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Evangelho e comentário


TEMPO COMUM



Evangelho: Lc 11, 29-32

Naquele tempo, aglomerava-se uma grande multidão à volta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa: pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal de Jonas. Assim como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, assim o será também o Filho do homem para esta geração. No juízo final, a rainha do sul levantar-se-á com os homens desta geração e há-de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão. No juízo final, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão-de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; e aqui está quem é maior do que Jonas».

Comentário:

Poderia atrever-me e dizer que só um tonto poderia não ter muito em conta estas palavras do Senhor.

Em síntese Ele diz-nos para pedir quanto necessitarmos sem receio nem qualquer temor de que o que pedimos seja adequado ou conveniente.

Essa decisão cabe-lhe a Ele e que melhor garantia poderíamos ter de que será a mais correcta e que melhor nos convém?

(AMA, comentário sobre Lc 11, 29-32, 18.02.2016)


Temas para reflectir e meditar

Oração

Quando o homem experimenta ao vivo o sentimento de adoração, instintivamente se ajoelha e inclina a cabeça. Para confessar a grandeza de Deus, curva-se sobre si mesmo e faz-se mais pequeno, prostra-se em terra como se quisesse identificar-se mais estreitamente com a criação divina. O seu pressentimento do infinito leva-o a considerar-se nada. Estes gestos primitivos e universais dos mais humildes adoradores, são também os dos maiores santos.

(georges chevrotJesus e a Samaritana, Éfeso, 1956, pg 118) 


Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?







Leitura espiritual


Amar a Igreja 

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Dignidade do Sacerdócio

O sacerdócio leva a servir a Deus num estado que, em si mesmo, não é melhor nem pior do que os outros; é diferente.

Mas a vocação de sacerdote aparece revestida duma dignidade e duma grandeza que nada na terra supera.

Santa Catarina de Sena põe na boca de Jesus Cristo estas palavras:

Não quero que diminua a reverência que se deve professar aos sacerdotes, porque a reverência e o respeito que se lhes manifesta, não se dirige a eles, mas a Mim, em virtude do Sangue que lhes dei para que o administrem. Se não fosse isso, deveríeis dedicar-lhes a mesma reverência que aos leigos e não mais...
Não devem ser ofendidos: ofendendo-os ofende-se a Mim e não a eles.
Por isso o proibi e estabeleci que não admito que toqueis nos meus Cristos.

Alguns afadigam-se à procura, como dizem, da identidade do sacerdote.


Que claras resultam estas palavras da Santa de Sena!
Qual é a identidade do sacerdote?

A de Cristo.

Todos os cristãos podem e devem ser, não já alter Christus, mas ipse Christus: outros Cristos, o próprio Cristo!

Mas no sacerdote isto dá-se imediatamente, de forma sacramental.

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Para realizar uma obra tão grande - a da Redenção - Cristo está sempre presente na Igreja, principalmente nas acções litúrgicas.

Está presente no sacrifício da Missa, tanto na pessoa do Ministro - "oferecendo-se agora por ministério dos sacerdotes O mesmo que se ofereceu a si mesmo na cruz" -, como, sobretudo, sob as espécies eucarísticas.

Pelo sacramento da Ordem, o sacerdote torna-se efectivamente apto para emprestar a Nosso Senhor a voz, as mãos, todo o seu ser: é Jesus Cristo quem, na Santa Missa, com as palavras da consagração, transforma a substância do pão e do vinho no Seu Corpo, Alma, Sangue e Divindade.

Nisto se fundamenta a incomparável dignidade do sacerdote.

Uma grandeza emprestada, compatível com a minha pequenez.
Eu peço a Deus Nosso Senhor que nos dê, a todos os sacerdotes, a graça de realizar santamente as coisas santas, e de reflectir também na nossa vida as maravilhas das grandezas do Senhor.

Nós, que celebramos os mistérios da Paixão do Senhor, temos de imitar o que fazemos.

E então a hóstia ocupará o nosso lugar diante de Deus, se nós mesmos nos fizermos hóstias.

Se alguma vez encontrais um sacerdote que, exteriormente, não parece viver de acordo com o Evangelho - não o julgueis, Deus o julga –
, sabei que, se celebrar validamente a Santa Missa, com intenção de consagrar, Nosso Senhor não deixa de descer até àquelas mãos, ainda que sejam indignas.

Pode haver maior entrega, maior aniquilamento?

Mais do que em Belém e no Calvário!

Porquê?


Porque Jesus Cristo tem o Coração oprimido pelas suas ânsias redentoras, porque não quer que ninguém possa dizer que não foi chamado, porque se faz encontrar pelos que não O procuram.

É amor?

Não há outra explicação.

Que insuficientes se tornam as palavras, para falar do Amor de Cristo!
Ele baixa-se a tudo, admite tudo, expõe-se a tudo - a sacrilégios, a blasfémias, à frieza da indiferença de tantos - com o fim de oferecer, ainda que seja a um único homem, a possibilidade de descobrir o bater de um Coração que salta no Seu peito chagado.

Esta é a identidade do sacerdote: instrumento imediato e diário da graça salvadora que Cristo ganhou para nós.

Se se compreende isto, se isto é meditado no silêncio activo da oração, como se pode considerar o sacerdócio uma renúncia?

É um ganho impossível de calcular.

A Nossa Mãe Santa Maria, a mais santa das criaturas - mais do que Ela, só Deus - trouxe uma vez Jesus ao mundo; os sacerdotes trazem-no à nossa terra, ao nosso corpo e à nossa alma, todos os dias: Cristo vem para nos alimentar, para no vivificar, para ser, desde já, penhor da vida futura.

SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

(cont)


A cruz, a Santa Cruz!, pesa.


Ao celebrar a festa da Exaltação da Santa Cruz, suplicaste a Nosso Senhor, com todas as veras da tua alma, que te concedesse a sua graça para "exaltar" a Cruz Santa nas tuas potências e nos teus sentidos... Uma vida nova! Um novo selo: para dar firmeza à autenticidade da tua embaixada..., todo o teu ser na Cruz! – Veremos, veremos. (Forja, 517)

A Cruz, a Santa Cruz!, pesa.
– Por um lado, os meus pecados. Por outro, a triste realidade dos sofrimentos da nossa Mãe a Igreja; a apatia de tantos católicos que têm um "querer sem querer"; a separação – por diversos motivos – de seres amados; as doenças e tribulações, alheias e próprias...
A cruz, a Santa Cruz!, pesa: "Fiat, adimpleatur...!". Faça-se, cumpra-se, seja louvada e eternamente glorificada a justíssima e amabilíssima Vontade de Deus sobre todas as coisas! Amen. Amen. (Forja, 769)

A Cruz não é a pena, nem o desgosto, nem a amargura... É o madeiro santo onde triunfa Jesus Cristo... e onde triunfamos nós, quando recebemos com alegria e generosamente o que Ele nos envia. (Forja, 788)

Sacrifício, sacrifício!... É verdade que seguir Jesus Cristo (disse-o Ele) é levar a Cruz. Mas não gosto de ouvir as almas, que amam o Senhor, falar tanto de cruzes e de renúncias; porque, quando há Amor, o sacrifício é gostoso – ainda que custe – e a cruz é a Santa Cruz.
A alma que sabe amar e entregar-se assim, enche-se de alegria e de paz. Então, porquê insistir em "sacrifício", como buscando consolações, se a Cruz de Cristo – que é a tua vida – te torna feliz? (Forja, 249)