Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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09/01/2020
Jesus ainda está à procura de pousada
Jesus
nasceu numa gruta em Belém, diz a Escritura, "porque não havia lugar para
eles na estalagem". Não me afasto da verdade teológica, se te disser que
Jesus ainda está à procura de pousada no teu coração. (Forja,
274)
Não
me afasto da mais rigorosa verdade se vos digo que Jesus continua agora a
buscar pousada no nosso coração. Temos de Lhe pedir perdão pela nossa cegueira
pessoal, pela nossa ingratidão. Temos de Lhe pedir a graça de nunca mais Lhe
fechar a porta das nossas almas.
O
Senhor não nos oculta que a obediência rendida à vontade de Deus exige renúncia
e entrega porque o amor não pede direitos: quer servir. Ele percorreu primeiro
o caminho. Jesus, como obedecestes Tu? Usque
ad mortem, mortem autem crucis, até à morte e morte de Cruz. É preciso sair
de nós mesmos, complicar a vida, perdê-la por amor de Deus e das almas... Tu
querias viver e que nada te acontecesse; mas Deus quis outra coisa... Existem
duas vontades: a tua vontade deve ser corrigida para se identificar com a
vontade de Deus, e não torcida a de Deus para se acomodar à tua.
Com
alegria, tenho visto muitas almas que jogaram a vida – como Tu, Senhor, "usque ad mortem"! – para cumprir o
que a vontade de Deus lhes pedia, dedicando os seus esforços e o seu trabalho
profissional ao serviço da Igreja, pelo bem de todos os homens.
Aprendamos
a obedecer, aprendamos a servir. Não há maior fidalguia do que entregar-se
voluntariamente ao serviço dos outros. Quando sentimos o orgulho que referve
dentro de nós, a soberba que nos leva a pensar que somos super-homens, é o
momento de dizer que não, de dizer que o nosso único triunfo há-de ser o da
humildade. Assim nos identificaremos com Cristo na Cruz, não aborrecidos ou inquietos,
nem com mau humor, mas alegres, porque essa alegria, o esquecimento de nós
mesmos, é a melhor prova de amor. (Cristo que passa, 19)
THALITA KUM 65
(Cfr. Lc 8, 49-56)
Depois, é a
vergonha que o condiciona.
Vergonha
pelas faltas, erros e fraquezas que não quer ver conhecidas e identificadas.
Os outros...
sempre os outros… não podem tomar conhecimento desse cortejo enorme de misérias
pessoais.
O conceito
que fazem dele – que pensa que fazem dele – ficaria afectado e comprometido.
Em terceiro lugar é a falta de arrependimento pessoal
que o mantém nas trevas.
O seu deficiente critério não identifica as faltas
como o que elas realmente são – ofensas a Deus e aos outros -, sentindo uma
espécie de indulgência para o que considera apenas “facetas de carácter”, não
vê grande necessidade de arrependimento. Isto, sobretudo, quando esse
arrependimento, para o ser de facto, teria de ser do conhecimento alheio, como
será o caso das ofensas feitas a outros.
Reconhecer o erro é um desprestígio até porque, no fim
e ao cabo, ele, tem as suas razões para proceder como procede.
Às vezes guarda uma lista de ofensas e agravos que lhe
terão sido feitos por outros. Traz à memória coisas passadas, às vezes há muito
tempo, para encontrar uma justificação para muitas coisas que faz. Aplica, sem
muitas vezes ter consciência disso, uma espécie de “Lei de Talião” pessoal.
Talvez, depois, seja o orgulho que o impede de emergir para a claridade.
O seu “Eu”, na escuridão, ganha vulto, dimensão.
À luz, exposto à claridade, fica reduzido a uma figura ridícula de uma
pessoa cheia de si mesma, tornando insuportável o convívio com os outros.
De resto, os outros não lhe interessam muito, sobretudo se têm problemas,
dificuldades.
Ele já tem os seus próprios problemas, as suas inúmeras dificuldades com
que se preocupar, o que, traduz a sua atitude egoísta que também o amarra com
laço bem robusto à escuridão.
«Tinha todo o aspecto de um perfeito cavalheiro e consideravam-no “um homem
de talento”. Assim chamam, em certos círculos, ao tipo especial de homens,
engordados à custa de outros, que nada fazem ou querem fazer e que, pela sua
eterna vadiagem, trazem no peito, em vez de coração, um pedaço de toucinho.» [1]
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
Evangelho e comentário
Evangelho: Lc 4, 14-22
14
Impelido pelo Espírito, Jesus voltou para a Galileia e a sua fama propagou-se
por toda a região. 15 Ensinava nas sinagogas e todos o elogiavam. 16 Veio a
Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado
na sinagoga e levantou-se para ler. 17 Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías
e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito: 18 «O Espírito
do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres;
enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da
vista; a mandar em liberdade os oprimidos, 19 a proclamar um ano favorável da
parte do Senhor.» 20 Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e
sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21 Começou,
então, a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais
de ouvir.» 22 Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam com as
palavras repletas de graça que saíam da sua boca. Diziam: «Não é este o filho de
José?»
Comentário:
Ninguém poderá acusar Jesus de ter deliberadamente
escondido a Sua identidade e ocultar a missão que vinha cumprir.
Ele próprio o confessa dando como “garantia” das Suas palavras a própria Escritura.
(ama, comentário
sobre LC 4 14-22, 2015.01.08)
Leitura espiritual
Tt 1
Saudação –
1 Paulo, servo de Deus e
apóstolo de Jesus Cristo, em ordem à fé dos eleitos de Deus e ao conhecimento
da verdade, que conduz à piedade, 2 na esperança da vida eterna, prometida
desde os tempos antigos pelo Deus que não mente 3 e que, no devido tempo,
manifestou a sua palavra, pela pregação que me foi confiada por mandato de
Deus, nosso Salvador: 4 a Tito, meu verdadeiro filho, pela fé comum, a graça e
a paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Salvador.
Qualidades dos presbíteros
(1 Tm 3,1-7) –
5 Deixei-te em Creta, para
acabares de organizar o que ainda falta e para colocares presbíteros em cada
cidade, de acordo com as minhas instruções. 6 Cada um deles deve ser
irrepreensível, marido de uma só mulher, com filhos crentes, e não acusados de
vida leviana ou de insubordinação. 7 Porque é preciso que o bispo, como
administrador de Deus, seja irrepreensível, não arrogante, nem colérico, nem
dado ao vinho, à violência ou ao lucro desonesto; 8 mas, antes, hospitaleiro,
amigo do bem, prudente, justo, piedoso, continente, 9 firmemente enraizado na
doutrina da palavra digna de fé, de modo que seja capaz de exortar com sãos
ensinamentos e de refutar os contraditores.
Os falsos mestres (1 Tm
1,3-7; 4,1-5; 2 Tm 2,14-20) –
10 Há, de facto, muitos
insubordinados, palradores e sedutores, sobretudo entre os da circuncisão, 11 aos
quais é preciso tapar a boca, pois transtornam famílias inteiras, ensinando o
que não devem, tendo em vista o lucro desonesto. 12 Aliás, como disse um deles,
que era profeta, «os cretenses são sempre mentirosos, bestas más e ventres
preguiçosos.» 13 E este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os
severamente, para que tenham uma fé sã, 14 não dando ouvidos a fábulas judaicas
e a preceitos de homens que se afastaram da verdade. 15 Tudo é puro para os
puros, mas, para os corruptos e os incrédulos, nada é puro, porque a sua mente
e a sua consciência estão corrompidas. 16 Proclamam conhecer a Deus, mas
negam-no com as obras, revelando-se abomináveis, rebeldes e incapazes de
qualquer obra boa.
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Participar na Santa Missa.
Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.
Lembrar-me:
Comunhões espirituais.
Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?