Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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28/01/2020
A correcção fraterna
A prática da correcção fraterna – que
tem tradição evangélica – é uma manifestação de carinho sobrenatural e de
confiança. Agradece-a quando a receberes, e não deixes de praticá-la com quem
convives. (Forja, 566)
Sede prudentes e actuai sempre com
simplicidade, virtude tão própria dos bons filhos de Deus. Sede naturais na
vossa linguagem e na vossa actuação. Chegai ao fundo dos problemas; não fiqueis
à superfície. Reparai que é preciso contar antecipadamente com o sofrimento
alheio e com o nosso, se desejamos deveras cumprir santamente e com honradez as
nossas obrigações de cristãos.
Não vos oculto que, quando tenho que
corrigir ou tomar uma decisão que fará sofrer alguém, padeço antes, durante e
depois; e não sou um sentimental. Consola-me pensar que só os animais não
choram; nós, os homens, filhos de Deus, choramos. Sei que em determinados momentos,
também vós tereis que sofrer, se vos esforçardes por levar a cabo fielmente o
vosso dever. Não vos esqueçais de que é mais cómodo – mas é um descaminho –
evitar o sofrimento a todo o custo, com o pretexto de não magoar o próximo;
frequentemente o que se esconde por trás desta omissão é uma vergonhosa fuga ao
sofrimento próprio, porque normalmente não é agradável fazer uma advertência
séria a alguém. Meus filhos, lembrai-vos de que o inferno está cheio de bocas
fechadas.
(...) Para curar uma ferida, primeiro
limpa-se esta muito bem e inclusivamente ao seu redor, desde bastante
distância. O médico sabe perfeitamente que isso dói, mas se omitir essa
operação, depois doerá ainda mais. A seguir, põe-se logo o desinfectante; arde
– pica, como dizemos na minha terra – mortifica, mas não há outra solução para
a ferida não infectar.
Se para a saúde corporal é óbvio que
se têm de tomar estas medidas, mesmo que se trate de escoriações de pouca
importância, nas coisas grandes da saúde da alma – nos pontos nevrálgicos da
vida do ser humano – imaginai como será preciso lavar, como será preciso cortar,
como será preciso limpar, como será preciso desinfectar, como será preciso
sofrer! A prudência exige-nos intervir assim e não fugir ao dever, porque não o
cumprir seria uma falta de consideração e inclusivamente um atentado grave,
contra a justiça e contra a fortaleza. (Amigos de Deus, nn.
160–161)
THALITA KUM 84
(Cfr. Lc 8, 49-56)
Esta pureza de
coração, esta simplicidade há-de levar-nos a um diálogo íntimo com Jesus, com
confiança plena de sermos atendidos e que Ele nos mandará em paz, curados dos
nossos males.
Esta é uma atitude interior,
repito, que devemos lutar diariamente por conseguir.
Sendo homens,
“muito homens”, aplicando e pondo em prática todas as nossas capacidades e os
nossos talentos, mas com a simplicidade interior de quem sabe que não vale
nada, porque não somos mais que instrumentos nas mãos de Deus.
Tanto vale que
ensinemos numa Universidade, como trabalhemos no campo, atrás de um balcão de
loja, ou à secretária de um escritório.
Aos olhos do Senhor
temos, cada um de nós, um valor intrínseco de homens como tais, não pelo que
somos, mas pelo que fazemos e como fazemos.
Cito novamente S.
Josemaria:
«Sê instrumento de
ouro ou de aço, de platina ou de ferro...grande ou pequeno, delicado ou
tosco...
Todos são úteis;
cada um tem a sua missão própria. Como no mundo material: quem se atreverá a
dizer que é menos útil o serrote do carpinteiro do que as pinças do cirurgião?
O teu dever é ser instrumento». [1]
«A tua fé te salvou», disse Jesus à
hemorroíssa.
AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
Evangelho e comentário
São
Tomás de Aquino – Doutor da Igreja
Evangelho: Mc 3, 31-35
31 Nisto chegam sua mãe e seus irmãos
que, ficando do lado de fora, o mandam chamar. 32 A multidão estava sentada em
volta dele, quando lhe disseram: «Estão lá fora a tua mãe e os teus irmãos que
te procuram.» 33 Ele respondeu: «Quem são minha mãe e meus irmãos?» 34 E,
percorrendo com o olhar os que estavam sentados à volta dele, disse: «Aí estão
minha mãe e meus irmãos. 35 Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é
meu irmão, minha irmã e minha mãe.»
Comentário:
Sendo da família de Cristo temos de convir que não
somos pouca coisa, bem pelo contrário, gerados no amor de Deus temos que tentar
por todos os meios duas coisas principais:
Pagar amor com amor e, ser dignos da linhagem a que
pertencemos.
Só a dignidade e unidade de vida permitirá que o
consigamos.
Sermos um com Ele como Ele é um com o Pai
(AMA, comentário sobre Mc 3, 31-35, Monte Real,
Convento, 24.01.2017)
Leitura espiritual
2ª Carta de Pedro
2Pe 3
III. A SEGUNDA VINDA DO
SENHOR (3,1-16)
A doutrina da Fé –
1 Caríssimos, esta é a
segunda Carta que vos escrevo. Tanto numa como noutra, procuro com as minhas
exortações despertar em vós uma correcta maneira de pensar, 2 a fim de que vos
recordeis das coisas preditas pelos santos profetas e do mandamento do Senhor e
Salvador, transmitido pelos vossos Apóstolos.
Erros escatológicos –
3 Antes de mais, ficai a
saber que, nos últimos dias, hão-de vir uns impostores trocistas, que viverão segundo
as suas más paixões e, troçando, 4 vos perguntarão: «Em que fica a promessa da
sua vinda? Desde que os pais morreram, tudo continua na mesma, como desde o
princípio do mundo!» 5 Esquecem-se propositadamente de que, noutros tempos,
havia uns céus e uma terra que a palavra de Deus tornou firmes a partir da água
e no meio das águas; 6 e, em virtude destas, o mundo de então pereceu afogado.
7 Quanto aos céus e à terra que agora existem, a mesma palavra os tem
reservados para o fogo, mantendo-os até ao dia do juízo e da perdição dos
ímpios. 8 Mas há uma coisa, caríssimos, que não deveis esquecer: um dia para o
Senhor é como mil anos, e mil anos, como um só dia. 9 Não é que o Senhor tarde
em cumprir a sua promessa, como alguns pensam, mas simplesmente usa de
paciência para convosco, pois não quer que ninguém pereça, mas que todos se
convertam. 10 Porém, o Dia do Senhor chegará como um ladrão: os céus
desaparecerão com estrondo, os elementos do mundo abrasados dissolver-se-ão,
assim como a terra e as obras que nela houver.
Urgência de estar
preparados –
11 Uma vez que todas as
coisas serão assim destruídas, como deve ser santa a vossa vida e a vossa
piedade, 12 enquanto esperais e apressais a chegada do dia de Deus, quando os
céus, a arder, se desintegrarem e os elementos do mundo, com o ardor do fogo,
se derreterem! 13 Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos uns novos céus
e uma nova terra, onde habite a justiça. 14 Portanto, caríssimos, enquanto
esperais estes acontecimentos, esmerai-vos para que Ele vos encontre
imaculados, irrepreensíveis e em paz. 15 Considerai que a paciência de Nosso
Senhor é para nossa salvação. Nesta ordem de ideias, escreveu-vos também o
nosso caríssimo irmão Paulo, segundo a sabedoria que lhe foi concedida. 16 E
assim fala em todas as Cartas em que trata destes temas; há nelas alguns temas
difíceis, que os ignorantes e pouco firmes deturpam - como fazem às restantes
Escrituras - para a sua própria perdição.
Conclusão –
17 Vós, caríssimos, dado
que sabeis isto de antemão, estai alerta para que não venhais a descair da
vossa firmeza, arrastados pelo erro desses malvados. 18 Crescei, antes, na
graça e no conhecimento do Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A Ele seja
dada glória, agora e até ao dia eterno. Ámen.
Perguntas e respostas
1.
Nestes casos pode aplicar-se a
eutanásia?
Não, não.
Para entendê-lo pode ser suficiente pensar na questão
temporal: se em vez de ser incurável, fosse uma enfermidade que durasse uma
semana ou um mês, seria correcta a eutanásia?...
E se em vez de um mês durasse um ano ou três a
curar-se?...
E se fossem oito ou quinze?
E se a saúde voltasse ao fim de 30 ou 40 anos?...
E se fosse ao fim de cinquenta anos que se
restabelecesse, seria correcto matá-lo agora?...
E se ao cabo de uns anos os médicos descobrissem uma
antídoto ou uma prótese, ou uma técnica por computador nova?...
Definitivamente, uma circunstância de tempo não
legitima um assassinato.
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Aplicação no trabalho.
Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.
Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.
Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?