Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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14/12/2019
É tempo de esperança
"É
tempo de esperança, e eu vivo desse tesouro. Não é uma frase, Padre; é uma
realidade", dizes-me. Então... o mundo inteiro, todos os valores humanos
que te atraem com uma força enorme (amizade, arte, ciência, filosofia,
teologia, desporto, natureza, cultura, almas...), tudo isso, deposita-o na
esperança – na esperança de Cristo. (Sulco, 293)
Onde
quer que nos encontremos, esta é a exortação do Senhor: vigiai! Em face deste
apelo de Deus, alimentemos nas nossas consciências os desejos esperançosos de
santidade, com obras. Dá-me, meu filho, o teu coração, sugere-nos o senhor ao
ouvido. Deixa-te de construir castelos com a fantasia, decide-te a abrir a tua
alma a Deus, pois exclusivamente no Senhor acharás o fundamento real para a tua
esperança e para fazer o bem aos outros. Quando não lutamos connosco mesmos,
quando não rechaçamos terminantemente os inimigos que estão dentro da cidadela
interior – o orgulho, a inveja, a concupiscência da carne e dos olhos, a
auto-suficiência, a tresloucada avidez da libertinagem – quando não existe essa
peleja interior, os mais nobres ideais definham como a flor do feno; ao romper
o sol ardente, a erva seca, a flor cai e acaba a sua vistosa formosura. Depois,
pela menor fenda brotarão o desalento e a tristeza, como plantas daninhas e
invasoras.
Jesus
não se conforma com um assentimento titubeante. Pretende, tem direito a que
caminhemos com inteireza, sem concessões às dificuldades. Exige passos firmes
concretos; pois, de ordinário, os propósitos gerais servem para pouco. Os
propósitos pouco delineados parecem-me entusiasmos falazes que intentam calar
as chamadas divinas percebidas pelo coração; fogos-fátuos, que não queimam nem
dão calor e que desaparecem com a mesma fugacidade com que surgiram.
Por
isso, convencer-me-ei de que as tuas intenções de alcançar a meta são sinceras,
se te vir caminhar com determinação. Faz o bem, revendo as tuas atitudes
habituais quanto à ocupação de cada instante; pratica a justiça, precisamente
nos ambientes que frequentas, ainda que a fadiga te vença; fomenta a felicidade
dos que te rodeiam, servindo os outros com alegria no lugar do teu trabalho,
com esforço para o acabar com a maior perfeição possível, com a tua
compreensão, com o teu sorriso, com a tua atitude cristã. E tudo por Deus, com
o pensamento na sua glória, com o olhar no alto, anelando a Pátria definitiva,
pois só esse fim vale a pena. (Amigos de Deus, 211)
THALITA KUM 38
(Cfr. Lc 8, 49-56)
Sim… estive parado
muitas vezes na vera do caminho sem saber para onde ir ou, talvez, na esperança
de não de ir a lado nenhum, de poder ficar quieto sem me preocupar com coisa nenhuma.
Não sinto grande
dificuldade em acompanhá-lo, a Sua passada é firme, mas certa, sem hesitações.
Vejo, sinto, que
conhece muito bem o caminho e, mais, sabe perfeitamente para onde vai. Sinto-me
possuído como que de uma estranha segurança não obstante a incógnita do destino
final. Ele, sinto-o, não Se engana, não pode enganar ninguém.
O interessante é
que sendo um caminho a subir, cada vez para mais alto, não sinto o esforço que
normalmente se sente quando se sobe.
Talvez se deva ao
facto de a carga que me pôs nos ombros ser leve, muito leve… mesmo para a
imensidão que representa.
Também não me sinto
preso não obstante o jugo com que me cingiu o pescoço, sinal que me considera
propriedade sua; porque é tão suave que não prende como um jugo autêntico,
antes parece um elo de uma cadeia de amor e, por conseguinte, muito suave a e
agradável.
Sinto-me bem.
Agi correctamente,
tenho a certeza, em acolher o Seu chamamento, o Seu convite: Tu! Vem e
segue-me!
Não sei porque me
disse isto, porque me escolheu, há tantos como eu que esperam, alguns até sem o
saberem, por um chamamento igual, por isso sinto-me privilegiado pela escolha.
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
Evangelho e comentário
Tempo do Advento
São
João da Cruz – Doutor da Igreja
Evangelho: Mt 17, 10-13
Ao descerem do monte, os discípulos
perguntaram a Jesus: «Porque dizem os escribas que Elias tem de vir primeiro?»
Jesus respondeu-lhes: «Certamente Elias há-de vir para restaurar todas as
coisas. Eu vos digo, porém, que Elias já veio; mas, em vez de o reconhecerem,
fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim também o Filho do homem será maltratado
por eles». Então os discípulos compreenderam que Jesus lhes falava de João
Baptista.
Comentário:
O tema deste trecho de São
Mateus repete-se noutros evangelistas e, seguramente, tal acontece pela
importância da figura e da missão de João Baptista.
Pelo seu exemplo, a sua
conduta, a forma de se apresentar em público, o Percursor arrastou multidões e
tinha numerosos seguidores atraídos por uma mensagem absolutamente nova.
O apelo à conversão e
revisão de vida, o Baptismo para remissão dos pecados são o prelúdio
absolutamente necessário para receber Aquele que está para chegar.
A sua humilíssima figura
de homem austero e de vida frugal tem tudo menos a de um “pregador” de palavra
inflamada e gestos grandiloquentes.
Considera-se indigno de
desatar as correias das sandálias ao Salvador, ou seja, indigno de um trabalho
reservado aos escravos e, no entanto, a sua palavra tem tal autoridade e
convicção que arrasta e atrai muitos que procuram uma vida nova, um rumo
diferente, uma esperança renascida.
Jesus Cristo, irá, assim,
encontrar muitas almas predispostas a ouvir a Sua doutrina e a segui-lo no Seu
caminho.
(AMA, comentário sobre Mt
17, 10-13, 12.09.2017)
Leitura espiritual
Ef 4
II.
EXORTAÇÃO AOS BAPTIZADOS (4,1-6,20)
Todos
unidos em Cristo –
1
Eu, o prisioneiro no Senhor, exorto-vos, pois, a que procedais de um modo digno
do chamamento que recebestes; 2 com toda a humildade e mansidão, com paciência:
suportando-vos uns aos outros no amor, 3 esforçando-vos por manter a unidade do
Espírito, mediante o vínculo da paz. 4 Há um só Corpo e um só Espírito, assim
como a vossa vocação vos chamou a uma só esperança; 5 um só Senhor, uma só fé, um
só baptismo; 6 um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por todos
e permanece em todos. 7 Mas, a cada um de nós foi dada a graça, segundo a
medida do dom de Cristo. 8 Por isso se diz: Ao subir às alturas, levou cativos
em cativeiro, deu dádivas aos homens. 9 Ora, este «subiu» que quer dizer, senão
que também desceu às regiões inferiores da terra? 10 Aquele que desceu é
precisamente o mesmo que subiu muito acima de todos os céus, a fim de encher o
universo. 11 E foi Ele que a alguns constituiu como Apóstolos, Profetas,
Evangelistas, Pastores e Mestres, 12 em ordem a preparar os santos para uma
actividade de serviço, para a construção do Corpo de Cristo, 13 até que
cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao homem
adulto, à medida completa da plenitude de Cristo. 14 Assim, deixaremos de ser
crianças, batidos pelas ondas e levados por qualquer vento da doutrina, ao
sabor do jogo dos homens, da astúcia que maliciosamente leva ao erro; 15 antes,
testemunhando a verdade no amor, cresceremos em tudo para aquele que é a
cabeça, Cristo. 16 É a partir dele que o Corpo inteiro, bem ajustado e unido,
por meio de toda a espécie de articulações que o sustentam, segundo uma força à
medida de cada uma das partes, realiza o seu crescimento como Corpo, para se
construir a si próprio no amor.
O
homem novo –
17
É isto, pois, o que digo e recomendo no Senhor: não volteis a proceder como
procedem os gentios, no vazio da sua mente; 18 vivem obscurecidos no
pensamento, alienados da vida de Deus, devido à ignorância que neles existe e
ao endurecimento do seu coração; 19 tornados insensíveis, a si mesmos se
entregam à libertinagem, até chegarem a praticar toda a espécie de impureza, na
ganância. 20 Vós, porém, não foi assim que aprendestes, ao conhecerdes a
Cristo, 21 supondo que dele ouvistes falar e nele fostes instruídos, conforme a
verdade que está em Jesus: 22 que deveis, no que toca à conduta de outrora,
despir-vos do homem velho, corrompido por desejos enganadores; 23 que vos
deveis renovar pela transformação do Espírito que anima a vossa mente; 24 e que
deveis revestir-vos do homem novo, que foi criado em conformidade com Deus, na
justiça e na santidade, próprias da verdade.
Vida
exemplar –
25
Por isso, despi-vos da mentira e diga cada um a verdade ao seu próximo, pois
somos membros uns dos outros. 26 Se vos irardes, não pequeis; que o sol não se
ponha sobre o vosso ressentimento, 27 nem deis espaço algum ao diabo. 28 Aquele
que roubava deixe de roubar; antes se esforce por trabalhar com as suas
próprias mãos, fazendo o bem, para que tenha com que partilhar com quem passa
necessidade. 29 Nenhuma palavra desagradável saia da vossa boca, mas apenas a
que for boa, que edifique, sempre que necessário, para que seja uma graça para
aqueles que a escutam. 30 E não ofendais o Espírito Santo de Deus, selo com o
qual fostes marcados para o dia da redenção. 31 Toda a espécie de azedume,
raiva, ira, gritaria e injúria desapareça de vós, juntamente com toda a
maldade. 32 Sede, antes, bondosos uns para com os outros, compassivos;
perdoai-vos mutuamente, como também Deus vos perdoou em Cristo.
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.
A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.
Lembrar-me:
Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.
Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Doutrina – 514
Compêndio
SEGUNDA SECÇÃO
OS SETE SACRAMENTOS DA
IGREJA
CAPÍTULO SEGUNDO
OS SACRAMENTOS DA CURA
O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA
E DA RECONCILIAÇÃO
297. Porque existe um
sacramento da Reconciliação depois do Baptismo?
Porque
a nova vida da graça, recebida no Baptismo, não suprimiu a fragilidade da
natureza humana nem a inclinação para o pecado (isto é, a concupiscência),
Cristo instituiu este sacramento para a conversão dos baptizados que pelo
pecado d’Ele se afastaram.