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23/09/2019

Leitura espiritual


Amar a Igreja

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A Igreja é Una

Que sejam um, assim como nós, clama Cristo a seu Pai;

para que sejam todos um, como Tu, Pai, o és em Mim e eu em Ti, para que também eles sejam um em Nós.

Brota constantemente dos lábios de Jesus Cristo esta exortação à unidade, porque todo o reino, dividido em facções contrárias, será desolado; e toda a cidade ou família, dividida em bandos, não subsistirá.

Exortação que se converte em desejo veemente:

Tenho também outras ovelhas que não são deste aprisco; e importa que eu as traga, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor

De que forma maravilhosa pregou Nosso Senhor esta doutrina!

Multiplica as palavras e as imagens, para que a compreendamos e fique gravada na nossa alma a paixão da unidade.

Eu sou a verdadeira vide e o meu Pai é o agricultor.

Todo o sarmento que não dá fruto em Mim, ele cortá-la-á; e todo o que der fruto, podá-la-á para que dê mais abundante fruto...

Permanecei em Mim, que Eu permanecerei em vós.

Como o sarmento não pode de si mesmo dar fruto, se não estiver unido à videira, assim também vós se não permanecerdes em Mim.

Eu sou a videira e vós as varas.

O que permanece em Mim e Eu nele dá muito fruto, porque, sem Mim, nada podeis fazer.

Não vedes como aqueles que se separam da Igreja, estando às vezes cheios de frondosidade não tardam em secar e como os seus frutos se transformam em vermineira viva?

Amai a Santa Igreja, Apostólica, Romana, Una! Porque, como escreve São Cipriano:

quem recolhe noutro lado, fora da Igreja, dissipa a Igreja de Cristo.

E São João Crisóstomo insiste:

não te separes da Igreja. Nada é mais forte do que a Igreja. A tua esperança é a Igreja; a tua salvação é a Igreja; o teu refúgio é a Igreja. É mais alta do que o céu e mais larga do que a terra. Nunca envelhece e o seu vigor é eterno.

Defender a unidade da Igreja traduz-se em viver muito unidos a Jesus Cristo, que é a nossa vide.

Como?

Aumentando a nossa fidelidade ao Magistério perene da Igreja: na verdade, não foi prometido o Espírito Santo aos sucessores de Pedro para que por sua revelação manifestassem uma nova doutrina, mas para que, com a sua assistência, santamente custodiassem e fielmente exprimissem a revelação transmitida pelos Apóstolos ou depósitos da fé.

Assim conservaremos a unidade, venerando esta Nossa Mãe sem mancha e amando o Romano Pontífice.

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Alguns afirmam que ficamos poucos na Igreja.

Eu responder-lhes-ia que, se todos defendessem com lealdade a doutrina de Cristo, depressa cresceria consideravelmente o número, porque Deus quer que se encha a sua casa.

Na Igreja descobrimos Cristo, que é o Amor dos nossos amores.

E temos de desejar para todos esta vocação, este gozo íntimo que nos embriaga a alma, a doçura luminosa do Coração misericordioso de Jesus.

Devemos ser ecuménicos, ouve-se repetir.

Pois sim.

No entanto, temo que, por trás de algumas iniciativas auto-denominadas ecuménicas, se oculte uma fraude, pois são actividades que não conduzem ao amor de Cristo, à verdadeira vide.

Por isso não dão fruto.

Eu peço todos os dias ao Senhor que torne cada vez maior o meu coração, para que continue a tornar sobrenatural este amor que pôs na minha alma a todos os homens, sem distinção de raça, de povo, de condições culturais ou de fortuna.

Estimo sinceramente a todos, católicos e não católicos, aos que crêem em alguma coisa e aos não crentes, que me dão tristeza.

Mas Cristo fundou uma única Igreja, tem uma única Esposa.

A união dos cristãos?

Sim.

Mais ainda: a união de todos os que crêem em Deus.

Mas só existe uma Igreja verdadeira.

Não é preciso reconstruí-la com pedaços disperses por todo o mundo. E não necessita de passar por nenhum tipo de purificação para depois se encontrar finalmente limpa.

A Esposa de Cristo não pode ser adúltera, porque é incorruptível e pura. Só uma casa conhece, guarda a inviolabilidade de um único tálamo com pudor casto.

Ela conserva-nos para Deus, ela destina para o Reino os filhos que engendrou.

Todo aquele que se separa da Igreja une-se a uma adúltera, afasta-se das promessas da Igreja:

não conseguirá as recompensas de Cristo quem abandona a Igreja de Cristo.

SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

(cont)

Temas para reflectir e meditar


Perdão

  
Na alma bem disposta há sempre um vivo, firme e decidido propósito de perdoar, sofrer, ajudar e uma atitude que leva sempre a realizar actos de caridade.
Se na alma arreigou este desejo de amar e este ideal de amar desinteressadamente, terá assim a prova mais convincente de que as suas comunhões, confissões, meditações e toda a sua vida de oração estão em ordem e são sinceras e fecundas.


(Benedikt Baur, En la intimidad con Dios, pg. 247, trad ama)



Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?







Evangelho e comentário


TEMPO COMUM



Evangelho: Lc 8, 16-18

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Ninguém acende uma lâmpada para a cobrir com uma vasilha ou a colocar debaixo da cama, mas coloca-a num candelabro, para que os que entram vejam a luz. Não há nada oculto que não se torne manifesto, nem secreto que não seja conhecido à luz do dia. Portanto, tende cuidado com a maneira como ouvis. Pois àquele que tem, dar-se-á; mas àquele que não tem, até o que julga ter lhe será tirado».

Comentário:

Aos olhos de Deus tudo quanto fazemos ou pensamos é absolutamente claro.
As intenções, os propósitos, os compromissos, não podem ser escamoteados.
Se não há lealdade e são critério no nosso comportamento e nos nossos desejos de viver como o Senhor quer estaremos como que a querer enganar Deus o que, é impossível.

Assim, o nosso comportamento deve ser tal que todos possam vê-lo e apreciá-lo como o vê e aprecia Deus Nosso Senhor.
De contrário andaremos pela vida como que “mascarados” de algo ou alguém que, na verdade, não somos e, uma das consequências deste comportamento é irmos perdendo qualidades e virtudes, critério e são discernimento.

E, o Senhor, bem avisa!
Cuidado porque o pouco que restar de bom nesta pessoa até esse pouco acabará por perder.

(AMA, comentário sobre Lc 8, 16-18, 27.06.2019)

A pureza nasce do amor


Vê quantos motivos para venerar S. José e para aprender da sua vida: foi um varão forte na fé...; sustentou a sua família – Jesus e Maria – com o seu trabalho esforçado...; guardou a pureza da Virgem, que era sua Esposa...; e respeitou – amou! – a liberdade de Deus que fez a escolha, não só da Virgem como Mãe, mas também dele como Esposo de Santa Maria. (Forja, 552)

Não estou de acordo com a forma clássica de representar S. José como um homem velho, apesar da boa intenção de se destacar a perpétua virgindade de Maria. Eu imagino-o jovem, forte, talvez com alguns anos mais do que a Virgem, mas na pujança da vida e das forças humanas.

Para viver a virtude da castidade não é preciso ser-se velho ou carecer de vigor. A castidade nasce do amor; a força e a alegria da juventude não constituem obstáculo para um amor limpo. Jovem era o coração e o corpo de S. José quando contraiu matrimónio com Maria, quando conheceu o mistério da sua Maternidade Divina, quando viveu junto d'Ela respeitando a integridade que Deus lhe queria oferecer ao mundo como mais um sinal da sua vinda às criaturas. Quem não for capaz de compreender um amor assim conhece muito mal o verdadeiro amor e desconhece por completo o sentido cristão da castidade. (Cristo que passa, 40)