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27/11/2019

Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?








Que nunca deixe de praticar a caridade


Não é compatível amar a Deus com perfeição e deixar-se dominar pelo egoísmo – ou pela apatia – na relação com o próximo. (Sulco, 745)

A verdadeira amizade implica também um esforço cordial por compreender as convicções dos nossos amigos, mesmo que não cheguemos a partilhá-las nem a aceitá-las. (Sulco, 746)

Nunca permitas que a erva ruim cresça no caminho da amizade: sê leal. (Sulco, 747)

Um propósito firme na amizade: que no meu pensamento, nas minhas palavras, nas minhas obras para com o próximo – seja ele quem for –, não me comporte como até agora, quer dizer, nunca deixe de praticar a caridade, nunca dê entrada na minha alma à indiferença. (Sulco, 748)

A tua caridade deve ser adequada, ajustada, às necessidades dos outros...; não às tuas. (Sulco, 749)

Filhos de Deus! Uma condição que nos transforma em algo mais transcendente do que em simples pessoas que se suportam mutuamente... Escuta o Senhor: "Vos autem dixi amicos!" – somos seus amigos, que, como Ele, dão gostosamente a vida pelos outros, tanto nas horas heróicas como na convivência corrente. (Sulco, 750)


THALITA KUM 21


THALITA KUM 21

(Cfr. Lc 8, 49-56)

Jairo não sabe nada destas coisas, sabe apenas que, aquele Homem em frente do qual se prostra é a sua única esperança naquela grande aflição.
Reconhece, assim, a Omnipotência de Jesus e, por causa deste reconhecimento que é já, em si mesmo, uma graça de Deus, toma a atitude de entrega, de submissão, de profundo respeito por Quem, sabe no íntimo do seu coração de pai amargurado, pode salvar a sua filha.

Jesus tem de se deter junto daquele homem que se ajoelha aos Seus pés.
A conversa interrompe-se, faz-se silêncio na multidão próxima, todos ficam expectantes do que se vai seguir.
Jairo explica, certamente com um acento de ansiedade:

«A minha filhinha está em agonia, Vem impor-lhe as mãos, para que se salve e viva!» [1]

Jesus entende muito bem a mensagem. Nela, Jairo, diz tudo quanto quer, o que precisa, o que deseja do Mestre. Diz o que o traz ali, à Sua presença, a urgência que o impele, a gravidade da situação que o consome e, com total confiança, faz o pedido, simples, concreto, objectivo.
É assim que devemos rezar.
Não nos ficarmos por “generalidades”.

Como as crianças, dizer exactamente o que desejamos, pedir o que queremos, abrir a alma e o coração sem medos nem receios. Como as crianças – Pai, quero isto, quero aquilo , sem rodeios nem falsas razões. O Senhor sabe muito bem o que precisamos e o que é melhor para nós e nunca deixará de nos ouvir como desejamos ser ouvidos. Dar-nos o que pedimos depende da Sua Vontade e do bem que o que pedimos pode, ou não, ser para nós. Mas, Ele, sabe mais, sempre, fará o que é melhor para nós.

‘Sei que farás sempre melhor que aquilo que Te peço. Aceito a Tua Vontade Santa sobre todas as coisas. Ámen’

(AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)




[1] Mc 5, 23.

Crise na Igreja?

Não tenhais medo [1]


A Santa Igreja – que somos todos os cristãos – tem como Cabeça Jesus Cristo seu Fundador.

Só Ele pode alterar seja o que for na sua essência.

Nenhum homem seja qual for o cargo que ocupe ou o ministério que desempenhe tem esse poder.

Confiemos, pois, com a certeza que quanto maior a provação maior será o Seu cuidado.

Fujamos da tentação de fazer juízos – mesmo íntimos – porque tal não os compete.

Rezemos com perseverança pedindo LuzSabedoria e Justiça para todos, principalmente os que mais responsabilidades possam ter na condução do Povo de Deus.

(AMA, reflexão, 2019)



[1] Mt 8, 25-26

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM


Evangelho: Lc 21, 12-19

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Deitar-vos-ão as mãos e hão-de perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e às prisões, conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Assim tereis ocasião de dar testemunho. Tende presente em vossos corações que não deveis preparar a vossa defesa. Eu vos darei língua e sabedoria a que nenhum dos vossos adversários poderá resistir ou contradizer. Sereis entregues até pelos vossos pais, irmãos, parentes e amigos. Causarão a morte a alguns de vós e todos vos odiarão por causa do meu nome; mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas».

Comentário:

A perseverança é uma virtude absolutamente necessária para atingir um objectivo que propomos, chegar onde queremos ir.


Quem desiste por causa das dificuldades, dos escolhos, obstáculos e toda a sorte de contrariedades não conseguirá dar um passo em frente, antes retrocede no já andado.


Por nós próprios, que podemos nada, não conseguiremos a perseverança sem uma luta continua travada contra o comodismo, o "deixar andar", a inércia.


O cristão sabe muito bem que nunca pode abrandar nesta luta pedindo as ajudas necessárias para a travar sem descanso.


(AMA, comentário sobre Lc 21, 12-19, 2016.11.23)

Leitura espiritual


CARTAS DE SÃO PAULO

2 Cor 8

II. COLECTA EM FAVOR DE JERUSALÉM (8,1-9,15; ver Act 24,17; Rm 15,25-27; Gl 2,10)

O exemplo das igrejas da Macedónia

1 Queremos dar-vos a conhecer, irmãos, a graça que Deus concedeu às igrejas da Macedónia. 2 No meio das muitas tribulações com que foram provadas, a sua superabundante alegria e extrema pobreza transbordaram em tesouros de generosidade. 3 Sou testemunha de que, segundo as suas possibilidades, e até além delas, com toda a espontaneidade 4 e com muita insistência, pediram-nos a graça de participar neste serviço em favor dos santos. 5 E indo além das nossas expectativas, deram-se a si mesmos, primeiro ao Senhor e depois a nós, pela vontade de Deus. 6 Por isso, pedimos a Tito que, tal como a havia começado, levasse a bom termo, entre vós, esta obra de generosidade. 7 Mas, dado que tendes tudo em abundância - fé, dom da palavra, ciência, toda a espécie de zelo e amor que em vós despertámos - cuidai também de sobressair nesta obra de caridade. 8 Não o digo como quem manda, mas para pôr ainda à prova a sinceridade do vosso amor, servindo-me do zelo dos outros. 9 Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza. 10 É um conselho que vos dou a este respeito: isto é o que vos convém, já que, desde o ano passado, fostes os primeiros não só a empreender a obra mas até a projectá-la. 11 Agora, portanto, levai-a a bom termo, para que, como fostes prontos no querer, também o sejais no executar, conforme as vossas possibilidades. 12 Porque, quando existe boa vontade, ela é bem aceite em atenção ao que se tiver, e não ao que se não tem. 13 Não se trata de, ao aliviar os outros, vos fazer entrar em apuros, mas sim de que haja igualdade. 14 No momento presente, o que vos sobra a vós supera a indigência dos outros, para que um dia o supérfluo deles compense a vossa indigência. Assim haverá igualdade, 15 como está escrito: Quem muito recolheu, não teve de maise a quem recolheu pouco, nada faltou.

Os enviados de Paulo

16 Graças sejam dadas a Deus que pôs no coração de Tito o mesmo zelo por vós. 17 Não só recebeu bem o convite, mas, muito solícito, espontaneamente, partiu para junto de vós. 18 Com ele enviámos aquele que é louvado em todas as igrejas, pela pregação do Evangelho, 19 e que, além disso, foi escolhido pelas igrejas para nosso companheiro de viagem, nesta obra de generosidade que é administrada por nós, para glória do Senhor e em testemunho da nossa boa vontade. 20 Queremos, assim, evitar o risco de que alguém nos censure a respeito desta abundante colecta que é administrada por nós, 21 porque nos esforçamos por fazer o bem, não só diante do Senhor mas também diante dos homens. 22 Com eles enviámos também o nosso irmão, cujo zelo temos experimentado, de muitos modos e muitas vezes, e que agora se mostra ainda mais solícito, pela grande confiança que deposita em vós. 23 Quanto a Tito, é meu companheiro e meu colaborador junto de vós; quanto aos nossos irmãos, são enviados das igrejas, glória de Cristo. 24 Dai-lhes, pois, diante da igreja, a prova do vosso amor e justificai, junto deles, o orgulho que sentimos por vós.