Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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14/10/2019
Evangelho e comentário
Evangelho: Lc 11, 29-32
Naquele tempo, aglomerava-se uma
grande multidão à volta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma
geração perversa: pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal
de Jonas. Assim como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, assim o
será também o Filho do homem para esta geração. No juízo final, a rainha do sul
levantar-se-á com os homens desta geração e há-de condená-los, porque veio dos
confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do
que Salomão. No juízo final, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta
geração e hão-de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de
Jonas; e aqui está quem é maior do que Jonas».
Comentário:
Poderia
atrever-me e dizer que só um tonto poderia não ter muito em conta estas
palavras do Senhor.
Em síntese Ele
diz-nos para pedir quanto necessitarmos sem receio nem qualquer temor de que o
que pedimos seja adequado ou conveniente.
Essa decisão
cabe-lhe a Ele e que melhor garantia poderíamos ter de que será a mais correcta
e que melhor nos convém?
(AMA, comentário sobre Lc 11, 29-32,
18.02.2016)
Temas para reflectir e meditar
Oração
Quando o homem experimenta ao vivo o sentimento de adoração, instintivamente se ajoelha e inclina a cabeça. Para confessar a grandeza de Deus, curva-se sobre si mesmo e faz-se mais pequeno, prostra-se em terra como se quisesse identificar-se mais estreitamente com a criação divina. O seu pressentimento do infinito leva-o a considerar-se nada. Estes gestos primitivos e universais dos mais humildes adoradores, são também os dos maiores santos.
Quando o homem experimenta ao vivo o sentimento de adoração, instintivamente se ajoelha e inclina a cabeça. Para confessar a grandeza de Deus, curva-se sobre si mesmo e faz-se mais pequeno, prostra-se em terra como se quisesse identificar-se mais estreitamente com a criação divina. O seu pressentimento do infinito leva-o a considerar-se nada. Estes gestos primitivos e universais dos mais humildes adoradores, são também os dos maiores santos.
(georges chevrot, Jesus e a Samaritana, Éfeso, 1956, pg 118)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.
Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.
Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.
Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.
Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.
Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.
Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Leitura espiritual
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Dignidade do Sacerdócio
O
sacerdócio leva a servir a Deus num estado que, em si mesmo, não é melhor nem
pior do que os outros; é diferente.
Mas
a vocação de sacerdote aparece revestida duma dignidade e duma grandeza que
nada na terra supera.
Santa
Catarina de Sena põe na boca de Jesus Cristo estas palavras:
Não quero que diminua a
reverência que se deve professar aos sacerdotes, porque a reverência e o
respeito que se lhes manifesta, não se dirige a eles, mas a Mim, em virtude do
Sangue que lhes dei para que o administrem. Se não fosse isso, deveríeis
dedicar-lhes a mesma reverência que aos leigos e não mais...
Não devem ser ofendidos:
ofendendo-os ofende-se a Mim e não a eles.
Por isso o proibi e
estabeleci que não admito que toqueis nos meus Cristos.
Alguns
afadigam-se à procura, como dizem, da identidade do sacerdote.
Que
claras resultam estas palavras da Santa de Sena!
Qual
é a identidade do sacerdote?
A
de Cristo.
Todos
os cristãos podem e devem ser, não já alter
Christus, mas ipse Christus:
outros Cristos, o próprio Cristo!
Mas
no sacerdote isto dá-se imediatamente, de forma sacramental.
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Para
realizar uma obra tão grande - a da Redenção - Cristo está sempre presente na
Igreja, principalmente nas acções litúrgicas.
Está
presente no sacrifício da Missa, tanto na pessoa do Ministro -
"oferecendo-se agora por ministério dos sacerdotes O mesmo que se ofereceu
a si mesmo na cruz" -, como, sobretudo, sob as espécies eucarísticas.
Pelo
sacramento da Ordem, o sacerdote torna-se efectivamente apto para emprestar a
Nosso Senhor a voz, as mãos, todo o seu ser: é Jesus Cristo quem, na Santa
Missa, com as palavras da consagração, transforma a substância do pão e do
vinho no Seu Corpo, Alma, Sangue e Divindade.
Nisto
se fundamenta a incomparável dignidade do sacerdote.
Uma
grandeza emprestada, compatível com a minha pequenez.
Eu
peço a Deus Nosso Senhor que nos dê, a todos os sacerdotes, a graça de realizar
santamente as coisas santas, e de reflectir também na nossa vida as maravilhas
das grandezas do Senhor.
Nós,
que celebramos os mistérios da Paixão do Senhor, temos de imitar o que fazemos.
E
então a hóstia ocupará o nosso lugar diante de Deus, se nós mesmos nos fizermos
hóstias.
Se
alguma vez encontrais um sacerdote que, exteriormente, não parece viver de
acordo com o Evangelho - não o julgueis, Deus o julga –
,
sabei que, se celebrar validamente a Santa Missa, com intenção de consagrar,
Nosso Senhor não deixa de descer até àquelas mãos, ainda que sejam indignas.
Pode
haver maior entrega, maior aniquilamento?
Mais
do que em Belém e no Calvário!
Porquê?
Porque
Jesus Cristo tem o Coração oprimido pelas suas ânsias redentoras, porque não
quer que ninguém possa dizer que não foi chamado, porque se faz encontrar pelos
que não O procuram.
É
amor?
Não
há outra explicação.
Que
insuficientes se tornam as palavras, para falar do Amor de Cristo!
Ele
baixa-se a tudo, admite tudo, expõe-se a tudo - a sacrilégios, a blasfémias, à
frieza da indiferença de tantos - com o fim de oferecer, ainda que seja a um
único homem, a possibilidade de descobrir o bater de um Coração que salta no
Seu peito chagado.
Esta
é a identidade do sacerdote: instrumento imediato e diário da graça salvadora
que Cristo ganhou para nós.
Se
se compreende isto, se isto é meditado no silêncio activo da oração, como se
pode considerar o sacerdócio uma renúncia?
É
um ganho impossível de calcular.
A
Nossa Mãe Santa Maria, a mais santa das criaturas - mais do que Ela, só Deus -
trouxe uma vez Jesus ao mundo; os sacerdotes trazem-no à nossa terra, ao nosso
corpo e à nossa alma, todos os dias: Cristo vem para nos alimentar, para no
vivificar, para ser, desde já, penhor da vida futura.
SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
(cont)
A cruz, a Santa Cruz!, pesa.
Ao celebrar a festa da
Exaltação da Santa Cruz, suplicaste a Nosso Senhor, com todas as veras da tua
alma, que te concedesse a sua graça para "exaltar" a Cruz Santa nas
tuas potências e nos teus sentidos... Uma vida nova! Um novo selo: para dar
firmeza à autenticidade da tua embaixada..., todo o teu ser na Cruz! – Veremos,
veremos. (Forja,
517)
A Cruz, a Santa Cruz!,
pesa.
– Por um lado, os meus
pecados. Por outro, a triste realidade dos sofrimentos da nossa Mãe a Igreja; a
apatia de tantos católicos que têm um "querer sem querer"; a
separação – por diversos motivos – de seres amados; as doenças e tribulações,
alheias e próprias...
A cruz, a Santa Cruz!,
pesa: "Fiat, adimpleatur...!".
Faça-se, cumpra-se, seja louvada e eternamente glorificada a justíssima e
amabilíssima Vontade de Deus sobre todas as coisas! Amen. Amen. (Forja,
769)
A Cruz não é a pena, nem o
desgosto, nem a amargura... É o madeiro santo onde triunfa Jesus Cristo... e
onde triunfamos nós, quando recebemos com alegria e generosamente o que Ele nos
envia. (Forja,
788)
Sacrifício, sacrifício!...
É verdade que seguir Jesus Cristo (disse-o Ele) é levar a Cruz. Mas não gosto
de ouvir as almas, que amam o Senhor, falar tanto de cruzes e de renúncias;
porque, quando há Amor, o sacrifício é gostoso – ainda que custe – e a cruz é a
Santa Cruz.
A alma que sabe amar e
entregar-se assim, enche-se de alegria e de paz. Então, porquê insistir em
"sacrifício", como buscando consolações, se a Cruz de Cristo – que é
a tua vida – te torna feliz? (Forja, 249)