Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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30/12/2019
A luta contra a soberba há-de ser constante
O
outro inimigo, escreve S. João, é a concupiscência dos olhos, uma avareza de
fundo que nos leva a valorizar apenas o que se pode tocar. Os olhos ficam como
que pegados às coisas terrenas e, por isso mesmo, não sabem descobrir as
realidades sobrenaturais. Podemos, portanto, socorrer-nos desta expressão da
Sagrada Escritura para nos referirmos à avareza dos bens materiais e, além
disso, àquela deformação que nos leva a observar o que nos rodeia - os outros,
as circunstâncias da nossa vida e do nosso tempo - só com visão humana.
Os
olhos da alma embotam-se; a razão crê-se auto-suficiente para compreender todas
as coisas, prescindindo de Deus. É uma tentação subtil, que se apoia na
dignidade da inteligência, da inteligência que o nosso Pai, Deus, deu ao homem
para que O conheça e O ame livremente. Arrastada por essa tentação, a
inteligência humana considera-se o centro do universo, entusiasma-se de novo
com a falsa promessa da serpente, sereis como deuses, e, enchendo-se de amor
por si mesma, volta as costas ao amor de Deus.
(...)
A luta contra a soberba há-de ser constante, pois não se disse já, dum modo tão
gráfico, que essa paixão só morre um dia depois da morte da pessoa? É a altivez
do fariseu, a quem Deus se mostra renitente em justificar por encontrar nele
uma barreira de auto-suficiência. É a arrogância que conduz a desprezar os
outros homens, a dominá-los, a maltratá-los, porque, onde houver soberba aí
haverá também ofensa e desonra. (Cristo que passa, 6)
THALITA KUM 55
(Cfr. Lc 8, 49-56)
«E foi com ele».
Jesus não se detém mais tempo.
Provavelmente dando o braço a Jairo, numa atitude de
confiança, de tranquila certeza, diz-lhe que indique o caminho para sua casa.
Como deve tranquilizar-nos esta atitude do Mestre:
caminhando confiadamente connosco, deixando que O levemos onde queremos ir, ao
encontro da nossa necessidade.
Certamente entabulou conversa com o Seu companheiro,
informando-se da sua vida, do seu trabalho, a família.
Tal como fará em muitas ocasiões, muito
particularmente com dois, a caminho de Emaús.
Esses também vão para sua casa, procurando refúgio,
recato, pondo-se ao abrigo de uma situação que os afligia em extremo. Tinha acontecido
um desastre, algo que não conseguiam explicar. Nas suas mentes entrechocavam-se
os pensamentos mais contraditórios, as dúvidas mais profundas.
Estão desorientados, sem saber que fazer ou pensar.
E, Jesus, junta-se-lhes no caminho e ouve-os, escuta
as suas dúvidas, interroga-os com interesse. Quer saber, deseja inteirar-se. E,
depois, esclarece, explica, tranquiliza.
Este Senhor que caminha ao nosso lado e cuja presença, tantas vezes,
ignoramos, é o mesmo Jesus que caminha agora com Jairo, tranquilamente,
conversando na Sua voz profunda, suave, segura, transmitindo paz, confiança,
tranquilidade.
Como desejamos esta companhia tão excelente todos os dias da nossa vida, em
todos os caminhos que temos de percorrer!
Nunca estamos sozinhos, Jesus está sempre connosco e, por extraordinário
que possa parecer, mesmo quando não O convidamos expressamente, ou nos
esquecemos de Lhe pedir para nos acompanhar.
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
Evangelho e comentário
Evangelho: Lc 2, 36-40
Quando os pais de Jesus levaram o
Menino a Jerusalém, a fim de O apresentarem ao Senhor, estava no templo uma
profetiza, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada
e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela e viúva até aos oitenta
e quatro. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e
orações. Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a
falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para
a sua cidade de Nazaré. Entretanto, o Menino crescia e tornava-Se robusto,
enchendo-Se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele.
Comentário:
Esta
casa de Nazaré estava cheia da Graça de Deus: Maria, a «cheia de graça» e Jesus Ele próprio a Graça.
Que maravilha!
Quando nos detemos imaginando estes cerca de trinta anos em que Mãe e Filho partilharam o mesmo tecto, comeram à mesma mesa gostaríamos muito que o Evangelista nos relatasse alguns detalhes.
Mas não o fez, impôs-se a discrição, o anonimato simples, a normalidade de uma família humana.
E
era a família mais importante e extraordinária que alguma vez existiu:
Jesus
Cristo, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade e Sua Santíssima Mãe!
(ama, comentário sobre Lc 2, 36-40 30.12.2015)
Leitura espiritual
1Ts 3
1 Por isso, não podendo
resistir mais, aceitámos que nos deixassem sós em Atenas, 2 e enviámos Timóteo,
nosso irmão e colaborador de Deus no Evangelho de Cristo, para vos confirmar e
encorajar na vossa fé, 3 para que ninguém se desencaminhe no meio destas tribulações.
Vós bem sabeis que a tal estamos destinados. 4 Quando estávamos entre vós, já
então vos prevenimos que teríamos de sofrer provações, e assim aconteceu, como
sabeis. 5 Por isso, não podendo esperar mais, mandei saber notícias da vossa
fé, receando que o tentador vos tivesse tentado, tornando assim vão o nosso
esforço. 6 Agora que Timóteo voltou daí e nos trouxe boas notícias sobre a vossa
fé e a vossa caridade, e porque conservais de nós uma grata recordação,
desejando-nos ver tal como nós a vós, 7 encontrámos reconforto em vós, irmãos,
graças à vossa fé, no meio de todas as nossas angústias e tribulações. 8 Agora
sentimo-nos com mais vida, porque estais firmes no Senhor. 9 Que acção de
graças poderemos nós dar a Deus por toda a alegria que gozamos, devido a vós,
diante do nosso Deus? 10 Nós que, noite e dia, insistentemente, pedimos para
rever o vosso rosto e completar o que falta à vossa fé?
Voto final –
11 Que o próprio Deus,
nosso Pai, e Nosso Senhor Jesus nos encaminhem até vós. 12 O Senhor vos faça
crescer e superabundar de caridade uns para com os outros e para com todos, tal
como nós para convosco; 13 que Ele confirme os vossos corações irrepreensíveis
na santidade diante de Deus, nosso Pai, por ocasião da vinda de Nosso Senhor
Jesus com todos os seus santos.