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15/10/2019

Maria, Mestra do sacrifício escondido e silencioso!


Maria, Mestra do sacrifício escondido e silencioso! – Vede-a, quase sempre oculta, colaborando com o Filho: sabe e cala. (Caminho, 509)

A Virgem Dolorosa... Quando a contemplares, repara no seu Coração. É uma mãe com dois filhos, frente a frente; Ele... e tu. (Caminho, 506)

Que humildade, a de minha Mãe Santa Maria! – Não a vereis entre as palmas de Jerusalém, nem – afora as primícias de Caná – na altura dos grandes milagres. – Mas não foge do desprezo do Gólgota; lá está, "iuxta crucem Iesu" – junto da cruz de Jesus, sua Mãe. (Caminho, 507)

Na hora do desprezo da Cruz, a Virgem lá está, perto do seu Filho, decidida a partilhar a sua mesma sorte. Percamos o medo de nos comportarmos como cristãos responsáveis quando isso não é cómodo no ambiente em que nos movemos. Ela nos ajudará. (Sulco, 977)

Temas para reflectir e meditar

Criança

Porque se diz que as crianças são aptas para o Reino do Céus? 
Talvez porque normalmente não têm malícia, nem sabem enganar, nem se atrevam a enganar-se; desconhecem a luxúria; não apetecem as riquezas e ignoram a ambição. 
Mas a virtude de tudo isto não consiste no desconhecimento do mal, mas na sua repulsa; não consiste na impossibilidade de pecar, mas sim em não consentir no pecado. 

Portanto, o Senhor não se refere à infância como tal, mas sim à inocência que as crianças têm na sua simplicidade.

(Stº AmbrósioComentário ao Evangelho de S. Lucas, 18, 17)

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM


Santa Teresa de Jesus – Doutora da Igreja

Evangelho: Lc 11, 37-41

Naquele tempo, depois de Jesus ter falado, um fariseu convidou-O para comer em sua casa. Jesus entrou e tomou lugar à mesa. O fariseu admirou-se, ao ver que Ele não tinha feito as abluções antes de comer. Disse-lhe o Senhor: «Vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade. Insensatos! Quem fez o interior não fez também o exterior? Dai antes de esmola o que está dentro e tudo para vós ficará limpo».

Comentário:

Ninguém pode negar o bem que se sente depois de dar uma esmola a quem dela precisa e isto é absolutamente natural, porque fazer o bem confere uma tranquilidade interior que traz consigo a paz que os actos de amor desinteressado produzem.



(AMA, comentário sobre Lc 11, 37-41, Carvide, 16.10.2018)


Leitura espiritual


Amar a Igreja 

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Sacerdócio comum e sacerdócio ministerial

Nem como homem, nem como fiel cristão, o sacerdote é mais do que o leigo.

Por isso é muito conveniente que o sacerdote professe uma profunda humildade, para entender como também no seu caso se cumprem plenamente, de modo especial, aquelas palavras de S. Paulo:

Que possuís que não tenhais recebido?

O recebido... é Deus!

O recebido é poder celebrar a Sagrada Eucaristia, a Santa Missa - fim principal da ordenação sacerdotal -, perdoar os pecados, administrar outros sacramentos e pregar com autoridade a Palavra de Deus, dirigindo os outros fiéis nas coisas que se referem ao Reino dos Céus.

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O sacerdócio dos presbíteros, que pressupõe os sacramentos da iniciação cristã, confere-se mediante um Sacramento particular, pelo qual os presbíteros, pela unção do Espírito Santo, são selados com um carácter especial e se configuram com Cristo Sacerdote de tal modo que podem actuar na pessoa de Cristo cabeça.

A Igreja é assim, não por capricho dos homens, mas por expressa vontade de Jesus Cristo, seu Fundador.

O sacrifício e o sacerdócio estão tão unidos, por determinação de Deus, que em toda a Lei, na Antiga e na Nova Aliança, existiram os dois.

Tendo, pois, recebido a Igreja Católica no Novo Testamento, por instituição do Senhor, o sacrifício visível da Eucaristia, deve-se também confessar que há n'Ele um novo sacerdócio, visível e externo, no qual se transformou o antigo.

Nos que são ordenados este sacerdócio ministerial soma-se ao sacerdócio comum de todos os fiéis.

Portanto, seria um erro defender que um sacerdote é mais cristão do que qualquer outro fiel, mas pode afirmar-se que é mais sacerdote: pertence, como todos os cristãos, ao povo sacerdotal redimido por Cristo e, além disso, está marcado com o carácter do sacerdócio ministerial, que se diferencia essencialmente, e não apenas em grau, do sacerdócio comum dos fiéis.


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Não compreendo o empenho de alguns sacerdotes em se confundirem com os outros cristãos esquecendo ou descuidando a sua missão específica na Igreja, para a qual foram ordenados.

Pensam que os cristãos desejam ver no sacerdote um homem mais Não é verdade.

No sacerdote querem admirar as virtudes próprias de qualquer cristão e de qualquer homem honrado: a compreensão, a justiça, a vida de trabalho - trabalho sacerdotal neste caso -, a caridade, a educação, a delicadeza no trato.

Mas, juntamente com isto, os fiéis pretendem que se destaque claramente o carácter sacerdotal: esperam que o sacerdote reze, que não se negue a administrar os Sacramentos, que esteja disposto a acolher a todos sem se constituir chefe ou militante de partidarismos humanos, sejam de que tipo forem; que ponha amor e devoção na celebração da Santa Missa, que se sente no confessionário, que conforte os doentes e os atormentados, que ensine catequese às crianças e aos adultos, que pregue a Palavra de Deus e não qualquer tipo de ciência humana, que - mesmo que a conhecesse perfeitamente - não seria a ciência que salva e leva à vida eterna; que saiba aconselhar e ter caridade com os necessitados.

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Numa palavra: pede-se ao sacerdote que aprenda a não estorvar em si a presença de Cristo nele, especialmente no momento em que realiza o Sacrifício do Corpo e Sangue e quando, em nome de Deus, na Confissão sacramental auricular e secreta, perdoa os pecados.

A administração destes dois Sacramentos é tão capital na missão do sacerdote, que tudo o mais deve girar à sua volta.

As outras tarefas sacerdotais - a pregação e a instrução na fé - careceriam de base, se não estivessem dirigidas a ensinar a ter intimidade com Cristo, a encontrar-se com Ele no tribunal amoroso da Penitência e na renovação incruenta do Sacrifício do Calvário, na Santa Missa.

Deixai que me detenha ainda um pouco na consideração do Santo Sacrifício: porque, se para nós é o centro e a raiz da vida cristã, deve sê-lo, de modo especial, na vida do sacerdote.

Um sacerdote que, culpavelmente, não celebrasse diariamente o Santo Sacrifício do Altar, demonstraria pouco amor de Deus; seria como lançar em cara a Cristo que não compartilha da ânsia de Redenção, que não compreende a sua impaciência em se entregar, inerme, como alimento da alma.

SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

(cont)

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?