Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
Páginas
▼
23/12/2019
Ano litúrgico, Cristo no tempo
Ao
oferecer-te aquela História de Jesus, pus como dedicatória: Que procures a
Cristo. Que encontres a Cristo. Que ames a Cristo. – São três etapas
claríssimas. Tentaste, pelo menos, viver a primeira? (Caminho, 382)
A
história humana é e será sempre uma “história de salvação”, e é isto o que a
Igreja celebra no ano litúrgico. As festas e tempos não são “aniversários”, uma
mera repetição de alguns momentos históricos da vida do Senhor; são a
celebração da sua presença, a actualização da salvação que o Padre, por Jesus
Cristo, nos comunica no Espírito Santo.
A
Constituição sobre a Sagrada Liturgia do Concílio Vaticano II apresenta o ano
litúrgico com estas palavras: «A santa mãe Igreja considera seu dever celebrar,
em determinados dias do ano, a memória sagrada da obra de salvação do seu
divino Esposo» (Sacrosanctum Concilium, 102). Cada ano litúrgico é,
pois, uma nova oportunidade de graça e de presença do Senhor da história na
nossa própria história quotidiana, nos acontecimentos -também nos mais
insignificantes- de cada dia.
Aquele
que é o mesmo, que era e que será, vem a nós no tempo, aqui e agora, para viver
o presente, o de cada um, com os seus irmãos os homens.
O
ano litúrgico está impregnado pela presença de salvação do Senhor para que em
cada tempo litúrgico -com as suas características concretas- os cristãos
possamos ser mais semelhantes a Ele, não só no sentido moral de imitação, de
mudança de costumes e de melhoramento na conduta, mas de verdadeira
identificação sacramental -imediata- com a vida de Cristo. Assim, a nossa vida
diária converte-se num culto agradável ao Pai por acção do Espírito (cfr.
Rom. 12, 1-2).
Já
a partir dos primeiros séculos, à celebração dos mistérios de Cristo, a Igreja
uniu a celebração da Virgem e do dia da passagem para casa do Pai dos mártires
e dos santos. Com a sua vida, souberam dar testemunho da vida de Cristo,
especialmente da Paixão, Morte, Ressurreição e Ascensão gloriosa ao Céu. Por
isso ao longo do ano litúrgico são apresentados aos fiéis cristãos como exemplo
de amor a Deus.
Frequentemente,
o Senhor fala-nos do prémio que nos ganhou com a sua Morte e Ressurreição. Vou
preparar um lugar para vós. Depois que Eu tiver ido e vos tiver preparado um
lugar, virei novamente e tomar-vos-ei comigo para que, onde eu estou, estejais
vós também (Cfr. Jo. XIV, 2-3). O Céu é a meta do nosso caminho
terreno. Jesus Cristo precedeu-nos e ali, na companhia da Virgem e de S. José
-a quem tanto venero- dos Anjos e dos Santos, aguarda a nossa chegada. (Amigos de Deus, 220)
ADVENTO
Alegria
Vem
aí já muito próximo o Príncipe da Paz!
E
como precisamos dela!
No
mundo em fremente conflito por tantos lugares – alguns bem próximos – mas
sobretudo em nós próprios.
Precisamos
de Paz Interior que se reflicta na nossa vida, no comportamento diário, no
trato com os outros, com a generosidade e o perdão.
Vem
aí o Príncipe da Paz!
Recebamo-lo
com a alegria que só a esperança e confiança podem verdadeiramente dar aos que
a desejam com toda a alma, com todo o coração.
Alegres
e felizes porque não há felicidade sem alegria!
THALITA KUM 48
(Cfr. Lc 8, 49-56)
«Por cima do meu
mar revolto levantou-se um nevoeiro espesso que me envolvia como num manto ou,
talvez, como uma mortalha bem à minha medida já que não conseguia mexer-me
minimamente. Queria muito tocar o nevoeiro, a sua textura, perceber de que era
feito. Parecia-me como que uma espuma das ondas do mar bravio, mas, ao mesmo
tempo, também se apresentava como uma nuvem etérea de uma tarde de Inverno, mas as minhas mãos não me obedeciam. Estavam onde
deviam estar, nas extremidades dos braços, aparentemente prontas e disponíveis
para o que fosse preciso, mas... não…, não conseguia movê-las, ou melhor,
moviam-se como se tivessem vontade própria, para coçar uma comichão no nariz, a
mão direita ia “viajar” até à nuca, depois ao pescoço e, quando lhe parecia, lá
tocava, então, no nariz. Entretanto, a esquerda, para carregar no botão do
telemóvel para atender uma chamada, encarava o serviço como algo tão difícil e
custoso que, normalmente, quem me chamava, desistia. ‘Nevoeiro e mar... Que
mais, Senhor, que mais mandas? Olha que eu... não posso, sou fraco, débil,
tenho medo!’
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
Evangelho e comentário
Tempo do Advento
Evangelho: Lc 1, 57-66
Naquele tempo, chegou a altura de
Isabel ser mãe e deu à luz um filho. Os seus vizinhos e parentes souberam que o
Senhor lhe tinha feito tão grande benefício e congratularam-se com ela. Oito
dias depois, vieram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do pai,
Zacarias. Mas a mãe interveio e disse: «Não, ele vai chamar-se João».
Disseram-lhe: «Não há ninguém da tua família que tenha esse nome». Perguntaram
então ao pai, por meio de sinais, como queria que o menino se chamasse. O pai
pediu uma tábua e escreveu: «O seu nome é João». Todos ficaram admirados.
Imediatamente se lhe abriu a boca e se lhe soltou a língua e começou a falar,
bendizendo a Deus. Todos os vizinhos se encheram de temor e por toda a região
montanhosa da Judeia se divulgaram estes factos. Quantos os ouviam contar
guardavam-nos em seu coração e diziam: «Quem virá a ser este menino?» Na
verdade, a mão do Senhor estava com ele.
Comentário:
Quando acontecem factos
extraordinários que saem do comum é natural haver sentimentos de temor. O que
não se compreende ou não tem uma explicação lógica e evidente, além surpreender
causa sempre esse sentimento de inquietação e perplexidade.
É o que acontece com o
nascimento de São João Baptista.
Todos sabem de
esterilidade de Isabel e da idade avençada do casal pelo que, a gravidez e o
nascimento do seu filho causa natural surpresa.
Acrescenta-se a mudez de
Zacarias e a escolha do nome da criança, algo inusitado nos costumes de então.
Como que um sinal, o
nascimento do Baptista decerto ficaria na memória de todos os que presenciaram
ou tomaram conhecimento destes factos extraordinários.
É bem evidente a Vontade
de Deus a querer assinalar este novo ser ao qual estava reservada uma missão de
enorme importância.
(AMA,
comentário sobre Lc 1, 57-66, 20.05.2016)
Leitura espiritual
Cl 1
INTRODUÇÃO
(1,1-23)
Apresentação
do Apóstolo –
1
Paulo, Apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, e o irmão Timóteo, 2 aos
irmãos em Cristo, santos e fiéis, que vivem em Colossos: a vós graça e paz da
parte de Deus, nosso Pai.
Acção
de graças –
3
Damos graças a Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, nas orações que
continuamente fazemos por vós, 4 desde que ouvimos falar da vossa fé em Cristo
Jesus e do amor que tendes para com todos os santos, 5 por causa da esperança
que vos está reservada nos Céus. Dela ouvistes falar outrora pela palavra da
verdade, o Evangelho 6 que chegou até vós. Como em todo o mundo, também entre
vós ele tem produzido frutos e progredido, desde o dia em que o recebestes e,
em verdade, tomastes conhecimento da graça de Deus. 7 Assim o aprendestes de
Epafras, servo como nós, ele que é um fiel servidor de Cristo ao vosso serviço
8 e que nos informou do vosso amor no Espírito.
Prece
–
9
Por isso, também nós, desde o dia em que ouvimos falar disso, não cessamos de
orar por vós e de pedir a Deus que vos encha do conhecimento da sua vontade,
com toda a sabedoria e inteligência espiritual, 10 a fim de caminhardes de modo
digno do Senhor, para seu total agrado: dai frutos em toda a espécie de boas
obras e progredi no conhecimento de Deus; 11 deixai-vos fortalecer plenamente
pelo poder da sua glória, para chegardes a uma constância e paciência total com
alegria; 12 dai graças ao Pai, que vos tornou capazes de tomar parte na herança
dos santos na luz. 13 Foi Ele que nos libertou do poder das trevas e nos
transferiu para o Reino do seu amado Filho, 14 no qual temos a redenção, o
perdão dos pecados.
Cristo,
mediador da criação e da redenção
15
É Ele a imagem do Deus invisível, o primogénito de toda a criatura; 16 porque
foi nele que todas as coisas foram criadas, no céu e na terra, as visíveis e as
invisíveis, os Tronos e as Dominações, os Poderes e as Autoridades, todas as
coisas foram criadas por Ele e para Ele. 17 Ele é anterior a todas as coisas e
todas elas subsistem nele. 18 É Ele a cabeça do Corpo, que é a Igreja. É Ele o
princípio, o primogénito de entre os mortos, para ser Ele o primeiro em tudo; 19
porque foi nele que aprouve a Deus fazer habitar toda a plenitude 20 e, por Ele
e para Ele, reconciliar todas as coisas, pacificando pelo sangue da sua cruz, tanto
as que estão na terra como as que estão no céu.
O
Evangelho na vida –
21
Também a vós, que outrora andáveis afastados e éreis inimigos, com sentimentos
expressos em acções perversas, 22 agora Cristo reconciliou-vos no seu corpo
carnal, pela sua morte, para vos apresentar santos, imaculados e
irrepreensíveis diante dele, 23 desde que permaneçais sólidos e firmes na fé,
sem vos deixardes afastar da esperança do Evangelho que ouvistes; ele foi
anunciado a toda a criatura que há debaixo do céu e foi dele que eu, Paulo, me
tornei servidor.
I.
O EVANGELHO DE
PAULO
Cristo entre nós –
24 Agora, alegro-me nos sofrimentos que suporto por vós
e completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo, pelo seu Corpo,
que é a Igreja. 25 Foi dela que eu me tornei servidor, segundo a missão que
Deus me confiou para vosso benefício: levar à plena realização a Palavra de
Deus, 26 o mistério escondido ao longo das gerações e que agora Deus manifestou
aos seus santos. 27 Deus quis dar-lhes a conhecer a imensa riqueza da glória
deste mistério entre os gentios: Cristo entre vós, a esperança da glória! 28 É
a Ele que anunciamos, admoestando e ensinando todos e cada homem com toda a
sabedoria, para apresentar a Deus todos os homens na sua perfeição em Cristo.
29 É para isso mesmo que eu trabalho, lutando com a força que Ele me dá e que
actua poderosamente em mim.
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.
Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.
Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.
Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.
Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.
Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.
Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?