sul, Costa Rica, Emiratos Árabes Unidos, Espanha, França, Honduras, Hong Kong, India, Indonésia, Irlanda, Israel, México,  Países Baixos, Portugal, Quénia, Roménia, Rússia, Sérvia, Suécia, Suiça, Tailândia, Timor-Leste, Ucrânia, Vietname, Turquemenistão, EUA,

Tem 5.000 amigos no FACEBOOK; 500 "seguidores"; cerca de 20.000 "visitas diárias".

Esta é - para mim - a prova de que o Senhor Se serve - também -  de instrumentos fracos e débeis para expandir o Seu Reino nesta terra.

António Mexia Alves



Respostas de 25 de Maio de 2017 (data em pela primeira vez fiz este apelo) até à data de hoje: 
1 no montante de   25 Eur
no montante de 200 Eur

Total:                     225 Eur

Renovo, portanto, o meu apelo já que a situação se mantém delicada.



António Mexia Alves

Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?