Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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28/09/2019
Leitura espiritual
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A missão apostólica de
todos os católicos
A
Igreja santifica-nos, depois de entrarmos no seu seio pelo Baptismo.
Recém-nascidos
para a vida natural, podemos logo acolher-nos à graça santificante.
A
fé duma pessoa, mais ainda, a fé de toda a Igreja, beneficia a criança pela
acção do Espírito Santo, que dá unidade à Igreja e comunica os bens duns para
os outros.
É
uma maravilha esta maternidade sobrenatural da Igreja, que o Espirito Santo lhe
confere.
A
regeneração espiritual, que se opera pelo Baptismo, é de alguma maneira
semelhante ao nascimento corporal.
Assim
como as crianças que se encontram no seio da mãe não se alimentam por si
mesmas, porque se nutrem do sustento da mãe, também os pequeninos que não têm
uso da razão, se encontram como crianças no seio da sua Mãe, a Igreja, pois
recebem a salvação pela acção da Igreja, e não por si mesmos.
Manifesta-se
assim em toda a sua grandeza o poder sacerdotal da Igreja, que procede
directamente de Cristo.
Cristo
é a fonte de todo o sacerdócio, visto que o sacerdote da Lei Antiga era como a
sua figura.
Mas
o sacerdote da Nova Lei age na pessoa de Cristo, segundo o que se diz em 2 Cor.
II, 10: pois eu também o que perdoo, se alguma coisa perdoo, por amor de vós o
perdoo na pessoa de Cristo.
A
mediação salvadora entre Deus e os homens perpetua-se na Igreja através do
Sacramento da Ordem, que capacita - pelo carácter e pela graça consequentes -
para agir como ministros de Jesus Cristo em favor de todas as almas.
Que
um possa realizar um acto que outro não pode, não provém da diversidade na
bondade ou na malícia, mas da potestade adquirida, que um possui e outro não.
Por
isso, como o leigo não recebe a potestade de consagrar, não pode fazer a
consagração, seja qual for a sua bondade pessoal.
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Na
Igreja há diversidade de ministérios, mas um só é o fim: a santificação dos
homens.
Nesta
tarefa participam de algum modo todos os cristãos, pelo carácter recebido com
os Sacramentos do Baptismo e da Confirmação.
Todos
temos de nos sentir responsáveis por essa missão da Igreja, que é a missão de
Cristo.
Quem
não tem zelo pela salvação das almas, quem não procura com todas as suas forças
que o nome e a doutrina de Cristo sejam conhecidos e amados, não compreende a
apostolicidade da Igreja.
Um
cristão passivo não é capaz de entender o que Cristo quer de todos nós.
Um
cristão que se preocupa com as suas coisas e se desentende da salvação dos
outros, não ama com o Coração de Jesus.
O
apostolado não é missão exclusiva da Hierarquia, nem dos sacerdotes ou dos
religiosos.
A
todos nos chama o Senhor para sermos instrumentos, com o exemplo e com a
palavra, dessa corrente de graça que salta até à vida eterna.
Sempre
que lemos os Actos dos Apóstolos, emocionam-nos a audácia, a confiança na sua
missão e a sacrificada alegria dos discípulos de Cristo.
Não
pedem multidões.
Ainda
que as multidões venham, eles dirigem-se a cada alma em concreto, a cada homem,
um por um: Filipe ao etíope; Pedro ao centurião Cornélio: Paulo a Sérgio Paulo.
Tinham
aprendido do Mestre.
Recordai
aquela parábola dos operários que aguardam trabalho, no meio da praça da
aldeia.
Quando
o dono da vinha foi à procura de empregados, com o dia já bem entrado,
descobriu que ainda havia homens sem fazer nada:
porque
estais aqui todo o dia ociosos?
Eles
responderam: porque ninguém nos contratou.
Isto
não deve suceder na vida do cristão; não deve encontrar-se ninguém à sua volta
que possa afirmar que não ouviu falar de Cristo, porque ninguém lh'O anunciou.
Os
homens pensam frequentemente que nada os impede de prescindir de Deus.
Enganam-se.
Apesar de não o saberem, jazem como o paralítico da piscina probática,
incapazes de se deslocarem até às águas que salvam, até à doutrina que dá
alegria à alma.
A
culpa é muitas vezes dos cristãos, porque essas pessoas poderiam repetir hominem non habeo não tenho sequer uma
pessoa para me ajudar.
Todo
o cristão deve ser apóstolo, porque Deus, que não precisa de ninguém, precisa,
contudo, de nós.
Conta
connosco e com a nossa dedicação para propagar a sua doutrina salvadora.
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Estamos
a contemplar o mistério da Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica.
É
hora de nos perguntarmos: compartilho com Cristo do seu afã de almas?
Peço
por esta Igreja de que faço parte, onde hei-de realizar uma missão específica,
que ninguém pode fazer por mim?
Estar
na Igreja é já muito, mas não basta.
Devemos
ser Igreja, porque a nossa Mãe nunca há-de ser para nós estranha, exterior,
alheia aos nossos mais profundos pensamentos.
Acabamos
aqui estas considerações sobre as notas da Igreja.
Com
a ajuda do Senhor, terão ficado impressas na nossa alma e confirmar-nos-emos
num critério claro, seguro, divino, para amarmos mais esta Mãe Santa, que nos
trouxe à vida da graça e nos alimenta dia a dia com solicitude inesgotável.
Se
porventura ouvirdes palavras ou gritos de ofensa à Igreja, manifestai, com
humanidade e caridade, a essa gente sem amor, que não se pode maltratar assim
uma Mãe.
Agora
atacam-na impunemente, porque o seu reino, que é o do seu Mestre e Fundador,
não é deste mundo.
Enquanto
gemer o trigo entre a palha, enquanto suspirarem as espigas entre a cizânia,
enquanto chorar o lírio entre os espinhos, não faltarão inimigos que digam:
quando morrerá e perecerá o seu nome?
Ou
seja, vede que virá tempo em que hão-de desaparecer e já não haverá mais
cristãos...
Mas,
quando dizem isto, eles morrem sem remédio.
E
a Igreja permanece.
Aconteça
o que acontecer, Cristo não abandonará a sua Esposa.
A
Igreja triunfante está já junto d'Ele à direita do Pai.
E
daí nos chamam os nossos irmãos cristãos, que glorificam a Deus por esta
realidade que nós ainda só podemos ver através da clara penumbra da fé:
a
Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica.
SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
(cont)
Temas para reflectir e meditar
Não
desanimemos ainda que o quadro da nossa vida actual apresente tonalidades tenebrosas.
Jesus
rezou por nós, oferecendo-nos a possibilidade de encher essa tela com a
frescura, a cor e a alegria do divino.
(JAVIER
ECHEVARRÍA, Getsemani, Planeta, 3ª Ed. Pg. 133)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.
A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.
Lembrar-me:
Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.
Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Evangelho e comentário
Evangelho: Lc 9, 43-45
Naquele tempo, estavam todos admirados
com tudo o que Jesus fazia. Então Ele disse aos discípulos: «Escutai bem o que
vou dizer-vos. O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens». Eles, porém,
não compreendiam aquelas palavras; eram misteriosas para eles e não as
entendiam. Mas tinham medo de O interrogar sobre tal assunto.
Comentário:
Quase
que sou tentado a escrever que o Senhor, por vezes, é “desconcertante”.
Em
plena exaltação da Sua Figura de Mestre e Senhor, revela o que Lhe está
reservado de dor, sacrifício, humilhação.
Temos
de compreender quanto seria difícil para os Seus discípulos aceitar tal coisa
mas, sabendo como sabiam, que o Mestre sempre dizia a verdade, algo lhes dizia
dentro do coração que, o melhor, seria prepararem-se.
Mas
como?
Que
fazer?
E
– estamos a vê-los – a rodear o Senhor com mais carinho, mais aconchego, cada
um tentando estar mais próximo.
Não
nos é possível imaginar o que sentiriam mas, pelo que sabemos dos Evangelhos,
não consta que nenhum deles tenha desistido ou, pior ainda, desesperado,
abandonado o Mestre.
Estão
com Ele para o que for preciso, não são nem fortes nem corajosos, mas amam, com
um amor intenso e verdadeiro, aquele Senhor que lhes tem mostrado vislumbres do
Reino de Deus, incutindo nas suas almas a esperança na Vida Eterna, instilado
nos seus corações rudes – mas sinceros – sentimentos de paz, amor e
compreensão.
(AMA,
comentário sobre Lc 9, 43-45, 30.09.2017)
Doutrina – 503
Compêndio
SEGUNDA SECÇÃO
OS SETE SACRAMENTOS DA
IGREJA
CAPÍTULO PRIMEIRO
OS SACRAMENTOS DA
INICIAÇÃO CRISTÃ
O SACRAMENTO DA EUCARISTIA
286. Que tipo de culto é
devido ao sacramento da Eucaristia?
É devido o culto de latria, isto é, de
adoração reservado só a Deus quer durante a celebração eucarística quer fora
dela. De facto, a Igreja conserva com a devida diligência as Hóstias
consagradas, leva-as aos enfermos e às pessoas impossibilitadas de participar
na Santa Missa, apresenta-as à solene adoração dos fiéis, leva-as em procissão
e convida à visita frequente e à adoração do Santíssimo Sacramento conservado
no tabernáculo.
Deus, que te criou sem ti, não te salvará sem ti
Para que não o imites, copio de uma
carta este exemplo de covardia: "Antes de mais, agradeço-lhe muito que se
lembre de mim, porque necessito de muitas orações. Mas também lhe agradeço que,
ao suplicar ao Senhor que me faça “apóstolo”, não se esforce em pedir-Lhe que
me exija a entrega da liberdade". (Sulco,
11)
Precisamente
por isso, percebo muito bem aquelas palavras do Bispo de Hipona (Santo
Agostinho), que soam como um cântico maravilhoso à liberdade: Deus, que te
criou sem ti, não te salvará sem ti, porque cada um de nós, tu, eu, temos
sempre a possibilidade – a triste desventura – de nos levantarmos contra Deus,
de rejeitá-lo –talvez só com a nossa conduta – ou de exclamar: não queremos que
reine sobre nós . (...)
Queres
pensar – pela minha parte também farei o meu exame – se manténs imutável e
firme a tua escolha da Vida? Se, ao ouvires essa voz de Deus, amabilíssima, que
te estimula à santidade, respondes livremente que sim? Dirijamos o olhar para o
nosso Jesus, quando falava às multidões pelas cidades e campos da Palestina.
Não pretende impor-se. Se queres ser perfeito..., diz ao jovem rico. Aquele
rapaz rejeitou o convite e o Evangelho conta que abiit tristis, que se retirou entristecido. Por isso, alguma vez
lhe chamei a ave triste: perdeu a alegria, porque se negou a entregar a
liberdade a Deus. (Amigos de Deus, 23–24)