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06/10/2019

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM



Evangelho: Lc 17, 5-10

Naquele tempo, os Apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé». O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: ‘Arranca-te daí e vai plantar-te no mar’, e ela obedecer-vos-ia. Quem de vós, tendo um servo a lavrar ou a guardar gado, lhe dirá quando ele voltar do campo: ‘Vem depressa sentar-te à mesa’? Não lhe dirá antes: ‘Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires, até que eu tenha comido e bebido. Depois comerás e beberás tu’? Terá de agradecer ao servo por lhe ter feito o que mandou? Assim também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: ‘Somos inúteis servos: fizemos o que devíamos fazer’.

Comentário:

Pedir a Deus que aumente a nossa Fé implica, em primeiro lugar, ter – pelo menos – alguma.

Diz o Senhor, nem que seja do tamanho de uma semente de mostarda a Fé pode mover montanhas.

Penso que em vez de pedir aumento da Fé que possamos ter será melhor pedir que nos conserve a que temos.

(AMA, comentário sobre Lc 17, 5-10, 29.07.2019)


Pequena agenda do cristão

DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?

Leitura espiritual


CARTA ENCÍCLICA
AUGUSTISSIMAE VIRGINIS MARIAE
DE SUA SANTIDADE
PAPA LEÃO XIII
6 –

A Confraria do Rosário

13. Movidos por estes exemplos dos Nossos Predecessores, Nós também, ó Veneráveis Irmãos, vivamente vos exortamos e vos conjuramos - como já muitas vezes temos feito - a quererdes dedicar um cuidado todo particular a esta sagrada milícia; de modo que, graças ao vosso zelo, cada dia se organizem em toda parte novas falanges. 

Que, pela vossa obra e da parte de clero a vós subordinado, que tem cura de almas, venha o resto do povo a conhecer e a avaliar na justa medida a grande eficácia desta confraria, e a sua vantagem em ordem à eterna salvação dos homens.

O Rosário perpétuo

14. E tanto mais insistimos em tal recomendação quanto recentemente refloriu uma belíssima manifestação de piedade mariana: o Rosário "perpétuo".

De bom grado abençoamos esta iniciativa, e vivamente desejamos que vos apliqueis com solicitude e zelo ao seu incremento.

Com efeito, nutrimos viva esperança de que não poderão deixar de ser bastante eficazes os louvores e as preces que saem incessantemente da boca e do coração de uma imensa multidão, e que, alternando-se dia e noite pelas várias regiões do mundo, unem a harmonia das vozes à meditação das divinas verdades.

E certamente a continuidade destes louvores e destas preces foi prefigurada pelas palavras com que Ozias cantava a Judite: 

"Bendita és tu, filha, ante o Senhor Deus altíssimo, sobre todas as mulheres da terra... porque Ele hoje tornou tão grande o teu nome, que o teu louvor nunca faltará nos lábios dos homens".

E a este augúrio todo o povo de Israel respondia em voz alta: "Assim é, assim seja..." [1].

Entrementes, como auspício dos benefícios celestes, em testemunho da Nossa benevolência, de grande coração concedemos, no Senhor, a Bênção Apostólica a vós, Veneráveis Irmãos, ao clero e a todo o povo confiado à vossa fiel vigilância.

Dado em Roma, junto a S. Pedro, a 12 de Setembro de 1897, vigésimo ano do Nosso Pontificado.

LEÃO PP. XIII.


[1] Judit. 18, 23; 25, 26

A maior doação de Deus aos homens


Quando o receberes, diz-lhe: – Senhor, espero em Ti; adoro-te, amo-te, aumenta-me a fé. Sê o apoio da minha debilidade, Tu, que ficaste na Eucaristia, inerme, para remediar a fraqueza das criaturas. (Forja, 832)

Creio que não vou dizer nada de novo, se afirmar que alguns cristãos têm uma visão muito pobre da Santa Missa e que ela é para muitos um mero rito exterior, quando não um convencionalismo social. Isto acontece, porque os nossos corações, de si tão mesquinhos, são capazes de viver com rotina a maior doação de Deus aos homens. Na Santa Missa, nesta Missa que agora celebramos, intervém de um modo especial, repito, a Trindade Santíssima. Para corresponder a tanto amor, é preciso que haja da nossa parte uma entrega total do corpo e da alma, pois vamos ouvir Deus, falar com Ele, vê-Lo, saboreá-Lo. E se as palavras não forem suficientes, poderemos cantar, incitando a nossa língua – Pange, lingua! – a que proclame, na presença de toda a Humanidade, as grandezas do Senhor.

Viver a Santa Missa é manter-se em oração contínua, convencermo-nos de que, para cada um de nós, este é um encontro pessoal com Deus, em que O adoramos, O louvamos, Lhe pedimos, Lhe damos graças, reparamos os nossos pecados, nos purificamos e nos sentimos uma só coisa em Cristo com todos os cristãos. (Cristo que passa, nn. 87–88)

Temas para reflectir e meditar


Evangelização

Os cristãos são chamados, particularmente nos nossos dias, a colaborar numa nova evangelização que impregne os lares, os ambientes profissionais, os centros de cultura e de trabalho, os meios de comunicação, a vida pública e privada, aqueles valores evangélicos que são fonte de paz, de irmandade, de entendimento e concórdia entre todos os homens.

(são João Paulo IIDisc. na Beatificação de JOSEMARIA E. de Balaguer, Roma, 1992.05.18)