Publicações em 17 Agosto
Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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17/08/2019
Evangelho e comentário
Evangelho: Mt 19, 13-15
Naquele tempo, apresentaram umas
crianças a Jesus, para que lhes impusesse as mãos e orasse sobre elas. Mas os
discípulos afastavam-nas. Então Jesus disse: «Deixai que as crianças se
aproximem de Mim; não as estorveis. Dos que são como elas é o reino dos Céus».
A seguir, impôs as mãos sobre as crianças e partiu dali.
Comentário:
Jesus Cristo afirma que o
Reino do Céu é das crianças.
Então, para termos a
certeza que participaremos desse Reino, não temos outro caminho que tentar ser
como as crianças, na inocência, pureza de coração, sem vícios ou amarras a
conceitos, dóceis e dúcteis a quem deseja ensinar-nos a verdade, sem ambições
de ter ou possuir e, - sempre – com o coração disposto para amar a todos.
E, atenção, ser como uma
criança não é ser infantil, bem ao contrário, é confiar conscientemente,
entregar-se sem reservas nem condições, ouvir quando nos chamam e procurar
entender o que não compreendemos.
(AMA,
comentário sobre Mt 19, 13-15, 08.05.2018)
Temas para reflectir e meditar
A finalidade última da penitência consiste em conseguir que amemos
intensamente a Deus e nos consagremos a Ele.
(são
joão paulo ii, Homília em Fátima, 1982.05.13)
Leitura espiritual
Amigos
de Deus
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Vamos considerar, durante alguns instantes,
os textos desta Missa de Terça-Feira de Paixão, para aprendermos a distinguir o
endeusamento bom do endeusamento mau.
Vamos falar de humildade, porque esta é a
virtude que nos ajuda a conhecer simultaneamente a nossa miséria e a nossa
grandeza.
A nossa miséria salta à vista com demasiada
evidência.
Não
me refiro às limitações naturais: a tantas aspirações grandes com as quais o
homem sonha e que porventura nunca conseguirá realizar, mesmo que seja só por
falta de tempo.
Penso
em tudo o que fazemos mal, nas quedas, nos erros que poderiam evitar-se e não
se evitam.
Estamos
a experimentar constantemente a nossa ineficácia.
Mas,
às vezes, parece que todas estas coisas se juntam e se nos manifestam com um
relevo maior, para que nos apercebamos de quão pouco somos.
Que fazer?
Expecta
Dominum, espera no Senhor; vive de esperança, sugere-nos a
Igreja, com amor e com fé. Viriliter age,
porta-te varonilmente.
Que
importa que sejamos criaturas de lodo, se temos a esperança posta em Deus?
E
se alguma vez a alma sofre uma queda, um retrocesso - não é necessário que isso
aconteça - aplica-se-lhe o remédio, como se procede normalmente com a saúde do
corpo, e recomeça-se de novo!
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Não reparastes como as famílias que possuem
alguma peça frágil e decorativa de valor - um jarrão, por exemplo - o rodeiam
de cuidados para que não se quebre?
Até
que um dia, o menino, ao brincar, atira-o ao chão e aquela recordação preciosa
parte-se em bocados. O desgosto é grande, mas logo a seguir procura-se
arranjá-lo. Recompõe-se, colam-se os pedaços com todo o cuidado e, uma vez
restaurado, fica tão bonito como dantes.
No entanto, se o objecto é de louça ou
simplesmente de barro cozido, habitualmente bastam uns gatos, uns arames de
ferro ou de outro metal, que mantêm unidos os bocados.
E
a peça, assim reparada, ganha um encanto original.
Levemos isto à vida interior.
Perante as nossas misérias e os nossos
pecados, perante os nossos erros - mesmo que sejam, pela graça de Deus, de
pouca monta - recorramos à oração e digamos ao nosso Pai: Senhor, na minha
pobreza, na minha fragilidade, neste meu barro de vasilha quebrada, põe-me,
Senhor, uns gatos e - com a minha dor e o Teu perdão - serei mais forte e mais
gracioso do que dantes!
Uma
oração consoladora para a repetirmos quando se parta este nosso pobre barro.
Não nos admiremos por sermos tão fracos;
não fiquemos chocados pelo facto de verificarmos que quebramos por coisas de
nada. Confiemos no Senhor, que tem sempre auxílio preparado: o Senhor é a minha
luz e a minha salvação, a quem temerei?
A
ninguém.
Tratando
deste modo com o nosso Pai do Céu, não sintamos medo de ninguém nem de nada.
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Para
ouvir Deus
Se recorrermos à Sagrada Escritura, veremos
como a humildade é um requisito indispensável para nos dispormos a ouvir Deus.
Onde há humildade há
sabedoria, explica o livro dos Provérbios.
A
humildade consiste em nos vermos como somos, sem disfarces, com verdade.
E
ao compreendermos que não valemos quase nada, abrimo-nos à grandeza de Deus.
Esta
é a nossa grandeza.
Que bem o compreendia Nossa Senhora, a
Santa Mãe de Jesus, a criatura mais excelsa de todas as que existiram e hão-de
existir sobre a terra!
Maria glorifica o poder do Senhor, que
depôs do trono os poderosos e elevou os humildes.
E
canta que n'Ela se realizou uma vez mais esta providência divina: porque olhou
para a baixeza da sua escrava; portanto, eis que, de hoje em diante, todas as
gerações me chamarão bem-aventurada.
Maria manifesta-se santamente transformada,
no seu coração puríssimo, em face da humildade de Deus: o Espírito Santo
descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra.
E,
por isso mesmo, o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus.
A
humildade da Virgem é consequência desse abismo insondável de graça, que se
opera com a Encarnação da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade nas entranhas
da sua Mãe sempre Imaculada.
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Quando S. Paulo evoca este mistério,
irrompe também num hino de júbilo, que hoje poderemos saborear com vagar: Tende nos vossos corações os mesmos
sentimentos de Jesus Cristo, o qual, tendo a natureza de Deus, não foi por
usurpação, mas por essência, o ser igual a Deus; e, não obstante, aniquilou-se
a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens e
reduzido à condição de homem. Humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até
à morte, e morte de Cruz.
Jesus Cristo, Nosso Senhor, propõe-nos com
muita frequência na sua pregação o exemplo da sua humildade: aprendei de mim
que sou manso e humilde de coração, para que tu e eu aprendamos que não há
outro caminho; que só o conhecimento sincero do nosso nada é capaz de atrair
sobre nós a graça divina.
Por
nós, Jesus veio padecer fome e alimentar-nos, veio sentir sede e dar-nos de
beber, veio vestir-se da nossa mortalidade e vestir-nos de imortalidade, veio
pobre para nos tornar ricos.
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Deus
resiste aos soberbos, mas aos humildes dá a sua graça,
ensina o Apóstolo S. Pedro.
Em
qualquer época, em qualquer situação humana, não existe - para viver vida
divina - senão o caminho da humildade. Será que o Senhor se regozija com a
nossa humilhação?
Não.
Que
lucraria com o nosso abatimento Aquele que tudo criou, e mantém e governa tudo
o que existe?
Deus
só deseja a nossa humildade, que nos esvaziemos de nós próprios para ele nos
poder encher; pretende que não lhe levantemos obstáculos, a fim de que -
falando ao modo humano - caiba mais graça sua no nosso pobre coração.
Porque
o Deus que nos inspira a ser humildes é o mesmo que transformará o nosso corpo
de miséria, fazendo-o semelhante ao seu corpo glorioso, com aquele poder com
que pode também sujeitar a si todas as coisas.
Nosso
Senhor faz-nos seus, endeusa-nos com um endeusamento bom.
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A
soberba, o inimigo
E o que é que impede esta humildade, este
eudeusamento bom?
A
soberba.
Esse
é o pecado capital que leva ao eudeusamento mau.
A
soberba induz-nos a seguir, talvez até nas questões mais pequenas, a insinuação
que Satanás fez aos nossos primeiros pais: abrir-se-ão os vossos olhos e sereis
como Deus, conhecedores do bem e do mal .
Lê-se
também na escritura que o princípio da soberba é afastar--se de Deus.
Na
verdade, este vício, uma vez arreigado, influi em toda a existência do homem,
até se converter no que S. João chama superbia
vitae, soberba da vida.
Soberba?
De
quê?
A
Escritura Santa mostra-nos alguns traços, simultaneamente trágicos e cómicos,
para estigmatizar a soberba: de que te ensoberbeces, pó e cinza?
Já em vida vomitas as entranhas.
Uma
ligeira enfermidade: o médico sorri.
O
homem que hoje é rei, amanhã estará morto.
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Quando o orgulho se apodera da alma, não é
estranho que atrás dele, como pela arreata, venham todos os vícios: a avareza,
as intemperanças, a inveja, a injustiça.
O
soberbo procura inutilmente arrancar Deus - que é misericordioso com todas as
criaturas - do seu trono para se colocar lá ele, que actua com entranhas de
crueldade.
Temos de pedir ao Senhor que não nos deixe
cair nesta tentação.
A
soberba é o pior dos pecados e o mais ridículo.
Se
consegue atormentar alguém com as suas múltiplas alucinações, a pessoa atacada
veste-se de aparências, enche-se de vazio, envaidece-se como o sapo da fábula,
que inchava o papo, cheio de presunção, até que rebentou.
A
soberba é desagradável, mesmo humanamente, porque o que se considera superior a
todos e a tudo está continuamente a contemplar-se a si mesmo e a desprezar os
outros, que lhe pagam na mesma moeda, rindo-se da sua fatuidade.
(cont)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.
A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.
Lembrar-me:
Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.
Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
A oração deve enraizar-se na alma
A verdadeira oração, a que absorve
todo o indivíduo, não a favorece tanto a solidão do deserto como o recolhimento
interior. (Sulco, 460)
O caminho que conduz à santidade é o
caminho da oração; e a oração deve enraizar-se pouco a pouco na alma, como a
pequena semente que se tornará mais tarde árvore frondosa.
Começamos com orações vocais, que
muitos de nós repetimos desde crianças: são frases ardentes e simples,
dirigidas a Deus e à Sua Mãe, que é nossa Mãe. De manhã e à tarde, não um dia,
mas habitualmente, ainda renovo aquele oferecimento que os meus pais me ensinaram:
Ó Senhora minha, ó minha mãe, eu me ofereço todo a Vós. E, em prova da minha
devoção para convosco, Vos consagro neste dia os meus olhos, os meus ouvidos, a
minha boca, o meu coração... Não será isto, de algum modo, um princípio de
contemplação, uma demonstração evidente de confiante abandono? Que dizem
aqueles que se querem, quando se encontram? Como se comportam? Sacrificam tudo
o que são e tudo o que possuem pela pessoa que amam.
Primeiro uma jaculatória, e depois
outra e outra... Até que parece insuficiente esse fervor, porque as palavras se
tornam pobres...: e abrem-se as portas à intimidade divina, com os olhos postos
em Deus sem descanso e sem cansaço. Vivemos então como cativos, como
prisioneiros. Enquanto realizamos com a maior perfeição possível, dentro dos
nossos erros e limitações, as tarefas próprias da nossa condição e do nosso
ofício, a alma anseia escapar-se. Vai até Deus como o ferro atraído pela força
do íman. Começa-se a amar Jesus de forma mais eficaz, com um doce sobressalto. (Amigos
de Deus, nn. 295–296)
Doutrina – 497
Compêndio
SEGUNDA SECÇÃO
OS SETE SACRAMENTOS DA
IGREJA
CAPÍTULO PRIMEIRO
OS SACRAMENTOS DA
INICIAÇÃO CRISTÃ
O SACRAMENTO DA EUCARISTIA
280. Como é que a
Eucaristia é memorial do sacrifício de Cristo?
A
Eucaristia é memorial no sentido que torna presente e actual o sacrifício que
Cristo ofereceu ao Pai, uma vez por todas, na cruz, em favor da humanidade.
O
carácter sacrificial da Eucaristia manifesta-se nas próprias palavras da
instituição: «Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós» e «este cálice
é a nova aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós» (Lc
22,19-20).
O
sacrifício da cruz e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício.
Idênticos são a vítima e Aquele que oferece, diverso é só o modo de
oferecer-se: cruento na cruz, incruento na Eucaristia.