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08/11/2019

O trabalho é caminho de santificação


A conversão é coisa de um instante. – A santificação é obra de toda a vida. (Caminho, 285)

O Opus Dei propõe-se promover, entre pessoas de todas as classes da sociedade, o desejo da plenitude de vida cristã no meio do mundo. Isto é, o Opus Dei pretende ajudar as pessoas que vivem no mundo – o homem vulgar, o homem da rua – a levar uma vida plenamente cristã, sem modificar o seu modo normal de vida, o seu trabalho habitual, nem os seus ideais e preocupações.
Por isto se pode dizer, como escrevi há muitos anos, que o Opus Dei é velho como o Evangelho e, como o Evangelho, novo. Trata-se de recordar aos cristãos as palavras maravilhosas que se lêem no Génesis: que Deus criou o homem para trabalhar. Pusemos os olhos no exemplo de Cristo, que passou quase toda a sua vida terrena trabalhando como artesão numa terra pequena. O trabalho não é apenas um dos mais altos valores humanos e um meio pelo qual os homens hão-de contribuir para o progresso da sociedade; é também um caminho de santificação. (...)
O Opus Dei é uma organização internacional de leigos, a que pertencem também sacerdotes diocesanos (minoria bem exígua em comparação com o total de membros). Os seus membros são pessoas que vivem no mundo e nele exercem uma profissão ou ofício. Não entram no Opus Dei para abandonar esse trabalho, mas, pelo contrário, para encontrar uma ajuda espiritual que os leve a santificar o seu trabalho quotidiano, convertendo-o também em meio de santificação, sua e dos outros. Não mudam de estado: continuam a ser solteiros, casados, viúvos, ou sacerdotes; procuram, sim, servir Deus e os outros homens, dentro do seu próprio estado. Ao Opus Dei, não interessam votos nem promessas; o que pede aos seus sócios é que, no meio das deficiências e erros, próprios de toda a vida humana, se esforcem por praticar as virtudes humanas e cristãs, sabendo-se filhos de Deus. (Temas Actuais do Cristianismo, 24).

THALITA KUM 1


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«Estava junto do mar, quando chega um dos príncipes da sinagoga, de nome Jairo, e, ao vê-lo, cai-lhe aos pés e suplica-lhe instantemente, dizendo: A minha filhinha está em agonia, Vem impor-lhe as mãos, para que se salve e viva! E foi com ele.» (Lc 8, 41)

Cristo está junto ao mar.
O mar da vida de cada homem.
O mar onde navega a multidão de seres humanos lutando por chegar a um porto.
O de cada um.
O porto que cada um escolheu para si, para descansar da luta da viagem, longa ou breve, que começou quando nasceu de sua mãe e acabará exactamente nesse porto.

Sabemos qual é o porto para que nos dirigimos?
Temos a certeza de que a nossa “navegação” nos levará a esse destino?

Sem dúvida que o porto é o seio de Deus fim de todo o homem:

A Eternidade!

(AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM



Evangelho: Lc 16, 1-8

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Um homem rico tinha um administrador que foi denunciado por andar a desperdiçar os seus bens. Mandou chamá-lo e disse-lhe: ‘Que é isto que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar’. O administrador disse consigo: ‘Que hei-de fazer, agora que o meu senhor me vai tirar a administração? Para cavar não tenho forças, de mendigar tenho vergonha. Já sei o que hei-de fazer, para que, ao ser despedido da administração, alguém me receba em sua casa’. Mandou chamar um por um os devedores do seu senhor e disse ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’. Ele respondeu: ‘Cem talhas de azeite’. O administrador disse-lhe: ‘Toma a tua conta: senta-te depressa e escreve cinquenta’. A seguir disse a outro: ‘E tu quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. Disse-lhe o administrador: ‘Toma a tua conta e escreve oitenta’. E o senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. De facto, os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes».

Comentário:

Pode parecer que Jesus tece um louvor ao administrador infiel e à sua “esperteza” em acautelar o futuro, prejudicando, uma vez mais, o seu senhor.

Evidentemente que não!

O que se passa – sempre se passou – hoje em dia é quase recorrente, pessoas que se aproveitam do que não é seu para arranjar fortuna própria.


O que é entregue em confiança a alguém – a uma instituição – tem de ser tratado não como propriedade própria, mas como algo que foi entregue para guardar ou fazer render segundo o acordado entre as partes.


O que assistimos – infelizmente – é uma autêntica fraude absolutamente desonesta que merece o maior repúdio e condenação.


Não somos – nem queremos ser – juízes ou críticos destas situações mas aflige-nos pensar na tremenda injustiça social que, um pouco por todo o lado e, às vezes em grande escala, se continua praticando.


Mas, por outro lado, há muitos que nunca se manifestam quando beneficiam desses “esquemas fraudulentos” para apenas se queixarem quando as coisas correm mal e os prejuízos aparecem.


Parece que, tudo, se resume a uma questão muito simples: HONESTIDADE!


(AMA, comentário sobre Lc 16, 1-8, 10.11.2017)


Leitura espiritual


Cartas de São Paulo

1 Cor 5

II. ESCÂNDALOS NA IGREJA (5,1-6,20)

Um caso de incesto (Lv 18,8; 20,11; Dt 27,20)

1 Ouve-se dizer por toda a parte que existe entre vós um caso de imoralidade, e uma imoralidade como não se encontra nem mesmo entre os pagãos: um de vós vive com a mulher de seu pai. 2 E continuais cheios de orgulho, em vez de andardes de luto, a fim de que seja retirado do meio de vós o autor de tal acção. 3 Quanto a mim, ausente de corpo mas presente em espírito, já julguei, como se estivesse presente, aquele que assim procedeu: 4 em nome do Senhor Jesus e com o seu poder, por ocasião de uma assembleia onde eu estarei presente em espírito, que 5 tal homem seja entregue a Satanás para mortificação da sua carne, a fim de que o seu espírito seja salvo no Dia do Senhor. 6 Não é digno o vosso motivo de orgulho! Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? 7 Purificai-vos do velho fermento, para serdes uma nova massa, já que sois pães ázimos. Pois Cristo, nossa Páscoa, foi imolado. 8 Celebremos, pois, a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os ázimos da pureza e da verdade. 9 Já vos escrevi na minha carta, para não vos relacionardes com os devassos. 10 Não me referia, genericamente, aos devassos deste mundo, ou aos avarentos, ladrões, ou idólatras, porque, então, teríeis de sair deste mundo. 11 Não. Escrevi que não devíeis associar-vos com quem, dizendo-se irmão, fosse devasso, avarento, idólatra, caluniador, beberrão ou ladrão. Com estes, nem sequer deveis comer. 12 Porventura, compete-me, a mim, julgar os de fora? Não são os de dentro que tendes de julgar? 13 Os de fora, Deus os julgará. Afastai o mau do meio de vós.



Pequena agenda do cristão

Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?




Temas para reflectir e meditar

Amizade


Não mudemos de amigos como fazem as crianças, que se deixam levar pela onda fácil dos sentimentos.






(Stº. AmbrósioSobre o oficio dos Ministros, III, 125)