Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
Páginas
▼
05/02/2020
Vivei uma particular Comunhão dos Santos
Comunhão dos Santos. – Como to hei-de dizer? – Sabes o que são as
transfusões de sangue para o corpo? Pois assim vem a ser a Comunhão dos Santos
para a alma. (Caminho, 544)
Vivei uma particular Comunhão dos Santos: e cada um sentirá, à
hora da luta interior, e à hora do trabalho profissional, a alegria e a força
de não estar só. (Caminho,
545)
Aqui estamos, consummati in
unum, em unidade de petição e de intenções, dispostos a começar este tempo
de conversa com o Senhor com renovado desejo de sermos instrumentos eficazes
nas suas mãos. Diante de Jesus Sacramentado – como gosto de fazer um acto de fé
explícita na presença real do Senhor na Eucaristia! – fomentai nos vossos corações
o desejo de transmitir, pela vossa oração, um impulso fortíssimo que chegue a
todos os lugares da terra, até ao último recanto do planeta, onde houver alguém
gastando a sua existência ao serviço de Deus e das almas. Com efeito, graças à
inefável realidade da Comunhão dos Santos, somos solidários – cooperadores, diz
S. João – na tarefa de difundir a verdade e a paz do Senhor. (Amigos de Deus, 154)
THALITA KUM 92
(Cfr. Lc 8, 49-56)
O aparato, ou
declarada intenção, de dar nas vistas, são ridículos e até condenáveis - as
múltiplas rezas e benzeduras, o orar a todos os santinhos de uma Igreja
percorrendo os diversos altares, o assistir e comungar em várias Missas por dia
-, são falsas manifestações de piedade que Deus não deseja.
O contrário: a
postura correcta numa Missa, ajoelhando-nos quando está indicado que o façamos,
uma genuflexão bem-feita diante do Sacrário, o recitar as orações comuns, são
atitudes que agradam a Deus porque demonstram os nossos sentimentos de
respeito, veneração e adoração que devemos ao Nosso Senhor e Criador e que,
também, atestam perante os outros, a nossa pública manifestação desses mesmos
sentimentos, servindo-lhes de exemplo a imitar.
Muitos têm a
tentação de ler com olhos estreitos os ensinamentos do Evangelho.
Para não
participarem em manifestações religiosas - Santa Missa, a recitação do Terço,
uma procissão etc. - dizem que Jesus disse que:
«Quando orares, entra no teu quarto, fecha a
porta pà chave e ora a teu Pai que está em lugar secreto». [1]
À primeira vista
até parece contraditório com a instrução antes dada sobre a luz que se deve pôr
onde ilumine todos.
De facto, não é.
Jesus não se
contradiz, antes pelo contrário, reforça a Sua doutrina.
Com efeito, devemos procurar
participar nas cerimónias e manifestações religiosas públicas, conduzidas pela
Igreja, porque a ela pertencemos e fazemos parte do Povo de Deus, mas, não
devemos ficar-nos por aqui.
É preciso, também, procurar aquela
conversa íntima com o Senhor, aquilo a que chamamos oração mental, que é aquela
oração que fazemos recolhidos, num contacto íntimo com Deus.
Recolhidos, entenda-se, não
necessariamente no nosso quarto - que apenas é uma expressão - mas no nosso
coração, no nosso íntimo.
«Quem tem ouvidos para ouvir, oiça»,
diz-nos Jesus neste trecho do Evangelho que estamos a meditar, como de resto
no-lo repete por várias vezes.
O Senhor faz um
apelo muito sério à recta intenção que devemos ter em todos os nossos actos,
nomeadamente, naqueles que de alguma forma estão relacionados com Deus.
Seria um disparate,
e um gravíssimo erro, tentar enganar Deus ou, de qualquer maneira,
pressioná-lo, com práticas ou atitudes que não traduzam um são e correcto
sentimento interior.
Tirar o chapéu, ou benzer-se, quando
se passa em frente de uma Igreja, pode ser um acto de ofensa a Deus se for
feito apenas mecanicamente, ou, pior ainda, para que alguém veja como somos
respeitosos, porque revelará ou indiferença ou vaidade.
Pelo contrário,
quem passe em frente de uma Igreja sem se descobrir ou benzer, mas no seu
coração eleve um pensamento, uma saudação, ao Senhor ali presente na Sagrada
Eucaristia, terá, com certeza, agradado muito a Deus.
Porque, o
importante não é descobrir-se ou benzer-se,
embora possa ser muito meritório, se for feito correspondendo a um verdadeiro desejo
interior de saudar respeitosamente o Senhor ali presente, o importante é, sim,
a atitude interior que nos brota do coração.
É importante
preparar os nossos sentidos para participar na Santa Missa.
‘Vejo-me
tal como sou: nada, absolutamente. E tenho esta percepção da grandeza que me
está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade
do Rei e Senhor do Universo.
Eu,
António, este pobre homem com pés de barro e vontade frágil, estou aqui na
expectativa do momento sublime em que Te receberei, meu Deus e Senhor.
O
meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado,
confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites
pela caridade que me fazes.
Aqui
me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não
sou digno, não sou digno, não sou digno!
Sei
porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o
direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse.
(AMA, reflexões).
Evangelho e comentário
Evangelho: Mc 6, 1-6
1 E partiu dali. Foi para a sua terra,
e os discípulos seguiam-no. 2 Chegado o sábado, começou a ensinar na sinagoga.
Os numerosos ouvintes enchiam-se de espanto e diziam: «De onde é que isto lhe
vem e que sabedoria é esta que lhe foi dada? Como se operam tão grandes
milagres por suas mãos? 3 Não é Ele o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de
Tiago, de José, de Judas e de Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós?»
E isto parecia-lhes escandaloso. 4 Jesus disse-lhes: «Um profeta só é
desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e em sua casa.» 5 E não pôde
fazer ali milagre algum. Apenas curou alguns enfermos, impondo-lhes as mãos. 6 Estava
admirado com a falta de fé daquela gente. Jesus percorria as aldeias vizinhas a
ensinar.
Comentário:
São Marcos diz expressamente que Jesus se admirava com
a incredulidade dos Seus conterrâneos, não obstante ter por certo que "um
profeta não tem crédito na sua terra".
As pessoas preconceituosas têm este costume reprovável: mais facilmente dão crédito a um estranho que a alguém conhecido!
Porquê?
Porque vêm nesse alguém incapaz de outra coisa que não seja a ideia que fazem dele: um carpinteiro, na sua opinião, só terá aptidões de carpinteiro...
(AMA, comentário sobre Mc 6,
1-6, 05.07.2015)
Leitura espiritual
Cartas de São Paulo
1ª Carta a Timóteo
1Tm 4
Os
falsos mestres (1,3-11; 2 Tm 2,14-18; Tt 1,10-16) –
1
O Espírito diz abertamente que, nos últimos tempos, alguns hão-de apostatar da
fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas diabólicas, 2 seduzidos
pela hipocrisia de mentirosos, cuja consciência foi marcada com ferro em brasa.
3 Proibirão o casamento e o uso de alimentos, que Deus criou para serem
consumidos em acção de graças, pelos que têm fé e conhecem a verdade. 4 Pois
tudo o que Deus criou é bom e nada deve ser rejeitado, quando tomado com acção
de graças. 5 Com efeito, tudo é santificado pela palavra de Deus e pela oração.
Modelo
dos fiéis –
6 Expondo
estas coisas aos irmãos, serás um bom servo de Cristo Jesus, alimentado com as
palavras da fé e da boa doutrina que tão diligentemente tens seguido. 7 Mas
rejeita as fábulas ímpias, coisa de comadres. Exercita-te na piedade. 8 O
exercício físico de pouco serve, mas a piedade é útil para tudo, pois tem a
promessa da vida presente e da futura. 9 É digna de fé e de toda a aceitação esta
palavra. 10 Pois se nós trabalhamos e lutamos, é porque pomos a nossa esperança
no Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens, sobretudo dos que crêem. 11 Eis
o que deves proclamar e ensinar. 12 Ninguém escarneça da tua juventude; antes,
sê modelo dos fiéis, na palavra, na conduta, no amor, na fé, na castidade. 13 Enquanto
aguardas a minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino. 14 Não
descures o carisma que está em ti, e que te foi dado através de uma profecia,
com a imposição das mãos dos presbíteros. 15 Toma a peito estas coisas e
persevera nelas, a fim de que o teu progresso seja manifesto a todos. 16 Cuida
de ti mesmo e da doutrina, persevera nestas coisas, porque, agindo assim,
salvar-te-ás a ti mesmo e aos que te ouvirem.
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Simplicidade e modéstia.
Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.
Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.
Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.
Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?