Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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31/05/2020
A formosura da santa pureza
Não se pode levar uma vida limpa sem a ajuda divina.
Deus quer a nossa humildade, quer que lhe peçamos a sua ajuda, através da nossa
Mãe e sua Mãe. Tens que dizer a Nossa Senhora, agora mesmo, na solidão
acompanhada do teu coração, falando sem ruído de palavras: Minha Mãe, este meu
pobre coração rebela-se algumas vezes... Mas se Tu me ajudares...
E ajudar-te-á, para que o conserves limpo e
continues pelo caminho a que Deus te chamou: Nossa Senhora facilitar-te-á
sempre o cumprimento da Vontade de Deus. (Forja,
315)
Devemos ser o mais limpos possível em relação ao
corpo, mas sem medo, porque o sexo, é algo santo e nobre - participação no
poder criador de Deus -, foi feito para o matrimónio. Assim, limpos e sem medo,
dareis com a vossa conduta o testemunho da viabilidade e da formosura da santa
pureza. (...)
Cuidai com esmero da castidade e também das virtudes
que a acompanham e a salvaguardam: a modéstia e o pudor. Não olheis com
ligeireza as normas, tão eficazes, que nos ajudam a conservarmo-nos dignos do olhar
de Deus: a guarda atenta dos sentidos e do coração; a valentia de ser cobarde
para fugir das tentações; a frequência dos sacramentos, especialmente da
Confissão sacramental; a sinceridade total na direcção espiritual pessoal; a
dor, a contrição e a reparação depois das faltas. E tudo isto ungido com uma
terna devoção a Nossa Senhora, de modo que ela nos obtenha de Deus o dom de uma
vida limpa e santa. (Amigos de Deus,
185)
Orações de Maio
Hoje tenho, para ti, uma prece:
Santa Maria, Mãe de Deus e minha Mãe, diz ao Teu Divino Filho, coisas boas de
mim, que eu, não obstante ser débil, pusilâmine e volúvel, me esforço por ser
um bom filho. Pobre de mim que não o consigo sempre, mas, repito vezes sem
conta: Diz-lhe coisas boas de mim!
(AMA, meditações de Maio 2010)
As minhas memórias de Fátima
Em 11 de Julho de 2012, D. Javier Echevarria, Prelado do
Opus Dei, meu querídissimo AMIGO, entregou-me pessoalmente, em Enxomil, a
fotografia que publico.
Nela escreveu (em português):
Santa Maria, faz com que sejamos pessoas apostólicas,
alegres e fiéis.
Guardo como jóia preciosa este “presente” de um SANTO!
(AMA,
Memórias de Fátima)
SANTO ROSÁRIO rezar com São João Paulo II
Rezar com São João Paulo II:
SANTO ROSÁRIO - Ladainha de Nossa Senhora
LEITURA ESPIRITUAL
São Marcos
Cap. IX
1 Disse-lhes também: «Em verdade vos
digo que alguns dos aqui presentes não experimentarão a morte sem terem visto o
Reino de Deus chegar em todo o seu poder.» 2 Seis dias
depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e levou-os, só a eles, a um
monte elevado. E transfigurou-se diante deles. 3 As suas vestes tornaram-se
resplandecentes, de tal brancura que lavadeira alguma da terra as poderia
branquear assim. 4 Apareceu-lhes Elias, juntamente com Moisés, e ambos falavam
com Ele. 5 Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: «Mestre, bom é estarmos
aqui; façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias.» 6 Não
sabia que dizer, pois estavam assombrados. 7 Formou-se, então, uma nuvem que os
cobriu com a sua sombra, e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho
muito amado. Escutai-o.» 8 De repente, olhando em redor, já não viram ninguém,
a não ser só Jesus, com eles. 9 Ao descerem do monte, ordenou-lhes que a
ninguém contassem o que tinham visto, senão depois de o Filho do Homem ter
ressuscitado dos mortos. 10 Eles guardaram a recomendação, discutindo uns com
os outros o que seria ressuscitar de entre os mortos. 11 E fizeram-lhe esta
pergunta: «Porque afirmam os doutores da Lei que primeiro há-de vir Elias?» 12 Jesus
respondeu-lhes: «Sim; Elias, vindo primeiro, restabelecerá todas as coisas;
porém, não dizem as Escrituras que o Filho do Homem tem de padecer muito e ser
desprezado? 13 Pois bem, digo-vos que Elias já veio e fizeram dele tudo o que
quiseram, conforme está escrito.» 14 Ia ter com os seus discípulos, quando viu
em torno deles uma grande multidão e uns doutores da Lei a discutirem com eles.
15 Assim que viu Jesus, toda a multidão ficou surpreendida e acorreu a
saudá-lo. 16 Ele perguntou: «Que estais a discutir uns com os outros?» 17 Alguém
de entre a multidão disse-lhe: «Mestre, trouxe-te o meu filho que tem um
espírito mudo. 18 Quando se apodera dele, atira-o ao chão, e ele põe-se a
espumar, a ranger os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que o
expulsassem, mas eles não conseguiram.» 19 Disse Jesus: «Ó geração incrédula,
até quando estarei convosco? Até quando vos hei-de suportar? Trazei-mo cá.» 20 E
levaram-lho. Ao ver Jesus, logo o espírito sacudiu violentamente o jovem, e
este, caindo por terra, começou a estrebuchar, deitando espuma pela boca. 21 Jesus
perguntou ao pai: «Há quanto tempo lhe sucede isto?» Respondeu: «Desde a
infância; 22 e muitas vezes o tem lançado ao fogo e à água, para o matar. Mas,
se podes alguma coisa, socorre-nos, tem compaixão de nós.» 23 «Se podes...!
Tudo é possível a quem crê», disse-lhe Jesus. 24 Imediatamente o pai do jovem
disse em altos brados: «Eu creio! Ajuda a minha pouca fé!» 25 Vendo, Jesus, que
acorria muita gente, ameaçou o espírito maligno, dizendo: «Espírito mudo e
surdo, ordeno-te: sai do jovem e não voltes a entrar nele.» 26 Dando um grande
grito e sacudindo-o violentamente, saiu. O jovem ficou como morto, a ponto de a
maioria dizer que tinha morrido. 27 Mas, tomando-o pela mão, Jesus levantou-o,
e ele pôs-se de pé. 28 Quando Jesus entrou em casa, os discípulos
perguntaram-lhe em particular: «Porque é que nós não pudemos expulsá-lo?» 29 Respondeu:
«Esta casta de espíritos só pode ser expulsa à força de oração.» 30 Partindo
dali, atravessaram a Galileia, e Jesus não queria que ninguém o soubesse, 31 porque
ia instruindo os seus discípulos e dizia-lhes: «O Filho do Homem vai ser
entregue nas mãos dos homens que o hão-de matar; mas, três dias depois de ser
morto, ressuscitará.» 32 Mas eles não entendiam esta linguagem e tinham receio
de o interrogar. 33 Chegaram a Cafarnaúm e, quando estavam em casa, Jesus
perguntou: «Que discutíeis pelo caminho?» 34 Ficaram em silêncio porque, no
caminho, tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior. 35 Sentando-se,
chamou os Doze e disse-lhes: «Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o
último de todos e o servo de todos.» 36 E, tomando um menino, colocou-o no meio
deles, abraçou-o e disse-lhes: 37 «Quem receber um destes meninos em meu nome é
a mim que recebe; e quem me receber, não me recebe a mim mas àquele que me
enviou.» 38 Disse-lhe João: «Mestre, vimos alguém expulsar demónios em teu
nome, alguém que não nos segue, e quisemos impedi-lo porque não nos segue.» 39 Jesus
disse-lhes: «Não o impeçais, porque não há ninguém que faça um milagre em meu
nome e vá logo dizer mal de mim. 40 Quem não é contra nós é por nós. 41 Sim,
seja quem for que vos der a beber um copo de água por serdes de Cristo, em
verdade vos digo que não perderá a sua recompensa.» 42 «E se alguém escandalizar
um destes pequeninos que crêem em mim, melhor seria para ele atarem-lhe ao
pescoço uma dessas mós que são giradas pelos jumentos, e lançarem-no ao mar. 43
Se a tua mão é para ti ocasião de queda, corta-a; mais vale entrares mutilado
na vida, do que, com as duas mãos, ires para a Geena, para o fogo que não se
apaga, 44 onde o verme não morre e o fogo não se apaga.45 Se o teu pé é para ti
ocasião de queda, corta-o; mais vale entrares coxo na vida, do que, com os dois
pés, seres lançado à Geena, 46 onde o verme não morre e o fogo não se apaga. 47
E se um dos teus olhos é para ti ocasião de queda, arranca-o; mais vale
entrares com um só no Reino de Deus, do que, com os dois olhos, seres lançado à
Geena, 48 onde o verme não morre e o fogo não se apaga. 49 Todos serão salgados
com fogo. 50 O sal é coisa boa; mas, se o sal ficar insosso, com que haveis de
o temperar? Tende sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.»
Comentários:
Jesus
quis dar a estes três Apóstolos como que uma confirmação visível da Sua
divindade. Em primeiro lugar a Transfiguração propriamente dita e que aparece
com o Seu corpo glorioso; depois a Sua união entre o Antigo e o Novo Testamento
com o aparecimento daquelas duas figuras bíblicas; e, depois, a “declaração”
solene do Pai. Deve ter sido algo tão extraordinário que os pobres Apóstolos,
homens simples e de pouca cultura ficaram como que aturdidos, sem palavras e
sem reacção, como diz o Evangelista: «Não sabiam que dizer…»
Este
episódio da Transfiguração do Senhor é de tal forma insólito e inesperado que
os Apóstolos que a ele assistiram ficam verdadeiramente assombrados. Como
ficaríamos nós se Jesus nos aparecesse assim revestido da Sua Glória e
Majestade? Mas, pensemos: este mesmo Senhor vem até nós sob a forma humilde de
pão e de vinho. E podemos recebe-lo na Comunhão Eucarística sendo, portanto,
mais afortunados que eles. Não vemos o Seu vulto mas comungamos o Seu Corpo. Como
devemos aspirar por esse dia em que contemplaremos para sempre a Sua Face! Vultum tuum domine requiram!
São
Marcos relata-nos o que, seguramente, ouviu directamente de São Pedro. Mais uma
vez, nos espanta a humildade e singeleza dos apóstolos que absolutamente «assombrados»,
não têm qualquer pejo em dizer que não alcançam nem entendem toda a dimensão do
que acabam de assistir. Ficam-se pela pergunta «o que seria ressuscitar de entre os mortos». Isto, enche-nos de
alegria porque quer dizer que os apóstolos eram efectivamente homens como nós
somos, agarrados às coisas terrenas, às evidências palpáveis ao que podiam
palpar, sentir, tomar o peso e a dimensão. O mistério, o insólito, o milagre,
não tem cabimento na sua mentalidade mas, apesar de tudo, a sua confiança
inabalável no Senhor, leva-os como íman irresistível a continuar a segui-Lo
para onde quer que vá.
O
demónio não tem maior temor que da oração.
Percebe-se porquê. A oração põe o homem em contacto estreito com Deus e quanto mais intensa e profunda mais forte é esse contacto. O diálogo que se estabelece entre o orante e Deus torna-se assim íntimo e o demónio não ousa interferir nem o Senhor lho permite. O Senhor aconselha a oração persistente e perseverante não para Sua satisfação mas exactamente para que a nossa relação com Ele se fortaleça cada vez mais e a união se torne real, constante, inquebrantável.
Percebe-se porquê. A oração põe o homem em contacto estreito com Deus e quanto mais intensa e profunda mais forte é esse contacto. O diálogo que se estabelece entre o orante e Deus torna-se assim íntimo e o demónio não ousa interferir nem o Senhor lho permite. O Senhor aconselha a oração persistente e perseverante não para Sua satisfação mas exactamente para que a nossa relação com Ele se fortaleça cada vez mais e a união se torne real, constante, inquebrantável.
«Tudo é possível a quem crê» esta
declaração de Jesus é, digamos assim, a “chave” de toda a Fé. Ao longo da Sua
pregação e de diferentes formas Cristo insis,te na absoluta necessidade de ter
fé e não uma fé qualquer, mas uma Fé robusta, séria, consistente. Chega a
dizer, por outras palavras, que a fé move montanhas! Não há nada –
absolutamente – que possa resistir à fé. Atestam-no os milhares de mártires que
ao longo dos tempos têm dado as próprias vidassem defesa da fé que professam. Posso
– sem receio – afirmar, que nem Deus Nosso Senhor se faz rogado aos que se Lhe
dirigem invocando a sua fé.
Ser
maior ou mais importante que o outro é uma tentação comum que vem directamente
do orgulho pessoal. Tal como o desejo proeminência de protagonismo colocando-se
como que em "bicos dos pés" para sobressair fazer-se notado. À pessoa
verdadeiramente humilde não lhe ocorre tal, pelo contrário, faz o que deve com
naturalidade e recato porque é Deus Quem verdadeiramente interessa que
veja o que faz, pensa e diz.
Quase sem
darmos por isso a nossa tendência vai sempre no sentido de nos considerarmos
"especiais". Temos uma relação com Deus muito particular - de certa
forma um Deus ao nosso serviço e dispor - e usamos e abusamos dessa relação. Não
é de todo mau, desde que se considerem duas coisas muito importantes: Relação
de filho para Pai; de criatura para com o Criador. Intimidade? Sim, claro, um
filho deve ter intimidade com o seu Pai, mas com respeito e contenção. Um
Pai preocupa-se com o seu filho, mas não está "ao seu serviço", mas,
sim, disposto - sempre - a ajudar e a suprir o que possa faltar. O Nosso Deus é
um Pai comum de todos os homens - não nos esqueçamos disso - e não podemos nem
devemos tentar como que pô-lo ao nosso "serviço exclusivo", porque,
de facto, faz chover ou fazer sol sobre todas as criaturas. Agradecer o que nos
dá, que é sempre muito mais que o que merecemos e pedir-lhe que nos ensine a
pedir o que na verdade nos convém, muito mais que aquilo que desejamos.
Ser maior ou
mais importante que o outro é uma tentação comum que vem directamente do
orgulho pessoal. Tal como o desejo proeminência de protagonismo colocando-se
como que em "bicos dos pés" para sobressair fazer-se notado. À pessoa verdadeiramente humilde não
lhe ocorre tal, pelo contrário, faz o que deve com naturalidade e recato
porque é Deus Quem verdadeiramente interessa veja o que faz, pensa e diz.
Uma vez mais
Jesus insiste que os que realmente querem estar perto do coração de Deus têm
que ser como crianças. Ser como uma criança não é ser infantil que quer sempre
tudo quanto vê e lhe agrada. Ser como criança é, sobretudo, ter o coração puro.
Esses - foi o Senhor Quem o afirmou -, verão a Deus.
Talvez que
algum de nós sinta ou já tenha sentido, como que desconfiança ou mesmo rejeição
em relação a alguém que pratica o bem e que ou não é cristão ou, pelo menos,
não o conhecemos como tal. Tenhamos claras duas coisas fundamentais: A primeira
é que todos - absolutamente - somos filhos de Deus e fomos salvos por Jesus
Cristo; a segunda é, que o facto de sermos cristãos não nos confere nenhum
direito exclusivo, mas acentua a nossa obrigação. O ditado popular: "faz o
bem sem olhar a quem" encerra a sabedoria correcta e aplica-se a todos.
As boas
obras que praticamos são sempre fruto da nossa união com Cristo. Por nós próprios somos incapazes de praticar
algo bom.
Mas há pessoas que nem sequer são cristãs, pode aduzir-se e, no entanto, as fazem! E preciso ter claro que ser cristãos é uma graça de Deus mas que qualquer homem é filho de Deus e um pai não prefere um filho a outro. Querendo a todos por igual pode exigir mais a um que mais recebeu, o que é de justiça. Logo, Deus agrada-se pelas boas obras dos Seus filhos e não deixará de recompensa-los por elas.
Mas há pessoas que nem sequer são cristãs, pode aduzir-se e, no entanto, as fazem! E preciso ter claro que ser cristãos é uma graça de Deus mas que qualquer homem é filho de Deus e um pai não prefere um filho a outro. Querendo a todos por igual pode exigir mais a um que mais recebeu, o que é de justiça. Logo, Deus agrada-se pelas boas obras dos Seus filhos e não deixará de recompensa-los por elas.
Quem não é
contra é a favor. Foi o Jesus quis dizer ao discípulos. Mas, eu permito-me
acrescentar: ‘Senhor, Tu sabes tudo e logo sabes muito bem que, entre uns e
outros, - os que estão contigo e os que são contra Ti – há uma multidão cujo
numero não cessa de aumentar de indiferentes. Esta “praga” que parece crescer
desmesuradamente nos dias de hoje é algo de terrível já que essas pessoas vivem
como se nada lhes dissesse respeito, como se não houvesse nem Criador nem
Salvador e que a vida lhes pertence inteiramente podendo fazer com ela o bem
entenderem. E vai-se ao ponto de publicar leis que protegem quem assim procede,
sustentando essa tese errónea e de gravíssimas consequências que não é só a
vida própria que está em causa mas, também, a vida dos outros, dos mais fracos
e débeis, dos que padecem de doenças terríveis que causam sofrimento inaudito
cuja “cura” é a morte provocada disponibilizando o Estado os meios para o fazer´.
Poucas vezes
cristo e tão lapidar como neste trecho São Marcos. O escândalo sobretudo quando
envolve inocentes como as crianças é um pecado terrível que merece toda a
repulsa do Senhor. O abuso sobre os mais fracos e indefesos seja ele qual for é
algo abominável e absolutamente contrário à própria natureza. E, atenção!
Quanto maior a responsabilidade ou mais elevado o estatuto social do que o
provoca, quanto maior e mais grave a ofensa e mais estreitas as contas a
prestar.
Embora
as palavras de Jesus sejam – sempre – para serem tomadas em séria consideração
há que ter o bom senso para saber interpretar o seu sentido. O Senhor não nos
quer mutilados que cortemos mãos ou arranquemos olhos. Se assim fora deveria,
antes aconselhar que nos matasse-mos porque o pecado tem origem no coração, no
intelecto e os membros do corpo não têm qualquer responsabilidade própria. Então
este discurso tem de ser entendido como um aviso muito sério sobre a gravidade
do pecado que conduz sempre ao afastamento de Deus. Afastado de Deus o homem
está como que morto para a vida e nada o pode fazer voltar a ela senão o
arrependimento sincero e o perdão sacramental.
Pequena agenda do cristão
PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Viver a família.
Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.
Lembrar-me:
Cultivar a Fé
São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
30/05/2020
LEITURA ESPIRITUAL
São Marcos
Cap. VIII
1 Naqueles dias, havia outra vez uma
grande multidão e não tinham que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: 2 «Tenho
compaixão desta multidão. Há já três dias que permanecem junto de mim e não têm
que comer. 3 Se os mandar embora em jejum para suas casas, desfalecerão no
caminho, e alguns vieram de longe.» 4 Os discípulos responderam-lhe: «Como
poderá alguém saciá-los de pão, aqui no deserto?» 5 Mas Ele perguntou: «Quantos
pães tendes?» Disseram: «Sete.» 6 Ordenou que a multidão se sentasse no chão e,
tomando os sete pães, deu graças, partiu-os e dava-os aos seus discípulos para
eles os distribuírem à multidão. 7 Havia também alguns peixinhos. Jesus
abençoou-os e mandou que os distribuíssem igualmente. 8 Comeram até ficarem
satisfeitos, e houve sete cestos de sobras. 9 Ora, eram cerca de quatro mil.
Despediu-os 10 e, subindo logo para o barco com os discípulos, foi para os
lados de Dalmanuta. 11 Apareceram os fariseus e
começaram a discutir com Ele, pedindo-lhe um sinal do céu para o pôr à prova. 12
Jesus, suspirando profundamente, disse: «Porque pede esta geração um sinal? Em
verdade vos digo: sinal algum será concedido a esta geração.» 13 E,
deixando-os, embarcou de novo e foi para a outra margem. 14 Os discípulos tinham-se esquecido de levar pães e só
traziam um pão no barco. 15 Jesus começou a avisá-los, dizendo: «Olhai: tomai
cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes.» 16 E eles
discorriam entre si: «Não temos pão.» 17 Mas Ele, percebendo-o, disse: «Porque
estais a discorrer que não tendes pão? Ainda não entendestes nem
compreendestes? Tendes o vosso coração endurecido? 18 Tendes olhos e não vedes,
tendes ouvidos e não ouvis? E não vos lembrais 19 de quantos cestos cheios de
pedaços recolhestes, quando parti os cinco pães para aqueles cinco mil?»
Responderam: «Doze.» 20 «E quando parti os sete pães para os quatro mil,
quantos cestos cheios de bocados recolhestes?» Responderam: «Sete.» 21 Disse-lhes
então: «Ainda não compreendeis?» 22 Chegaram a Betsaida e trouxeram-lhe um
cego, pedindo-lhe que o tocasse. 23 Jesus tomou-o pela mão e conduziu-o para
fora da aldeia. Deitou-lhe saliva nos olhos, impôs-lhe as mãos e perguntou:
«Vês alguma coisa?» 24 Ele ergueu os olhos e respondeu: «Vejo os homens;
vejo-os como árvores a andar.» 25 Em seguida, Jesus impôs-lhe outra vez as mãos
sobre os olhos e ele viu perfeitamente; ficou restabelecido e distinguia tudo
com nitidez. 26 Jesus mandou-o para casa, dizendo: «Nem sequer entres na
aldeia.» 27 Jesus partiu com os discípulos para as aldeias de Cesareia de
Filipe. No caminho, fez aos discípulos esta pergunta: «Quem dizem os homens que
Eu sou?» 28 Disseram-lhe: «João Baptista; outros, Elias; e outros, que és um
dos profetas.» 29 «E vós, quem dizeis que Eu sou?» - perguntou-lhes. Pedro
tomou a palavra, e disse: «Tu és o Messias.» 30 Ordenou-lhes, então, que não
dissessem isto a ninguém. 31 Começou, depois, a ensinar-lhes que o Filho do
Homem tinha de sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos
sacerdotes e pelos doutores da Lei, e ser morto e ressuscitar depois de três
dias. 32 E dizia claramente estas coisas. Pedro, desviando-se com Ele um pouco,
começou a repreendê-lo. 33 Mas Jesus, voltando-se e olhando para os discípulos,
repreendeu Pedro, dizendo-lhe: «Vai-te da minha frente, Satanás, porque os teus
pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens.» 34 Chamando a si a
multidão, juntamente com os discípulos, disse-lhes: «Se alguém quiser vir após
mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 35 Na verdade, quem quiser
salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim
e do Evangelho, há-de salvá-la. 36 Que aproveita ao homem ganhar o mundo
inteiro, se perder a sua vida? 37 Ou que pode o homem dar em troca da sua vida?
38 Pois quem se envergonhar de mim e das minhas palavras entre esta geração
adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier
na glória de seu Pai, com os santos anjos.»
Comentários:
Mais
uma vez falamos de sinais que é – digamos – “a pedra de toque” usada pelos
Escribas e Fariseus para, por assim dizer, pôr à prova quanto Jesus Cristo diz
e faz. Mas, a verdade, é que nunca chegam a dizer que sinais são esses que
pretendem e, isto, porque não sabem que sinais pedir. Ou, talvez, não queiram
“arriscar” pedindo um sinal qualquer por mais extraordinário ou complexo que
pudesse ser com receio que o Senhor resolva aceitar o que Lhe pedem. Nesse
caso, não haveria outra solução que aceitarem de uma vez por todas o que negam
com tanta veemência. É lícito, portanto, aduzir que sabem muito bem o poder
divino que tudo pode que, de facto, Jesus Cristo detém. Sem o desejarem fazem
uma autêntica profissão de fé aparentando, no entanto, que têm sobejas razões
para duvidar. Toda esta postura é, no mínimo, desonesta e não se pode aceitar.
Um
sinal do céu? Mas o que é um sinal do céu? Não será o próprio céu e tudo quanto
nele e sob ele existe? Não vemos a obra de Deus a Criação extraordinária de
beleza, ordem, complexidade magistral? Então?
Muitos
pedem “sinais” aduzindo que precisam deles para acreditar. Mas… que sinais? Se
não conseguem ver os numerosos, abundantes, sinais que Deus vai dando
gratuitamente ao longo das nossas vidas, como conseguiriam ver ou distinguir
outros quaisquer. Mais: além de tentarem Deus – o que é um pecado grave –
mostram uma desonestidade intelectual gritante que nada convencerá ou será
alguma vez suficiente para os satisfazer.
Francamente
não me apetece comentar este trecho de São Marcos mas não tenho escolha, nem
sequer, opção. O Evangelho é, todo ele, para ler (ou ouvir) e meditar e devemos
– devo – fugir à tentação de repulsa ou animosidade por estes fariseus que se
encarniçam até ao inconcebível contra o Senhor. Era necessário que assim
acontecesse até porque estas atitudes davam oportunidade ao Senhor para, com
infinita paciência, “pôr as coisas no seu devido lugar” respondendo não para
humilhação dos fariseus – que na realidade não estavam interessados nas
respostas de Cristo – mas para doutrinar o povo humilde e anónimo que O seguia
e ouvia. E, a verdade é que, por várias vezes muitos diziam que nunca tinham
ouvido alguém falar assim, com tal autoridade e clareza. Como é tão claro: de
um mal aparente, o Senhor tira sempre algo bom!
Será
então necessário morrer para ganhar a Vida Eterna? Temos de considerar as
palavras de Cristo pelo seu significado e não pelo que traduzem e assim
compreenderemos que de facto é necessário morrer não para a vida do mundo, mas
para a vida mundana para conseguir alcançar o Reino de Deus. Há de facto uma
escolha a fazer: seguir Cristo ou não! Mas, se a escolha for – como deve ser –
segui-lo teremos de o fazer com plena consciência e entrega com os pés na
terra, sem dúvida, mas com o coração no Céu!
São
Marcos refere que Jesus «dizia claramente
estas coisas». Mas, além de falar claramente deveria ser, ao mesmo tempo,
convincente de tal modo que levou Pedro à reacção que não pôde guardar para si.
O amor de Pedro por Jesus não “pode admitir” que aconteça o que Ele lhes
anuncia. É um sentimento nobre e expressivo que “choca” com uma realidade que
não consegue abarcar. Ele, Pedro, só vê à sua frente a figura de Jesus, não
percebe que vê – também – Cristo, o Filho de Deus feito homem! Pode parecer,
por momentos, que o Senhor poderia ter sido mais “brando” ou “compreensivo” com
este Seu amigo mas, as palavras que profere mantêm-se na linha anterior: «dizia claramente estas coisas». E, aos
poucos, Pedro irá guardando no seu coração todas estas coisas e,
inevitavelmente, há-de chegar ao ponto de confessar – também claramente – quem
é Jesus Cristo.
Neste
trecho de São Marcos ficamos a saber algo importante: Jesus confirma duas
multiplicações de pães e de peixes. Milagres extraordinários que deveriam ter
deixado os discípulos “esmagados” com a prova do poder divino de Jesus. E, no
entanto, São Pedro terá insistido com São Marcos para que fizesse constar no
Evangelho esta ocorrência que relata e põe a nu a fraqueza da fé dos Apóstolos,
as suas dúvidas e insegurança. Como devemos estar gratos ao Príncipe dos
Apóstolos e ao Evangelista darem-nos este exemplo de humildade em que se
revelam homens comuns – como nós – sem nenhuns predicados nem conhecimentos
especiais.
O
relato de São Marcos, revela bem a debilidade e falta de discernimento dos
Apóstolos. São homens simples e práticos se se atêm às realidades visíveis e se
mostram incapazes de “ver mais além”. O Senhor conhece muito bem os que Ele
próprio escolheu e que com o passar dos dias na Sua convivência diária,
testemunhando milagres e ouvindo a Sua doutrina, acabarão por adquirir uma fé
forte, resistente e indestrutível. Quanto ao resto – a compreensão de tudo isto
– virá mais tarde com a vinda do Espírito Santo e, a partir daí, as suas mentes
ficarão totalmente esclarecidas e solidamente instruídas tornando-os capazes de
cumprir a Missão para a qual os destinou: Propagar o Reino de Deus por toda a
terra.
Não
posso deixar de sentir um carinho muito especial por Pedro. Tão depressa é
louvado e bem-dito pelo Senhor como merece a Sua reprovação contundente. Pedro
é um homem verdadeiro, com o coração nas mãos, a palavra que não retém, o
impulso que o leva a assumir atitudes, por vezes, drásticas – como no Horto das
Oliveiras atacando à espada os que vinham prender o Mestre – e, ao mesmo tempo,
um homem frágil, medroso – como quando tem medo do mar revolto pelo vento
impetuoso e pede ao Senhor que lhe estenda a mão – e, cobarde como quando nega
por três vezes, no pátio de Caifás, conhecer Jesus. Em tudo, me parece, que me
pareço com Pedro com as minhas dúvidas, hesitações, impulsos de amor e, ao
mesmo tempo, negando, mentindo, fugindo. Que me dera parecer-me com o Príncipe
dos Apóstolos também no meu serviço total e sem condições e levar para frente –
apesar do nada que sou – os planos que o Senhor tem para a minha vida.
Uma e outra vez – sempre – devemos repetir actos de
Fé, pedir ao Senhor que a fortaleça a vivifique, que não deixe que ela esmoreça
e, eventualmente, se apague, pelas dificuldades e obstáculos que se vão
interpondo na nossa vida. Com uma Fé forte, escorreita sem titubeios, teremos
uma visão clara do que nos interessa ver e não sombras mais ou menos esfumadas
da realidade.
O Senhor tem
atitudes que nos suscitam interrogações. Porque é que, neste caso que o
Evangelista relata, conduziu o cego para fora da aldeia? Não queria que os
circunstantes assistissem ao milagre que estava a ponto de realizar? Talvez
procurasse o recato de um encontro a sós com o cego que, sabia, tinha uma fé
débil que precisava ser fortalecida. Dar a visão a um cego é, sem dúvida, um
milagre extraordinário, mas consolidar a pouca fé que este tinha é um bem
incomensuravelmente maior.
«Alguns vieram de longe», diz o Senhor. Para
nós que O temos tão perto dá-nos que pensar como tantas vezes cedemos à
tentação de não participar na Missa dominical só porque temos de sair do
conforto de nossa casa ou porque está a chover ou... E se fizemos algum
sacrifício o que tem de mais? Será que O Senhor não o merece?
Este
extraordinário - podemos dizer espectacular - milagre, continua a realizar-se todos os dias, várias vezes, em
diferentes lugares desta terra. Na Santa Missa Jesus distribui alimento - que é
Ele próprio - a multidões de seres humanos que O procuram famintos de
amor e vida. Amor que é o próprio Deus que Se dá; Vida que é o penhor de
eternidade na Hóstia consagrada. Não compreendemos, não atingimos a dimensão e
a grandeza deste milagre. Veneramos o Corpo do Senhor e recebêmo-lo com toda a
compunção, respeito e gratidão que somos, pobres de nós homens fracos e débeis,
capazes sabendo que não somos dignos, mas que Ele próprio quer, deseja
ardentemente ser o nosso alimento, a nossa força, a nossa vida.
Os
Evangelistas diferem nalguns detalhes na descrição deste milagre. Parece, pois,
que Jesus deverá ter feito mais que uma vez este prodígio da multiplicação de
pães e peixes por numerosas multidões. Seja como for o que se revela de forma
claríssima é a compaixão e cuidado do Senhor pelos que O seguem pelos caminhos
da Palestina. Claro que, também se evidencia que o desejo, afã, das gentes, em
ouvir o que Jesus tem para lhes dizer, é de tal forma absorvente que parece que
as preocupações com as mais elementares necessidades – como o alimento – ficam
como que em segundo plano. Há no ambiente que cerca o Senhor um “clima” de reverência
e confiança e, estes milagres, só vêm “reforçar”, por assim dizer, essa fé e
confiança na pessoa de Cristo e no Seu poder divino.
Podemos
interrogar-nos como é possível que perante um milagre deste “calibre” ainda
restassem alguns que se recusavam a admitir a divindade de Jesus Cristo. Mas é
verdade e o mais triste é que ainda hoje é verdade que perante os milagres da
vida de todos os dias que o Senhor vai prodigalizando às “mãos cheias” há quem
negue e não acredite ou fique indiferente. E perguntamos o que vão fazer a
Fátima os milhões de pessoas que todos os anos ali se deslocam? Vão ver o quê?
Querem que prova ou benefício em favor próprio ou alheio? E acreditam de facto
que, se o Senhor quiser, por instâncias da Sua e nossa Santíssima Mãe,
satisfazer esses desejos, atender a essas súplicas o poderá fazer? Não se
trata, antes, de uma propaganda bem urdida de modo a levar os incautos a
acreditar no impossível? Mas, na verdade, quantos desses que ali vão com esses
sentimentos, não regressam como que transformados, “virados do avesso”, como
tantos acabam por confessar. E, estejamos certos, estes são os maiores milagres
que o Senhor opera nas almas e nos corações.
SANTO ROSÁRIO rezar com São João Paulo II
Rezar com São João Paulo II:
SANTO ROSÁRIO - Ladainha de Nossa Senhora
As minhas memórias de Fátima
Sim, vou a Fátima constantemente, atraído pela Doçura,
pela Paz, pelo Amor filial.
E, ali, serenamente, com confiança total de filho
pequeno, digo-lhe:
Monstra te esse
matrem!
Sim, mostra que és Mãe, minha Mãe.
Como, apesar de tudo quanto não sou e
deveria ser, tu és minha Mãe e me queres, e me proteges, e desejas a minha
felicidade aqui na terra e, depois, no Céu.
Monstra
te esse matrem!
Ajuda-me também a mostrar-me como teu
filho, a comportar-me, a conduzir a minha vida como teu filho, e, sobretudo: Recordare Virgo Mater Dei, dum steteris in
conspectu Domini et loquaris pro me bona.
Ámen.
(AMA,
Memórias de Fátima)
Pequena agenda do cristão
PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.
A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.
Lembrar-me:
Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.
Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Orações sugeridas:
LEITURA ESPIRITUAL
São João
Cap. VII
1 Depois
disto, Jesus continuava pela Galileia, pois não queria andar pela Judeia, visto
que os judeus procuravam matá-lo. 2 Estava próxima a festa judaica das Tendas.
3 Disseram-lhe então os seus irmãos: ‘Vai para a Judeia, a fim de os teus discípulos
verem as obras que fazes. 4 Pois ninguém faz nada às escondidas, se pretende
tornar-se conhecido. Se fazes coisas destas, mostra-te ao mundo.’ 5 Com efeito,
nem sequer os seus irmãos criam nele. 6 E Jesus disse-lhes: Para mim ainda não
chegou o momento oportuno; mas, para vós, qualquer oportunidade é boa. 7 O
mundo não pode odiar-vos; a mim, porém, odeia-me, porque sou testemunha de que
as suas obras são más. 8 Ide vós à festa. Eu é que não vou a essa festa, porque
o tempo que me está marcado ainda não se completou. 9 Depois de dizer isto,
continuou na Galileia. 10 Contudo, depois de os seus irmãos partirem para a
festa, Ele partiu também, não publicamente, mas quase em segredo. 11 Por isso,
durante a festa, os judeus procuravam-no e perguntavam: ‘Onde é que Ele está?’
12 E havia entre o povo grande murmuração a seu respeito. Uns diziam: ‘É um
homem de bem’. Outros, porém, afirmavam: ‘Não; o que Ele anda é a desencaminhar
o povo!’ 13 No entanto, ninguém falava dele abertamente, por medo dos judeus. 14
Já a festa ia a meio, quando Jesus subiu ao templo e se pôs a ensinar. 15 Os
judeus assombravam-se e diziam: ‘Como é que este é letrado, se não estudou?’ 16
Então, Jesus respondeu-lhes, dizendo: A minha doutrina não é minha, mas daquele
que me enviou. 17 Se alguém está disposto a fazer a vontade dele, é capaz de
ajuizar se a doutrina procede de Deus, ou se Eu falo por minha conta. 18 Quem
fala por sua conta procura a sua glória pessoal; mas, quem procura a glória
daquele que o enviou, esse é verdadeiro e nele não há impostura. 19 Porventura
Moisés não vos deu a Lei? No entanto, nenhum de vós cumpre a Lei. Porque me
quereis matar? 20 Respondeu aquela gente: ‘Tu tens o demónio. Quem é que te
quer matar?’ 21 Jesus replicou-lhes: Eu realizei uma única obra e todos estão
assombrados. 22 Porque Moisés vos deu a lei da circuncisão - não é que ela
venha de Moisés, mas dos Patriarcas - circuncidais um homem mesmo ao sábado. 23
Se um homem recebe a circuncisão ao sábado, para não ser violada a Lei de
Moisés, podereis indignar-vos comigo por ter curado completamente um homem ao
sábado? 24 Não julgueis pelas aparências; julgai com um juízo recto. 25 Então,
alguns de Jerusalém comentavam: ‘Não é este a quem procuravam, para o matar? 26
Vede como Ele fala livremente e ninguém lhe diz nada! Será que realmente as
autoridades se convenceram de que Ele é o Messias? 27 Mas nós sabemos donde Ele
é, ao passo que, quando chegar o Messias, ninguém saberá donde vem. 28 Entretanto,
Jesus, ensinando no templo, bradava: Então sabeis quem Eu sou e sabeis donde
venho?! Pois Eu não venho de mim mesmo; há um outro, verdadeiro, que me enviou,
e que vós não conheceis. 29 Eu é que o conheço, porque procedo dele e foi Ele
que me enviou. 30 Procuravam, então, prendê-lo, mas ninguém lhe deitou a mão,
pois a sua hora ainda não tinha chegado. 31 Porém, dentre o povo, muitos creram
nele e comentavam: ‘Quando vier o Messias, será que há-de realizar mais sinais
miraculosos do que este?’ 32 Tal comentário do povo a respeito dele chegou aos ouvidos
dos fariseus. Então, os sumos sacerdotes e os fariseus mandaram guardas para
prenderem Jesus. 33 Entretanto, Jesus começou a dizer: Já pouco tempo vou ficar
convosco, pois irei para aquele que me enviou. 34 Haveis de procurar-me, mas
não me encontrareis, e não podereis ir para o lugar onde Eu estiver. 35 Os
judeus, por isso, disseram entre si: ‘Para onde tenciona Ele ir, que não o
possamos encontrar? Tenciona ir até aos que estão dispersos entre os gregos
para pregar aos gregos? 36 Que significam estas palavras que Ele disse: Haveis
de procurar-me, mas não me encontrareis, e não podereis ir para o lugar onde Eu
estiver?’ 37 No último dia, o mais solene da festa, Jesus, de pé, bradou: Se
alguém tem sede, venha a mim; e quem crê em mim que sacie a sua sede! 38 Como
diz a Escritura, hão-de correr do seu coração rios de água viva. 39 Ora Ele
disse isto, referindo-se ao Espírito que iam receber os que nele acreditassem;
com efeito, ainda não tinham o Espírito, porque Jesus ainda não tinha sido
glorificado. 40 Então, entre a multidão de pessoas que escutaram estas
palavras, dizia-se: ‘Ele é realmente o Profeta.’ 41 Diziam outros: ‘É o Messias.’
Outros, porém, replicavam: ‘Mas pode lá ser que o Messias venha da Galileia?!
42 Não diz a Escritura que o Messias vem da descendência de David e da cidade
de Belém, donde era David? 43 Deste modo, estabeleceu-se um desacordo entre a
multidão, por sua causa. 44 Alguns deles queriam prendê-lo, mas ninguém lhe
deitou a mão. 45 Depois os guardas voltaram aos sumos sacerdotes e aos
fariseus, que lhes perguntaram: ‘Porque é que não o trouxestes?’ 46 Os guardas
responderam: ‘Nunca nenhum homem falou assim!’ 47 Replicaram-lhes os fariseus: ‘Será
que também vós ficastes seduzidos? 48 Por ventura acreditou nele algum dos
chefes, ou dos fariseus? 49 Mas essa multidão, que não conhece a Lei, é gente
maldita!’ 50 Nicodemos, aquele que antes fora ter com Jesus e que era um deles,
disse-lhes: 51 ‘Porventura permite a nossa Lei julgar um homem, sem antes o
ouvir e sem averiguar o que ele anda a fazer?’ 52 Responderam-lhe eles: ‘Também
tu és galileu? Investiga e verás que da Galileia não sairá nenhum profeta.’ 53 E
cada um foi para sua casa.
Comentários:
Não se
pode comentar textos do Evangelho escrito por São João sem ter como que uma
visão de conjunto porque, de facto, o Evangelista, dedica todo um capítulo à
última viagem de Jesus a Jerusalém antes da Sua Paixão e Morte. Os discursos de
Jesus como que se entrelaçam nas perguntas e respostas que se vão sucedendo,
sempre com o objectivo claro de afirmar a Sua origem, a Sua Divindade. Os
argumentos - muitas vezes acompanhados de milagres - sucedem-se num ritmo cada vez mais forte e
incisivo, como se o Senhor estivesse a oferecer uma "última
oportunidade" aos que não O aceitam ou se fecham em preconceitos e falhas
premissas.
Vamos assistindo ao longo deste
Capítulo VII do Evangelho escrito por São João, a como que um “crescendo
dramático” do confronto entre Jesus e os chefes do povo. Estes fecham-se
obstinadamente nos seus critérios e tradições e recusam qualquer hipótese de
avaliar – sequer - se haverá alguma verdade no que Cristo diz e faz. Não é de
todo honesto, sobretudo de quem pretende ser dirigente de outros, não estudar,
obter todas as informações possíveis sobre algo que se apresenta como novo –
talvez insólito – mas que apoiado em obras constatáveis, milagres
extraordinários, deveria merecer, pelo menos, alguma atenção. Talvez que, na
verdade, soubessem intimamente muito mais do que deixavam transparecer e, portanto,
saberiam que a “sua época” estava ultrapassada e que uma “nova ordem” estava a
chegar e seria imparável. Motivos políticos? Também, seguramente. Misturar
religião e fé com política nunca dá bom resultado: «A Deus o que é de Deus, a César o que é de César».
Continuará
sempre um mistério o motivo que terá levado Jesus a nunca esclarecer a Sua
origem, o local do seu nascimento. Parece evidente que o Senhor não queria que
acreditassem nele por outros motivos que não fossem uma sã vontade de esclarecer
o que não sabiam. A verdade é que sabemos que nem na "sua terra",
Nazaré, o acolhimento foi diferente, talvez porque conheciam bem as Suas
origens.
A má fé e os preconceitos condicionam sempre as boas disposições interiores. Como quando rezarmos devemos fazê-lo mais para ouvir que para ser ouvidos, ou seja, dispostos a ouvir, compreender, aceitar e pôr em prática o que Deus nos sugere, em vez da nossa vontade, os nossos desejos ou conveniências, o que Ele quer, o que Ele prefere, o que Ele propõe.
A má fé e os preconceitos condicionam sempre as boas disposições interiores. Como quando rezarmos devemos fazê-lo mais para ouvir que para ser ouvidos, ou seja, dispostos a ouvir, compreender, aceitar e pôr em prática o que Deus nos sugere, em vez da nossa vontade, os nossos desejos ou conveniências, o que Ele quer, o que Ele prefere, o que Ele propõe.
Os
chefes do povo fazem uma afirmação terrível considerando o povo comum e anónimo
como ‘malditos porque não conhecem a Lei’. E como hão-de conhecê-la com tais
mestres? Estes até podem conhecer a Lei, mas como não a praticam de pouco lhes vale.
Quem serão, pois, “os malditos”?
Há uma frase neste texto de São João - «30 Procuravam então prender Jesus, mas ninguém Lhe deitou a mão, porque
ainda não chegara a sua hora.» -
que deixa bem claro que Jesus Cristo Se entrega à morte por Sua única e
exclusiva vontade. Faz o dom da Sua vida para redenção e salvação dos homens. Com
respeito a Cristo, nada nem ninguém pode fazer o quer que seja sem o Seu
expresso consentimento e por mais que se encarnicem os Seus perseguidores de
ontem e de hoje nada conseguirão. Nosso Senhor, que é dono da vida e da morte
tem a vontade suprema e final sobre todas as coisas.
Não há
pior conduta que a que se deixa guiar pelos preconceitos. Estes como que
impedem o simples raciocínio, claro e honesto, condicionam fortemente e impedem
ver e escutar. Quem não raciocina, não vê, nem escuta e nunca poderá conhecer a
verdade e, portanto, de acreditar. E muito menos tem qualquer autoridade para
ensinar outros o que eles próprios julgam saber.