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13/11/2019

Em que devemos esperar?


Ante um panorama de homens sem fé e sem esperança; ante cérebros que se agitam, à beira da angústia, buscando uma razão de ser para a vida, tu encontraste uma meta: Ele! E esta descoberta injectará permanentemente na tua existência uma alegria nova, transformar-te-á e apresentar-te-á uma imensidão diária de coisas formosas que te eram desconhecidas, e que mostram a jubilosa amplidão desse caminho amplo que te conduz a Deus. (Sulco, 83)

Dado que o mundo oferece muitos bens, apetecíveis para este nosso coração, que reclama felicidade e busca ansiosamente o amor, talvez alguns perguntem: nós, os cristãos, em que devemos esperar? Além disso, queremos semear a paz e a alegria às mãos cheias, não ficamos satisfeitos com a consecução da prosperidade pessoal e procuramos que estejam contentes todos os que nos rodeiam.
Por desgraça, alguns, com uma visão digna mas rasteira, com ideais exclusivamente caducos e fugazes, esquecem que os anelos do cristão se hão-de orientar para cumes mais elevados: infinitos. O que nos interessa é o próprio Amor de Deus, é gozá-lo plenamente, com um júbilo sem fim. Temos comprovado, de muitas maneiras, que as coisas da terra hão-de passar para todos, quando este mundo acabar; e já antes, para cada um, com a morte, porque nem as riquezas nem as honras acompanham ninguém ao sepulcro. Por isso, com as asas da esperança, que anima os nossos corações a levantarem-se para Deus, aprendemos a rezar: in te Domine speravi, non confundar in æternum, espero em Ti, Senhor, para que me dirijas com as tuas mãos agora e em todos os momentos pelos séculos dos séculos. (Amigos de Deus, 209)


THALITA KUM 7

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THALITA KUM 7

(Cfr. Lc 8, 49-56)

O Filho não diz nada.
Apercebo-me sem dificuldade que faz todo o sentido a presença da Mãe.

De facto, ela tem muito a ver com tudo o que se passa com a humanidade. Afinal todos os homens – por vontade expressa do Filho - somos seus filhos.
Mas também tem muito a ver com o mar porque é Guia dos Navegantes; a Stela Maris; a segurança – iter para tuto (guia de um caminho seguro) -.

A sua vida depois que o Filho começou a ingente tarefa que O trouxe ao mundo foi passada entre pescadores, homens do mar, gente habituada aos “altos e baixos” da profissão, das pescas abundantes e dos malogros das redes vazias.

Sabe do que falam, conhece o que desejam, consola-os e anima-os a prosseguir.
Tal como o Filho também ela lhes diz: «Duc in altum», fazei-vos ao largo onde a pesca será mais abundante e compensadora do esforço despendido.
Não vai com eles nas barcas, mas fica em terra, na praia, pensando neles, pedindo insistentemente ao Filho que os guie, os proteja que os ventos e as ondas não se tornem perigos insuperáveis.

Mas, se acaso, soçobram ou estão prestes a sucumbir porque ou perderam os remos ou as velas e estão à deriva num mar desconhecido apressa-se a socorrê-los.

(AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)


Evangelho e comentário


TEMPO COMUM



Evangelho: Lc 17, 11-19

Naquele tempo, indo Jesus a caminho de Jerusalém, passava entre a Samaria e a Galileia. Ao entrar numa povoação, vieram ao seu encontro dez leprosos. Conservando-se a distância, disseram em alta voz: «Jesus, Mestre, tem compaixão de nós». Ao vê-los, Jesus disse-lhes: «Ide mostrar-vos aos sacerdotes». E sucedeu que no caminho ficaram limpos da lepra. Um deles, ao ver-se curado, voltou atrás, glorificando a Deus em alta voz, e prostrou-se de rosto por terra aos pés de Jesus para Lhe agradecer. Era um samaritano. Jesus, tomando a palavra, disse: «Não foram dez os que ficaram curados? Onde estão os outros nove? Não se encontrou quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?». E disse ao homem: «Levanta-te e segue o teu caminho; a tua fé te salvou».

Comentário:


Assistimos – pelos relatos dos evangelhos – aos milagres de Jesus e todos nos parecem diferentes e, de facto, são.


Estes dez leprosos ficam à distância, não se atrevem a aproximar-se de Jesus e, Ele, respeita o seu pudor.


Noutros casos toca com a Sua mão o leproso num gesto absolutamente inédito naquele tempo.


Fica bem claro o Seu poder divino e a Sua misericórdia infinita pelos mais desgraçados e banidos da sociedade.


Contudo, e repetimos, a maior cura é a da alma e, se para um leproso, obter a limpeza das suas chagas corporais é um bem inestimável, para a pessoa, conseguir a garantia da salvação eterna é um bem incomparavelmente maior.


(AMA, comentário sobre Lc 17, 11-19, 15.11.2017)


Leitura espiritual


Cartas de São Paulo

1 Cor 10

Perigo da idolatria

1Não quero que ignoreis, irmãos, que os nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, todos passaram através do mar 2e todos foram baptizados em Moisés, na nuvem e no mar. 3Todos comeram do mesmo alimento espiritual 4e todos beberam da mesma bebida espiritual; pois bebiam de um rochedo espiritual que os seguia, e esse rochedo era Cristo. 5Apesar disso, a maior parte deles não agradou a Deus, pois foram exterminados no deserto.

6Ora isto aconteceu para nos servir de exemplo, a fim de não cobiçarmos coisas más, como eles cobiçaram. 7Não vos torneis idólatras, como alguns deles, conforme está escrito: O povo sentou-se para comer e beber; depois, levantaram-se para se divertir. 8Não nos entreguemos à imoralidade, como fizeram alguns deles e, num só dia, caíram mortos vinte e três mil. 9Nem tentemos o Senhor, como alguns deles tentaram e pereceram, mordidos pelas serpentes. 10Não murmureis, como murmuraram alguns deles, e pereceram às mãos do Exterminador.

11Estas coisas aconteceram-lhes para nosso exemplo e foram escritas para nos servir de aviso, a nós que chegámos ao fim dos tempos. 12Assim, pois, quem pensa estar de pé, tome cuidado para não cair.

13Não vos surpreendeu nenhuma tentação que tivesse ultrapassado a medida humana. Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados acima das vossas forças, mas, com a tentação, vos dará os meios de sair dela e a força para a suportar.


Decisões práticas

14Por isso, meus caros, fugi da idolatria. 15Falo-vos como a pessoas sensatas; julgai vós mesmos o que digo. 16O cálice de bênção, que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos não é comunhão com o corpo de Cristo? 17Uma vez que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, porque todos participamos desse único pão.

18Vede o Israel segundo a carne: os que comem as vítimas não estão em comunhão com o altar? 19Que vos hei-de dizer, pois? Que a carne imolada aos ídolos tem algum valor, ou que o próprio ídolo é alguma coisa? 20Não! Mas aquilo que os pagãos sacrificam, sacrificam-no aos demónios e não a Deus. E eu não quero que estejais em comunhão com os demónios. 21Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demónios; não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa dos demónios. 22Ou queremos provocar a ira do Senhor? Acaso somos mais fortes do que Ele?


Respeito pelos outros

23«Tudo é permitido» mas nem tudo é conveniente. «Tudo é permitido», mas nem tudo edifica. 24Ninguém procure o seu próprio interesse mas o dos outros.

25Comei de tudo o que se vende no mercado, sem nada indagar por motivo de consciência; 26porque do Senhor é a terra e tudo o que ela contém. 27Se algum pagão vos convidar e vós quiserdes ir, comei de tudo o que vos for servido, sem nada indagar por motivo de consciência. 28Mas se alguém vos disser: «Esta é carne imolada aos ídolos», não comais, por causa de quem vos avisou e por motivo de consciência. 29Refiro-me, não à vossa consciência, mas à dele. Por que motivo, de facto, a minha liberdade havia de ser julgada pela consciência alheia? 30Se eu tomo alimento, dando graças, porque hei-de ser censurado por aquilo de que dou graças?

31Portanto, quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus. 32Não vos torneis ocasião de escândalo, nem para os judeus, nem para os gregos, nem para a Igreja de Deus. 33Fazei como eu, que me esforço por agradar a todos em tudo, não procurando o meu próprio interesse mas o do maior número, a fim de que eles sejam salvos.

Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?